Eneva perde o gás e chega a liderar as quedas do Ibovespa — saiba o que o Itaú BBA viu e que derrubou as ações ENEV3
Banco rebaixou a recomendação para os papéis da empresa de energia de compra para neutro, com preço-alvo de R$ 17 para 2023 — o que representa um potencial de valorização de 7%

Havia um leilão no meio do caminho, no meio do caminho havia um leilão. E é por causa dele que o Itaú BBA acendeu a luz amarela para a Eneva (ENEV3).
Segundo o banco, a empresa tem uma das melhores equipes de gestão do setor de energia, um excelente histórico de alocação de capital e uma perspectiva de crescimento brilhante.
Mas, diante das expectativas elevadas para o leilão de térmicas e das chances de decepcionar os investidores, o Itaú BBA passou a olhar para a Eneva com mais cautela.
O banco rebaixou nesta quarta-feira (14) a recomendação para as ações da empresa de compra para neutro, com preço-alvo de R$ 17 para 2023 — o que representa um potencial de valorização de 7% em relação ao fechamento de terça-feira (13).
A mudança teve impacto na performance dos papéis da Eneva na B3. Mais cedo, eles chegaram a cair mais de 3% e a liderar o bloco de maiores baixas do Ibovespa. Mas, acabaram fechando com queda de 2,52%, cotados a R$ 15,47.
Os motivos do rebaixamento
Na prática, além do leilão, foram três os motivos que levaram o Itaú BBA a rebaixar a recomendação para as ações da Eneva (ENEV3).
Leia Também
- avaliação pouco atraente;
- maior concorrência no leilão, potencialmente reduzindo a criação de valor;
- pior perspectiva para o despacho térmico em 2022-2023;
- demora além do previsto do negócio envolvendo o Polo Bahia Terra.
Sobre a valorização, as ações da Eneva subiram 16% desde o anúncio do follow-on, que ocorreu em 15 de junho, e o Itaú BBA acredita que grande parte do potencial de alta ligada ao leilão de 30 de setembro já foi precificado.
Com o edital aprovado pela Aneel no final de agosto, o leilão contratará 2 gigawatts (GW) de projetos termelétricos movidos a gás natural, sendo 1 GW na região Norte e 1 GW nos estados do Maranhão e Piauí.
Para o banco, a Eneva pode não estar sozinha para a contratação de 1 GW de capacidade na região amazônica. Segundo a própria empresa, a Petrobras (PETR4) pode ter negociado um contrato de gás do polo de Urucu com outros desenvolvedores de termelétricas, permitindo a participação no certame.
Soma-se a esse quadro, a piora na perspectiva para o despacho térmico em 2022-2023, devido aos prováveis níveis baixos de preços no mercado à vista.
E, por fim, o Itaú BBA afirma que o negócio envolvendo Bahia Terra, da Petrobras, está demorando mais do que o esperado. O processo de venda do Polo foi paralisado em junho após decisão judicial.
- Leia também: Como a Méliuz (CASH3) foi do céu ao inferno após o IPO e o que esperar da empresa de cashback
Os cenários para a Eneva (ENEV3)
O cenário base do Itaú BBA leva em conta um preço por ação de R$ 17 e assume os ativos existentes, considerando ainda que a Eneva (ENEV3) venda 600 MW de capacidade no leilão pelo preço máximo.
No melhor cenário, o papel vai a R$ 20,40 e considera a venda de 900 MW no leilão pelo preço máximo e R$ 1 por ação de valor presente líquido (NPV) da aquisição do Bahia Terra, bem como maior despacho térmico.
Mas, no pior cenário, o preço da ação da Eneva cai a R$ 12,50, considerando apenas projetos existentes e nenhum potencial de valorização do leilão de 30 de setembro, além de menor despacho térmico de longo prazo.
Dólar abaixo de R$ 5? Como a vitória de Trump na guerra comercial pode ser positiva para o Brasil
Guilherme Abbud, CEO e CIO da Persevera Asset, fala sobre os motivos para ter otimismo com os ativos de risco no Touros e Ursos desta semana
Exclusivo: A nova aposta da Kinea para os próximos 100 anos — e como investir como a gestora
A Kinea Investimentos acaba de revelar sua nova aposta para o próximo século: o urânio e a energia nuclear. Entenda a tese de investimento
Entra Cury (CURY3), sai São Martinho (SMTO3): bolsa divulga segunda prévia do Ibovespa
Na segunda prévia, a Cury fez sua estreia com 0,210% de peso para o período de setembro a dezembro de 2025, enquanto a São Martinho se despede do índice
Petrobras (PETR4), Gerdau (GGBR4) e outras 3 empresas pagam dividendos nesta semana; saiba quem recebe
Cinco companhias listadas no Ibovespa (IBOV) entregam dividendos e juros sobre capital próprio (JCP) aos acionistas na terceira semana de agosto
Howard Marks zera Petrobras e aposta na argentina YPF — mas ainda segura quatro ações brasileiras
A saída da petroleira estatal marca mais um corte de exposição brasileira, apesar do reforço em Itaú e JBS
Raízen (RAIZ4) e Braskem (BRKM5) derretem mais de 10% cada: o que movimentou o Ibovespa na semana
A Bolsa brasileira teve uma ligeira alta de 0,3% em meio a novos sinais de desaceleração econômica doméstica; o corte de juros está próximo?
Ficou barata demais?: Azul (AZUL4) leva puxão de orelha da B3 por ação abaixo de R$ 1; entenda
Em comunicado, a companhia aérea informou que tem até 4 de fevereiro de 2026 para resolver o problema
Nubank dispara 9% em NY após entregar rentabilidade maior que a do Itaú no 2T25 — mas recomendação é neutra, por quê?
Analistas veem limitações na capacidade de valorização dos papéis diante de algumas barreiras de crescimento para o banco digital
TRXF11 renova apetite por aquisições: FII adiciona mais imóveis no portfólio por R$ 98 milhões — e leva junto um inquilino de peso
Com a transação, o fundo imobiliário passa a ter 72 imóveis e um valor total investido de mais de R$ 3,9 bilhões em ativos
Banco do Brasil (BBAS3): Lucro de quase R$ 4 bilhões é pouco ou o mercado reclama de barriga cheia?
Resultado do segundo trimestre de 2025 veio muito abaixo do esperado; entenda por que um lucro bilionário não é o bastante para uma instituição como o Banco do Brasil (BBAS3)
FII anuncia venda de imóveis por R$ 90 milhões e mira na redução de dívidas; cotas sobem forte na bolsa
Após acumular queda de mais de 67% desde o início das operações na B3, o fundo imobiliário vem apostando na alienação de ativos do portfólio para reduzir passivos
“Basta garimpar”: A maré virou para as small caps, mas este gestor ainda vê oportunidade em 20 ações de ‘pequenas notáveis’
Em meio à volatilidade crescente no mercado local, Werner Roger, gestor da Trígono Capital, revelou ao Seu Dinheiro onde estão as principais apostas da gestora em ações na B3
Dólar sobe a R$ 5,4018 e Ibovespa cai 0,89% com anúncio de pacote do governo para conter tarifaço. Por que o mercado torceu o nariz?
O plano de apoio às empresas afetadas prevê uma série de medidas construídas junto aos setores produtivos, exportadores, agronegócio e empresas brasileiras e norte-americanas
Outra rival para a B3: CSD BR recebe R$ 100 milhões do Citi, Morgan Stanley e UBS para criar nova bolsa no Brasil
Investimento das gigantes financeiras é mais um passo para a empresa, que já tem licenças de operação do Banco Central e da CVM
HSML11 amplia aposta no SuperShopping Osasco e passa a deter mais de 66% do ativo
Com a aquisição, o fundo imobiliário concluiu a aquisição adicional do shopping pretendida com os recursos da 5ª emissão de cotas
Bolsas no topo e dólar na base: estas são as estratégias de investimento que o Itaú (ITUB4) está recomendando para os clientes agora
Estrategistas do banco veem um redirecionamento global de recursos que pode chegar ao Brasil, mas existem algumas condições pelo caminho
A Selic vai cair? Surpresa em dado de inflação devolve apetite ao risco — Ibovespa sobe 1,69% e dólar cai a R$ 5,3870
Lá fora os investidores também se animaram com dados de inflação divulgados nesta terça-feira (12) e refizeram projeções sobre o corte de juros pelo Fed
Patria Investimentos anuncia mais uma mudança na casa — e dessa vez não inclui compra de FIIs; veja o que está em jogo
A movimentação está sendo monitorada de perto por especialistas do setor imobiliário
Stuhlberger está comprando ações na B3… você também deveria? O que o lendário fundo Verde vê na bolsa brasileira hoje
A Verde Asset, que hoje administra mais de R$ 16 bilhões em ativos, aumentou a exposição comprada em ações brasileiras no mês passado; entenda a estratégia
FII dá desconto em aluguéis para a Americanas (AMER3) e cotas apanham na bolsa
O fundo imobiliário informou que a iniciativa de renegociação busca evitar a rescisão dos contratos pela varejista