Braskem dá lucro, mas o mercado queria mais e as ações desabam na B3
As ações da petroquímica vão na contramão do Ibovespa, com forte queda de 11%; confira as recomendações dos analistas para os papéis
Em uma das semanas mais agitadas da temporada de balanços das empresas brasileiras, a Braskem (BRKM5) aparece como principal destaque do pregão desta quarta-feira entre as empresas que divulgaram resultados. Mas não é por uma boa razão.
As ações da petroquímica vão na contramão do Ibovespa, com forte queda de 11% por volta das 16h25. Acompanhe a nossa cobertura completa de mercados.
O movimento ocorre apesar de a empresa controlada por Petrobras e Odebrecht ter revertido em lucro líquido de R$ 3,5 bilhões o prejuízo de R$ 1,4 bilhão que havia sido registrado no terceiro trimestre do ano passado.
Na mesma base de comparação, a receita líquida da Braskem saltou 77%, para R$ 28,3 bilhões.
Não foi tão bom assim...
Apesar do lucro e do avanço na receita, o resultado da Braskem veio abaixo das projeções do JP Morgan, que classificou o trimestre da companhia como “fraco”.
O Santander vai na mesma linha e aponta que o balanço da petroquímica veio pressionado por “uma queda sequencial nos spreads e volumes fracos em algumas regiões, incluindo Brasil e México”.
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Apesar disso, ambas as instituições mantêm a recomendação de compra para as ações BRKM5, com preço-alvo de R$ 70 definido pelo Santander. Com a queda de hoje, trata-se de um potencial de valorização da ordem de 40%.
Outra base de comparação
A queda das ações da Braskem também indica que os investidores podem estar dando mais peso para uma base de comparação diferente da que foi destacada pela empresa.
De volta ao lucro líquido, quando o indicador considera o segundo trimestre deste ano, por exemplo, o resultado é uma queda de 77%. Já no caso da receita chegamos a uma alta bem mais tímida, de 7%.
O resultado operacional recorrente - que exclui despesas não-recorrentes, incluindo as relacionadas ao fenômeno geológico de afundamento do solo em bairros de Alagoas - também recuou 18% na base trimestral, para R$ 7,6 bilhões.
Além disso, outras linhas do balanço desapontam mesmo na comparação anual. O resultado financeiro, por exemplo, ficou negativo em R$ 3,1 bilhões, um avanço de 69% frente a R$ 1,8 bilhão em despesas financeiras líquidas no mesmo intervalo do ano passado.
Braskem tem fundamentos fortes
O balanço também não correspondeu às estimativas do Bank of America, mas os analistas mantêm a recomendação de compra para os papéis da Braskem, com preço-alvo de R$ 84.
Para eles, os fundamentos da empresa mantêm-se atrativos mesmo com a redução nos spreads, graças aos altos preços dos produtos petroquímicos.
O banco reforça ainda que a companhia pode ser beneficiada por quatro fatores nos próximos trimestres. São eles:
- Margens positivas dos petroquímicos, que devem permanecer em níveis atrativos;
- Recuperação econômica;
- Liderança em polietileno verde;
- Valuation favorável apesar do forte desempenho das ações.
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