Fundos de papel retornam ao topo da preferência dos analistas; veja quais são os FIIs favoritos para julho
Em meio ao temor de recessão global, as corretoras consultadas pelo Seu Dinheiro voltaram-se novamente para a proteção do papel
Quem acompanha a seleção de fundos imobiliários do Seu Dinheiro há mais tempo deve se lembrar que o ano passado foi dominado pelos FIIs de papel, assim chamados por investirem em títulos de crédito ligados ao setor.
A soberania foi abalada pelas perspectivas do fim do ciclo de alta da Selic e do arrefecimento da inflação, e os fundos de papel cederam o primeiro lugar do pódio para os de tijolo no início deste ano.
Por investirem em ativos reais, como prédios, shoppings e galpões logísticos, as cotas dessa classe de fundos foram duramente penalizadas durante a pandemia de covid-19 e ofereceram descontos atrativos para os investidores.
Mas o domínio do tijolo durou pouco, apenas quatro meses. Apesar de seguirem mostrando bons pontos de entrada, as oportunidades são eclipsadas pelo temor de recessão global que obscurece a visão dos principais mercados mundiais.
Nesse cenário de risco generalizado, as corretoras consultadas pelo Seu Dinheiro voltaram-se novamente para a proteção do papel. Com três indicações, o fundo mais recomendado para julho é o Kinea Índice de Preços (KNIP11).
Oferecido por uma das gestoras mais tradicionais da indústria, o KNIP11 aloca principalmente em títulos indexados ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA). Por isso, deve seguir pagando bons dividendos na esteira da inflação — que, apesar de ter desacelerado no mês anterior, deve seguir elevada e já acumula alta de 4,78% neste ano.
Leia Também
As 10 melhores small caps para investir ainda em 2025, segundo o BTG
Mas, apesar da preferência pelo papel, as corretoras também indicam opções para quem planeja seguir aproveitando os descontos do tijolo.
Outros quatro ativos receberam duas indicações cada e completaram o pódio de julho. São eles: Bresco Logística (BRCO11), BTG Pactual Logística (BTLG11), CSHG Recebíveis Imobiliários (HGCR11) e CSGH Renda Urbana (HGRU11).
Confira a seguir os fundos preferidos de cada corretora entre os indicados nas suas respectivas carteiras recomendadas para julho:
Entendendo o FII do Mês: todos os meses, o Seu Dinheiro consulta as principais corretoras do país para descobrir quais são suas apostas para o período. Dentro das carteiras recomendadas, normalmente com até 10 fundos imobiliários, os analistas indicam os seus três prediletos. Com o ranking nas mãos, selecionamos os que contaram com pelo menos duas indicações.
Kinea Índice de Preços (KNIP11) — tradição, proteção e dividendos
A inflação é um dos piores pesadelos dos brasileiros. Mas, depois de tanto tempo convivendo com altas absurdas dos preços, os investidores já estão um pouco mais calejados e não se assustam facilmente. Além disso, há formas de proteger parte do patrimônio desse bicho-papão.
Uma delas é comprando as cotas do Kinea Índice de Preços (KNIP11). O portfólio do fundo é composto por 97 CRIs e está 97,8% alocado no IPCA, índice oficial da inflação no país.
Isso significa que os mais de 67 mil investidores que têm o FII na carteira, na verdade, estão lucrando com o cenário.
O dividend yield — indicador que mede o retorno de um investimento a partir da distribuição de proventos — do KNIP11 está em 17,06% nos últimos 12 meses. E esse percentual pode subir ainda mais. As duas últimas alocações do fundo, por exemplo, foram realizadas a uma taxa média de IPCA + 7,64% ao ano.
Além dos rendimentos fartos, o Kinea Índice de Preços possui outros atributos que agradam os analistas. Um deles é o fato de ser um produto com a marca da Kinea, casa reconhecida pela expertise em crédito e pela gestão ativa de fundos imobiliários.
Para quem valoriza a liquidez, o FII também é uma ótima opção. De acordo com o último relatório gerencial, a média de liquidez diária do KNIP11 chegou a R$ 15,45 milhões.
Repercussão — fundos imobiliários em queda
O IFIX, índice que reúne os principais fundos imobiliários da B3, recuou 0,88% em junho. Por isso, não é surpresa que a maior parte dos FIIs recomendados também tenha apresentado desempenho negativo.
Os dois campeões do mês, por exemplo, Bresco Logística (BRCO11) e Mauá Capital Recebíveis Imobiliários (MCCI11), recuaram 1,06% e 0,05%, respectivamente.
Entre os três ativos que escaparam da queda, a melhor performance foi registrada pelo CSHG Renda Urbana (HGRU11), que subiu 0,93%. Veja a seguir como operaram todos os fundos dos top 3 das corretoras:
Veja também — RENDA MENSAL INSENTA DE IR: conheça os fundos com retorno de até 8% ACIMA DA INFLAÇÃO I RENDA EXTRA
Ibovespa dispara 6% em novembro e se encaminha para fechar o ano com retorno 10% maior do que a melhor renda fixa
Novos recordes de preço foram registrados no mês, com as ações brasileiras na mira dos investidores estrangeiros
Ibovespa dispara para novo recorde e tem o melhor desempenho desde agosto de 2024; dólar cai a R$ 5,3348
Petrobras, Itaú, Vale e a política monetária ditaram o ritmo dos negócios por aqui; lá fora, as bolsas subiram na volta do feriado nos EUA
Ações de Raízen (RAIZ4), Vibra (VBBR3) e Ultrapar (UGPA3) saltam no Ibovespa com megaoperação contra fraudes em combustíveis
Analistas avaliam que distribuidoras de combustíveis podem se beneficiar com o fim da informalidade no setor
Brasil dispara na frente: Morgan Stanley vê só dois emergentes com fôlego em 2026 — saiba qual outro país conquistou os analistas
Entenda por que esses dois emergentes se destacam na corrida global e onde estão as maiores oportunidades de investimentos globais em 2026
FII Pátria Log (HGLG11) abocanha cinco galpões, com inquilinos como O Boticário e Track & Field, e engorda receita mensal
Segundo o fundo, os ativos adquiridos contam com características que podem favorecer a valorização futura
Bolsa nas alturas: Ibovespa fecha acima dos 158 mil pontos em novo recorde; dólar cai a R$ 5,3346
As bolsas nos Estados Unidos, na Europa e na Ásia também encerraram a sessão desta quarta-feira (26) com ganhos; confira o que mexeu com os mercados
Hora de voltar para o Ibovespa? Estas ações estão ‘baratas’ e merecem sua atenção
No Touros e Ursos desta semana, a gestora da Fator Administração de Recursos, Isabel Lemos, apontou o caminho das pedras para quem quer dar uma chance para as empresas brasileiras listadas em bolsa
Vale (VALE3) patrocina alta do Ibovespa junto com expectativa de corte na Selic; dólar cai a R$ 5,3767
Os índices de Wall Street estenderam os ganhos da véspera, com os investidores atentos às declarações de dirigentes do Fed, em busca de pistas sobre a trajetória dos juros
Ibovespa avança e Nasdaq tem o melhor desempenho diário desde maio; saiba o que mexeu com a bolsa hoje
Entre as companhias listadas no Ibovespa, as ações cíclicas puxaram o tom positivo, em meio a forte queda da curva de juros brasileira
Maiores altas e maiores quedas do Ibovespa: mesmo com tombo de mais de 7% na sexta, CVC (CVCB3) teve um dos maiores ganhos da semana
Cogna liderou as maiores altas do índice, enquanto MBRF liderou as maiores quedas; veja o ranking completo e o balanço da bolsa na semana
JBS (JBSS3), Carrefour (CRFB3), dona do BK (ZAMP3): As empresas que já deixaram a bolsa de valores brasileira neste ano, e quais podem seguir o mesmo caminho
Além das compras feitas por empresas fechadas, recompras de ações e idas para o exterior também tiraram papéis da B3 nos últimos anos
A nova empresa de US$ 1 trilhão não tem nada a ver com IA: o segredo é um “Ozempic turbinado”
Com vendas explosivas de Mounjaro e Zepbound, Eli Lilly se torna a primeira empresa de saúde a valer US$ 1 trilhão
Maior queda do Ibovespa: por que as ações da CVC (CVCB3) caem mais de 7% na B3 — e como um dado dos EUA desencadeou isso
A combinação de dólar forte, dúvida sobre o corte de juros nos EUA e avanço dos juros futuros intensifica a pressão sobre companhia no pregão
Nem retirada das tarifas salva: Ibovespa recua e volta aos 154 mil pontos nesta sexta (21), com temor sobre juros nos EUA
Índice se ajusta à baixa dos índices de ações dos EUA durante o feriado e responde também à queda do petróleo no mercado internacional; entenda o que afeta a bolsa brasileira hoje
O erro de R$ 1,1 bilhão do Grupo Mateus (GMAT3) que custou o dobro para a varejista na bolsa de valores
A correção de mais de R$ 1,1 bilhão nos estoques expôs fragilidades antigas nos controles do Grupo Mateus, derrubou o valor de mercado da companhia e reacendeu dúvidas sobre a qualidade das informações contábeis da varejista
Debandada da B3: quando a onda de saída de empresas da bolsa de valores brasileira vai acabar?
Com OPAs e programas de recompras de ações, o número de empresas e papéis disponíveis na B3 diminuiu muito no último ano. Veja o que leva as empresas a saírem da bolsa, quando esse movimento deve acabar e quais os riscos para o investidor
Medo se espalha por Wall Street depois do relatório de emprego dos EUA e nem a “toda-poderosa” Nvidia conseguiu impedir
A criação de postos de trabalho nos EUA veio bem acima do esperado pelo mercado, o que reduz chances de corte de juros pelo Federal Reserve (Fed) em dezembro; bolsas saem de alta generalizada para queda em uníssono
Depois do hiato causado pelo shutdown, Payroll de setembro vem acima das expectativas e reduz chances de corte de juros em dezembro
Os Estados Unidos (EUA) criaram 119 mil vagas de emprego em setembro, segundo o relatório de payroll divulgado nesta quinta-feira (20) pelo Departamento do Trabalho
Sem medo de bolha? Nvidia (NVDC34) avança 5% e puxa Wall Street junto após resultados fortes — mas ainda há o que temer
Em pleno feriado da Consciência Negra, as bolsas lá fora vão de vento em poupa após a divulgação dos resultados da Nvidia no terceiro trimestre de 2025
Com R$ 480 milhões em CDBs do Master, Oncoclínicas (ONCO3) cai 24% na semana, apesar do aumento de capital bilionário
A companhia vive dias agitados na bolsa de valores, com reação ao balanço do terceiro trimestre, liquidação do Banco Master e aprovação da homologação do aumento de capital
