Ibovespa dá folga para o pessimismo e pega carona no recorde triplo de NY; bolsa sobe forte e dólar cai a R$ 5,17
O ambiente positivo no exterior ajudou o movimento de correção do Ibovespa. O setor bancário e o de commodities puxaram o bom desempenho do índice
A semana, que promete ser agitada, começou com o apetite por risco renovado no Brasil — e no exterior. Depois da pausa nos negócios na última sexta-feira (09) para a celebração do feriado paulista de 9 de julho, hoje foi dia de o Ibovespa correr atrás do tempo perdido e se ajustar ao movimento visto no exterior enquanto a B3 estava fechada.
O noticiário político que tanto assombrou os mercados na última semana não melhorou, mas também não piorou, o que trouxe mais tranquilidade para os investidores irem às compras. Também trouxe otimismo a notícia de que o presidente da Câmara, Arthur Lira, e o ministro da Economia, Paulo Guedes, estão próximos de um acordo para um texto mais amigável ao mercado para a proposta de reforma do IR.
Wall Street também deu um empurrão extra, e a semana começou com recorde triplo. Na expectativa pelos primeiros balanços do segundo trimestre e novos dados da inflação americana, as bolsas em Nova York tiveram um dia de ganhos moderados. O Dow Jones subiu 0,36%, o S&P 500 teve alta de 0,35% e o Nasdaq avançou 0,21%.
Com os investidores tirando o atraso e o cenário mais favorável durante toda a sessão, o setor bancário e as siderúrgicas patrocinaram um dia de forte alta para a bolsa brasileira. O Ibovespa fechou o dia com um avanço de 1,73%, aos 127.593 pontos.
O dólar à vista mostrou um pouco mais de instabilidade. A moeda americana chegou a abrir o dia em alta, mas se acomodou em forte queda com um grande fluxo de entrada de investimentos estrangeiros e a valorização dos Treasuries antes da divulgação dos novos dados de inflação, que acontecem amanhã. Com isso, a divisa terminou o dia em queda de 1,25%, a R$ 5,1740.
O alívio no câmbio chegou a puxar para baixo os juros futuros, mas a tendência não se manteve. O movimento acompanhou as declarações de Bruno Serra, diretor de Política Monetária do Banco Central. Em evento, Serra afirmou que o BC está comprometido com o centro da meta de inflação para 2022, mas deixou no ar o tamanho da atuação da instituição na próxima reunião, dizendo apenas que o balanço de riscos segue pressionado pelo risco fiscal. Confira as taxas do dia:
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- Janeiro/22: estável em 5,81%
- Janeiro/23: de 7,29% para 7,32%
- Janeiro/25: de 8,30% para 8,37%
- Janeiro/27: de 8,70% para 8,77%
Os riscos no radar
O dia pode ter sido positivo, mas os investidores vão encarar uma série de incertezas nos próximos dias. O ambiente político segue conturbado, refletindo a repercussão das denúncias feitas pela CPI da covid-19 e a discussão em torno da proposta de reforma tributária que mexe com as regras do imposto de renda.
O texto ainda está longe de ser bem aceito pelo mercado, ainda que Guedes e Lira pareçam ter entrado em acordo para tentar desfazer os incômodos com a pauta.
A vacinação no país anima, mas nem por isso a covid-19 deixa de ser um problema. Os investidores pesam mais uma vez o avanço da nova variante do coronavírus - a delta - e o seu possível impacto negativo nas principais economias do globo.
Além disso, a decisão da China de ampliar o grau de estímulo monetário na economia traz preocupação com uma possível desaceleração da recuperação, fazendo com que os investidores antecipem uma cautela maior também em relação a outros países, monitorando os movimentos dos Bancos Centrais. O BC europeu deve divulgar dentro de 10 dias um novo documento sobre as medidas tomadas pela instituição. Nos EUA, os dados de inflação são acompanhados de perto.
Sobe e desce
A aceleração da vacinação no estado de São Paulo e também em diversas outras regiões do país renova a expectativa para a retomada da economia brasileira, animando as empresas ligadas ao consumo e ao turismo.
O principal destaque do dia foi a Embraer, que subiu quase 8% após a confirmação do pedido da Porter Airlines de até 30 jatos E195-E2 e a compra de mais 50 aeronaves, pelo valor de US$ 5,82 bilhões.
A Cosan se destacou após notícias de que o governo de São Paulo deve propor uma renovação antecipada da concessão de 20 anos da Comgás, subsidiária da companhia.
Já a JHSF teve forte alta após divulgar prévias operacionais animadoras do segundo trimestre. Confira as maiores altas do dia:
| CÓDIGO | NOME | VALOR | VAR |
| EMBR3 | Embraer ON | R$ 19,66 | 7,96% |
| CVCB3 | CVC ON | R$ 27,35 | 7,25% |
| CSAN3 | Cosan ON | R$ 26,20 | 6,29% |
| CSNA3 | CSN ON | R$ 46,80 | 6,15% |
| JHSF3 | JHSF ON | R$ 7,29 | 5,19% |
Hoje também foi dia de estreia na B3, com o início da negociação das ações da 3tentos Agroindustrial (TTEN3). Os papéis da companhia de infraestrutura de processamento e venda de grãos chegaram a subir mais de 4% pela manhã, mas viraram para queda na parte da tarde, fechando em baixa de 1,22%.
Em dia amplamente positivo para a bolsa brasileira, apenas seis papéis recuaram no Ibovespa. Confira as maiores quedas:
| CÓDIGO | NOME | VALOR | VARIAÇÃO |
| CRFB3 | Carrefour Brasil ON | R$ 20,55 | -1,06% |
| MRFG3 | Marfrig ON | R$ 18,73 | -0,95% |
| PRIO3 | PetroRio ON | R$ 19,41 | -0,87% |
| SUZB3 | Suzano ON | R$ 60,46 | -0,85% |
| VVAR3 | Via Varejo ON | R$ 14,78 | -0,47% |
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