RESUMO DO DIA: As bolsas internacionais reagem à divulgação dos dados de inflação nos Estados Unidos, que registrou alta de 8,5% no ano e atingiu o maior nível em mais de 40 anos. Por aqui, o Ibovespa digere os dados de serviços do IBGE e o cenário doméstico.
Acompanhe por aqui o que mexe com a bolsa, o dólar e os demais mercados hoje, além das principais notícias do dia.
Não deu para o Ibovespa manter o pique do início da sessão. Embora o mercado tenha lido que a inflação americana apresentava características animadoras, a dirigente do Federal Reserve, Lael Brainard, mostrou ceticismo com a persistência da alta dos juros.
O resultado foi um Ibovespa próximo das mínimas. O principal índice da bolsa brasileira encerrou do dia em queda de 0,69%, aos 116.146 pontos.
- Dow Jones: -0,26%
- S&P500: -0,34%
- Nasdaq:-0,30%
O dólar à vista reduziu o ímpeto de queda, acompanhando o aumento da cautela global, mas ainda assim fechou o dia no vermelho. A moeda americana recuou 0,29%, a R$ 4,6767, beneficiado pelo avanço do setor de commodities.
A prévia operacional divulgada pela Direcional faz com que a companhia seja a única empresa do setor de construção voltada para a baixa renda que avança nesta tarde. O restante do setor sente o peso do avanço dos juros futuros e da inflação.
A guerra na Ucrânia segue pressionando os indicadores de inflação em todo o mundo, mas Vladimir Putin não mostra sinais de que irá desistir da ofensiva.
Segundo o líder russo, as negociações de paz chegaram a um beco sem saída.
Putin também garantiu que suas tropas venceriam o conflito e aproveitou a ocasião para provocar o Ocidente ao afirmar que EUA, Europa e aliados não conseguiram controlar Moscou como desejavam.
Os juros futuros também não sustentaram o movimento visto mais cedo e agora passam a subir. Os investidores olham preocupados para a possibilidade de aperto monetário mais duro do Federal Reserve, mesmo com o núcleo de inflação tendo subido menos que o esperado no país.
CÓDIGO | NOME | ULT | FEC |
DI1F23 | DI jan/23 | 13,11% | 13,10% |
DI1F25 | DI Jan/25 | 12,03% | 11,98% |
DI1F26 | DI Jan/26 | 11,79% | 11,72% |
DI1F27 | DI Jan/27 | 11,74% | 11,65% |
O Ibovespa não conseguiu sustentar o vigor da abertura e virou agora há pouco.
O mercado reagiu mal ao alerta de Lael Brainard, dirigente do Federal Reserve, sobre os riscos inflacionários com a guerra na Ucrânia.
Michael Burry, o guru do filme “A grande aposta”, voltou a soar o alarme na noite de segunda-feira (11) ao afirmar que as ações dos EUA estão supervalorizadas e prontas para cair.
Segundo ele, o S&P 500 está sendo negociado a quase o dobro da receita de seus componentes — um indicativo de que os múltiplos das maiores empresas dos EUA teriam atingido níveis insustentáveis.
O apetite por risco visto no início do dia arrefeceu em Nova York após Lael Brainard, dirigente do Federal Reserve, alertar para a inflação alta e os riscos inflacionários herdados da guerra na Ucrânia.
Por volta das 13h50, o Dow Jones subia 0,29%, o S&P 500 tinha alta de 0,44% e o Nasdaq de 0,72%.
A Direcional (DIRR3), que foi destaque entre as incorporadoras de baixa renda no ano passado, parece disposta a repetir o feito em 2022. A prévia operacional do primeiro trimestre da empresa, divulgada na última segunda-feira (11), agradou novamente o mercado.
E, desta vez, a entrega de números considerados “fortes” e “resilientes” pelos analistas também atiçou os investidores: por volta das 13h00, as ações DIRR3 são as mais animadas do setor e sobem 3%, a R$ 11,70.
As ações do Banco Inter (BIDI11) lideram as quedas do Ibovespa após o banco digital entregar resultados operacionais que não agradaram o mercado.
O banco alcançou – e ultrapassou – a marca dos 18 milhões de clientes no primeiro trimestre, alta de 82% na comparação com o mesmo período de 2021, mas o crescimento da inadimplência preocupa.
Por volta das 13h, o Inter recuava 6,30%, a R$ 17,13. Confira a matéria completa.
O petróleo, que fechou em queda de mais de 4% na sessão de ontem, hoje avança mais de 6%. A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) reduziu a sua previsão de aumento da demanda global para 2022, pressionando mais uma vez a cotação da commodity.
Entre os fatores citados pela entidade está a nova onda de covid-19 que obriga a China a realizar novos lockdowns e a guerra na Ucrânia.
O banco americano JP Morgan promoveu várias mudanças nas recomendações e preços-alvo de ações brasileiras. A lista contém papéis de alta liquidez, como Marfrig (MRFG3), e ativos menos negociados, como Boa Vista (BOAS3) — veja o resumo abaixo:
– Bradespar (BRAP4): recomendação de compra (mantida), preço-alvo elevado de R$ 40,00 para R$ 46,50 (potencial de alta de 41%);
– Marfrig (MRFG3): recomendação neutra (mantida), preço-alvo cortado de R$ 32,00 para R$ 26,00 (potencial de alta de 19%);
– Boa Vista (BOAS3): recomendação de compra (mantida), preço-alvo cortado de R$ 11,00 para R$ 10,00 (potencial de alta de 27%); e
– Odontoprev (ODPV3): recomendação de venda (mantida), preço-alvo cortado de R$ 13,00 para R$ 10,50 (potencial de baixa de 4%).
As ações da Infracommerce (IFCM3) acumulam uma queda de quase 30% na B3 depois do anúncio de um novo plano de remuneração em ações (stock options) para os principais executivos que está dando o que falar.
Com o novo plano, proposto menos de um ano depois da oferta pública inicial de ações (IPO), os acionistas da Infracommerce podem ser diluídos em até 13%, segundo os analistas do BTG Pactual.
A pressão da inflação e da elevação dos juros futuros levou os setores de varejo e tecnologia a sofrerem nos últimos dias, mas o cenário mais otimista desta terça-feira leva as companhias a recuperarem espaço, liderando as altas do dia. Confira:
CÓDIGO | NOME | VALOR | VAR |
SOMA3 | Grupo Soma | R$ 14,07 | 4,77% |
COGN3 | Cogna ON | R$ 2,79 | 4,49% |
NTCO3 | Natura ON | R$ 27,34 | 4,39% |
PETZ3 | Petz ON | R$ 17,09 | 4,33% |
ECOR3 | Ecorodovias ON | R$ 7,85 | 4,11% |
O susto dado pela Casa Branca na tarde de ontem se dissipou com a divulgação dos dados oficiais de inflação dos Estados Unidos nesta manhã.
Embora o indicador tenha vindo acima do esperado e tenha o maior acumulo em 12 meses desde 1981, o núcleo do CPI mostrou uma aceleração menor do que a projetada. Para os analistas, isso indica que a inflação pode estar próxima do seu pico e que o Federal Reserve pode escolher não acelerar de forma brusca a alta dos juros e eleve em 0,50 ponto percentual a taxa na próxima reunião.
Depois de um dia amplamente negativo, as bolsas americanas operam em forte alta, revertendo as perdas de ontem. O Ibovespa acompanha e sobe 1,39%, aos 118.574 pontos. Todas as ações do Ibovespa operam em alta.
O dólar à vista perde força em escala global e recua 1,14%, a R$ 4,6365. O mercado de juros também se ajusta após a divulgação do indicador e opera em queda.
CÓDIGO | NOME | ULT | FEC |
DI1F23 | DI jan/23 | 13,02% | 13,10% |
DI1F25 | DI Jan/25 | 11,80% | 11,98% |
DI1F26 | DI Jan/26 | 11,56% | 11,72% |
DI1F27 | DI Jan/27 | 11,52% | 11,65% |
Ibovespa encerra leilões de abertura em alta de 1,22%, ao 118.326. Dólar cai 1,40%, negociado a R$ 4,6421
As bolsas internacionais reagiram bem ao dado inflacionário norte-americano.
O índice de preços ao consumidor (CPI, em inglês) subiu levemente acima do esperado, o que gerou uma “onda verde” nas bolsas do exterior:
- Euro Stoxx 50 (Europa): +0,13%
- S&P 500 futuro: +0,66%
- Dow Jones futuro: +0,34%
- Nasdaq futuro: +1,22%
No mesmo horário, o Ibovespa futuro também acelerou a alta para 0,78%, aos 117.900 pontos.
Índice de preços ao consumidor (CPI, em inglês) de março dos Estados Unidos:
CPI na base mensal: +1,2% (projeção de +1,1%)
Núcleo do CPI: +0,3% (projeção de +0,5%)
CPI na base anual: +8,5% (projeção de +8,4%)
Projeções: The Wall Street Journal
O IBGE acaba de divulgar o volume de serviços de fevereiro. O indicador caiu 0,2% no mês, abaixo do piso das estimativas do Broadcast de alta de 0,3%.
Em relação aos últimos 12 meses, houve elevação de 7,4%, dentro da faixa prevista de 6,1% até 13,0%
Ibovespa futuro abriu em alta de 0,58%, aos 117.640 pontos.
O dólar à vista cai 0,31%, negociado a 4,7023 no mesmo horário.
Os investidores aguardam a divulgação dos dados de inflação nos EUA, marcada para 9h30.
Os índices futuros de Nova York operam com cautela reduzida pela manhã, antes da divulgação da inflação dos EUA.
Já na Europa, a cautela prevalece com três principais fatores: a perspectiva da reunião do Banco Central Europeu (BCE) na quinta-feira (14), a disparada da inflação do bloco europeu e a falta de uma conclusão sólida para a guerra na Ucrânia.
- Euro Stoxx 50 (Europa): -0,61%
- S&P 500 futuro: +0,10%
- Dow Jones futuro: +0,07%
- Nasdaq futuro: +0,16%
O som do galope acelerado ao fundo é motivo de sobra para os investidores estarem em estado de alerta. Não é um Cavaleiro do Fim dos Tempos que se aproxima, mas sim a inflação dos Estados Unidos que injeta pânico e desespero nas bolsas pelo mundo nesta terça-feira (12).
Sua espada corta profundamente o poder de compra dos norte-americanos desde o ano passado. No acumulado dos últimos 12 meses, o índice de preços ao consumidor — CPI, em inglês — deve acumular alta de 8,4% nas projeções do The Wall Street Journal.
Enquanto o exterior acompanha a disparada dos preços nos Estados Unidos, por aqui nosso próprio dragão mostra as caras. Em outras palavras, o IPCA de março veio acima do esperado pelo mercado em 1,62%.
Ontem (11), o principal índice da B3 encerrou o dia nas mínimas, em queda de 1,16%, aos 116.952,85 pontos. Por sua vez, o dólar à vista caiu 0,39%, a R$ 4,6904.
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