Fundos imobiliários e de ações voltam a aumentar presença no varejo em 2019; já os de renda fixa seguem caminho inverso
Na avaliação do presidente da Anbima, José Rocha Neto, a tendência é que o movimento de migração para a renda variável continue, por conta dos indicadores internos macroeconômicos

Diante da Selic nas mínimas históricas, os investidores do varejo tradicional tiveram que "se mexer" para manter ou ir atrás de retornos mais atrativos. Segundo dados divulgados pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), os fundos de ações e imobiliários foram os destaques em termos de aumento do volume financeiro no segmento de varejo em 2019, com altas de 158% e 135%, respectivamente.
Em termos absolutos, o volume financeiro do segmento de varejo dos fundos de ações passou de R$ 17,2 bilhões para R$ 44,4 bilhões. Os fundos imobiliários, por sua vez, viram o volume financeiro absoluto passar de R$ 12,7 bilhões para R$ 30,0 bilhões dentro do mesmo segmento.
Na avaliação do presidente da Anbima, José Rocha Neto, a tendência é que o movimento de migração para a renda variável continue, por conta dos indicadores internos macroeconômicos. Ele destacou que, mesmo com o radar ligado em eventos como o surto de Coronavírus e as eleições americanas, a expectativa está positiva.
"Com a economia doméstica mais robusta, endividamento público e Selic caindo, o destaque deverá continuar na renda variável", apontou Neto.
Seguindo a linha de pensamento dessa migração para aplicações de maior risco de olho no maior retorno, as aplicações em fundo de renda fixa, como o fundo DI, continuaram a cair em 2019.
Em termos absolutos, esse tipo de aplicação foi a que viu as maiores perdas entre as categorias de ativos. Se em 2018, o volume financeiro era de R$ 488 bilhões, o valor caiu para R$ 451,8 bilhões em 2019.
Leia Também
Ainda assim, o volume financeiro total do varejo fechou o ano passado em R$ 3.263 trilhões e cresceu 6,8% em 2019, ou seja, terminou o período acima da Selic e superou o "custo" do dinheiro.
Também houve expansão de 7,1% na abertura de contas de pessoas físicas, segundo os dados divulgados pela Anbima. Ao longo do ano, foram abertas 82,6 milhões de contas para esse tipo de público.
Alta da poupança no varejo tradicional e saída dos fundos de renda fixa
Ao olhar de forma específica para o segmento de varejo tradicional, é possível ver outros detalhes importantes. Segundo os dados divulgados hoje pela Anbima, a poupança, por exemplo, aumentou a sua participação dentro do volume financeiro no último ano.
Se em 2018, a poupança representava cerca de 64,6% do volume, um ano depois, o percentual passou a ser de 68,2%. De acordo com o presidente do Fórum de Distribuição da Anbima, José Rocha Neto, a justificativa para a alta - mesmo em tempos de rendimento mais baixo - está ligada aos saques do FGTS que ocorreram no ano passado e que levaram ao fluxo mais intenso de capital para a aplicação.
E não é só isso. Outro dado que chama a atenção no segmento é que houve perda de espaço dos fundos de renda fixa de maneira mais acentuada nas carteiras dos investidores de varejo tradicional do que na alta renda.
Em termos de volume, as aplicações nos fundos de renda fixa representavam cerca de 16,1% do varejo tradicional em 2018. Um ano depois, esse percentual recuou para 12,6%.
Já ao olhar para o varejo de alta renda, a queda foi bem menos expressiva. Os fundos de renda fixa representavam cerca de 35,9% do volume financeiro em 2018 e passaram a representar o percentual de 33,4% em 2019.
Por outro lado, o segmento mais voltado para a alta renda teve um crescimento significativo em fundos multimercados. De acordo com dados divulgados, esse tipo de aplicação passou de 9,6% em 2018 para 10,9% em 2019. As aplicações em ações vieram na sequência e passaram de 5,5% em 2018 para 7,2% em 2019.

De olho no private
O private, por sua vez, foi destaque em termos de crescimento na comparação com o varejo, tanto tradicional quanto de alta renda. De acordo com dados da Anbima, o segmento de private banking teve incremento de 20,9% em 2019 e fechou o ano em R$ 1,3 trilhão.
Em termos de produtos financeiros, as ações foram as aplicações com maior participação na carteira dos investidores. Em 2019, elas representaram 17,1% de alocação dentro do portfólio, sendo que um antes elas representavam apenas 13,6%.

Além delas, o investimento em fundos multimercados, fundos de ações e imobiliários apresentaram alta significativa em termos de volume financeiro.
No caso dos multimercados, o volume financeiro passou de R$ 338,1 bilhões em 2018 para R$ 415,1 bilhões em 2019, o que representa um incremento de 77 bilhões.
Já o volume financeiro dos fundos de ações saltou de R$ 65,8 bilhões em 2018 para R$ 103,9 bilhões em 2019, uma alta em termos absolutos de R$ 38,2 bilhões.
Outro ponto de destaque dentro do segmento de private banking ficou para o aumentou no volume de crédito, que cresceu 14,5% em 2019. Segundo o presidente da Anbima, a expansão do crédito para esse tipo de cliente foi maior do que o dobro da média do mercado. E ele deve aumentar ainda mais.
"O financiamento para linhas de agro e grandes negócios deve subir bastante por conta das boas perspectivas econômicas para o Brasil. O crescimento para este ano promete e pode até mesmo superar o do ano passado", destacou Neto.
Quer ter um Porsche novinho? Pois então aperte os cintos: a Volkswagen quer fazer o IPO da montadora de carros esportivos
Abertura de capital da Porsche deve acontecer entre o fim de setembro e início de outubro; alguns investidores já demonstraram interesse no ativo
BTG Pactual tem a melhor carteira recomendada de ações em agosto e foi a única entre as grandes corretoras a bater o Ibovespa no mês
Indicações da corretora do banco tiveram alta de 7,20%, superando o avanço de 6,16% do Ibovespa; todas as demais carteiras do ranking tiveram retorno positivo, porém abaixo do índice
Small caps: 3R (RRRP), Locaweb (LWSA3), Vamos (VAMO3) e Burger King (BKBR3) — as opções de investimento do BTG para setembro
Banco fez três alterações em sua carteira de small caps em relação ao portfólio de agosto; veja quais são as 10 escolhidas para o mês
Passando o chapéu: IRB (IRBR3) acerta a venda da própria sede em meio a medidas para se reenquadrar
Às vésperas de conhecer o resultado de uma oferta primária por meio da qual pretende levantar R$ 1,2 bilhão, IRB se desfaz de prédio histórico
Chega de ‘só Petrobras’ (PETR4): fim do monopólio do gás natural beneficia ação que pode subir mais de 50% com a compra de ativos da estatal
Conheça a ação que, segundo analista e colunista do Seu Dinheiro, representa uma empresa com histórico de eficiência e futuro promissor; foram 1200% de alta na bolsa em quase 20 anos – e tudo indica que esse é só o começo de um futuro triunfal
Mais um banco se rende à Cielo (CIEL3) e passa a recomendar a compra da ação, mesmo após alta de quase 200% neste ano
Com potencial de alta de quase 30% estimado para os papéis, os analistas do Credit Suisse acreditam que você deveria incluir as ações da empresa de maquininhas no seu portfólio
IRB lança oferta primária restrita, mas limita operação a R$ 1,2 bilhão e antecipa possibilidade de um descontão; IRBR3 é a maior alta do Ibovespa hoje
Resseguradora busca reenquadramento da cobertura de provisões técnicas e de liquidez regulatória para continuar operando
Dividendos: Porto Seguro (PSSA3) anuncia quase R$ 400 milhões em JCP; Kepler Weber (KEPL3) também distribuirá proventos
Data de corte é a mesma em ambos os casos; veja quem tem direito a receber os proventos das empresas
Oi (OIBR3) confirma venda de operação fixa para subsidiária da Highline; transação pode alcançar R$ 1,7 bilhão
Proposta da NK 108, afiliada da Highline, foi a única válida no leilão realizado ontem; negócio envolve cerca de 8 mil torres da Oi
Depois de bons resultados nos setores de gás e energia, gigante de infraestrutura está conquistando espaço, também, na mineração – e promete assustar a Vale (VALE3)
Um crescimento mínimo de 50%: é isso que time de analistas espera para uma ação que custa, hoje, 20% a menos do que sua média histórica; saiba como aproveitar
Ibovespa interrompe sequência de 4 semanas em alta; veja as ações que mais caíram – e um setor que subiu em bloco
Ibovespa foi prejudicado por agenda fraca na semana, mas houve um setor que subiu em bloco; confira as maiores altas e baixas do período
Dá pra personalizar mais? Americanas (AMER3) fecha parceria com o Google em busca de mais eficiência e melhor experiência para clientes
Acordo entre a Americanas e o Google prevê hiperpersonalização da experiência do cliente e otimização de custos operacionais
Bed Bath & Beyond desaba mais de 40% em Wall Street — e o ‘culpado’ é um dos bilionários da GameStop; entenda
Ryan Cohen, presidente do conselho da GameStop, vendeu todas as suas ações na varejista de itens domésticos e embolsou US$ 60 milhões com o negócio
Unindo os jalecos: acionistas do Fleury (FLRY3) e Hermes Pardini (PARD3) aprovam a fusão entre as companhias
Os acionistas de Fleury (FLRY3) e Hermes Pardini (PARD3) deram aval para a junção dos negócios das companhias; veja os detalhes
JBS (JBSS3) é a ação de alimentos favorita do BofA, mas banco vê menor potencial de alta para o papel; ainda vale a pena comprar?
Analistas revisaram para baixo o preço-alvo do papel, para R$ 55, devido à expectativa de queda nas margens da carne bovina dos EUA, correspondente a 40% das vendas da empresa
Irani anuncia recompra de até 9,8 milhões de ações na B3; o que isso significa para o acionista de RANI3?
A empresa disse que quer maximizar a geração de valor para os seus investidores por meio da melhor administração da estrutura de capital
Vale (VALE3) perdeu o encanto? Itaú BBA corta recomendação de compra para neutro e reduz preço-alvo do papel
Queridinha dos analistas, Vale deve ser impactada por menor demanda da China, e retorno aos acionistas deve ficar mais limitado, acredita o banco
Soberania da (VALE3) ‘ameaçada’? Melhor ação de infraestrutura da Bolsa pode subir 50%, está entrando na mineração e sai ganhando com o fim do monopólio da Petrobras (PETR4) no setor de gás; entenda
Líder na América Latina, papel está barato, está com fortes investimentos na mineração e é um dos principais nomes do mercado de gás e do agronegócio no Brasil
Nubank (NU; NUBR33) chega a subir 20% após balanço, mas visão dos analistas é mista e inadimplência preocupa
Investidores gostaram de resultados operacionais, mas analistas seguem atentos ao crescimento da inadimplência; Itaú BBA acha que banco digital pode ter subestimado o risco do crédito pessoal
Briga do varejo: Qual é a melhor ação de atacadista para ter na carteira? A XP escolheu a dedo os papéis; confira
O forte resultado do Grupo Mateus (GMAT3) no 2T22 garantiu ao atacadista um convite para juntar-se ao Assaí (ASAI3) na lista de varejistas de alimentos favoritas dos analistas