Com a Selic acima de 10%, quais os próximos passos do BC? O podcast Touros e Ursos debate o futuro da taxa de juros
No podcast Touros e Ursos desta semana, a equipe do SD discutiu o cenário para a Selic e o BC em 2022. Até onde o Copom vai subir os juros?
A reunião de política monetária do Copom, na próxima quarta-feira (2), não deve trazer surpresas: o BC deu todos os sinais de que elevará a Selic em 1,5 ponto percentual (p.p.), a 10,75% ao ano. Mas, se a decisão em si parece tomada, as sinalizações para o futuro permanecem incertas — e o podcast Touros e Ursos discutiu os possíveis próximos passos do Banco Central. Para ouvir o programa, é só dar play:
Em primeiro lugar: caso o cenário-base se concretize, teremos uma Selic acima dos 10% ao ano pela primeira vez desde maio de 2017. Vale lembrar, também, que a taxa básica de juros estava em 2% em janeiro de 2020. Portanto, tivemos uma elevação bastante intensa e num período relativamente curto de tempo.
Esse movimento brusco se fez necessário por causa da explosão da inflação — em 2021, o IPCA ficou acima dos 10%, muito acima do teto da meta do BC. A injeção de recursos na economia por causa da pandemia e a vasta liquidez no sistema financeiro foram úteis para impedir uma paralisia da atividade durante a crise da Covid, mas trouxe desdobramentos indesejados no front do comportamento dos preços.
Dito isso, os índices de inflação seguem superando as projeções do mercado, mês a mês, sem grandes sinais de arrefecimento. E, em paralelo, as projeções de crescimento da economia do Brasil em 2022 seguem bastante baixas — a leitura quase unânime é a de que o PIB do país avançará perto de 0,5% neste ano.
Dado esse contexto, chegamos ao segundo ponto: não há um consenso quanto aos rumos a serem tomados pelo BC. Parte dos economistas pondera que o Copom deve optar pelo mesmo caminho do Fed, combatendo a inflação com unhas e dentes; mas outra parte lembra que os efeitos da política monetária sempre possuem uma defasagem.
Ou seja, a economia ainda não reflete o atual patamar dos juros. Nessa linha de pensamento, a inflação deve ceder com força a partir do segundo semestre, em resposta à escalada da Selic nos últimos meses — e, sendo assim, continuar elevando a taxa pode causar um efeito colateral grave: uma depressão econômica mais intensa no futuro.
Leia Também

Destaques da semana para além da Selic
No episódio mais recente do podcast Touros e Ursos, a equipe do Seu Dinheiro também discutiu outros assuntos que deram o que falar nos últimos dias. A nova oferta de ações da Arezzo, o imbróglio entre a CVM e os Fundos Imobiliários, o forte balanço da Apple e os desdobramentos da crise entre Rússia e Ucrânia também foram tema do programa.
Para ouvir a íntegra — e os episódios anteriores — é só dar play!
Fiagro multiestratégia e FoFs de infraestrutura: as inovações no horizonte dos dois setores segundo a Suno Asset e a Sparta
Gestores ainda fazem um alerta para um erro comum dos investidores de fundos imobiliários que queiram alocar recursos em Fiagros e FI-Infras
FIIs atrelados ao CDI: de patinho feio à estrela da noite — mas fundos de papel ainda não decolam, segundo gestor da Fator
Em geral, o ciclo de alta dos juros tende a impulsionar os fundos imobiliários de papel. Mas o voo não aconteceu, e isso tem tudo a ver com os últimos eventos de crédito do mercado
JP Morgan rebaixa Fleury (FLRY3) de compra para venda por desinteresse da Rede D’Or, e ações têm maior queda do Ibovespa
Corte de recomendação leva os papéis da rede de laboratórios a amargar uma das maiores quedas do Ibovespa nesta quarta (22)
“Não é voo de galinha”: FIIs de shoppings brilham, e ainda há espaço para mais ganhos, segundo gestor da Vinci Partners
Rafael Teixeira, gestor da Vinci Partners, avalia que o crescimento do setor é sólido, mas os spreads estão maiores do que deveriam
Ouro cai mais de 5% com correção de preço e tem maior tombo em 12 anos — Citi zera posição no metal precioso
É a pior queda diária desde 2013, em um movimento influenciado pelo dólar mais forte e perspectiva de inflação menor nos EUA
Por que o mercado ficou tão feliz com a prévia da Vamos (VAMO3) — ação chegou a subir 10%
Após divulgar resultados operacionais fortes e reforçar o guidance para 2025, os papéis disparam na B3 com investidores embalados pelo ritmo de crescimento da locadora de caminhões e máquinas
Brava Energia (BRAV3) enxuga diretoria em meio a reestruturação interna e ações têm a maior queda do Ibovespa
Companhia simplifica estrutura, une áreas estratégicas e passa por mudanças no alto escalão enquanto lida com interdição da ANP
Inspirada pela corrida pelo ouro, B3 lança Índice Futuro de Ouro (IFGOLD B3), 12° novo indicador do ano
Novo indicador reflete a crescente demanda pelo ouro, com cálculos diários baseados no valor de fechamento do contrato futuro negociado na B3
FII RCRB11 zera vacância do portfólio — e cotistas vão sair ganhando com isso
O contrato foi feito no modelo plug-and-play, em que o imóvel é entregue pronto para uso imediato
Recorde de vendas e retorno ao Minha Casa Minha Vida: é hora de comprar Eztec (EZTC3)? Os destaques da prévia do 3T25
BTG destaca solidez nos números e vê potencial de valorização nas ações, negociadas a 0,7 vez o valor patrimonial, após a Eztec registrar o maior volume de vendas brutas da sua história e retomar lançamentos voltados ao Minha Casa Minha Vida
Usiminas (USIM5) lidera os ganhos do Ibovespa e GPA (PCAR3) é a ação com pior desempenho; veja as maiores altas e quedas da semana
Bolsa se recuperou e retornou aos 143 mil pontos com melhora da expectativa para negociações entre Brasil e EUA
Como o IFIX sobe 15% no ano e captações de fundos imobiliários continuam fortes mesmo com os juros altos
Captações totalizam R$ 31,5 bilhões até o fim de setembro, 71% do valor captado em 2024 e mais do que em 2023 inteiro; gestores usam estratégias para ampliar portfólio de fundos
De operário a milionário: Vencedor da Copa BTG Trader operava “virado”
Agora milionário, trader operava sem dormir, após chegar do turno da madrugada em seu trabalho em uma fábrica
Apesar de queda com alívio nas tensões entre EUA e China, ouro tem maior sequência de ganhos semanais desde 2008
O ouro, considerado um dos ativos mais seguros do mundo, acumulou valorização de 5,32% na semana, com maior sequência de ganhos semanais desde setembro de 2008.
Roberto Sallouti, CEO do BTG, gosta do fundamento, mas não ignora análise técnica: “o mercado te deixa humilde”
No evento Copa BTG Trader, o CEO do BTG Pactual relembrou o início da carreira como operador, defendeu a combinação entre fundamentos e análise técnica e alertou para um período prolongado de volatilidade nos mercados
Há razão para pânico com os bancos nos EUA? Saiba se o país está diante de uma crise de crédito e o que fazer com o seu dinheiro
Mesmo com alertas de bancos regionais dos EUA sobre o aumento do risco de inadimplência de suas carteiras de crédito, o risco não parece ser sistêmico, apontam especialistas
Citi vê mais instabilidade nos mercados com eleições de 2026 e tarifas e reduz risco em carteira de ações brasileiras
Futuro do Brasil está mais incerto e analistas do Citi decidiram reduzir o risco em sua carteira recomendada de ações MVP para o Brasil
Kafka em Wall Street: Por que você deveria se preocupar com uma potencial crise nos bancos dos EUA
O temor de uma infestação no setor financeiro e no mercado de crédito norte-americano faz pressão sobre as bolsas hoje
B3 se prepara para entrada de pequenas e médias empresas na Bolsa em 2026 — via ações ou renda fixa
Regime Fácil prevê simplificação de processos e diminuição de custos para que companhias de menor porte abram capital e melhorem governança
Carteira ESG: BTG passa a recomendar Copel (CPLE6) e Eletrobras (ELET3) por causa de alta no preço de energia; veja as outras escolhas do banco
Confira as dez escolhas do banco para outubro que atendem aos critérios ambientais, sociais e de governança corporativa
