Bolsa está barata sim, mas é preciso ter critério para escolher empresas com potencial de retorno
Ary Neto, fundador e gestor da Brasil Capital, e Leonardo Linhares, diretor na SPX Investimentos, deram seu parecer sobre o atual momento da bolsa no painel de renda variável da Semana da Previdência da Vitreo

O processo inflacionário vivido na economia dentro e fora do Brasil tirou o brilho da renda variável e jogou muitas ações no buraco, principalmente as do setor de tecnologia e outras ligadas a crescimento.
Depois da sangria, hoje os analistas afirmam que a bolsa está barata, mas não é por isso que o investidor deve sair comprando qualquer coisa. É preciso ter critério para escolher os nomes que têm verdadeiro potencial de oferecer bons retornos. É isso o que pregam os gestores Ary Neto, da Brasil Capital, e Leonardo Linhares, da SPX Investimentos.
No painel sobre renda variável da Semana da Previdência da Vitreo, Neto e Linhares contaram um pouco sobre as suas principais teses e nomes que elencam os respectivos portfólios.
Assista à íntegra da transmissão a seguir:
Utilities é um dos setores preferidos da bolsa
Eles contam que um dos setores preferidos da bolsa de ambos é o de utilities, representado majoritariamente pela empresas de energia elétrica.
“Tem margem de segurança, visibilidade e nao é muito alavancado”, disse Linhares, da SPX. O setor hoje representa a maior posição o SPX Long Bias Prev, a versão previdenciária do SPX Falcon.
Leia Também
Linhares ressalta, no entanto, que não gosta muito do fato de que o setor de utilities virou algo “consensual”, ou seja, com muitas pessoas posicionadas.
Porém, Ary Neto, da Brasil Capital, aponta que isso não é algo que impede as empresas de energia elétrica de ter bons retornos.
Assim como a SPX, a Brasil Capital também tem uma exposição relevante ao setor. As preferidas são posições que estão no portfolio do Brasil Capital 100 Prev há anos: Equatorial, Alupar, Cosan e Energisa.
O que esperar para 2023
Os gestores também deram suas visões sobre o que esperar do cenário macrco para 2023, independentemente do resultado das eleições.
“Para qualquer candidato, a gente vai ter um problema fiscal bem mais grave do que tivemos em outras ocasiões”, disse Linhares.
Para o gestor da SPX, diferentemente de outras crises, não está apenas nas nossas mãos sair da atual. Isso porque o resto do mundo vive um processo inflacionário que, nas palavras dele, nunca foi visto nessa intensidade.
Ele calcula que o problema fiscal interno vai exigir de 2 a 3% do PIB para ser solucionado, e de maneira relativamente rápida. A dúvida é se os recursos virão na forma de corte de despesas ou de aumento de receitas.
“Isso vai ter consequências, seja na rentabilidade das empresas na bolsa, seja na própria incerteza que isso vai gerar”, afirmou.
Neto ressaltou, também, que houve exagero do Banco Central brasileiro de levar a Selic à mínima histórica de 2% ao ano. Ao mesmo tempo, ele acredita que os patamares atuais, de 13,25%, estão altos demais.
Lembrando que a próxima reunião de política monetária acontece nos dias 2 e 3 de agosto e o mercado já antecipa um aumento de 0,5 ponto percentual, levando a Selic a 13,75%.
Leia também:
- Brasil vive situação esquizofrênica na economia e incerteza não vai se dissipar até eleições, diz Rodrigo Azevedo, da Ibiuna
- Envergonhada, Faria Lima se afasta de Bolsonaro, mas reluta em apoiar Lula
- Por que o Itaú BBA prefere os shoppings às construtoras na bolsa — e quais são seus nomes favoritos de cada setor
Copa do Mundo 2026: veja quais ações comprar para lucrar com o campeonato, segundo a XP
Para quem quer ter uma carteira de torcedor, a corretora recomenda investir em empresas patrocinadoras do evento ou ligadas ao turismo
Ouro bate novos recordes e fecha em alta, após romper os US$ 3.900 pela primeira vez — e valorização não deve parar
Metal precioso teve sua quinta alta consecutiva nesta quarta e renovou máximas intradiária e de fechamento
Ibovespa disparou 100% das vezes que os juros caíram no Brasil, diz estudo — e cenário atual traz gatilhos extras
Levantamento da Empiricus mostra que a média de valorização das ações brasileiras em 12 meses após o início dos cortes é de 25,30%
Investir em ações ESG vale a pena? Estudo da XP mostra que sim, com impacto positivo no risco
Relatório revela que excluir empresas com notas baixas em sustentabilidade não prejudica os retornos e pode até proteger a carteira em ciclos de baixa
UBS recomenda aumento da exposição a ações brasileiras e indica título de renda fixa queridinho dos gestores
Relatório destaca o fim do ciclo de aperto monetário nos EUA e no Brasil, com os próximos seis meses sendo decisivos para o mercado diante das eleições de 2026
FII BRCO11 quer ampliar a carteira de imóveis e convoca cotistas para aprovar novas compras; entenda a proposta
Os ativos pertencem a fundos imobiliários do mesmo gestor e, por isso, a operação configura situação de conflito de interesse
Bolsa barata em ano eleitoral: mito ou verdade? Estudo mostra histórico e ações pechincha com maior potencial de valorização em 2026
Do rali dos 150 mil pontos ao possível tombo: como aproveitar a bolsa nos próximos meses, com caixa ou compras graduais?
Dividendos gordos a preço de banana: descubra as ações prontas para voar no ano eleitoral
Estudo mostra que setores perenes continuam se destacando, mesmo com mudanças políticas e troca de mandatários; hora de comprar?
As maiores altas e quedas do Ibovespa em setembro: expectativas de cortes de juros no Brasil e nos EUA ditaram o mês
O movimento foi turbinado pelo diferencial de juros entre Brasil e EUA: enquanto o Copom manteve a Selic em 15% ao ano, o Fed iniciou o afrouxamento monetário
TRBL11 chega à grande batalha: FII entra na Justiça contra os Correios e cobra R$ 306 milhões
O impasse entre o FII e a estatal teve início há um ano, com a identificação de problemas no galpão localizado em Contagem (MG)
Sangria cada vez mais controlada na Resia anima mercado e MRV (MRVE3) salta no Ibovespa; o que fazer com as ações?
A construtora anunciou a venda de mais quatro terrenos da subsidiária norte-americana, em linha com os planos de desinvestimento por lá
Ibovespa bate (mais um) recorde intradia acima dos 147 mil pontos, mas perde o fôlego durante o pregão; dólar sobe a R$ 5,32
A bolsa brasileira teve uma ajudinha extra de Wall Street, mas acabou fechando estável
Gestoras Verde, Ibiuna e Vinland apostam na queda do dólar e destacam bitcoin, ouro e Tesouro IPCA+
Gestores de fundos multimercados notórios estão vendidos na moeda norte-americana e não veem tendência de reversão na maré de baixa no curto e médio prazo
Ouro renova recorde com investidores de olho na paralisação do governo dos EUA
Além do risco de shutdown, fraqueza do dólar também impulsiona o metal precioso
“Não compro o Trade Tarcísio”: Luis Stuhlberger espera disputa acirrada em 2026 e conta onde está investindo
Gestor da Verde Asset prevê uma eleição de 2026 marcada por forte volatilidade, descarta o chamado “Trade Tarcísio” e revela onde está posicionando o fundo
Liderança ameaçada? Com a chegada iminente de concorrentes, B3 (B3SA3) vai precisar melhorar seu jogo para “ganhar na bola”
A empresa tem um mindset “antigo e acomodado”, segundo analistas, e a chegada iminente de concorrentes sérios forçará a redução de preços e o aperto das margens
Pão de Açúcar (PCAR3) no topo, e Raízen (RAIZ4) na baixa: confira o que movimentou o Ibovespa nos últimos dias
O principal índice da B3 até encerrou a sessão de sexta-feira (26) em alta, mas não foi o suficiente para fazer a semana fechar no azul
Fundo imobiliário TRXF11 sobe o sarrafo e anuncia emissão recorde para captar até R$ 3 bilhões
A operação também vem na esteira de um outro marco: o FII atingiu a marca de 200 mil investidores
Ambipar (AMBP3) e Azul (AZUL4) disparam, Braskem (BRKM5) derrete: empresas encrencadas foram os destaques do dia, para o bem e para o mal
Papéis das companhias chegam a ter variações de dois dígitos, num dia em que o Ibovespa, principal índice da bolsa, opera de lado
O preço do barril de petróleo vai cair mais? Na visão do BTG, o piso da commodity vai ficar mais alto do que o mercado projeta
Para o banco, o preço mais alto deve se manter devido a tensões geopolíticas, riscos de interrupção de fornecimento e tendências que limitam quedas mais profundas