🔴 AGORA O SEU DINHEIRO ESTÁ NO WHATSAPP! CLIQUE AQUI E RECEBA CONTEÚDOS DIRETO POR LÁ. 

Cotações por TradingView
Flavia Alemi
Flavia Alemi
Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pela FIA. Trabalhou na Agência Estado/Broadcast e na S&P Global Platts.
MARKET MAKERS

Brasil vive situação esquizofrênica na economia e incerteza não vai se dissipar até eleições, diz Rodrigo Azevedo, da Ibiuna

Sócio da Ibiuna Investimentos e ex-diretor do Banco Central, Rodrigo Azevedo participou do episódio #05 do Market Makers

Rodrigo Azevedo, gestor da Ibiuna Investimentos
Rodrigo Azevedo, da Ibiuna InvestimentosImagem: Leo Martins

No Brasil de 2022, duas forças antagônicas mexem com a nossa economia. 

De um lado, o Banco Central usa a taxa básica de juros para deixar a política monetária mais apertada e desacelerar a inflação.

Do outro, a corrida eleitoral estimula o governo a liberar dinheiro para conquistar votos, numa política fiscal expansionista - e inflacionária.

Nas palavras de Rodrigo Azevedo, sócio da Ibiuna Investimentos e ex-diretor do Banco Central, a situação atual do Brasil é “esquizofrênica”.

“Temos alguém pisando no freio e alguém pisando no acelerador”, afirmou Azevedo ao Market Makers desta semana.

O economista deu uma aula sobre inflação e compartilhou com os apresentadores Thiago Salomão e Renato Santiago suas táticas para aproveitar as assimetrias de juros em diversos países.

Ouça a íntegra da edição do podcast Market Makers:

"Leve" em Brasil

Depois de ter feito muito dinheiro com posição tomada em juros locais, hoje a carteira do Ibiuna STH hoje está “leve em Brasil”, como diz Azevedo.

E deve permanecer assim, pelo menos enquanto houver incerteza provocada pelas eleições. Mas isso não está ligado diretamente a Lula ou Bolsonaro, os líderes das pesquisas de intenção de voto para presidente.

Para Azevedo, nenhum dos candidatos hoje tem incentivo para falar em ajustes fiscais nos seus respectivos governos. Portanto, paira sobre o mercado a incerteza com o regime fiscal do próximo governo.

“Essa incerteza não vai se dissipar, pelo menos até outubro. É um desincentivo grande tomar posições nesse momento”, afirmou Azevedo.

Apesar disso, o sócio da Ibiuna ressalta que os juros no Brasil devem subir mais um pouco a fim de controlar a inflação.

Leia também:

Idiossincrasia brasileira

Azevedo lembra que o Brasil tem uma “memória inflacionária” muito alta, que força nosso Banco Central a subir os juros antes da maioria dos países ao menor sinal de alta de preços.

A explicação é que no Brasil existe uma idiossincrasia, que são os mecanismos formais e informais de indexação à inflação passada. Isso significa que desde contratos de aluguel até o teto de gastos são ajustados pela inflação. Por consequência, a primeira demanda salarial dos trabalhadores é a reposição da perda inflacionária.

Dessa forma, o que poderia ser um choque temporário de, por exemplo, aumento dos combustíveis, torna-se mais perene por conta do ajuste automático.

“O resultado básico é que o Banco Central tem que atuar mais cedo e de maneira mais forte do que teria numa economia que não tem isso [ajuste automático]”, disse Azevedo.

Aposta na alta de juros no exterior

Se a assimetria estimulou os gestores do Ibiuna STH a ficarem tomados em juros (apostando na alta das taxas) de países emergentes em 2021, neste ano a fotografia mudou.

Em 2022, Azevedo avaliou que os emergentes já haviam subido demais os juros, mas um conjunto de países ainda continuava com as políticas monetárias frouxas: os desenvolvidos.

Assim, a estratégia basicamente mudou para pegar a provável alta dos juros nos Estados Unidos e na Europa.

“O que a gente não imaginava é que teria uma guerra entre Ucrânia e Rússia que exacerbaria as tendências inflacionárias de maneira impensável", detalhou Azevedo.

Ele avalia que a inflação no mundo desenvolvido deve estar atingindo o pico neste momento.

“Mas a gente acha que, na hora que ela começar a cair, provavelmente vai cair mais devagar e vai se estabilizar num patamar mais alto do que o consenso de mercado acredita neste momento”, disse.

O economista da Ibiuna explicou, ainda, outras questões sobre a nossa economia que valem a pena serem ouvidas no episódio completo do Market Makers. Para ouvir, é só acessar o link abaixo:

Compartilhe

Balanço dos investimentos

Tesouro IPCA+ e prefixados sofrem em setembro com alta dos juros futuros no mundo; veja quais foram os melhores e piores investimentos do mês

29 de setembro de 2023 - 17:59

Bitcoin e Tesouro Selic tiveram as maiores altas do mês, que foi marcado pela cautela e desempenhos modestos

HABITAÇÃO POPULAR

Casa própria vai sair de graça no Minha Casa Minha Vida: governo anuncia isenção nas prestações do programa; veja quem terá direito

29 de setembro de 2023 - 15:26

A isenção valerá para quem adquiriu propriedades nas modalidades subsidiadas do MCMV, que têm recursos vindos do FAR, FDS e PNHR

EXPECTATIVAS MACROECONÔMICAS

Campos Neto esfria o ânimo de quem ainda espera uma queda mais rápida da Selic e diz que BC ainda tem “muito trabalho a fazer”

29 de setembro de 2023 - 13:08

Apesar de as duas últimas medições dos preços dos serviços terem vindo melhores, Campos Neto reforçou a mensagem de que a inflação segue resiliente

SÓ AVANÇANDO

A gasolina vai subir? Por que o barril do petróleo está cada vez mais perto dos US$ 100 – e as consequências disso no seu bolso

29 de setembro de 2023 - 9:37

Redução na oferta mundial com o corte da produção, o conflito entre a Rússia e a Ucrânia e as quedas nos estoques estão entre os motivos

LOTERIAS

Haja café com leite! Lotofácil tem ganhadores em SP e MG, mas só um deles ficou milionário; Quina e Mega-Sena acumulam de novo

29 de setembro de 2023 - 5:58

A máquina de fazer milionários da Lotofácil voltou a operar depois de uma breve pausa para manutenção e deu um resultado bastante curioso

LOTERIAS

A máquina de fazer milionários travou! Lotofácil e Quina acumulam; prêmios sobem

28 de setembro de 2023 - 5:58

Além da Lotofácil e da Quina, quem também anda acumulada e corre hoje é a Mega-Sena, carro-chefe das loterias da Caixa

DE OLHO NAS REDES

Grupo Casas Bahia em crise: esta acionista já perdeu R$ 7 mil com ações da empresa — hora de dar ‘adeus’ aos papéis?

27 de setembro de 2023 - 19:17

Não é de hoje que a situação financeira da Casas Bahia – ex-via- pesa sobre as ações na B3. Mas o tamanho do tombo impressiona. Só para você ter uma ideia, os papéis BHIA3, ex-VIIA3, têm renovado nos últimos dias suas mínimas históricas e já acumulam queda de mais de 70% em 2023. Com isso […]

DÍVIDAS DO GOVERNO

Lula quer fazer “contabilidade criativa” com pagamento de precatórios? Para o secretário do Tesouro, mudança não afeta metas fiscais para 2024

27 de setembro de 2023 - 16:22

Na visão de Rogério Ceron, a proposta do governo federal não deve contaminar a discussão sobre o cumprimento das metas fiscais do novo arcabouço

VAI PARCELAR?

Selic cai, mas rotativo do cartão não para de subir e vai a 445,7%; veja o que mais a nota de crédito do Banco Central revelou

27 de setembro de 2023 - 13:05

Além dos juros do cartão, o BC também divulgou dados sobre o endividamento das famílias e inadimplência dos consumidores

LOTERIAS

3 sortudos faturam a Lotofácil, mas nenhum fica milionário; Quina e Mega-Sena acumulam

27 de setembro de 2023 - 5:58

A Lotofácil fez jus ao nome na noite de ontem, mas sua máquina de milionários parou para manutenção; enquanto isso, a Quina ainda está pagando mais que a Mega-Sena

Fechar
Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies