Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais amanhecem no vermelho antes da semana de emprego nos EUA; Ibovespa digere debate presidencial
No Brasil, os números do Caged e da Pnad Contínua também movimentam a bolsa local esta semana

Se a semana passada terminou mal para os mercados financeiros, os últimos dias de agosto não devem trazer alívio para os ativos de risco. As bolsas internacionais e o Ibovespa acompanham os dados de emprego ao longo da semana, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos.
Lá fora, o impacto deve ser maior, tendo em vista que, tradicionalmente, antes do payroll — divulgado na última sexta-feira de cada mês — só é publicado após os relatórios ADP e Jolts, também sobre a situação de trabalho nos EUA.
Os números sólidos da mão de obra podem ajudar a reforçar a tese do Banco Central estadunidense de que os juros precisam permanecer elevados para controlar a inflação.
Entretanto, essa percepção de que o Federal Reserve (Fed, o BC norte-americano) vai optar pelo combate à alta de preços em detrimento do crescimento econômico mantém as bolsas no vermelho na manhã desta segunda-feira.
Isso porque os investidores ainda reagem ao discurso de Jerome Powell, presidente do Fed, no simpósio de Jackson Hole na última sexta-feira (26). Dessa forma, as bolsas da Ásia e Pacífico começaram a semana com o pé esquerdo e fecharam a sessão no vermelho.
Os principais mercados de ações da Europa abriram em queda e os índices futuros de Wall Street recuam. Reforçando o time do pessimismo na semana que se inicia, o euro continua abaixo da paridade com o dólar e o bitcoin perdeu o nível de suporte de US$ 20 mil.
Leia Também
Rodolfo Amstalden: Falta pouco agora
Com o cenário que se desenha no início desta segunda-feira (29), o Ibovespa não deve seguir um caminho muito diferente. Na semana passada, a bolsa local conseguiu emplacar um avanço de 0,72%, enquanto a queda do dólar foi da ordem de 1,74%.
O mercado local também deve repercutir o primeiro debate entre presidenciáveis.
Confira o que movimenta os próximos dias para as bolsas, o dólar e o Ibovespa:
Semana do emprego para o Ibovespa
Enquanto o exterior se ajusta aos dados de trabalho dos EUA, o investidor local também acompanha a divulgação dos números do Caged — divulgados nesta segunda-feira — e da Pnad Contínua— na quarta-feira (31).
A expectativa geral é de que a situação do emprego se estabilize em campo positivo com a retomada das atividades após a pior fase da covid-19. Além disso, os números estão inseridos dentro de um contexto de corrida eleitoral, o que também deve afetar os negócios em bolsa.
Corrida eleitoral X Bolsa
O primeiro debate entre os candidatos à presidência da República ocorreu na noite do último domingo (28).
Entre os participantes estavam Ciro Gomes (PDT), Simone Tebet (MDB), Soraya Thronicke (União Brasil) e Luiz Felipe d'Avila (Novo), além dos dois principais candidatos que lideram as pesquisas, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL).
Roubando a cena
Apesar do protagonismo nas pesquisas eleitorais, quem se destacou no debate foi Simone Tebet. A senadora ganhou notoriedade durante a CPI da covid e conseguiu ter um desempenho acima dos demais candidatos.
Se, por um lado, a congressista do MDB é considerada uma alternativa do mercado financeiro para a disputa entre Bolsonaro e Lula — a chamada “terceira via” ou “melhor via”, como afirmam —, por outro, Tebet ainda é um nome desconhecido fora desses ambientes.
No aguardo dos números
Ainda nesta semana devem ser divulgados novos números da pesquisa eleitoral, mas não devem refletir os efeitos do debate na opinião pública.
Dessa forma, os analistas devem aguardar por novas pesquisas mais adiante para avaliar se o bom desempenho de Tebet conseguiu empolgar.
Enquanto isso, o ex-presidente Lula segue com 43% das intenções de voto, enquanto Bolsonaro permanece com 36%, de acordo com a mais recente pesquisa do Instituo FSB encomendada pelo BTG Pactual.
Ciro e Tebet registraram 9% e 4% respectivamente na mesma pesquisa.
Agenda semanal
Segunda-feira (29)
- França: PIB da OCDE (7h)
- Caged: Geração líquida de empregos em julho (9h30)
- Tesouro Nacional: Relatório mensal da dívida de julho (14h30)
- Estados Unidos: Vice-presidente do Fed, Lael Brainard, faz discurso gravado no Fed Now Early Adopter Workshop (15h15)
Terça-feira (30)
- FGV: IGP-M de agosto (8h)
- Estados Unidos: Índice de confiança do consumidor em agosto (11h)
- Estados Unidos: Relatório de empregos Jolts de julho (11h)
- Tesouro Nacional: Resultado primário do governo central de julho (14h30)
- China: PMI composto, de serviços e industrial em agosto (22h30)
Quarta-feira (31)
- Zona do Euro: Índice de preços ao consumidor (6h)
- IBGE: Taxa de desemprego da Pnad Contínua (9h)
- Estados Unidos: Relatório ADP de empregos no setor privado em agosto (9h15)
- Banco Central: Setor público consolidado em julho (9h30)
Quinta-feira (1º)
- IBGE: PIB do 2º trimestre (9h)
- Estados Unidos: Pedidos de auxílio-desemprego (9h30)
- Economia: Balança comercial de agosto (15h)
Sexta-feira (02)
- Fipe: IPC de agosto (5h)
- IBGE: Pesquisa industrial mensal de julho (9h)
- Estados Unidos: Payroll de agosto (9h30)
Alguém está errado: Ibovespa chega embalado ao último pregão de abril, mas hoje briga com agenda cheia em véspera de feriado
Investidores repercutem Petrobras, Santander, Weg, IBGE, Caged, PIB preliminar dos EUA e inflação de gastos com consumo dos norte-americanos
Azul (AZUL4) volta a tombar na bolsa; afinal, o que está acontecendo com a companhia aérea?
Empresa enfrenta situação crítica desde a pandemia, e resultado do follow-on, anunciado na semana passada, veio bem abaixo do esperado pelo mercado
Bolsa de Metais de Londres estuda ter preços mais altos para diferenciar commodities sustentáveis
Proposta de criar prêmios de preço para metais verdes como alumínio, cobre, níquel e zinco visa incentivar práticas responsáveis e preparar o mercado para novas demandas ambientais
Quando o plano é não ter plano: Ibovespa parte dos 135 mil pontos pela primeira vez em 2025 em dia de novos dados sobre mercado de trabalho dos EUA
Investidores também se preparam para o relatório de produção e vendas da Petrobras e monitoram entrevista coletiva de Galípolo
Tony Volpon: EUA, novo mercado emergente
Não tenham dúvidas: chegamos todos na beira do abismo neste mês de abril. Por pouco não caímos.
Azul (AZUL4) chega a cair mais de 10% (de novo) e lidera perdas do Ibovespa nesta segunda-feira (28)
O movimento de baixa ganhou força após a divulgação, na última semana, de uma oferta pública primária
Planos pré-feriado: Ibovespa se prepara para semana mais curta, mas cheia de indicadores e balanços
Dados sobre o mercado de trabalho no Brasil e nos EUA, balanços e 100 dias de Trump são os destaques da semana
Prio (PRIO3): Conheça a ação com rendimento mais atrativo no setor de petróleo, segundo o Bradesco BBI
Destaque da Prio foi mantido pelo banco apesar da revisão para baixo do preço-alvo das ações da petroleira.
Negociação grupada: Automob (AMOB3) aprova grupamento de ações na proporção 50:1
Com a mudança na negociação de seus papéis, Automob busca reduzir a volatilidade de suas ações negociadas na Bolsa brasileira
Evasão estrangeira: Fluxo de capital externo para B3 reverte após tarifaço e já é negativo no ano
Conforme dados da B3, fluxo de capital externo no mercado brasileiro está negativo em R$ 242,979 milhões no ano.
Smart Fit (SMFT3) entra na dieta dos investidores institucionais e é a ação preferida do varejo, diz a XP
Lojas Renner e C&A também tiveram destaque entre as escolhas, com vestuário de baixa e média renda registrando algum otimismo em relação ao primeiro trimestre
Ação da Azul (AZUL4) cai mais de 30% em 2 dias e fecha semana a R$ 1,95; saiba o que mexe com a aérea
No radar do mercado está o resultado da oferta pública de ações preferenciais (follow-on) da companhia, mais um avanço no processo de reestruturação financeira
Ibovespa: Dois gatilhos podem impulsionar alta da bolsa brasileira no segundo semestre; veja quais são
Se nos primeiros quatro meses do ano o Ibovespa tem atravessado a turbulência dos mercados globais em alta, o segundo semestre pode ser ainda melhor, na visão estrategista-chefe da Empiricus
Se errei, não erro mais: Google volta com o conversor de real para outras moedas e adiciona recursos de segurança para ter mais precisão nas cotações
A ferramenta do Google ficou quatro meses fora do ar, depois de episódios nos quais o conversor mostrou a cotação do real bastante superior à realidade
OPA do Carrefour (CRFB3): de ‘virada’, acionistas aprovam saída da empresa da bolsa brasileira
Parecia que ia dar ruim para o Carrefour (CRFB3), mas o jogo virou. Os acionistas presentes na assembleia desta sexta-feira (25) aprovaram a conversão da empresa brasileira em subsidiária integral da matriz francesa, com a consequente saída da B3
JBS (JBSS3) avança rumo à dupla listagem, na B3 e em NY; isso é bom para as ações? Saiba o que significa para a empresa e os acionistas
Próximo passo é votação da dupla listagem em assembleia marcada para 23 de maio; segundo especialistas, dividendos podem ser afetados
Deixa a bolsa me levar: Ibovespa volta a flertar com máxima histórica em dia de IPCA-15 e repercussão de balanço da Vale
Apesar das incertezas da guerra comercial de Donald Trump, Ibovespa está a cerca de 2% de seu recorde nominal
Por que o ouro se tornou o porto seguro preferido dos investidores ante a liquidação dos títulos do Tesouro americano e do dólar?
Perda de credibilidade dos ativos americanos e proteção contra a inflação levam o ouro a se destacar neste início de ano
Fim da linha para o dólar? Moeda ainda tem muito a cair, diz economista-chefe do Goldman Sachs
Desvalorização pode vir da relutância dos investidores em se exporem a investimentos dos EUA diante da guerra comercial com a China e das incertezas tarifárias, segundo Jan Hatzius
Lucro líquido da Usiminas (USIM5) sobe 9 vezes no 1T25; então por que as ações chegaram a cair 6% hoje?
Empresa entregou bons resultados, com receita maior, margens melhores e lucro alto, mas a dívida disparou 46% e não agradou investidores que veem juros altos como um detrator para os resultados futuros