Um dia normal. Mas isso é bom?
Caro leitor,
Hoje tivemos um dia normal nos mercados. Isso mesmo. Não, não o “novo normal” de tempos de coronavírus, com amplas oscilações para cima ou para baixo, circuit breakers etc. Um dia normal mesmo, com uma oscilação pequena. Uma alta moderada de 1,65% do Ibovespa.
Foi apenas a quarta vez, neste agitadíssimo mês de março, que o principal índice da bolsa brasileira oscilou menos de 2% para cima ou para baixo. Lá fora, as negociações também foram tranquilas. Tudo muito… normal.
Mas não vivemos tempos normais e, num cenário como o atual, excesso de tranquilidade pode ser mau sinal. As negociações de hoje demonstram, na verdade, cautela dos agentes financeiros diante da enxurrada de indicadores econômicos prevista para esta semana.
Nos próximos dias serão divulgados alguns dados importantes da atividade econômica pelo mundo, que poderão nos dar mais noção da real extensão do estrago que a pandemia de coronavírus pode causar nos nossos bolsos.
Se antes era “cedo demais” para prever qualquer coisa, pois não tínhamos qualquer dado para usar como referência para projeções, nesta semana teremos acesso a informações que poderão ser literalmente colocadas na conta. Teríamos presenciado hoje uma calmaria antes da tempestade? O Victor Aguiar analisa a situação na sua cobertura de mercados de hoje.
Leia Também
Sinal dos tempos
A XP está menos otimista do que no início de março. A corretora acaba de cortar, pela segunda vez neste ano, a sua previsão para o Ibovespa em 2020 — e a razão, é claro, é o coronavírus. No fim de 2019, a corretora esperava que o índice terminasse o ano aos 140 mil pontos, uma alta de 21%. No começo deste mês, porém, a expectativa caiu para 132 mil pontos. E agora, a XP se mostrou mais pessimista, mas aposta que ano que vem será melhor. O Vinícius Pinheiro te conta os detalhes das projeções da casa nesta matéria.
Compre estas
A corretora também acredita que os tempos vindouros serão melhores para as varejistas, que compõem um setor amplamente prejudicado pelo ‘lockdown’. Mas as apostas da XP no setor têm características bem específicas, que lhes permitirão ganhar no curto ou no longo prazo. Na opinião dos analistas da casa, há três ações do varejo com potencial de valorizar pelo menos 50% nos próximos 12 meses. Confira quais são elas nesta matéria do Kaype Abreu.
Uma no cravo, outra na ferradura
O diretor-executivo da BlackRock, Larry Fink, está otimista com a retomada econômica — mas ainda não sabe se o pior já chegou para os mercados. Se os bancos centrais e governos têm atuado rapidamente para solucionar problemas de estímulos e proteção aos mais pobres, não se pode dizer que o mundo financeiro esteja livre de riscos. Nem por isso a maior gestora do mundo deixa de pensar no longo prazo, e você pode checar na matéria do Felipe Saturnino como a BlackRock está bolando a sua estratégia mesmo num cenário nebuloso.
Futuro instável
O coronavírus mudou a visão de risco para os bancos brasileiros. A agência de classificação de risco Fitch rebaixou a perspectiva do setor bancário local de estável para negativa em virtude dos efeitos da pandemia. O cenário impõe perdas a todos, mas a mudança na dinâmica do crédito deve afetar o setor.
O coronavírus na economia real
À medida que o vírus se alastra no Brasil, as empresas vão tomando mais medidas para reduzir o trabalho presencial e também os impactos financeiros da pandemia. Hoje, a Embraer divulgou que a maioria de seus colaboradores terá férias coletivas de 1º a 9 de abril ou então trabalhará remotamente. Já a General Motors propôs suspender contratos e reduzir salários em até 25%.
Quem aguenta mais?
O cenário não é nada animador para as pequenas empresas brasileiras diante das medidas de isolamento social tomadas para combater o avanço do coronavírus no país. Segundo especialistas, a maioria delas não aguenta nem um mês sem receitas. Já as grandes empresas abertas em bolsa têm uma situação mais confortável: metade delas tem caixa suficiente para se manter por três meses parada, de acordo com levantamento da Economatica e do Cemec-Fipe.
Chame o bombeiro!
O “apaga-crise” oficial do Palácio do Planalto foi oficialmente reconduzido ao seu posto. O vice-presidente general Hamilton Mourão, com o apoio de militares graúdos, divergiu em público do discurso do presidente Jair Bolsonaro em relação à pandemia de coronavírus. Esses militares criticam os ataques do presidente aos governadores e prefeririam um tratamento diferente da crise. Assim, Mourão se apresentou para controlar as chamas. Confira a análise lá no Seu Dinheiro.
Antes de me despedir, deixo um convite. Hoje às 20h vai ao ar a entrevista da Marina Gazzoni, CEO do Seu Dinheiro, com o Guilherme Zanin, o analista do Robert Kiyosaki no Brasil. Ele conta como funciona o Cash Flow Machine, um sistema para gerar renda passiva semanal. Você pode se cadastrar para ver a entrevista neste link. Uma ótima noite para você!
Shutdown nos EUA e bolsa brasileira estão quebrando recordes diariamente, mas só um pode estar prestes a acabar; veja o que mais mexe com o seu bolso hoje
Temporada de balanços, movimentos internacionais e eleições do ano que vem podem impulsionar ainda mais a bolsa brasileira, que está em rali histórico de valorizações; Isa Energia (ISAE4) quer melhorar eficiência antes de aumentar dividendos
Ibovespa imparável: até onde vai o rali da bolsa brasileira?
No acumulado de 2025, o índice avança quase 30% em moeda local — e cerca de 50% em dólar. Esse desempenho é sustentado por três pilares centrais
Felipe Miranda: Como era verde meu vale do silício
Na semana passada, o mitológico investidor Howard Marks escreveu um de seus icônicos memorandos com o título “Baratas na mina de carvão” — uma referência ao alerta recente de Jamie Dimon, CEO do JP Morgan, sobre o mercado de crédito
Banco do Brasil (BBAS3) precisará provar que superou crise do agro, mercado está otimista com fim do shutdown nos EUA no horizonte, e o que mais você precisa saber sobre a bolsa hoje
Analistas acreditam que o BB não conseguirá retomar a rentabilidade do passado, e que ROE de 20% ficou para trás; ata do Copom e dados de inflação também mexem com os mercados
Promovido, e agora? Por que ser bom no que faz não te prepara para liderar pessoas
Por que seguimos promovendo técnicos brilhantes e esperando que, por mágica, eles virem líderes preparados? Liderar é um ofício — e como todo ofício, exige aprendizado, preparo e prática
Novo nome da Eletrobras em nada lembra mercado de energia; shutdown nos EUA e balanço da Petrobras também movem os mercados hoje
Depois de rebranding, Axia Energia anuncia R$ 4 bilhões em dividendos; veja o que mais mexe com a bolsa, que bate recorde depois de recorde
Eletrobras agora é Axia: nome questionável, dividendos indiscutíveis
Mesmo com os gastos de rebranding, a empresa entregou bons resultados no 3T25 — e há espaço tanto para valorização das ações como para mais uma bolada em proventos até o fim do ano
FII escondido no seu dia a dia é campeão entre os mais recomendados e pode pagar dividendos; mercado também reflete decisão do Copom e aprovação da isenção de IR
BTGLG11 é campeão no ranking de fundos imobiliários mais recomendados, Copom manteve Selic em 15% ao ano, e Senado aprovou isenção de Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil
É bicampeão! FII BTLG11 volta ao topo do ranking dos fundos mais recomendados em novembro — e tem dividendos extraordinários no radar
Pelo segundo mês consecutivo, o BTLG11 garantiu a vitória ao levar quatro recomendações das dez corretoras, casas de análise e bancos consultados pelo Seu Dinheiro
Economista revela o que espera para a Selic em 2025, e ações ligadas à inteligência artificial sofrem lá fora; veja o que mais mexe com o mercado hoje
Ibovespa renovou recorde antes de decisão do Copom, que deve manter a taxa básica de juros em 15% ao ano, e economista da Galapagos acredita que há espaço para cortes em dezembro; investidores acompanham ações de empresas de tecnologia e temporada de balanços
O segredo do Copom, o reinado do Itaú e o que mais movimenta o seu bolso hoje
O mercado acredita que o Banco Central irá manter a taxa Selic em 15% ao ano, mas estará atento à comunicação do banco sobre o início do ciclo de cortes; o Itaú irá divulgar seus resultados depois do fechamento e é uma das ações campeãs para o mês de novembro
Política monetária não cede, e fiscal não ajuda: o que resta ao Copom é a comunicação
Mesmo com a inflação em desaceleração, o mercado segue conservador em relação aos juros. Essa preferência traz um recado claro: o problema deriva da falta de credibilidade fiscal
Tony Volpon: Inteligência artificial — Party like it’s 1998
Estamos vivendo uma bolha tecnológica. Muitos investimentos serão mais direcionados, mas isso acontece em qualquer revolução tecnológica.
Manter o carro na pista: a lição do rebalanceamento de carteira, mesmo para os fundos imobiliários
Assim como um carro precisa de alinhamento, sua carteira também precisa de ajustes para seguir firme na estrada dos investimentos
Petrobras (PETR4) pode surpreender com até R$ 10 bilhões em dividendos, Vale divulgou resultados, e o que mais mexe com seu bolso hoje
A petroleira divulgou bons números de produção do 3° trimestre, e há espaço para dividendos bilionários; a Vale também divulgou lucro acima do projetado, e mercado ainda digere encontro de Trump e Xi
Dividendos na casa de R$ 10 bilhões? Mesmo depois de uma ótima prévia, a Petrobras (PETR4) pode surpreender o mercado
A visão positiva não vem apenas da prévia do terceiro trimestre — na verdade, o mercado pode estar subestimando o potencial de produção da companhia nos próximos anos, e olha que eu nem estou considerando a Margem Equatorial
Vale puxa ferro, Trump se reúne com Xi, e bolsa bateu recordes: veja o que esperar do mercado hoje
A mineradora divulga seus resultados hoje depois do fechamento do mercado; analistas também digerem encontro entre os presidentes dos EUA e da China, fala do presidente do Fed sobre juros e recordes na bolsa brasileira
Rodolfo Amstalden: O silêncio entre as notas
Vácuos acumulados funcionaram de maneira exemplar para apaziguar o ambiente doméstico, reforçando o contexto para um ciclo confiável de queda de juros a partir de 2026
A corrida para investir em ouro, o resultado surpreendente do Santander, e o que mais mexe com os mercados hoje
Especialistas avaliam os investimentos em ouro depois do apetite dos bancos centrais por aumentar suas reservas no metal, e resultado do Santander Brasil veio acima das expectativas; veja o que mais vai afetar a bolsa hoje
O que a motosserra de Milei significa para a América Latina, e o que mais mexe com seu bolso hoje
A Argentina surpreendeu nesta semana ao dar vitória ao partido do presidente Milei nas eleições legislativas; resultado pode ser sinal de uma mudança política em rumo na América Latina, mais liberal e pró-mercado
