Esquenta dos mercados: Depois de dia ‘sangrento’, bolsas internacionais ampliam quedas e NY busca reverter prejuízo; Ibovespa acompanha dados do varejo
Os futuros de Nova York são os únicos que tentam emplacar o tom positivo após registrarem quedas de até 5% no pregão de ontem
Dizem os pessimistas que nada é tão ruim que não possa piorar. Os números da inflação de agosto nos Estados Unidos continuam alimentando essa visão entre os participantes do mercado financeiro na manhã de hoje. Depois da queda — não de preços, mas das bolsas no pregão da véspera —, os investidores parecem se preparar para um coice.
Os índices da Ásia repercutiram na madrugada a forte queda registrada na véspera em Wall Street, a pior desde junho de 2020.
Na Europa, os principais mercados de ações abriram no vermelho e ali continuaram mesmo depois de a inflação no Reino Unido ter contrariado as expectativas e desacelerado.
A alta acumulada dos preços no Reino Unido em 12 meses passou de 10,1% em julho para 9,9% em agosto. O nível segue elevadíssimo, mas analistas consultados esperavam uma inflação ainda mais alta, de 10,2%.
Isso se deve principalmente à queda no preço dos combustíveis, o que refletiu na desaceleração da alta dos preços na terra que era da rainha e agora tem rei.
Mas nem isso animou os investidores europeus. No mercado de câmbio, depois de algum alívio nos últimos dias, o euro hoje encontra dificuldade para manter a paridade com o dólar.
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Por fim, Wall Street destoa e tenta emplacar recuperação após as perdas de ontem. Confira o fechamento das bolsas por lá:
- Nasdaq: -5,16%;
- Dow Jones: -3,94%;
- S&P 500: -4,32%.
Entre as criptomoedas, os participantes do mercado se esforçam para manter o bitcoin (BTC) acima dos US$ 20 mil.
Esses movimentos são atribuídos à ressaca da inflação nos EUA diante dos temores de que o aperto monetário promovido pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) conduza a maior economia do mundo a uma recessão.
De qualquer modo, a espera pelo coice pode não passar de mero pessimismo.
Por aqui, o Ibovespa encerrou o sangrento pregão da última terça-feira (13) em queda de 2,30%, aos 110.793 pontos. O dólar à vista foi pressionado pela perspectiva de juros mais altos nos EUA e encerrou o dia em alta de 1,77%, a R$ 5,1875.
Confira o que movimenta o dia para as bolsas, o dólar e o Ibovespa:
Ibovespa acompanha números de vendas no varejo
Por aqui, o único indicador previsto para hoje é o de vendas no varejo brasileiro em julho.
O varejo restrito deve avançar 0,2% na mediana e acumular queda de 3% na comparação com os últimos 12 meses. Já o varejo ampliado também deve registrar alta ao passo de 0,2% e acumular queda de 5% na comparação com o mesmo período do ano passado.
As projeções foram feitas com base em especialistas ouvidos pelo Broadcast.
Campanha eleitoral
No cenário político, a campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) à reeleição busca alguma reação enquanto apoiadores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pregam cada vez mais o voto útil na tentativa de o reconduzir ao Palácio do Planalto sem a necessidade de segundo turno.
Em entrevista ao SBT ontem, o presidente da República repetiu que deve enviar uma proposta para complementar os R$ 200 no valor do Auxílio Brasil, fazendo o benefício atingir os R$ 800. Tudo isso, disse o presidente, respeitando o teto de gastos.
Vale relembrar que o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) leva em conta o Auxílio Brasil em cerca de R$ 400. O valor de R$ 600 está estipulado apenas até o final do ano, em caráter emergencial.
Campanha eleitoral parte 2
A mais recente pesquisa de intenções de voto publicada pela Genial/Quaest na manhã desta quarta-feira (14) mostra que os candidatos permanecem estagnados em suas respectivas posições dentro da margem de erro.
O ex-presidente Lula soma 42% das intenções de voto, enquanto Bolsonaro tem 34%. Os candidatos Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) registraram 7% e 4% respectivamente.
Exterior sem muitas novidades para as bolsas
A agenda mais esvaziada dos últimos dias dá espaço para o noticiário tomar conta. Os temores envolvendo a inflação, juros altos por todo o planeta e uma crise energética global que vira a esquina são os principais motivos da cautela.
Em Wall Street, a queda de ontem foi tão acentuada que hoje os índices futuros de Nova York esboçam alguma reação com os investidores à espera dos números da inflação ao produtor (PPI, na sigla em inglês) norte-americano, previstos para as 9h30.
O PPI não costuma ser um dado de peso o suficiente para inverter o sentido das bolsas. Entretanto, com os investidores já escaldados pela inflação de ontem, qualquer panela quente é sinal de perigo.
Bolsa hoje: agenda do dia
- IBGE: Vendas no varejo restrito e ampliado em julho (9h)
- Estados Unidos: PPI e Núcleo do PPI em agosto (9h30)
- Ministério da Economia: Ministro Paulo Guedes tem reunião com empresários na Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ) (10h)
- Estados Unidos: Diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, e François Villeroy de Galhau, membro do conselho do Banco Central Europeu (BCE), participam do Central Bank Lecture do FMI (11h20)
- Ministério da Economia: Ministro Paulo Guedes participa do prêmio Personalidade do Ano 2022 no Comércio Exterior, da Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex), no Rio (12h30)
- Ministério da Economia: Ministro da Economia, Paulo Guedes, palestra no Latam Retail Show Congresso&Expo, em São Paulo (18h)
A bolsa não vai parar: Ibovespa sobe 0,41% e renova recorde pelo 2º dia seguido; dólar cai a R$ 5,3133
Vale e Braskem brilham, enquanto em Nova York, a Microsoft e a Nvidia tropeçam e terminam a sessão com perdas
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