Com exterior negativo, resultados dos balanços devem guiar o Ibovespa
A euforia vista no mercado ontem, após o Federal Reserve manter a taxa de juros americana inalterada e assegurar estímulos para a economia, parece ter se dissipado hoje. Nesta manhã, a cautela com o ritmo de contágio do coronavírus e resultados piores do que o esperado dos balanços corporativos impera nas bolsas. Os investidores também aguardam os números do PIB dos Estados Unidos no segundo trimestre.
Com o exterior negativo, os balanços corporativos das empresas brasileiras devem limitar as perdas do Ibovespa. Na abertura, os investidores repercutem os números de Vale e Bradesco. Após o fechamento temos o resultado do 2º tri da Petrobras.
No embalo do Fed
A bolsa brasileira, assim como os negócios em Wall Street, aguardavam com grandes expectativas a decisão de política monetária do Federal Reserve. Após o banco central americano anunciar a manutenção da taxa básica de juro - na faixa entre 0% e 0,25% ao ano - o Ibovespa fechou próximo das máximas do dia.
No comunicado oficial, além da manutenção da taxa de juros, o Fed também reiterou que as taxas se manterão no patamar atual até que a crise tenha passado e que a autoridade monetária seguirá atuando de modo a limitar danos e assegurar a recuperação forte da economia.
O principal índice brasileiro teve alta de 1,44%, a 105.605,17. O dólar, no entanto, terminou o dia pressionado pela rolagem de contratos futuros , às vésperas da definição da PTax. A moeda americana teve alta de 0,3%, a R$ 5,1729.
Cautela com o vírus
No entanto, o pronunciamento do Federal Reserve foi insuficiente para sustentar uma alta das bolsas asiáticas, que fecharam majoritariamente em queda.
Leia Também
Na Ásia, os investidores monitoram com apreensão e cautela a disseminação do coronavírus.
Não é só os Estados Unidos que sofrem com uma segunda onda intensa. A Espanha e a França - países que também afrouxaram os seus protocolos de isolamento - registraram novos recordes de contaminação. No mundo todo já são 16,8 milhões de infectados, com mais de 662 mil óbitos.
O dia começa no vermelho também para as bolsas europeias. Na região, o PIB da Alemanha mostrou um recuo maior do que o previsto (-10,1% no 2º trimestre), indicando que o impacto do coronavírus ainda é incerto no restante do bloco.
Nos Estados Unidos, os índices futuros também operam no campo negativo, mas os balanços corporativos do dia devem guiar os negócios. Para hoje são aguardados os resultados de P&G, Mastercard, AB InBev, ConocoPhilips, Amazon, Apple, Alphabet, Ford, Gilead Sciences e Facebook.
Peso-pesado
A abertura do pregão brasileiro deve refletir os sentimentos dos investidores com relação ao balanço da mineradora Vale, que divulgou os seus resultados na noite de ontem.
A mineradora, se beneficiando da retomada da economia chinesa, reverteu o prejuízo e anotou lucro de US$ 995 milhões no segundo trimestre.
A Vale informou a retomada do pagamento de dividendos, que estavam suspensos desde a tragédia de Brumadinho, em janeiro de 2019. O pagamento será feito de acordo com a antiga prática: duas vezes ao ano, em março e setembro.
Balanços
A temporada de balanços brasileira começa a esquentar. Para hoje, temos programado os resultados do Bradesco, Ambev e Petrobras.
Confira alguns dos últimos números divulgados:
- A Localiza registrou lucro líquido de R$ 89,9 milhões, queda de 52,7% na comparação com igual período de 2019.
- O GPA registrou lucro líquido de R$ 382 milhões no segundo trimestre de 2020, uma queda de 1,5%. Grupo afirma que "o forte patamar de vendas promoveu uma diluição significativa das despesas fixas".
- A EcoRodovias registrou lucro líquido de R$ 35,3 milhões no segundo trimestre de 2020, queda de 41,2%.
- A TIM fechou o balanço do segundo trimestre de 2020 com lucro líquido de R$ 260 milhões, uma queda de 23,9% em relação ao mesmo período de 2019.
Agenda
No Brasil, os destaques da agenda ficam com o IGP-M de julho (8h) e dados do Governo Central de junho (9h).
Lá fora, o destaque do dia é a leitura preliminar do PIB do segundo trimestre dos Estados Unidos (9h30) e o número de pedidos do auxílio-desemprego.
Fique de olho
- IPO do Grupo Soma movimentou R$ 1,8 bilhão, com as ações no centro da faixa indicativa, a R$ 9,90.
- JBS afirmou ter investido R$ 100 mihões na prevenção à covid-19.
- BTG adiou o pagamento de juros sobre capital próprio.
- Santander deve encaminhar um pedido de incorporação da Bosan e do Banco Olé na assembleia extraordinária marcada para o dia 31 de agosto.
- O fundo de pensão Petros e a Petrobras chegaram a um acordo. O fundo receberá R$ 950 milhões.
- A Petrobras estima que recuperará R$ 16,9 bilhões com exclusão de ICMS da base de cálculo de PIS/Cofins.
- Eletrobrás pagará dividendos de R$ 2,540 bilhões.
Fundo imobiliário GARE11 vende 10 imóveis, locados ao Grupo Mateus (GMAT3) e ao Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), por R$ 485 milhões
A venda envolve propriedades locadas ao Grupo Mateus (GMAT3) e ao Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), que pertenciam ao FII Artemis 2022
Ibovespa atinge marca inédita ao fechar acima dos 150 mil pontos; dólar cai a R$ 5,3574
Na expectativa pela decisão do Copom, o principal índice de ações da B3 segue avançando, com potencial de chegar aos 170 mil pontos, segundo a XP
A última dança de Warren Buffett: ‘Oráculo de Omaha’ vai deixar a Berkshire Hathaway com caixa em nível recorde
Lucro operacional da Berkshire Hathaway saltou 34% em relação ao ano anterior; Warren Buffett se absteve de recomprar ações do conglomerado.
Ibovespa alcança o 5º recorde seguido, fecha na marca histórica de 149 mil pontos e acumula ganho de 2,26% no mês; dólar cai a R$ 5,3803
O combo de juros menores nos EUA e bons desempenhos trimestrais das empresas pavimenta o caminho para o principal índice da bolsa brasileira superar os 150 mil pontos até o final do ano, como apontam as previsões
Maior queda do Ibovespa: o que explica as ações da Marcopolo (POMO4) terem desabado após o balanço do terceiro trimestre?
As ações POMO4 terminaram o dia com a maior queda do Ibovespa depois de um balanço que mostrou linhas abaixo do que os analistas esperavam; veja os destaques
A ‘brecha’ que pode gerar uma onda de dividendos extras aos acionistas destas 20 empresas, segundo o BTG
Com a iminência da aprovação do projeto de lei que taxa os dividendos, o BTG listou 20 empresas que podem antecipar pagamentos extraordinários para ‘fugir’ da nova regra
Faltou brilho? Bradesco (BBDC4) lucra mais no 3T25, mas ações tombam: por que o mercado não se animou com o balanço
Mesmo com alta no lucro e na rentabilidade, o Bradesco viu as ações caírem no exterior após o 3T25. Analistas explicam o que pesou sobre o resultado e o que esperar daqui pra frente.
Montanha-russa da bolsa: a frase de Powell que derrubou Wall Street, freou o Ibovespa após marca histórica e fortaleceu o dólar
O banco central norte-americano cortou os juros pela segunda vez neste ano mesmo diante da ausência de dados econômicos — o problema foi o que Powell disse depois da decisão
Ouro ainda pode voltar para as máximas: como levar parte desse ganho no bolso
Um dos investimentos que mais renderam neste ano é também um dos mais antigos. Mas as formas de investir nele são modernas e vão de contratos futuros a ETFs
Ibovespa aos 155 mil pontos? JP Morgan vê três motores para uma nova arrancada da bolsa brasileira em 2025
De 10 de outubro até agora, o índice já acumula alta de 5%. No ano, o Ibovespa tem valorização de quase 24%
Santander Brasil (SANB11) bate expectativa de lucro e rentabilidade, mas analistas ainda tecem críticas ao balanço do 3T25. O que desagradou o mercado?
Resultado surpreendeu, mas mercado ainda vê preocupações no horizonte. É hora de comprar as ações SANB11?
Ouro tomba depois de máxima, mas ainda não é hora de vender tudo: preço pode voltar a subir
Bancos centrais globais devem continuar comprando ouro para se descolar do dólar, diz estudo; analistas comentam as melhores formas de investir no metal
IA nas bolsas: S&P 500 cruza a marca de 6.900 pontos pela 1ª vez e leva o Ibovespa ao recorde; dólar cai a R$ 5,3597
Os ganhos em Nova York foram liderados pela Nvidia, que subiu 4,98% e atingiu uma nova máxima. Por aqui, MBRF e Vale ajudaram o Ibovespa a sustentar a alta.
‘Pacman dos FIIs’ ataca novamente: GGRC11 abocanha novo imóvel e encerra a maior emissão de cotas da história do fundo
Com a aquisição, o fundo imobiliário ultrapassa R$ 2 bilhões em patrimônio líquido e consolida-se entre os maiores fundos logísticos do país, com mais de 200 mil cotistas
Itaú (ITUB4), BTG (BPAC11) e Nubank (ROXO34) são os bancos brasileiros favoritos dos investidores europeus, que veem vida ‘para além da eleição’
Risco eleitoral não pesa tanto para os gringos quanto para os investidores locais; estrangeiros mantêm ‘otimismo cauteloso’ em relação a ativos da América Latina
Gestor rebate alerta de bolha em IA: “valuation inflado é termo para quem quer ganhar discussão, não dinheiro”
Durante o Summit 2025 da Bloomberg Linea, Sylvio Castro, head de Global Solutions no Itaú, contou por que ele não acredita que haja uma bolha se formando no mercado de Inteligência Artificial
Vamos (VAMO3) lidera os ganhos do Ibovespa, enquanto Fleury (FLRY3) fica na lanterna; veja as maiores altas e quedas da semana
Com a ajuda dos dados de inflação, o principal índice da B3 encerrou a segunda semana seguida no azul, acumulando alta de 1,93%
Ibovespa na China: Itaú Asset e gestora chinesa obtêm aprovação para negociar o ETF BOVV11 na bolsa de Xangai
Parceria faz parte do programa ETF Connect, que prevê cooperação entre a B3 e as bolsas chinesas, com apoio do Ministério da Fazenda e da CVM
Envelhecimento da população da América Latina gera oportunidades na bolsa — Santander aponta empresas vencedoras e quem perde nessa
Nova demografia tem potencial de impulsionar empresas de saúde, varejo e imóveis, mas pressiona contas públicas e produtividade
Ainda vale a pena investir nos FoFs? BB-BI avalia as teses de seis Fundos de Fundos no IFIX e responde
Em meio ao esquecimento do segmento, o analista do BB-BI avalia as teses de seis Fundos de Fundos que possuem uma perspectiva positiva
