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Victor Aguiar
Victor Aguiar
Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pelo Instituto Educacional BM&FBovespa. Trabalhou nas principais redações de economia do país, como Bloomberg, Agência Estado/Broadcast e Valor Econômico. Em 2020, foi eleito pela Jornalistas & Cia como um dos 10 profissionais de imprensa mais admirados no segmento de economia, negócios e finanças.
Dia morno

Ibovespa fecha em alta, mas mercado mostra cautela com a agenda econômica; dólar sobe a R$ 5,18

O Ibovespa passou a maior parte do dia no campo positivo, mas sem nunca engatar altas mais firmes. Apesar da postura mais enérgica de Donald Trump quanto às medidas de isolamento para conter o coronavírus, os investidores mostram receio em relação aos dados econômicos a serem divulgados nos próximos dias

Victor Aguiar
Victor Aguiar
30 de março de 2020
17:56 - atualizado às 18:36
Selo Mercados FECHAMENTO Ibovespa dólar
Imagem: Montagem Andrei Morais / Shutterstock

Uma estranha calmaria tomou conta do Ibovespa nesta segunda-feira (30). Nada de perdas massivas ou saltos enormes, nada de gigantescos volumes de negociação, nada de frenesi na comunidade financeira no Twitter — um dia morno, se é que existem dias mornos em meio à crise do coronavírus.

Os números da sessão de hoje são reveladores, a começar pelo fechamento do índice: alta de 1,65%, aos 74.639,48 pontos — foi apenas o quarto pregão de março em que o Ibovespa oscilou menos de 2%, para cima ou para baixo.

Mas não só isso: as negociações de hoje ocorreram dentro de uma faixa particularmente estreita. Na mínima do dia, o índice caiu 0,33%, aos 73.184,22 pontos e, na máxima, subiu 2,73%, aos 75.429,74 pontos — um intervalo de apenas 2.245,52 pontos.

  • Eu gravei um vídeo para explicar a dinâmica das bolsas nesta segunda-feira (30). Veja abaixo:

É a menor banda diária de variação para o Ibovespa desde o pregão de 21 de fevereiro — a sexta-feira de Carnaval, data em que, tradicionalmente, a sessão fica esvaziada.

Quer outra prova da calmaria desta segunda-feira? Basta olhar para os números do giro financeiro. Ao todo, a carteira do índice movimentou R$ 19,8 bilhões ao longo do dia — a média em março, até a última sexta-feira, era de mais de R$ 35 bilhões por sessão.

A sessão não foi tranquila apenas no Brasil: nos Estados Unidos, o Dow Jones (+3,19%), o S&P 500 (+3,35%) e o Nasdaq (+3,62%) ganharam força na reta final, mas também passaram o dia com variações tímidas; na Europa, as principais praças tiveram altas moderadas.

Engana-se quem conclui que esse tom mais ameno implica numa menor preocupação dos investidores com o coronavírus. Pelo contrário: essa postura se deve justamente à cautela relacionada ao surto da doença.

Apertando os cintos

Ocorre que, nesta semana, começa a ser divulgada a primeira rodada de dados econômicos referentes a março — mês em que o surto da doença atingiu proporções globais. Assim, o mercado começa a se preparar para ver impactos fortes nos indicadores.

Já tivemos algumas amostras nesta segunda-feira: o índice de sentimento econômico da zona do euro sofreu em março a maior queda da história; por aqui, a confiança do setor de serviços despencou 11,6 pontos no mês passado.

Ainda no Brasil, o boletim Focus mostrou uma revisão brusca nas projeções para a economia em 2020. Agora, a estimativa é de baixa de 0,48% no PIB neste ano — na semana passada, a expectativa era de alta de 1,48%.

Mas o grosso da agenda econômica global ainda não foi divulgado — na China, serão conhecidos dados de atividade; nos EUA, serão reportados números de confiança do consumidor, atividade e do mercado de trabalho.

Nesse cenário, é natural que os investidores tenham assumido uma postura mais cautelosa, sem promover grandes mudanças em suas posições. E o noticiário desta segunda favoreceu ainda mais essa abordagem de "esperar para ver", com elementos negativos e positivos influenciando as negociações.

Reação dos governos

Ao longo do fim de semana, os números referentes ao surto de coronavírus mostraram uma evolução preocupante da doença no mundo: segundo dados da universidade americana Johns Hopkins, mais de 760 mil pessoas já foram contaminadas, com 36 mil casos fatais.

No Brasil, o ministério da Saúde atualizou há pouco as informações referentes ao Brasil: são 159 óbitos e 4.579 infectados no país — a taxa de mortalidade por aqui chega a 3,5%.

Esse quadro de rápida propagação do vírus provocou reações mais enérgicas por parte dos principais líderes mundiais, incluindo o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump — o país se tornou um novo epicentro da doença, com a região de Nova York mostrando números particularmente preocupantes.

Trump, que vinha hesitando em recomendar o isolamento de maneira mais ampla para conter o avanço da doença, mudou de postura: estendeu as medidas de distanciamento social até 30 de abril — uma novidade que foi bem recebida pelos investidores.

Assim, o tom mais positivo visto no exterior acabou se sobrepondo à cautela doméstica quanto à deterioração cada vez mais evidente do cenário político local — por aqui, o presidente Jair Bolsonaro e seu pouco caso com o coronavírus estão cada vez mais isolados.

Prudência no dólar

Mas, por mais que esse quadro todo tenha permitido uma ligeira alta do Ibovespa e das bolsas americanas, ele não foi capaz de trazer calma ao mercado de câmbio. O dólar à vista fechou em alta firme de 1,53%, a R$ 5,1805, e voltou a se aproximar das máximas nominais.

Trata-se de uma estratégia clássica por parte dos investidores: ao mesmo tempo em que aumentaram ligeiramente a exposição ao risco na bolsa, correram para buscar proteção no dólar. Assim, caso o cenário se deteriore nos próximos dias com a divulgação de dados econômicos mais fracos, a posição no mercado de câmbio servirá para amortecer as perdas com as ações.

Economia vacilante, juros em queda

Com a percepção de que a economia brasileira será fortemente afetada pela crise do coronavírus, aumentam as apostas em novos cortes na Selic e na manutenção da taxa básica de juros em níveis baixos por um período prolongado, de modo a dar sustentação à atividade doméstica.

E, nesse cenário, os principais DIs fecharam em queda, tanto na ponta curta quanto na longa:

  • Janeiro/2021: de 3,49% para 3,41%;
  • Janeiro/2022: de 4,37% para 4,21%;
  • Janeiro/2023: de 5,65% para 5,41%;
  • Janeiro/2025: de 6,97% para 6,81%.

Klabin em destaque

No front corporativo, destaque para as units da Klabin (KLBN11), que fecharam em alta de 6,88%. Mais cedo, a empresa anunciou a compra da unidade de papel ondulado e embalagens da International Paper Brasil, por R$ 330 milhões — uma movimentação que foi elogiada por analistas.

Você pode encontrar um resumo das principais altas e baixas do Ibovespa nesta segunda-feira nesta matéria. Veja abaixo as cinco maiores altas do índice:

CÓDIGONOMEPREÇO (R$)VARIAÇÃO
ELET3Eletrobras ON23,31+10,58%
MGLU3Magazine Luiza ON41,60+6,67%
ELET6Eletrobras PNB26,44+6,57%
EQTL3Equatorial ON17,59+6,28%
BRAP4Bradespar PN28,57+5,11%

Confira também as maiores quedas do índice:

CÓDIGONOMEPREÇO (R$)VARIAÇÃO
RENT3Localiza ON28,70-8,37%
SMLS3Smiles ON13,65-5,93%
COGN3Cogna ON5,06-4,89%
YDUQ3Yduqs ON26,77-4,39%
VVAR3Via Varejo ON5,45-4,39%

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