Esperança de novos estímulos sustenta alta moderada das bolsas internacionais
Bolsas europeias e os índices futuros em Wall Street ensaiam uma recuperação. No Brasil, investidores olham de perto as idas e vindas das pautas em Brasília

Alguns países europeus e estados americanos voltam a intensificar as medidas de isolamento social para conter a segunda onda da pandemia do coronavírus. Embora necessária, os mercados não gostam da situação, já que a economia global também deve ver um segundo baque de efeitos negativos, retardando a recuperação.
É por isso que os agentes financeiros voltam a torcer por uma injeção... De estímulos. A esperança é que a piora do cenário econômico volte a obrigar uma atuação mais forte dos bancos centrais e governos.
No Brasil, o retorno dos investidores estrangeiros à B3 anima os negócios. Em dia de agenda esvaziada, o andamento das pautas econômicas em Brasília deve ganhar peso.
Esperança nos BCs
A retomada da economia mundial está ameaçada pela segunda onda de coronavírus. Na Europa e nos Estados Unidos, medidas de restrição de circulação e isolamento social são novamente adotadas e, ainda que exista progresso nesse campo, uma vacina ainda deve demorar para imunizar uma parcela considerável da população.
A atividade econômica deve sentir o baque mais uma vez e essa perspectiva não anima os investidores e, por isso, o ânimo limitado para negócios mais arriscados.
O cenário estimula o desejo de que os governos e bancos centrais voltem a atuar na economia, com estímulos fiscais e monetários.
Leia Também
Nos Estados Unidos, o impasse nas negociações de um pacote já dura meses. O mesmo acontece na União Europeia, onde desavenças impedem que o pacote de 1,8 trilhão de euros avance. Dados da inflação na zona do euro, que se encontra longe da meta do Banco Central Europeu (BCE) e caiu 0,3% em outubro, reforça a ideia de que será preciso novos estímulos.
Com a esperança em uma 'vacina' por parte dos bancos centrais e governos, as bolsas europeias inverteram o sinal e operam em altas moderadas.
Nos Estados Unidos, enquanto um acordo no Congresso não sai, as esperanças foram jogadas no colo do Federal Reserve. O mercado espera que a autoridade monetária ajude a economia pro meio de aquisição de títulos de Treasuries.
Durante a madrugada, as bolsas asiáticas fecharam sem direção definida, também repercutindo uma melhora nos números da economia chinesa. Os índices futuros acompanham a melhora do cenário na Europa e também operam em leve alta.
Aqui a história é outra
Ontem, a cautela do mercado internacional não pareceu abalar o Ibovespa, que voltou ao seu maior patamar desde fevereiro.
O principal índice da bolsa brasileira terminou o dia em alta de 0,8%, aos 107.248,63 pontos. O dólar seguiu a tendência global de queda e fechou a sessão em queda de 1,97%, aos R$ 5,3305.
A razão para a animação do mercado doméstico está na leitura de que o investidor estrangeiro voltou a olhar para a bolsa brasileira.
Ainda é cedo para entender se essa é uma tendência que veio para ficar, mas, por enquanto, o mercado reage positivamente aos mais de R$ 18 bilhões injetados na bolsa brasileira em novembro pelos investidores internacionais.
Setores sensíveis
Embora a bolsa brasileira pareça ter fôlego, algumas situações podem mexer com setores específicos da B3.
O Amapá vive o seu segundo apagão total em quinze dias e a situação no Norte do país pode acabar pesando no seu bolso.
O mercado teme que a situação grave prejudique o processo de privatização de outras empresas do setor elétrico, o que pode mexer negativamente com o segmento de energia na bolsa.
Em outra frente, o coronavírus também volta a ganhar força no Brasil, principalmente no Estado de São Paulo, e pode impactar negativamente as companhias do setor de saúde, já que cirurgias eletivas devem ser adiadas.
Já a Petrobras pode se beneficiar da alta do petróleo no mercado internacional. Ontem, o bom desempenho da petroleira foi uma das razões para a bolsa voltar ao patamar dos 107 mil pontos.
Termômetro
Com a agenda esvaziada e a segunda onda do coronavírus ganhando contornos mais preocupantes, os investidores também monitoram de perto a situação em Brasília.
Os agentes financeiros buscam novidades sobre o avanço das agendas de reformas e a manutenção do teto de gastos e do ajuste fiscal.
Nos últimos dias, o governo intensificou a conversa para a PEC emergencial que pode trazer medidas de contenção de gastos. As reformas também devem voltar aos holofotes. Segundo o Brodcast Político, o governo deseja emplacar uma agenda positiva já antes do segundo turno das eleições municipais.
Agenda
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, tem tido uma semana agitada e volta a falar em evento virtual nesta quarta-feira. Campos Neto participa de evento do Itaú BBA (10h).
Dirigentes dos BCs internacionais também estão programados para hoje - com representantes do Federal Reserve e do Banco da Inglaterra no radar.
Quando o plano é não ter plano: Ibovespa parte dos 135 mil pontos pela primeira vez em 2025 em dia de novos dados sobre mercado de trabalho dos EUA
Investidores também se preparam para o relatório de produção e vendas da Petrobras e monitoram entrevista coletiva de Galípolo
Planos pré-feriado: Ibovespa se prepara para semana mais curta, mas cheia de indicadores e balanços
Dados sobre o mercado de trabalho no Brasil e nos EUA, balanços e 100 dias de Trump são os destaques da semana
Prio (PRIO3): Conheça a ação com rendimento mais atrativo no setor de petróleo, segundo o Bradesco BBI
Destaque da Prio foi mantido pelo banco apesar da revisão para baixo do preço-alvo das ações da petroleira.
Negociação grupada: Automob (AMOB3) aprova grupamento de ações na proporção 50:1
Com a mudança na negociação de seus papéis, Automob busca reduzir a volatilidade de suas ações negociadas na Bolsa brasileira
Evasão estrangeira: Fluxo de capital externo para B3 reverte após tarifaço e já é negativo no ano
Conforme dados da B3, fluxo de capital externo no mercado brasileiro está negativo em R$ 242,979 milhões no ano.
Smart Fit (SMFT3) entra na dieta dos investidores institucionais e é a ação preferida do varejo, diz a XP
Lojas Renner e C&A também tiveram destaque entre as escolhas, com vestuário de baixa e média renda registrando algum otimismo em relação ao primeiro trimestre
Ação da Azul (AZUL4) cai mais de 30% em 2 dias e fecha semana a R$ 1,95; saiba o que mexe com a aérea
No radar do mercado está o resultado da oferta pública de ações preferenciais (follow-on) da companhia, mais um avanço no processo de reestruturação financeira
OPA do Carrefour (CRFB3): de ‘virada’, acionistas aprovam saída da empresa da bolsa brasileira
Parecia que ia dar ruim para o Carrefour (CRFB3), mas o jogo virou. Os acionistas presentes na assembleia desta sexta-feira (25) aprovaram a conversão da empresa brasileira em subsidiária integral da matriz francesa, com a consequente saída da B3
JBS (JBSS3) avança rumo à dupla listagem, na B3 e em NY; isso é bom para as ações? Saiba o que significa para a empresa e os acionistas
Próximo passo é votação da dupla listagem em assembleia marcada para 23 de maio; segundo especialistas, dividendos podem ser afetados
Deixa a bolsa me levar: Ibovespa volta a flertar com máxima histórica em dia de IPCA-15 e repercussão de balanço da Vale
Apesar das incertezas da guerra comercial de Donald Trump, Ibovespa está a cerca de 2% de seu recorde nominal
Lucro líquido da Usiminas (USIM5) sobe 9 vezes no 1T25; então por que as ações chegaram a cair 6% hoje?
Empresa entregou bons resultados, com receita maior, margens melhores e lucro alto, mas a dívida disparou 46% e não agradou investidores que veem juros altos como um detrator para os resultados futuros
CCR agora é Motiva (MOTV3): empresa troca de nome e de ticker na bolsa e anuncia pagamento de R$ 320 milhões em dividendos
Novo código e nome passam a valer na B3 a partir de 2 de maio
Tudo tem um preço: Ibovespa tenta manter o bom momento, mas resposta da China aos EUA pode atrapalhar
China nega que esteja negociando tarifas com os Estados Unidos e mercados internacionais patinam
É investimento no Brasil ou no exterior? Veja como declarar BDR no imposto de renda 2025
A forma de declarar BDR é similar à de declarar ações, mas há diferenças relativas aos dividendos distribuídos por esses ativos
JBS (JBSS3) aprova assembleia para votar dupla listagem na bolsa de Nova York e prevê negociações em junho; confira os próximos passos
A listagem na bolsa de valores de Nova York daria à JBS acesso a uma base mais ampla de investidores. O processo ocorre há alguns anos, mas ainda restam algumas etapas pela frente
Agora 2025 começou: Ibovespa se prepara para seguir nos embalos da festa do estica e puxa de Trump — enquanto ele não muda de ideia
Bolsas internacionais amanheceram em alta nesta quarta-feira diante dos recuos de Trump em relação à guerra comercial e ao destino de Powell
Orgulho e preconceito na bolsa: Ibovespa volta do feriado após sangria em Wall Street com pressão de Trump sobre Powell
Investidores temem que ações de Trump resultem e interferência no trabalho do Fed, o banco central norte-americano
Como declarar fiagros e fundos imobiliários (FIIs) no imposto de renda 2025
Fundos imobiliários e fiagros têm cotas negociadas em bolsa, sendo tributados e declarados de formas bem parecidas
Com ou sem feriado, Trump continua sendo o ‘maestro’ dos mercados: veja como ficaram o Ibovespa, o dólar e as bolsas de NY durante a semana
Possível negociação com a China pode trazer alívio para o mercado; recuperação das commodities, especialmente do petróleo, ajudaram a bolsa brasileira, mas VALE3 decepcionou
Como declarar opções de ações no imposto de renda 2025
O jeito de declarar opções é bem parecido com o de declarar ações em diversos pontos; as diferenças maiores recaem na forma de calcular o custo de aquisição e os ganhos e prejuízos