Vacina no braço e compra de ações: por que o UBS agora recomenda a bolsa brasileira
Banco suíço cita as revisões de crescimento para a economia brasileira, menor risco fiscal, expectativa de lucro das empresas e preços em patamares “convidativos”
O banco suíço de investimentos UBS já vê no maior número de pessoas indo ainda neste ano até as UBSs (Unidades Básicas de Saúde), entre outros postos de vacinação contra a covid-19, um motivo para otimismo com os ativos de risco no Brasil.
Em um relatório sobre América Latina, a instituição elevou a recomendação para a bolsa brasileira de "Neutral" para "Overweight" — um equivalente à "compra". O Chile, que até então tinha o selo "Neutral", foi rebaixado para "Underweight" — ou venda.
Mas não é só o avanço da vacinação que faz os analistas do UBS reverem suas projeções. O documento emitido pelo banco nesta segunda-feira (21) cita as revisões de crescimento para a economia brasileira, menor risco fiscal, expectativa de lucro das empresas e preços em patamares "convidativos".
Atrasada, campanha de vacinação avança
O UBS destaca que a campanha de vacinação na América Latina tem sido inconsistente: 10% da população do Peru recebeu ao menos a primeira dose, enquanto no Chile o patamar chega a 61%.
No Brasil, até domingo (20) cerca de 29% da população havia recebido a primeira dose e 11% estava com imunização completa, segundo dados das secretarias de Saúde. O país já ultrapassou a marca de 500 mil mortes pela covid-19.
Para o UBS, a tendência para o segundo semestre é de uma maior disponibilização de imunizantes na América Latina, o que levaria a uma campanha de vacinação mais abrangente.
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Governadores no Brasil têm protagonizado uma "disputa" de campanhas de vacinação. Em São Paulo, a meta é aplicar ao menos a primeira dose do imunizante em toda a população com mais de 18 anos até setembro.
"O progresso da vacinação deve gerar ganhos de mobilidade adicionais, o que deve sustentar o crescimento econômico", diz o relatório do banco.
"No Brasil, nossa equipe acredita em uma normalização da atividade econômica até outubro de 2021".
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADECONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADEUBS, em relatório
Revisões do PIB, melhora fiscal e mercado de ações em alta
O UBS lembra das revisões que o mercado tem feito em relação ao crescimento da economia brasileira neste ano, depois de um avanço de 1,3% do PIB no primeiro trimestre — acima do esperado.
A perspectiva sobre o crescimento econômico e o avanço da inflação, que contribui para aumentar a arrecadação do governo, tem efeito sobre as expectativas sobre a relação dívida/PIB.
Os analistas do UBS aumentaram a expectativa de crescimento da economia brasileira de 4,5% para 5,8%, acima do consenso, e destacaram que analistas de outras instituições têm revisado as projeções sobre o mercado acionário.
As estimativas para o índice de ações MSCI Brazil em 12 meses estão em avanço de 29%, "de longe o mais alto entre mercados emergentes", diz o banco suíço.
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Segundo o UBS, a projeção do mercado para o crescimento de lucro por ação para o MSCI Brazil está em 178% nos próximos 12 meses, enquanto a média das economias emergentes é de alta de 49%.
As maiores contribuições para o índice, diz o banco, seriam de mineração, produtos químicos e energia — que sofreram revisões da ordem de 50% nas projeções de alta. "O setor financeiro, que tem a maior contribuição do mercado com um peso baseado no lucro de 39%, deve crescer 31% este ano".
Reabertura em foco e desconto sobre os emergentes
O UBS destaca também que, na temporada de relatórios do primeiro trimestre, 53% das empresas do MSCI Brazil superaram as expectativas do mercado, em especial os setores industrial, de tecnologia e de commodities.
No Brasil, os setores financeiro e de commodities são os maiores por capitalização de mercado (ambos com 26%), seguidos por energia (12%) e itens básicos (10%), lembra o banco.
"Esses são os setores que estão bem posicionados para se beneficiar da reabertura das economias e representam cerca de 64% do MSCI Brazil", diz trecho do relatório.
Segundo o UBS, as ações brasileiras são negociadas, em média, com um múltiplo de 9,3x P/E (índice preço/lucro) — um desconto de 3% sobre a média histórica e abaixo dos mercados emergentes, de 14,1x.
"Usando o índice de rentabilidade que se ajusta ao rendimento do título americano com vencimento em 10 anos, o mercado de ações brasileiro está sendo negociado cerca de dois desvios-padrão mais barato do que seu histórico".
Em linhas gerais, o Chile é visto com desconfiança em razão da "incerteza eleitoral", que pode "pesar sobre a confiança dos empresários e consumidores". O UBS fala em uma possível redução das estimativas de lucros para as empresas do país.
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