Centauro perde nos 100 metros, mas leva maratona
Eu já estive em dezenas de cerimônias de abertura de capital de empresas na sede da bolsa, quando acontece o tradicional toque da campainha que marca o início dos negócios com as ações.
Mas poucas delas foram tão sem graça quanto a da Centauro, em abril do ano passado. Pode-se dizer que o evento refletiu a desconfiança do mercado no potencial da varejista de produtos esportivos e que tem lojas nos principais shoppings do país.
O preço por ação da empresa saiu pouco acima do piso da faixa estabelecida no IPO (sigla em inglês para oferta pública inicial). E os papéis ainda fecharam em queda no primeiro dia de negócios.
Pouco depois do IPO, a empresa ainda entrou numa disputa ferrenha com o Magazine Luiza pela compra da Netshoes, mas a companhia controlada pela família Trajano levou a melhor.
Quem comprou as ações da Centauro pensando em uma corrida de 100 metros rasos de fato não se deu bem. Mas quem vislumbrou uma maratona à frente (como deveria ser todo investimento em bolsa, aliás) ganhou muito dinheiro.
Em menos de um ano, desde o IPO pouco badalado em abril, os papéis subiram 280% – desempenho bem superior ao das “queridinhas” Via Varejo e Magalu no mesmo período.
Leia Também
Economista revela o que espera para a Selic em 2025, e ações ligadas à inteligência artificial sofrem lá fora; veja o que mais mexe com o mercado hoje
O segredo do Copom, o reinado do Itaú e o que mais movimenta o seu bolso hoje
E a vantagem da Centauro nessa corrida ficou ainda maior hoje, depois que a empresa “calçou” os tênis da Nike e anunciou um acordo com a marca para atuar como distribuidora exclusiva da marca no país.
Vale a pena conhecer os detalhes desse negócio que muda as peças do varejo de produtos esportivos, na reportagem do jornalista e corredor de fim de semana Victor Aguiar.
Com o pé direito
Por falar em IPO, a Locaweb fez uma estreia na bolsa típica das ofertas mais quentes do setor de tecnologia no exterior. As ações da empresa de hospedagem de sites e comércio eletrônico dispararam quase 20% no primeiro dia de negociações na B3. Será que ainda vale a pena comprar os papéis? Eu respondo nesta matéria.
Dólar mostra as garras
Os investidores na bolsa começaram o dia animados depois de mais um corte da taxa básica de juros pelo Banco Central. Mas o Ibovespa não conseguiu se sustentar em alta e acabou virando ao longo do pregão. Já o dólar fez o movimento exatamente oposto: abriu em queda e depois passou a subir, a ponto de cravar um novo recorde de fechamento: R$ 4,2852, em alta de 1,09%. Saiba o que movimentou os mercados na nossa cobertura.
Que horas ele volta?
Mais aguardada do que a noiva na igreja, a reconquista do grau de investimento do Brasil frente às agências de classificação de risco parece estar bem longe de se tornar realidade novamente. Para a Fitch, dependendo de como o país se comportar, a melhora na avaliação pode levar até dez anos. Entenda os motivos com a Julia Wiltgen.
O dinheiro nunca dorme
Dados da Anbima divulgados hoje mostram que os investidores se mexeram para buscar rendimentos maiores com a Selic nas mínimas históricas. Nesse processo, os fundos de ações e imobiliários foram os destaques de aumento do volume financeiro no segmento de varejo em 2019. Na contramão, os de renda fixa perderam espaço no mercado, como mostra a Bruna Furlani.
Polêmicas no fluxo
Apesar de reconhecer que os governadores devem dificultar a tramitação de projeto para mudar as regras do ICMS, o presidente Jair Bolsonaro afirmou hoje que vai enviar a proposta ao Congresso e que ela está pronta com o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque. Parece que o texto está passando pelos ajustes finais.
Ranking do juro
O Brasil ostentou por muito tempo o título nada honroso de país com juro real (descontada a inflação) mais alto do planeta. A boa notícia é que, com a queda da Selic nos últimos anos, já não aparecemos mais nem no pódio. A ruim é que, como outras economias também promoveram fortes ajustes nas taxas, ainda estamos no top 10. Confira o ranking completo.
Este artigo foi publicado primeiramente no "Seu Dinheiro na sua noite", a newsletter diária do Seu Dinheiro. Para receber esse conteúdo no seu e-mail, cadastre-se gratuitamente neste link.
Petrobras (PETR4) pode surpreender com até R$ 10 bilhões em dividendos, Vale divulgou resultados, e o que mais mexe com seu bolso hoje
A petroleira divulgou bons números de produção do 3° trimestre, e há espaço para dividendos bilionários; a Vale também divulgou lucro acima do projetado, e mercado ainda digere encontro de Trump e Xi
Dividendos na casa de R$ 10 bilhões? Mesmo depois de uma ótima prévia, a Petrobras (PETR4) pode surpreender o mercado
A visão positiva não vem apenas da prévia do terceiro trimestre — na verdade, o mercado pode estar subestimando o potencial de produção da companhia nos próximos anos, e olha que eu nem estou considerando a Margem Equatorial
Vale puxa ferro, Trump se reúne com Xi, e bolsa bateu recordes: veja o que esperar do mercado hoje
A mineradora divulga seus resultados hoje depois do fechamento do mercado; analistas também digerem encontro entre os presidentes dos EUA e da China, fala do presidente do Fed sobre juros e recordes na bolsa brasileira
Rodolfo Amstalden: O silêncio entre as notas
Vácuos acumulados funcionaram de maneira exemplar para apaziguar o ambiente doméstico, reforçando o contexto para um ciclo confiável de queda de juros a partir de 2026
A corrida para investir em ouro, o resultado surpreendente do Santander, e o que mais mexe com os mercados hoje
Especialistas avaliam os investimentos em ouro depois do apetite dos bancos centrais por aumentar suas reservas no metal, e resultado do Santander Brasil veio acima das expectativas; veja o que mais vai afetar a bolsa hoje
O que a motosserra de Milei significa para a América Latina, e o que mais mexe com seu bolso hoje
A Argentina surpreendeu nesta semana ao dar vitória ao partido do presidente Milei nas eleições legislativas; resultado pode ser sinal de uma mudança política em rumo na América Latina, mais liberal e pró-mercado
A maré liberal avança: Milei consolida poder e reacende o espírito pró-mercado na América do Sul
Mais do que um evento isolado, o avanço de Milei se insere em um movimento mais amplo de realinhamento político na região
Os balanços dos bancos vêm aí, e mercado quer saber se BB pode cair mais; veja o que mais mexe com a bolsa hoje
Santander e Bradesco divulgam resultados nesta semana, e mercado aguarda números do BB para saber se há um alçapão no fundo do poço
Só um susto: as ações desta small cap foram do céu ao inferno e voltaram em 3 dias, mas este analista vê motivos para otimismo
Entenda o que aconteceu com os papéis da Desktop (DESK3) e por que eles ainda podem subir mais; veja ainda o que mexe com os mercados hoje
Por que o tombo de Desktop (DESK3) foi exagerado — e ainda vejo boas chances de o negócio com a Claro sair do papel
Nesta semana os acionistas tomaram um baita susto: as ações DESK3 desabaram 26% após a divulgação de um estudo da Anatel, sugerindo que a compra da Desktop pela Claro levaria a concentração de mercado para níveis “moderadamente elevados”. Eu discordo dessa interpretação, e mostro o motivo.
Títulos de Ambipar, Braskem e Raízen “foram de Americanas”? Como crises abalam mercado de crédito, e o que mais movimenta a bolsa hoje
Com crises das companhias, investir em títulos de dívidas de empresas ficou mais complexo; veja o que pode acontecer com quem mantém o título até o vencimento
Rodolfo Amstalden: As ações da Ambipar (AMBP3) e as ambivalências de uma participação cruzada
A ambição não funciona bem quando o assunto é ação, e o caso da Ambipar ensina muito sobre o momento de comprar e o de vender um ativo na bolsa
Caça ao Tesouro amaldiçoado? Saiba se Tesouro IPCA+ com taxa de 8% vale a pena e o que mais mexe com seu bolso hoje
Entenda os riscos de investir no título público cuja remuneração está nas máximas históricas e saiba quando rendem R$ 10 mil aplicados nesses papéis e levados ao vencimento
Crônica de uma tragédia anunciada: a recuperação judicial da Ambipar, a briga dos bancos pelo seu dinheiro e o que mexe com o mercado hoje
Empresa de gestão ambiental finalmente entra com pedido de reestruturação. Na reportagem especial de hoje, a estratégia dos bancões para atrair os clientes de alta renda
Entre o populismo e o colapso fiscal: Brasília segue improvisando com o dinheiro que não tem
O governo avança na implementação de programas com apelo eleitoral, reforçando a percepção de que o foco da política econômica começa a se deslocar para o calendário de 2026
Felipe Miranda: Um portfólio para qualquer clima ideológico
Em tempos de guerra, os generais não apenas são os últimos a morrer, mas saem condecorados e com mais estrelas estampadas no peito. A boa notícia é que a correção de outubro nos permite comprar alguns deles a preços bastante convidativos.
A temporada de balanços já começa quente: confira o calendário completo e tudo que mexe com os mercados hoje
Liberamos o cronograma completo dos balanços do terceiro trimestre, que começam a ser divulgados nesta semana
CNH sem autoescola, CDBs do Banco Master e loteria +Milionária: confira as mais lidas do Seu Dinheiro na semana
Matérias sobre o fechamento de capital da Gol e a opinião do ex-BC Arminio Fraga sobre os investimentos isentos de IR também integram a lista das mais lidas
Como nasceu a ideia de R$ 60 milhões que mudou a história do Seu Dinheiro — e quais as próximas apostas
Em 2016, quando o Seu Dinheiro ainda nem existia, vi um gráfico em uma palestra que mudou minha carreira e a história do SD
A Eletrobras se livrou de uma… os benefícios da venda da Eletronuclear, os temores de crise de crédito nos EUA e mais
O colunista Ruy Hungria está otimista com Eletrobras; mercados internacionais operam no vermelho após fraudes reveladas por bancos regionais dos EUA. Veja o que mexe com seu bolso hoje
