Esquenta dos mercados: Ata do Fed dá o tom da semana para bolsas internacionais; Ibovespa aguarda números da prévia do PIB
O índice local entra na reta final da temporada de balanços, que vem animando a bolsa brasileira nas últimas semanas
A safra de balanços do segundo trimestre de 2022 termina hoje com um saldo para lá de positivo para o principal índice da bolsa brasileira. O Ibovespa acaba de emplacar quatro semanas seguidas em alta.
O avanço de 2,8% registrado na última sexta-feira levou o Ibovespa de volta à faixa dos 112 mil pontos — de 96 mil no meio de julho. Só na semana passada, a alta acumulada foi de 5,9%.
No que depender dos sinais vindos do exterior, o Ibovespa ficará por sua própria conta e risco nesta segunda-feira (15). Tanto na Europa quanto nos Estados Unidos, os investidores monitoram o mercado na busca por algum catalisador que justifique uma alta.
Dados vindos da China frustraram a expectativa dos analistas. De acordo com as autoridades chinesas, as vendas no varejo e a produção industrial cresceram em julho, mas menos que o esperado.
Ainda, o Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês), reduziu algumas taxas de juros de maneira inesperada e fez uma injeção de liquidez nos mercados. Alguns analistas acreditam que a política de “tolerância zero” contra a covid-19 gerou um impacto econômico além do esperado, o que exigiu uma guinada mais intensa contra a desaceleração econômica.
Somado a isso, os investidores ainda aguardam a ata da mais recente reunião do Federal Reserve e maiores detalhes sobre a política de juros e aperto monetário dos Estados Unidos.
Leia Também
Confira o que movimenta as bolsas, o dólar e o Ibovespa nos próximos dias:
Veja também: APELO DA LUIZA TRAJANO TEVE MOTIVO
Ibovespa hoje: atividade econômica e balanços
A expectativa é de que os últimos balanços da temporada por aqui, que incluem empresas como CSN, Vibra e Itaúsa, movimentem o pregão de hoje e provoquem alguma onda amanhã. Mas e depois?
Quando a temporada de balanços terminar, os investidores vão ter alguma dificuldade para encontrar gatilhos para manter a recuperação do Ibovespa de quarta-feira em diante.
Além disso, vale lembrar que a disputa eleitoral está a todo o vapor. A próxima terça-feira (16) marca o início oficial da campanha para as eleições de outubro deste ano, o que deve movimentar o noticiário nos próximos dias.
Atividade econômica em recuperação
Ainda hoje, para além dos últimos balanços da temporada, os investidores estarão de olho no IBC-Br de junho. O índice é considerado uma prévia do PIB e a expectativa é de alta na leitura de junho.
Nas projeções dos especialistas ouvidos pelo Broadcast, a mediana das expectativas aponta para uma alta de 0,38%, contra queda de 0,11% no mês anterior. Na passagem dos últimos 12 meses, o IBC-Br deve subir 2,60%.
Analistas esperam que, pelo retrovisor, o dado indique alguma recuperação da economia no mês que fechou o segundo trimestre. Entretanto, é improvável que o movimento apague as quedas registradas em abril e maio.
Seja como for, o IBC-Br ajudará os investidores a recalibrarem as expectativas para o PIB brasileiro em 2022.
Bolsas lá fora: PIB e inflação movimentam o exterior
Ao longo da semana, os investidores também estarão de olho nos indicadores vindos da Europa, especialmente nos números do PIB e da inflação da zona do euro.
Os dados fornecerão novas pistas sobre os temores de que a região entre em recessão.
Por fim, a publicação mais importante da semana fica para a ata da mais recente reunião de política monetária do Fed. O maior BC do planeta deve dar novas pistas sobre a continuidade do aperto monetário para as próximas reuniões.
Na última leitura, o CPI — o índice de inflação — norte-americano registrou estabilidade, o que animou os investidores com a possibilidade de um ciclo menor de juros altos. Os representantes do Fed, entretanto, já afirmaram que os números não são suficientes para encerrar o aperto monetário já na próxima reunião.
Seja como for, os investidores seguem de olho nas falas dos diretores do Federal Reserve ao longo da semana e qualquer novo indício de arrefecimento da alta de juros.
Bolsas na semana: agenda dos próximos dias
Segunda-feira (15)
- Banco Central: IBC-Br de junho (9h)
- Estados Unidos: Índice de atividade industrial Empire State de agosto (9h30)
- Banco Central: Balança comercial semanal (15h)
Terça-feira (16)
- FGV: Monitor do PIB (8h)
- Estados Unidos: PRodução industrial de julho (10h15)
- Estados Unidos: Estoques de gasolina (17h30)
Quarta-feira (17)
- Reino Unido: CPI e Núcleo do CPO (3h)
- Estados Unidos: Vendas no varejo de julho (9h30)
- Estados Unidos: Fed divulga a ata da sua mais recente reunião de política monetária (15h)
Quinta-feira (18)
- Zona do Euro: CPI e núcleo do CPI de julho (6h)
- Estados Unidos: Pedidos de auxílio-desemprego (9h30)
Sexta-feira (19)
- FGV: IGP-M de agosto (8h)
Balanços da semana
Confira o calendário completo de balanços aqui.
Segunda-feira (15)
Após o fechamento:
- Agrogalaxy (Brasil)
- Banco Inter (Brasil)
- Boa Safra Sementes (Brasil)
- Caixa Seguridade (Brasil)
- CSN (Brasil)
- CSN Mineração (Brasil)
- Even (Brasil)
- Gafisa (Brasil)
- IRB (Brasil)
- Itaúsa (Brasil)
- Méliuz (Brasil)
- Nubank (Brasil)
- Rede D’Or (Brasil)
- Vibra energia (Brasil)
- Yduqs (Brasil)
Ursos de 2025: Banco Master, Bolsonaro, Oi (OIBR3) e dólar… veja quem esteve em baixa neste ano na visão do Seu Dinheiro
Retrospectiva especial do podcast Touros e Ursos revela quem terminou 2025 em baixa no mercado, na política e nos investimentos; confira
Os recordes voltaram: ouro é negociado acima de US$ 4.450 e prata sobe a US$ 69 pela 1ª vez na história. O que mexe com os metais?
No acumulado do ano, a valorização do ouro se aproxima de 70%, enquanto a alta prata está em 128%
LCIs e LCAs com juros mensais, 11 ações para dividendos em 2026 e mais: as mais lidas do Seu Dinheiro
Renda pingando na conta, dividendos no radar e até metas para correr mais: veja os assuntos que dominaram a atenção dos leitores do Seu Dinheiro nesta semana
R$ 40 bilhões em dividendos, JCP e bonificação: mais de 20 empresas anunciaram pagamentos na semana; veja a lista
Com receio da nova tributação de dividendos, empresas aceleraram anúncios de proventos e colocaram mais de R$ 40 bilhões na mesa em poucos dias
Musk vira primeira pessoa na história a valer US$ 700 bilhões — e esse nem foi o único recorde de fortuna que ele bateu na semana
O patrimônio do presidente da Tesla atingiu os US$ 700 bilhões depois de uma decisão da Suprema Corte de Delaware reestabelecer um pacote de remuneração de US$ 56 bilhões ao executivo
Maiores quedas e altas do Ibovespa na semana: com cenário eleitoral e Copom ‘jogando contra’, índice caiu 1,4%; confira os destaques
Com Copom firme e incertezas políticas no horizonte, investidores reduziram risco e pressionaram o Ibovespa; Brava (BRAV3) é maior alta, enquanto Direcional (DIRR3) lidera perdas
Nem o ‘Pacman de FIIs’, nem o faminto TRXF11, o fundo imobiliário que mais cresceu em 2025 foi outro gigante do mercado; confira o ranking
Na pesquisa, que foi realizada com base em dados patrimoniais divulgados pelos FIIs, o fundo vencedor é um dos maiores nomes do segmento de papel
De olho na alavancagem, FIIs da TRX negociam venda de nove imóveis por R$ 672 milhões; confira os detalhes da operação
Segundo comunicado divulgado ao mercado, os ativos estão locados para grandes redes do varejo alimentar
“Candidatura de Tarcísio não é projeto enterrado”: Ibovespa sobe e dólar fecha estável em R$ 5,5237
Declaração do presidente nacional do PP, e um dos líderes do Centrão, senador Ciro Nogueira (PI), ajuda a impulsionar os ganhos da bolsa brasileira nesta quinta-feira (18)
‘Se eleição for à direita, é bolsa a 200 mil pontos para mais’, diz Felipe Miranda, CEO da Empiricus
CEO da Empiricus Research fala em podcast sobre suas perspectivas para a bolsa de valores e potenciais candidatos à presidência para eleições do próximo ano.
Onde estão as melhores oportunidades no mercado de FIIs em 2026? Gestores respondem
Segundo um levantamento do BTG Pactual com 41 gestoras de FIIs, a expectativa é que o próximo ano seja ainda melhor para o mercado imobiliário
Chuva de dividendos ainda não acabou: mais de R$ 50 bilhões ainda devem pingar na conta em 2025
Mesmo após uma enxurrada de proventos desde outubro, analistas veem espaço para novos anúncios e pagamentos relevantes na bolsa brasileira
Corrida contra o imposto: Guararapes (GUAR3) anuncia R$ 1,488 bilhão em dividendos e JCP com venda de Midway Mall
A companhia anunciou que os recursos para o pagamento vêm da venda de sua subsidiária Midway Shopping Center para a Capitânia Capital S.A por R$ 1,61 bilhão
Ação que triplicou na bolsa ainda tem mais para dar? Para o Itaú BBA, sim. Gatilho pode estar próximo
Alta de 200% no ano, sensibilidade aos juros e foco em rentabilidade colocam a Movida (MOVI3) no radar, como aposta agressiva para capturar o início do ciclo de cortes da Selic
Flávio Bolsonaro presidente? Saiba por que o mercado acendeu o sinal amarelo para essa possibilidade
Rodrigo Glatt, sócio-fundador da GTI, falou no podcast Touros e Ursos desta semana sobre os temores dos agentes financeiros com a fragmentação da oposição frente à reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva
‘Flávio Day’ e eleições são só ruído; o que determina o rumo do Ibovespa em 2026 é o cenário global, diz estrategista do Itaú
Tendência global de queda do dólar favorece emergentes, e Brasil ainda deve contar com o bônus da queda na taxa de juros
Susto com cenário eleitoral é prova cabal de que o Ibovespa está em “um claro bull market”, segundo o Santander
Segundo os analistas do banco, a recuperação de boa parte das perdas com a notícia sobre a possível candidatura do senador é sinal de que surpresas negativas não são o suficiente para afugentar investidores
Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI
Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno
Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais
O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50
Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa
As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores