O bureau de crédito Boa Vista (BOAS3) recebeu uma recomendação de compra por analistas do Itaú BBA, em primeira avaliação sobre a companhia feita pelo banco. O preço-alvo para 2022 foi estabelecido em R$ 15,50, o que implica um potencial de alta de 27%.
O banco diz que o valuation atual da empresa "não é uma barganha", com a ação negociada a 30,8x P/E (preço/lucro), mas defende que haverá ganho de mercado em determinado segmento, crescimento com a incorporação da Konduto e novos esforços na área de fusões e aquisições.
A instituição vê a área de atuação da empresa com grande potencial de crescimento, ao passo que a própria Boa Vista deve abocanhar parte considerável do mercado de serviço de informações de crédito, segundo o banco.
Na avaliação do Itaú BBA, a companhia deve registrar uma taxa composta de crescimento anual (CAGR) de 19% nos próximos quatro anos.
"Alguns fatores tornam maiores as barreiras de entrada neste mercado do que se poderia esperar, como a vantagem de ter um banco de dados de pessoas físicas e jurídicas - o que seria difícil para um concorrente construir do zero e, ao mesmo tempo, oferecer aos clientes uma proposta de valor", diz trecho do relatório.
Além do banco de dados, o Itaú cita atividades que são complementares e sinérgicas com o negócio principal da empresa.
"A aquisição da Konduto é um bom exemplo de movimento que, em nossa opinião, faz total sentido estratégico e ajudará a empresa a diversificar seus negócios no futuro, ao mesmo tempo em que se mantém fiel ao seu DNA", diz o Itaú BBA.
As ações da Boa Vista (BOAS3) estrearam na B3 em setembro do ano passado e desde então acumulam perdas de 13%, fechando esta sexta (17) a R$ 12,15. O valor está abaixo da mediana do preço-alvo entre quatro casas de análise, de R$ 14,50 - são três recomendações de compra.