🔴 SD EXPLICA: COMO GARANTIR 1% AO MÊS NA RENDA FIXA ANTES QUE A SELIC CAIA – VEJA AQUI

Victor Aguiar

Victor Aguiar

Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pelo Instituto Educacional BM&FBovespa. Trabalhou nas principais redações de economia do país, como Bloomberg, Agência Estado/Broadcast e Valor Econômico. Em 2020, foi eleito pela Jornalistas & Cia como um dos 10 profissionais de imprensa mais admirados no segmento de economia, negócios e finanças.

Confusão acionária

O controlador da Azul vendeu mais de 9 milhões de ações da empresa. O que isso significa?

David Neeleman, fundador e presidente do conselho de administração da Azul, se desfez de mais de 9 milhões de ações preferenciais que detinha na empresa — a aérea, no entanto, diz que não houve venda ativa dos papéis

Victor Aguiar
Victor Aguiar
14 de abril de 2020
12:47 - atualizado às 9:28
Avião Airbus A320 Neo operado pela Azul Linhas Aéreas
Avião Airbus A320 Neo operado pela Azul Linhas Aéreas - Imagem: Shutterstock

Que o setor aéreo passa por maus momentos, todos já sabem: o surto de coronavírus provocou uma queda abrupta na demanda por passagens, um cenário catastrófico para o segmento. E como se todo esse caos não fosse suficiente, a Azul tem agora mais um foco de instabilidade a ser enfrentado: uma movimentação relevante em sua base acionária.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O empresário David Neeleman, fundador e atual presidente do conselho de administração da companhia, se desfez de uma fatia importante de sua participação na empresa — mais precisamente, 9,3 milhões de ações preferenciais, vendidas ao longo de março. Ele ainda possui 2,1 milhões de papéis desse tipo.

A notícia pegou o mercado de surpresa e forçou a Azul a emitir um pronunciamento oficial nesta terça-feira (14), buscando acalmar os ânimos de quem concluiu que Neeleman estaria pessimista em relação ao futuro da empresa.

De acordo com a aérea, tudo ocorreu por causa de uma operação financeira conduzida pelo próprio empresário: ele fez um empréstimo pessoal no valor de US$ 30 milhões, usando como garantia parte de suas ações da Azul. Só que, em meio à crise do coronavírus, foi feita uma chamada de margem.

Ainda segundo a Azul, Neeleman não tinha a intenção de vender suas ações na empresa, mas também não possuía outros investimentos com liquidez necessária para cobrir a chamada. Desta maneira, os bancos executaram a garantia, tomando para si os papéis da companhia aérea.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Ou seja: Neeleman não vendeu de maneira ativa as ações da Azul. A reportagem do Seu Dinheiro entrou em contato com a empresa, questionando a respeito de outros possíveis empréstimos feitos pelo empresário usando as ações da companhia como garantia. A aérea, no entanto, disse que não iria comentar.

Leia Também

A explicação oficial parece ter convencido o mercado: as ações PN da Azul (AZUL4) fecharam em alta de 1,24%, a R$ 16,35, ficando em linha com o desempenho do Ibovespa: o índice subiu 1,37% hoje, aos 79.918,36 pontos.

Dito tudo isso: qual a consequência desse imbróglio para a base acionária da Azul? Como fica o controle e o poder de voto na empresa?

Uma estrutura peculiar

O setor aéreo possui diversas peculiaridades em termos de composição acionária. A legislação brasileira impede que as empresas do segmento sejam controladas por grupos estrangeiros, o que motivou a criação de uma série de estruturas pouco usuais

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A Azul, por exemplo, possui ações ordinárias e preferenciais, sendo que apenas os detentores das ONs têm direito a voto — e tais papéis não são negociados em bolsa. Para compensar, as PNs possuem um peso 75 vezes maior na composição econômica e tem direito a receber 75 vezes o valor dos dividendos distribuídos aos detentores das ONs.

Traduzindo: um investidor comum não pode comprar ações ONs e, consequentemente, não tem direito a voto — o que blinda o controle administrativo das empresas, de acordo com a legislação. Para compensar, as PNs possuem um peso econômico maior, servindo como porta de entrada para grupos estrangeiros.

Sim, eu sei: é um pouco confuso. O quadro abaixo, fornecido pela própria Azul, ajuda a entender melhor:

Veja que Neeleman vendeu apenas as ações preferenciais. Assim, sua participação econômica foi diluída, mas não seu controle administrativo — sua posição em papéis ordinários continua a mesma e ele segue detendo 67% desse tipo de ativo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A Gol, principal rival da Azul no mercado brasileiro, possui estrutura semelhante — a única diferença é que, no caso da Gol, a relação entre ONs e PNs é de uma para 35.

No caso da Gol, a maior parte das ações ON — e, consequentemente, do controle administrativo — é detida pelo fundo Volluto, o veículo de investimentos da família Constantino, uma das fundadoras da empresa.

Aéreas sob pressão

Desde março, quando a crise do coronavírus começou a afetar o setor aéreo em proporções globais, as ações PN da Azul (AZUL4) tiveram um dos piores desempenhos do Ibovespa: no ano, os papéis da empresa amargam baixa de mais de 70% — Gol PN (GOLL4) cai cerca de 68% em 2020.

Além da questão da demanda em baixa, as empresas brasileiras ainda contam com um fator extra de estresse: a disparada do dólar, já que uma fatia relevante da linha de custos das aéreas é denominada na moeda americana.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
ENTREVISTA

‘Se eleição for à direita, é bolsa a 200 mil pontos para mais’, diz Felipe Miranda, CEO da Empiricus

18 de dezembro de 2025 - 19:00

CEO da Empiricus Research fala em podcast sobre suas perspectivas para a bolsa de valores e potenciais candidatos à presidência para eleições do próximo ano.

OTIMISMO NO RADAR

Onde estão as melhores oportunidades no mercado de FIIs em 2026? Gestores respondem

18 de dezembro de 2025 - 17:41

Segundo um levantamento do BTG Pactual com 41 gestoras de FIIs, a expectativa é que o próximo ano seja ainda melhor para o mercado imobiliário

PROVENTOS E MAIS PROVENTOS

Chuva de dividendos ainda não acabou: mais de R$ 50 bilhões ainda devem pingar na conta em 2025

18 de dezembro de 2025 - 16:30

Mesmo após uma enxurrada de proventos desde outubro, analistas veem espaço para novos anúncios e pagamentos relevantes na bolsa brasileira

ONDA DE PROVENTOS

Corrida contra o imposto: Guararapes (GUAR3) anuncia R$ 1,488 bilhão em dividendos e JCP com venda de Midway Mall

18 de dezembro de 2025 - 9:29

A companhia anunciou que os recursos para o pagamento vêm da venda de sua subsidiária Midway Shopping Center para a Capitânia Capital S.A por R$ 1,61 bilhão

HORA DE COMPRAR

Ação que triplicou na bolsa ainda tem mais para dar? Para o Itaú BBA, sim. Gatilho pode estar próximo

17 de dezembro de 2025 - 17:22

Alta de 200% no ano, sensibilidade aos juros e foco em rentabilidade colocam a Movida (MOVI3) no radar, como aposta agressiva para capturar o início do ciclo de cortes da Selic

TOUROS E URSOS #252

Flávio Bolsonaro presidente? Saiba por que o mercado acendeu o sinal amarelo para essa possibilidade

17 de dezembro de 2025 - 12:35

Rodrigo Glatt, sócio-fundador da GTI, falou no podcast Touros e Ursos desta semana sobre os temores dos agentes financeiros com a fragmentação da oposição frente à reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva

ESTRATÉGIA DO GESTOR

‘Flávio Day’ e eleições são só ruído; o que determina o rumo do Ibovespa em 2026 é o cenário global, diz estrategista do Itaú

16 de dezembro de 2025 - 15:07

Tendência global de queda do dólar favorece emergentes, e Brasil ainda deve contar com o bônus da queda na taxa de juros

RECUPERAÇÃO RÁPIDA

Susto com cenário eleitoral é prova cabal de que o Ibovespa está em “um claro bull market”, segundo o Santander

16 de dezembro de 2025 - 10:50

Segundo os analistas do banco, a recuperação de boa parte das perdas com a notícia sobre a possível candidatura do senador é sinal de que surpresas negativas não são o suficiente para afugentar investidores

RANKING

Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI

15 de dezembro de 2025 - 19:05

Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno

SMALL CAP QUERIDINHA

Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais

15 de dezembro de 2025 - 19:02

O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50

HAJA MÁSCARA DE OXIGÊNIO

Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa

15 de dezembro de 2025 - 17:23

As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores

HORA DE COMPRAR?

Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema

15 de dezembro de 2025 - 16:05

Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem

TIME LATAM

BTG escala time de ações da América Latina para fechar o ano: esquema 4-3-3 tem Brasil, Peru e México

15 de dezembro de 2025 - 14:18

O banco fez algumas alterações em sua estratégia para empresas da América Latina, abrindo espaço para Chile e Argentina, mas com ações ainda “no banco”

CHUVA DE PROVENTOS CONTINUA

As ações que devem ser as melhores pagadoras de dividendos de 2026, com retornos de até 15%

15 de dezembro de 2025 - 6:05

Bancos, seguradoras e elétricas lideram e uma empresa de shoppings será a grande revelação do próximo ano

LEVANTAMENTO

A torneira dos dividendos vai secar em 2026? Especialistas projetam tendências na bolsa diante de tributação

15 de dezembro de 2025 - 6:05

2025 caminha para ser ano recorde em matéria de proventos; em 2026 setores arroz com feijão ganham destaque

LEI MAGNITSKY

Bancos sobem na bolsa com o fim das sanções contra Alexandre de Moraes — Banco do Brasil (BBAS3) é o destaque

12 de dezembro de 2025 - 17:14

Quando a sanção foi anunciada, em agosto deste ano, os papéis dos bancos desabaram devido as incertezas em relação à aplicação da punição

GIGANTE NA ÁREA

TRXF11 volta a encher o carrinho de compras e avança nos setores de saúde, educação e varejo; confira como fica o portfólio do FII agora

12 de dezembro de 2025 - 11:31

Com as três novas operações, o TRXF11 soma sete transações só em dezembro. Na véspera, o FII já tinha anunciado a aquisição de três galpões

VERSÃO TUPINIQUIM

BofA seleciona as 7 magníficas do Brasil — e grupo de ações não tem Petrobras (PETR4) nem Vale (VALE3)

11 de dezembro de 2025 - 19:21

O banco norte-americano escolheu empresas brasileiras de forte crescimento, escala, lucratividade e retornos acima da Selic

COM EMOÇÃO

Ibovespa em 2026: BofA estima 180 mil pontos, com a possibilidade de chegar a 210 mil se as eleições ajudarem

11 de dezembro de 2025 - 17:01

Banco norte-americano espera a volta dos investidores locais para a bolsa brasileira, diante da flexibilização dos juros

FIIS HOJE

JHSF (JHSF3) faz venda histórica, Iguatemi (IGTI3) vende shoppings ao XPML11, TRXF11 compra galpões; o que movimenta os FIIs hoje

11 de dezembro de 2025 - 14:31

Nesta quinta-feira (11), cinco fundos imobiliários diferentes agitam o mercado com operações de peso; confira os detalhes de cada uma delas

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar