UBS corta preço-alvo de Méliuz pela metade; saiba se é hora de comprar ou vender CASH3
O banco manteve a recomendação neutra; apesar do corte, o preço-alvo em R$ 1,40 indica uma valorização de 31% dos papéis em relação ao fechamento na terça-feira (02)

Olhando para o cenário macroeconômico mais difícil, com a desaceleração do e-commerce e uma prévia operacional que indica um segundo trimestre mais fraco, a Méliuz (CASH3) não brilha aos olhos do UBS BB.
A menos de quinze dias da divulgação do balanço do segundo trimestre, o banco cortou o preço-alvo dos papéis CASH3 pela metade, de R$ 3,00 para R$ 1,40 — o que ainda indica uma valorização de 31% em relação ao fechamento do dia anterior (02), quando o papel era cotado a R$ 1,07.
Já a recomendação neutra foi mantida. No pregão desta quarta-feira (03), as ações CASH3 fecharam em alta de 6,54%, a R$ 1,14.
O que o UBS vê na Méliuz (CASH3)?
Na visão do UBS, a Méliuz deve enfrentar, no curto prazo, uma desaceleração acompanhada de um engajamento mais lento dos clientes — o que pode afetar diretamente as receitas, enquanto as despesas permanecem altas.
O corte no preço-alvo foi resultado de uma previsão de queda nos lucros: segundo o UBS, as receitas do marketplace devem cair cerca de 8% em 2022 e mais 3% no ano seguinte.
Vale ressaltar que a prévia operacional no segundo trimestre apontou queda de 13% de usuários ativos do marketplace.
Leia Também
Contudo, os serviços financeiros — conta digital, cartão de crédito e a política de cashback — devem dar um fôlego à companhia. De acordo com a projeção do banco, as receitas desse braço da Méliuz devem aumentar 58% em 2022 e 63% em 2023.
Um dos motivos para essa avaliação é a recente aquisição da fintech Bankly, cuja conclusão de compra foi aprovada pelo Banco Central em março.
O negócio de R$ 324,5 milhões é uma das apostas da Méliuz para expandir o seu ecossistema de serviço de contas digitais — que aumentou a base de clientes e, até agora, tem cerca de 1,2 milhão de usuários ativos.
O banco UBS ainda considerou outros pontos:
- As despesas operacionais devem aumentar em 16% em 2022, em razão da incorporação da fintech, o que resulta em mais investimentos em pessoal. A estimativa é de que haja crescimento de 32% de colaboradores neste ano, além de aumento nas despesas gerais em 67%;
- A empresa deve registrar prejuízo líquido de R$ 39,2 milhões neste ano. No primeiro trimestre, o prejuízo foi de R$ 6,5 milhões.
Por fim, a instituição financeira aponta que as perdas são justificadas pela dependência do e-commerce, pelo cenário de menor liquidez e pelos riscos macroeconômicos, como um ambiente fraco e com sucessivas mudanças nas taxas de juros.
Desempenho da Méliuz
Na última semana, as ações da Méliuz se mantiveram em alta, na contramão do desempenho do último mês, de 2,86%, atingindo a cotação máxima de R$ 1,11.
Por sua vez, os papéis CASH3 em julho registraram queda de 1,82%; em um ano, as ações despencam 90,28%.
A divulgação do balanço da empresa será em 15 de agosto, após o fechamento do mercado.
VEJA TAMBÉM - AS AÇÕES COM A MAIOR 'PROMOÇÃO' DA HISTÓRIA? I RECESSÃO global à vista: hora de investir na BOLSA?
Cade admite Petlove como terceira interessada, e fusão entre Petz e Cobasi pode atrasar
Petlove alega risco de monopólio regional e distorção competitiva no setor pet com criação de gigante de R$ 7 bilhões
JBS (JBSS3) avança rumo à dupla listagem, na B3 e em NY; isso é bom para as ações? Saiba o que significa para a empresa e os acionistas
Próximo passo é votação da dupla listagem em assembleia marcada para 23 de maio; segundo especialistas, dividendos podem ser afetados
Azul (AZUL4) capta R$ 1,66 bilhão em oferta de ações e avança na reestruturação financeira
Oferta da aérea visa também a melhorar a estrutura de capital, aumentar a liquidez das ações e equitizar dívidas, além de incluir bônus de subscrição aos acionistas
A decisão de Elon Musk que faz os investidores ignorarem o balanço ruim da Tesla (TSLA34)
Ações da Tesla (TSLA34) sobem depois de Elon Musk anunciar que vai diminuir o tempo dedicado ao trabalho no governo Trump. Entenda por que isso acontece.
Agora 2025 começou: Ibovespa se prepara para seguir nos embalos da festa do estica e puxa de Trump — enquanto ele não muda de ideia
Bolsas internacionais amanheceram em alta nesta quarta-feira diante dos recuos de Trump em relação à guerra comercial e ao destino de Powell
Méliuz (CASH3): BTG Pactual aumenta participação acionária na companhia e ações saltam mais de 14%; entenda
Papéis voltam aos holofotes do mercado aos poucos, desde que o Méliuz tomou a decisão de investir em bitcoin, em março
Até tu, Nvidia? “Queridinha” do mercado tomba sob Trump; o que esperar do mercado nesta quarta
Bolsas continuam de olho nas tarifas dos EUA e avaliam dados do PIB da China; por aqui, investidores reagem a relatório da Vale
Méliuz (CASH3) quer adotar o bitcoin como estratégia de longo prazo e conselho convoca assembleia para deliberar sobre os novos planos
A empresa realizou um estudo para planejar a adoção da nova estratégia. Os acionistas que não tiverem interesse serão reembolsados no valor de suas ações
Senta que lá vem mais tarifa: China retalia (de novo) e mercados reagem, em meio ao fogo cruzado
Por aqui, os investidores devem ficar com um olho no peixe e outro no gato, acompanhando os dados do IPCA e do IBC-Br, considerado a prévia do PIB nacional
Decisão polêmica: Ibovespa busca recuperação depois de temor de recessão nos EUA derrubar bolsas ao redor do mundo
Temores de uma recessão nos EUA provocaram uma forte queda em Wall Street e lançaram o dólar de volta à faixa de R$ 5,85
Bitcoin (BTC) no caixa é só um dos pilares da estratégia do Méliuz (CASH3) para reconquistar atenção para as ações após drenagem de liquidez
Ao Seu Dinheiro, o fundador Israel Salmen conta que quer reduzir a dependência das plataformas de e-commerce e apostar em um novo mercado; confira a entrevista na íntegra
Mata-mata ou pontos corridos? Ibovespa busca nova alta em dia de PIB, medidas de Lula, payroll e Powell
Em meio às idas e vindas da guerra comercial de Donald Trump, PIB fechado de 2024 é o destaque entre os indicadores de hoje
Méliuz (CASH3) tenta replicar estratégia de Michael Saylor para voltar a brilhar na bolsa; ação dispara mais de 16% após compra de US$ 4,1 milhões em bitcoin (BTC)
O Méliuz aposta no mundo da criptomoeda para se proteger da alta de juros no Brasil, enquanto vê as ações perderem metade do valor de mercado
Adeus, centavo: Após décadas de reclamações, Trump decreta fim do ‘penny’, a moeda de um centavo nos EUA
O presidente dos EUA anunciou no início de fevereiro que ordenou que o governo interrompesse a produção da moeda, cujo poder de compra ficou no passado
Memórias de uma janela fechada: Ibovespa busca manter alta com Wall Street de volta ao jogo e negociações sobre guerra na Ucrânia
Diante da agenda fraca, negociações entre EUA e Rússia ocorrem na Arábia Saudita, mas exclui os ucranianos da conversa
Por que a ação do Méliuz (CASH3) chega a cair mais de 10% na B3 hoje — e o que o Banco BV tem a ver com isso
O desempenho negativo desta sessão vem na esteira do anúncio de atualizações na aliança estratégica com o Banco BV; saiba o que mudou no acordo comercial
Ultrapar (UGPA3) pretende investir até R$ 2,5 bilhões em 2025 – e a maior parte deve ir ‘lá para o posto Ipiranga’
Plano apresentado pela Ultrapar (UGPA3) prevê investimentos de até R$ 2,542 bilhões este ano, com 60% do valor destinados à expansão do grupo
O raio-x da Moody’s para quem investe em empresas brasileiras: quais devem sofrer o maior e o menor impacto dos juros altos
Aumento da Selic, inflação persistente e depreciação cambial devem pressionar a rentabilidade das companhias nacionais em diferentes graus, segundo a agência de classificação de risco
Em mais uma etapa da reestruturação financeira, Azul (AZUL4) aprova aumento de capital em até R$ 6,1 bilhões – mercado reage e ação cai
Conselho de administração da Azul aprova aumento de capital da companhia em até R$ 6,1 bilhões; ação fica entre maiores quedas do Ibovespa nesta manhã (5)
Sob nova direção: Petrobras (PETR4), Cosan (CSAN3) … relembre algumas das principais empresas que anunciaram novos CEOs para 2025
CEOs: Para relembrar as trocas anunciadas no segundo semestre, reunimos as principais empresas do país que começam o ano sob nova direção