Esquenta dos mercados: Bolsas no exterior começam semana em alta e impulsionam criptomoedas; Ibovespa acompanha Eletrobras, ICMS e Campos Neto hoje
Dados de inflação são destaque ao longo da semana, enquanto o petróleo volta a subir e passa do nível de US$ 120
A primeira semana inteira de junho começa com os olhos dos investidores voltados para a divulgação de dados inflacionários do Brasil na quinta-feira (09) e dos Estados Unidos na sexta-feira (10). A agenda mais esvaziada ao longo dos próximos dias dá margem para que o noticiário doméstico pese nas bolsas daqui para frente.
Começando pelo fechamento na Ásia e Pacífico, os índices por lá encerraram o dia com alta de até 3%. O afrouxamento de medidas contra a covid-19 em Pequim auxiliou na melhora do sentimento dos investidores por lá.
O otimismo se estende, inclusive, às criptomoedas. Com o índice de gerente ed compras (PMI, em inglês) composto da China registrando forte alta na passagem de abril para maio — saindo de 37,2 para 42,2 —, o bitcoin (BTC) aproveitou para dar um salto de 6% ao longo da madrugada, passando a ser negociado em US$ 31.429,37.
Já na Europa, o foco é a decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) da próxima quinta-feira. Entretanto, o dia é impulsionado pelo ânimo dos negócios na Ásia.
Por último, os futuros de Nova York abriram a semana com otimismo e apontam para uma abertura dos negócios em alta, com os investidores à procura de barganhas após a queda na sessão da última sexta-feira (03).
Nas terras brasileiras, esse é o panorama que deve influenciar a bolsa local após um recuo de 0,75% do Ibovespa na semana passada. O dólar à vista, por sua vez, deve seguir pressionado com o apetite de risco dos investidores em alta, depois de fechar em queda de 0,2%, negociado a R$ 4,77.
Leia Também
Confira o que movimenta os próximos dias para a bolsa, o dólar e o Ibovespa:
Um alívio para as ações de tecnologia nas bolsas?
O noticiário corporativo começou a semana favorável ao setor de tecnologia. A China informou que deve encerrar a investigação em cima da DiDi Global, dona da 99 no Brasil.
Os reguladores chineses avançaram sobre a empresa de logística alegando inconsistências sobre a segurança de dados da empresa. A notícia vem na esteira de uma série de medidas para afrouxar o cerco contra as companhias de tecnologia — muitas delas, inclusive a DiDi, com ações no exterior.
O setor de tecnologia vem sofrendo em um ano marcado por incertezas e alta dos juros e o alívio chinês contra esse segmento pode auxiliar ainda mais no otimismo do dia.
Do outro lado da balança
Enquanto as empresas focadas em inovação devem ter um dia mais tranquilo, o petróleo voltou a registrar forte alta nesta segunda-feira (06). O barril do Brent, utilizado como referência internacional, era negociado a US$ 120,56, uma alta de 0,66% por volta das 7h30.
A perspectiva com a demanda chinesa após o PMI do país acelerar em maio, somado ao enfraquecimento do dólar frente aos seus pares internacionais e o aumento dos preços por parte da petroleira estatal da Arábia Saudita, a Saudi Aramco, impulsionaram as cotações hoje.
Inflação e BCE em foco
Para fechar o panorama do exterior, nesta semana ainda teremos a decisão de juros do BCE na quinta-feira e a inflação dos Estados Unidos na sexta-feira.
As autoridades monetárias estão atrás da curva de inflação após a Zona do Euro registrar um novo recorde na alta dos preços na última leitura. Em seguida, o Federal Reserve, que já começou o ciclo de alta de juros, está em penúltimo lugar.
Quem conseguiu perseguir o dragão mais de perto — e iniciou o ciclo de alta nos juros — foi o Banco Central brasileiro. De acordo com as projeções do economista chefe do Instituto de Finanças Internacionais, Robin Brooks, o nosso BC saiu na frente dos demais para o controle da situação pós pior fase da covid-19.
Brasil, pra mim: o que move o Ibovespa
O dia começa com os investidores de olho mais uma vez nos debates envolvendo o ICMS. De um lado, o governo procura estabelecer um teto de 17% para os estados na cobrança do imposto sobre combustíveis, energia elétrica, gás de cozinha, entre outros; do outro, os estados buscam alguma forma de compensar a perda de arrecadação.
O relator da proposta, senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), afirmou que trabalha para concluir o relatório sobre o projeto até a próxima terça-feira (07). Mas o governo não deu sinal único sobre uma proposta de compensação dos quase R$ 22 bilhões que os estados devem perder com o teto do ICMS.
E a Eletrobras também agita os próximos dias
A privatização da Eletrobras (ELET3 e ELET6) caminha a passos largos, mas com uma bola de ferro presa ao pé.
Isso porque a assembleia de debenturistas de Furnas programada para hoje foi suspensa por decisão do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro(TJ-RJ) e coloca em risco o andamento da privatização.
Os investidores estão ansiosos com a desestatização da empresa: a demanda por ações — impulsionada pelo uso do FGTS — já supera em 50% a oferta de papéis da companhia de energia.
Campos Neto na área
Por fim, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, participa de evento nesta segunda-feira no Valor’s Crypto Summit Rio 2022 sobre criptomoedas.
Vale lembrar que o Brasil vem desenvolvendo um projeto de real virtual, uma moeda digital do Banco Central (CDBC, em inglês) já há algum tempo. Porém, a greve dos servidores limitou testes mais amplos, bem como atrasou a divulgação de dados com o Boletim Focus.
As falas do presidente do BC devem ficar no foco dos investidores em criptomoedas. Afinal, 2022 deve ser o marco de regulação dessa nova classe de ativos.
Agenda da semana
Segunda-feira (06)
- Banco Central: BC atualiza Boletim Focus com dados até a última sexta-feira (8h30)
- Banco Central: Presidente do BC, Roberto Campos Neto, participa de evento sobre criptomoedas (9h)
- Caged: Geração líquida de postos de trabalho em abril (10h)
- Estados Unidos: Cúpula das américas (dia todo)
Terça-feira (07)
- Estados Unidos: Balança comercial de abril (9h30)
- Anfavea: Produção e venda de veículos em maio (10h)
- Estados Unidos: Secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, testemunha em comitê do Senado (15h)
- Estados Unidos: Estoques de petróleo (17h30)
- Estados Unidos: Cúpula das américas (dia todo)
Quarta-feira (08)
- Zona do Euro: PIB do 1º trimestre (6h)
- FGV: IGP-DI de maio e IPC-S de junho (8h)
- Estados Unidos: Estoques de petróleo (11h30)
- França: OCDE divulga relatório com perspectivas econômicas (sem horário previsto)
- Estados Unidos: Cúpula das américas (dia todo)
Quinta-feira (09)
- Alemanha: Decisão de política monetária do BCE (8h45)
- IBGE: IPCA de maio (9h)
- Estados Unidos: Pedidos de auxílio-desemprego (9h30)
- China: CPI e PPI de maio (22h30)
- França: Reunião do Conselho ministerial da OCDE (sem horário previsto)
- Estados Unidos: Cúpula das américas (dia todo)
Sexta-feira (10)
- FGV: IGP-M de junho
- IBGE: Vendas no varejo restrito e ampliado em abril (9h)
- Estados Unidos: CPI e Núcleo do CPI de maio (9h30)
- Estados Unidos: Cúpula das américas (dia todo)
Ibovespa atinge marca inédita ao fechar acima dos 150 mil pontos; dólar cai a R$ 5,3574
Na expectativa pela decisão do Copom, o principal índice de ações da B3 segue avançando, com potencial de chegar aos 170 mil pontos, segundo a XP
A última dança de Warren Buffett: ‘Oráculo de Omaha’ vai deixar a Berkshire Hathaway com caixa em nível recorde
Lucro operacional da Berkshire Hathaway saltou 34% em relação ao ano anterior; Warren Buffett se absteve de recomprar ações do conglomerado.
Ibovespa alcança o 5º recorde seguido, fecha na marca histórica de 149 mil pontos e acumula ganho de 2,26% no mês; dólar cai a R$ 5,3803
O combo de juros menores nos EUA e bons desempenhos trimestrais das empresas pavimenta o caminho para o principal índice da bolsa brasileira superar os 150 mil pontos até o final do ano, como apontam as previsões
Maior queda do Ibovespa: o que explica as ações da Marcopolo (POMO4) terem desabado após o balanço do terceiro trimestre?
As ações POMO4 terminaram o dia com a maior queda do Ibovespa depois de um balanço que mostrou linhas abaixo do que os analistas esperavam; veja os destaques
A ‘brecha’ que pode gerar uma onda de dividendos extras aos acionistas destas 20 empresas, segundo o BTG
Com a iminência da aprovação do projeto de lei que taxa os dividendos, o BTG listou 20 empresas que podem antecipar pagamentos extraordinários para ‘fugir’ da nova regra
Faltou brilho? Bradesco (BBDC4) lucra mais no 3T25, mas ações tombam: por que o mercado não se animou com o balanço
Mesmo com alta no lucro e na rentabilidade, o Bradesco viu as ações caírem no exterior após o 3T25. Analistas explicam o que pesou sobre o resultado e o que esperar daqui pra frente.
Montanha-russa da bolsa: a frase de Powell que derrubou Wall Street, freou o Ibovespa após marca histórica e fortaleceu o dólar
O banco central norte-americano cortou os juros pela segunda vez neste ano mesmo diante da ausência de dados econômicos — o problema foi o que Powell disse depois da decisão
Ouro ainda pode voltar para as máximas: como levar parte desse ganho no bolso
Um dos investimentos que mais renderam neste ano é também um dos mais antigos. Mas as formas de investir nele são modernas e vão de contratos futuros a ETFs
Ibovespa aos 155 mil pontos? JP Morgan vê três motores para uma nova arrancada da bolsa brasileira em 2025
De 10 de outubro até agora, o índice já acumula alta de 5%. No ano, o Ibovespa tem valorização de quase 24%
Santander Brasil (SANB11) bate expectativa de lucro e rentabilidade, mas analistas ainda tecem críticas ao balanço do 3T25. O que desagradou o mercado?
Resultado surpreendeu, mas mercado ainda vê preocupações no horizonte. É hora de comprar as ações SANB11?
Ouro tomba depois de máxima, mas ainda não é hora de vender tudo: preço pode voltar a subir
Bancos centrais globais devem continuar comprando ouro para se descolar do dólar, diz estudo; analistas comentam as melhores formas de investir no metal
IA nas bolsas: S&P 500 cruza a marca de 6.900 pontos pela 1ª vez e leva o Ibovespa ao recorde; dólar cai a R$ 5,3597
Os ganhos em Nova York foram liderados pela Nvidia, que subiu 4,98% e atingiu uma nova máxima. Por aqui, MBRF e Vale ajudaram o Ibovespa a sustentar a alta.
‘Pacman dos FIIs’ ataca novamente: GGRC11 abocanha novo imóvel e encerra a maior emissão de cotas da história do fundo
Com a aquisição, o fundo imobiliário ultrapassa R$ 2 bilhões em patrimônio líquido e consolida-se entre os maiores fundos logísticos do país, com mais de 200 mil cotistas
Itaú (ITUB4), BTG (BPAC11) e Nubank (ROXO34) são os bancos brasileiros favoritos dos investidores europeus, que veem vida ‘para além da eleição’
Risco eleitoral não pesa tanto para os gringos quanto para os investidores locais; estrangeiros mantêm ‘otimismo cauteloso’ em relação a ativos da América Latina
Gestor rebate alerta de bolha em IA: “valuation inflado é termo para quem quer ganhar discussão, não dinheiro”
Durante o Summit 2025 da Bloomberg Linea, Sylvio Castro, head de Global Solutions no Itaú, contou por que ele não acredita que haja uma bolha se formando no mercado de Inteligência Artificial
Vamos (VAMO3) lidera os ganhos do Ibovespa, enquanto Fleury (FLRY3) fica na lanterna; veja as maiores altas e quedas da semana
Com a ajuda dos dados de inflação, o principal índice da B3 encerrou a segunda semana seguida no azul, acumulando alta de 1,93%
Ibovespa na China: Itaú Asset e gestora chinesa obtêm aprovação para negociar o ETF BOVV11 na bolsa de Xangai
Parceria faz parte do programa ETF Connect, que prevê cooperação entre a B3 e as bolsas chinesas, com apoio do Ministério da Fazenda e da CVM
Envelhecimento da população da América Latina gera oportunidades na bolsa — Santander aponta empresas vencedoras e quem perde nessa
Nova demografia tem potencial de impulsionar empresas de saúde, varejo e imóveis, mas pressiona contas públicas e produtividade
Ainda vale a pena investir nos FoFs? BB-BI avalia as teses de seis Fundos de Fundos no IFIX e responde
Em meio ao esquecimento do segmento, o analista do BB-BI avalia as teses de seis Fundos de Fundos que possuem uma perspectiva positiva
Bolsas renovam recordes em Nova York, Ibovespa vai aos 147 mil pontos e dólar perde força — o motivo é a inflação aqui e lá fora. Mas e os juros?
O IPCA-15 de outubro no Brasil e o CPI de setembro nos EUA deram confiança aos investidores de que a taxa de juros deve cair — mais rápido lá fora do que aqui
