🔴 [NO AR] TOUROS E URSOS: QUEM FICOU EM BAIXA E QUAIS FORAM AS SURPRESAS DE 2025? – ASSISTA AGORA

O preço do petróleo pode subir até 60% e se tornar a melhor maneira de investir em ESG; entenda

Na ânsia de reduzir o impacto ambiental de certas atividades, o investimento em ativos que não passariam muito pelos crivos ambiental (E), social (S) e de governança (G) pode se tornar uma boa oportunidade

13 de outubro de 2021
11:32 - atualizado às 18:53
extração de petróleo
Empresa extrai petróleo 'onshore', ou seja, em terra firme. Modalidade é altamente rentável para petroleiras em crescimento - Imagem: Shutterstock

“Era só o que me faltava: além de o Felipe não escrever mais às quartas, coloca gente louca no lugar…”

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Calma. Prometo que ao final deste Day One a sugestão do título vai fazer sentido e mostrarei que ando com minha saúde mental em dia (apesar de o Palmeiras tê-la colocado em teste recorrentemente nas últimas semanas, mas isso é papo para outra hora).

Aqueles que nos acompanham há mais tempo sabem que a especialista nesse assunto é a Larissa Quaresma, que toca o Oportunidades ESG, buscando as melhores alternativas de investimento nessa seara em ativos brasileiros — se você assina alguma série da Empiricus, é só acessar o material na parte “Bonus Package” da sua Área do Assinante.

Mas aqui eu quero pontuar o que considero ser o “paradoxo do ESG”: na ânsia de querer reduzir o impacto ambiental de certas atividades, o investimento em ativos que não passariam muito pelos crivos ambiental (E), social (S) e de governança (G) pode se tornar uma boa oportunidade. 

Gigantes do setor

Esse tema, que já vem sendo abordado há alguns anos, ganhou notoriedade com o episódio do fundo ativista Engine No. 1 contra a gigante petrolífera Exxon Mobil no começo do ano.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Até 2013, a multinacional americana era a empresa com maior valor de mercado do mundo, com uma capitalização de mais de US$ 416 bilhões, e maior posição do índice Dow Jones.

Leia Também

Hoje, suas ações caem quase 40% das máximas do início da década e não fazem mais parte do índice mais antigo do mercado americano — tendo sido trocadas pela Salesforce, uma das queridinhas da “nova economia”.

Ainda assim, estamos falando de uma companhia com mais de US$ 260 bilhões em valor de mercado. Já a Engine No. 1 conta com menos de US$ 300 milhões em ativos sob gestão e, naquele momento, uma posição de 0,02% nas ações da empresa. Uma verdadeira batalha entre Davi e Golias

Resultado

O fundo conseguiu três assentos no Conselho da Exxon. Christopher James, fundador da Engine No. 1, conseguiu o apoio de pesos-pesados do mundo dos investimentos como BlackRock, Vanguard e State Street (três das principais gestoras do mundo) para aprovar a entrada dos membros e tentar colocar em prática as mudanças que considera serem necessárias para a companhia continuar existindo no longo prazo. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Isso, obviamente, trouxe mais atenção para outras gigantes do setor, como Royal Dutch Shell e Chevron, que sofreram reveses nos últimos meses e obrigaram seus executivos a reverem os planos estratégicos para combater as mudanças climáticas.

Com base nos dados da Bloomberg, considerando as cem maiores empresas produtoras de petróleo e gás (que representam 92% do valor de mercado total das companhias nesse segmento), já é possível ver uma redução nos investimentos dos últimos 12 meses da ordem de 30% quando comparado com o reportado em 2020 — mesma magnitude quando voltamos cinco anos no tempo.

Não me entenda mal. Sou totalmente a favor de que essas companhias revejam seus modelos de negócios para que o mundo não sofra as consequências do consumo massivo de combustíveis fósseis.

Alta de 60%

Só que tentar virar a chave de maneira brusca, ainda que pelos mais nobres motivos, pode acabar afetando de maneira relevante a economia global. Diversos bancos já pontuam que o barril de petróleo na casa dos US$ 100 é altamente provável caso retornemos a algo próximo da normalidade pré-pandemia. Alguns falam, inclusive, em algo como US$ 130.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Pode até ser que o petróleo não chegue a esses níveis. Seja pelos impactos inflacionários (que afetariam o consumo global) ou até mesmo pelo fato de a Opep decidir aumentar a sua produção (já que muitas das economias dos países-membros possuem uma grande dependência da commodity). Mas também não acho que o cenário atual indique grandes chances de uma forte desvalorização no preço do petróleo.

Analisando a história recente, quedas bruscas no preço do barril foram observadas somente em momentos de graves crises globais (como na crise de 2008 ou quando foi para o campo negativo por causa do coronavírus) ou em circunstâncias diferentes das atuais (como na expansão da exploração de gás de xisto, em meados da década passada).

Neste caso, as grandes companhias europeias do setor, como a Total (NYSE: TTE) e a BP (B3: B1PP34; NYSE: BP), me parecem mais bem posicionadas para aqueles que desejam ter uma aposta tática no setor (temos, inclusive, posições ligadas à gigante inglesa nas nossas carteiras internacionais).

Além de um baixo custo de extração, essas empresas já estão há mais tempo do que seus pares americanos buscando maneiras de reduzir a dependência de seus negócios dos combustíveis fósseis, tendo investido nos últimos anos em diversos projetos de energia renovável.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Essa antecipação impactou negativamente as ações dessas empresas em um primeiro momento, já que muitos investidores questionaram se as novas empreitadas teriam o mesmo potencial de retorno que os negócios antigos.

Só que, negociadas por múltiplos quase 40% abaixo das americanas, a margem de segurança nesses papéis é maior. Mesmo um retorno para a casa dos US$ 60 no preço do barril permitiria que essas companhias continuassem gerando caixa, que poderá ser alocado nessas novas frentes. Enquanto isso, as americanas ainda discutem maneiras de ajustar suas operações à nova realidade. 

Se é para investir em petróleo hoje para não depender da commodity amanhã, minha paz de espírito está preservada.

Um abraço!

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
O MELHOR DO SEU DINHEIRO

O dado que pode fazer a Vale (VALE3) brilhar nos próximos dez anos, eleições no Brasil e o que mais move seu bolso hoje

19 de dezembro de 2025 - 8:31

O mercado não está olhando para a exaustão das minas de minério de ferro — esse dado pode impulsionar o preço da commodity e os ganhos da mineradora

SEXTOU COM O RUY

A Vale brilhou em 2025, mas se o alerta dessas mineradoras estiver certo, VALE3 pode ser um dos destaques da década

19 de dezembro de 2025 - 6:08

Se as projeções da Rio Tinto estiverem corretas, a virada da década pode começar a mostrar uma mudança estrutural no balanço entre oferta e demanda, e os preços do minério já parecem ter começado a precificar isso

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

As vantagens da holding familiar para organizar a herança, a inflação nos EUA e o que mais afeta os mercados hoje

18 de dezembro de 2025 - 8:55

Pagar menos impostos e dividir os bens ainda em vida são algumas vantagens de organizar o patrimônio em uma holding. E não é só para os ricaços: veja os custos, as diferenças e se faz sentido para você

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: De Flávio Day a Flávio Daily…

17 de dezembro de 2025 - 20:00

Mesmo com a rejeição elevada, muito maior que a dos pares eventuais, a candidatura de Flávio Bolsonaro tem chance concreta de seguir em frente; nem todas as candidaturas são feitas para ganhar as eleições

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Veja quanto o seu banco paga de imposto, que indicadores vão mexer com a bolsa e o que mais você precisa saber hoje

17 de dezembro de 2025 - 8:38

Assim como as pessoas físicas, os grandes bancos também têm mecanismos para diminuir a mordida do Leão. Confira na matéria

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

As lições do Chile para o Brasil, ata do Copom, dados dos EUA e o que mais movimenta a bolsa hoje

16 de dezembro de 2025 - 8:23

Chile, assim como a Argentina, vive mudanças políticas que podem servir de sinal para o que está por vir no Brasil. Mercado aguarda ata do Banco Central e dados de emprego nos EUA

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

Chile vira a página — o Brasil vai ler ou rasgar o livro?

16 de dezembro de 2025 - 7:13

Não por acaso, ganha força a leitura de que o Chile de 2025 antecipa, em diversos aspectos, o Brasil de 2026

EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: Uma visão de Brasil, por Daniel Goldberg

15 de dezembro de 2025 - 19:55

O fundador da Lumina Capital participou de um dos episódios de ‘Hello, Brasil!’ e faz um diagnóstico da realidade brasileira

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Dividendos em 2026, empresas encrencadas e agenda da semana: veja tudo que mexe com seu bolso hoje

15 de dezembro de 2025 - 7:47

O Seu Dinheiro traz um levantamento do enorme volume de dividendos pagos pelas empresas neste ano e diz o que esperar para os proventos em 2026

VISÃO 360

Como enterrar um projeto: você já fez a lista do que vai abandonar em 2025?

14 de dezembro de 2025 - 8:00

Talvez você ou sua empresa já tenham sua lista de metas para 2026. Mas você já fez a lista do que vai abandonar em 2025?

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Flávio Day: veja dicas para proteger seu patrimônio com contratos de opções e escolhas de boas ações

12 de dezembro de 2025 - 8:26

Veja como proteger seu patrimônio com contratos de opções e com escolhas de boas empresas

SEXTOU COM O RUY

Flávio Day nos lembra a importância de ter proteção e investir em boas empresas

12 de dezembro de 2025 - 6:07

O evento mostra que ainda não chegou a hora de colocar qualquer ação na carteira. Por enquanto, vamos apenas com aquelas empresas boas, segundo a definição de André Esteves: que vão bem em qualquer cenário

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A busca pelo rendimento alto sem risco, os juros no Brasil, e o que mais move os mercados hoje

11 de dezembro de 2025 - 8:23

A janela para buscar retornos de 1% ao mês na renda fixa está acabando; mercado vai reagir à manutenção da Selic e à falta de indicações do Copom sobre cortes futuros de juros

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: E olha que ele nem estava lá, imagina se estivesse…

10 de dezembro de 2025 - 19:46

Entre choques externos e incertezas eleitorais, o pregão de 5 de dezembro revelou que os preços já carregavam mais política do que os investidores admitiam — e que a Bolsa pode reagir tanto a fatores invisíveis quanto a surpresas ainda por vir

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A mensagem do Copom para a Selic, juros nos EUA, eleições no Brasil e o que mexe com seu bolso hoje

10 de dezembro de 2025 - 8:10

Investidores e analistas vão avaliar cada vírgula do comunicado do Banco Central para buscar pistas sobre o caminho da taxa básica de juros no ano que vem

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Os testes da família Bolsonaro, o sonho de consumo do Magalu (MGLU3), e o que move a bolsa hoje

9 de dezembro de 2025 - 8:17

Veja por que a pré-candidatura de Flávio Bolsonaro à presidência derrubou os mercados; Magazine Luiza inaugura megaloja para turbinar suas receitas

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

O suposto balão de ensaio do clã Bolsonaro que furou o mercado: como fica o cenário eleitoral agora?

9 de dezembro de 2025 - 7:25

Ainda que o processo eleitoral esteja longe de qualquer definição, a reação ao anúncio da candidatura de Flávio Bolsonaro deixou claro que o caminho até 2026 tende a ser marcado por tensão e volatilidade

RALI, RUÍDO E POLÍTICA

Felipe Miranda: Os últimos passos de um homem — ou, compre na fraqueza

8 de dezembro de 2025 - 19:58

A reação do mercado à possível candidatura de Flávio Bolsonaro reacende memórias do Joesley Day, mas há oportunidade

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Bolha nas ações de IA, app da B3, e definições de juros: veja o que você precisa saber para investir hoje

8 de dezembro de 2025 - 8:14

Veja o que especialista de gestora com mais de US$ 1,5 trilhão em ativos diz sobre a alta das ações de tecnologia e qual é o impacto para o mercado brasileiro. Acompanhe também a agenda da semana

TRILHAS DE CARREIRA

É o fim da pirâmide corporativa? Como a IA muda a base do trabalho, ameaça os cargos de entrada e reescreve a carreira

7 de dezembro de 2025 - 8:00

As ofertas de emprego para posições de entrada tiveram fortes quedas desde 2024 em razão da adoção da IA. Como os novos trabalhadores vão aprender?

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar