Bank of America prevê trimestre difícil para construtoras da B3, mas enxerga três oportunidades no setor — veja quais
Os analistas do BofA preferem os papéis do segmento de baixa renda que, ainda que mais pressionados pela inflação, podem entregar um crescimento lucrativo
Prepare-se para (um pouco mais) de impacto, é o que aconselha o Bank of America para os acionistas das construtoras e incorporadoras da B3 durante a temporada de balanços. O banco de investimentos acredita que o segundo trimestre não foi fácil para o setor.
“Embora os resultados de média e alta renda provavelmente sejam menos agitados, acreditamos que as compressões de margem podem pressionar as ações de baixa renda”, escrevem os analistas, em relatório divulgado nesta terça-feira (26).
Mas, mesmo com a perspectiva ruim para as margens, o BofA prefere os papéis do segundo segmento — especialmente nomes como Cury (CURY3) e Direcional (DIRR3), que podem entregar um crescimento lucrativo.
O banco recomenda ainda ações com um valor oculto, como é o caso da MRV (MRVE3). Sua subsidiária norte-americana, a Resia, ainda não foi precificada pelo mercado e é um gatilho de valorização para os papéis.
O que esperar das principais construtoras da B3?
Além de nomear suas favoritas, o Bank of America também contou quais são suas expectativas para os principais nomes do setor.
Para os analistas, os players de baixa renda devem entregar projetos com margens mais baixas. Os empreendimentos foram vendidos antes do aumento de preços, porém enfrentam os níveis de custos atuais nos canteiros.
Leia Também
“A Tenda (TEND3) provavelmente verá a maior redução nas margens brutas entre os pares”, afirma o banco. A MRV, por outro lado, se beneficiará das vendas reportadas pelas subsidiárias Luggo e Resia durante o trimestre.
Cury e Direcional também devem mostrar uma aceleração da recuperação da receita líquida, com forte crescimento em vendas e lançamentos no ano passado.
Já as construtoras voltadas à média e alta renda veem as margens apontarem temporariamente para baixo, considerando a defasagem da inflação e os custos de obras.
A EZTec (EZTC3), por exemplo, sofrerá com a forte base de comparação do primeiro trimestre, enquanto a Cyrela (CYRE3) apresentará margens superiores no mesmo período.
Por fim, a Cury (CURY3) deve reportar resultados fortes, enquanto as margens da Even (EVEN3) podem ser afetadas por descontos no inventário.
Veja também — 'Saldão' dos FIIs: os fundos imobiliários mais baratos para investir no 2° semestre de 2022
Para ficar de olho
O balanço é essencial para que o mercado entenda como foi o trimestre das construtoras. Mas, além dos números, o Bank of America argumenta que os investidores também devem ficar de olho em outros elementos.
Os cancelamentos e as vendas de estoque, por exemplo, são um fator de atenção para as construtoras de média e alta renda.
Já para o segmento mais baixo, o foco é nas margens de novos empreendimentos e na estratégia de absorção de mudanças no Casa Verde e Amarela.
Por falar no programa habitacional, o banco enxerga como positivas as novidades recentes, mas ainda está “cauteloso” em relação à rapidez com que isso será traduzido em margens. “Particularmente em regiões mais competitivas, dado que as empresas provavelmente aumentarão os preços gradualmente”, destaca o BofA.
Quando as mudanças estiverem devidamente incorporadas, os analistas calculam que o ganho de poder de compra será de 20%, em média, para consumidores com renda entre R$ 1,4 mil e R$ 7 mil.
Ibovespa na China: Itaú Asset e gestora chinesa obtêm aprovação para negociar o ETF BOVV11 na bolsa de Xangai
Parceria faz parte do programa ETF Connect, que prevê cooperação entre a B3 e as bolsas chinesas, com apoio do Ministério da Fazenda e da CVM
Envelhecimento da população da América Latina gera oportunidades na bolsa — Santander aponta empresas vencedoras e quem perde nessa
Nova demografia tem potencial de impulsionar empresas de saúde, varejo e imóveis, mas pressiona contas públicas e produtividade
Ainda vale a pena investir nos FoFs? BB-BI avalia as teses de seis Fundos de Fundos no IFIX e responde
Em meio ao esquecimento do segmento, o analista do BB-BI avalia as teses de seis Fundos de Fundos que possuem uma perspectiva positiva
Bolsas renovam recordes em Nova York, Ibovespa vai aos 147 mil pontos e dólar perde força — o motivo é a inflação aqui e lá fora. Mas e os juros?
O IPCA-15 de outubro no Brasil e o CPI de setembro nos EUA deram confiança aos investidores de que a taxa de juros deve cair — mais rápido lá fora do que aqui
Com novo inquilino no pedaço, fundo imobiliário RBVA11 promete mais renda e menos vacância aos cotistas
O fundo imobiliário RBVA11, da Rio Bravo, fechou contrato de locação com a Fan Foods para um restaurante temático na Avenida Paulista, em São Paulo, reduzindo a vacância e ampliando a diversificação do portfólio
Fiagro multiestratégia e FoFs de infraestrutura: as inovações no horizonte dos dois setores segundo a Suno Asset e a Sparta
Gestores ainda fazem um alerta para um erro comum dos investidores de fundos imobiliários que queiram alocar recursos em Fiagros e FI-Infras
FIIs atrelados ao CDI: de patinho feio à estrela da noite — mas fundos de papel ainda não decolam, segundo gestor da Fator
Em geral, o ciclo de alta dos juros tende a impulsionar os fundos imobiliários de papel. Mas o voo não aconteceu, e isso tem tudo a ver com os últimos eventos de crédito do mercado
JP Morgan rebaixa Fleury (FLRY3) de compra para venda por desinteresse da Rede D’Or, e ações têm maior queda do Ibovespa
Corte de recomendação leva os papéis da rede de laboratórios a amargar uma das maiores quedas do Ibovespa nesta quarta (22)
“Não é voo de galinha”: FIIs de shoppings brilham, e ainda há espaço para mais ganhos, segundo gestor da Vinci Partners
Rafael Teixeira, gestor da Vinci Partners, avalia que o crescimento do setor é sólido, mas os spreads estão maiores do que deveriam
Ouro cai mais de 5% com correção de preço e tem maior tombo em 12 anos — Citi zera posição no metal precioso
É a pior queda diária desde 2013, em um movimento influenciado pelo dólar mais forte e perspectiva de inflação menor nos EUA
Por que o mercado ficou tão feliz com a prévia da Vamos (VAMO3) — ação chegou a subir 10%
Após divulgar resultados operacionais fortes e reforçar o guidance para 2025, os papéis disparam na B3 com investidores embalados pelo ritmo de crescimento da locadora de caminhões e máquinas
Brava Energia (BRAV3) enxuga diretoria em meio a reestruturação interna e ações têm a maior queda do Ibovespa
Companhia simplifica estrutura, une áreas estratégicas e passa por mudanças no alto escalão enquanto lida com interdição da ANP
Inspirada pela corrida pelo ouro, B3 lança Índice Futuro de Ouro (IFGOLD B3), 12° novo indicador do ano
Novo indicador reflete a crescente demanda pelo ouro, com cálculos diários baseados no valor de fechamento do contrato futuro negociado na B3
FII RCRB11 zera vacância do portfólio — e cotistas vão sair ganhando com isso
O contrato foi feito no modelo plug-and-play, em que o imóvel é entregue pronto para uso imediato
Recorde de vendas e retorno ao Minha Casa Minha Vida: é hora de comprar Eztec (EZTC3)? Os destaques da prévia do 3T25
BTG destaca solidez nos números e vê potencial de valorização nas ações, negociadas a 0,7 vez o valor patrimonial, após a Eztec registrar o maior volume de vendas brutas da sua história e retomar lançamentos voltados ao Minha Casa Minha Vida
Usiminas (USIM5) lidera os ganhos do Ibovespa e GPA (PCAR3) é a ação com pior desempenho; veja as maiores altas e quedas da semana
Bolsa se recuperou e retornou aos 143 mil pontos com melhora da expectativa para negociações entre Brasil e EUA
Como o IFIX sobe 15% no ano e captações de fundos imobiliários continuam fortes mesmo com os juros altos
Captações totalizam R$ 31,5 bilhões até o fim de setembro, 71% do valor captado em 2024 e mais do que em 2023 inteiro; gestores usam estratégias para ampliar portfólio de fundos
De operário a milionário: Vencedor da Copa BTG Trader operava “virado”
Agora milionário, trader operava sem dormir, após chegar do turno da madrugada em seu trabalho em uma fábrica
Apesar de queda com alívio nas tensões entre EUA e China, ouro tem maior sequência de ganhos semanais desde 2008
O ouro, considerado um dos ativos mais seguros do mundo, acumulou valorização de 5,32% na semana, com maior sequência de ganhos semanais desde setembro de 2008.
Roberto Sallouti, CEO do BTG, gosta do fundamento, mas não ignora análise técnica: “o mercado te deixa humilde”
No evento Copa BTG Trader, o CEO do BTG Pactual relembrou o início da carreira como operador, defendeu a combinação entre fundamentos e análise técnica e alertou para um período prolongado de volatilidade nos mercados
