Investidores calibram tensões locais com otimismo externo
Otimismo externo deve beneficiar o Ibovespa, que aguarda números de balanços corporativos e o desenrolar da cena política

O Copom inicia hoje a sua reunião de política monetária, com a curva do juro DI já precificando um novo corte na Selic amanhã.
Os investidores hoje deixam de lado a tensão renovada entre Estados Unidos e China para focar nos projetos de reabertura econômica pelo globo. O otimismo externo pode dar um gás extra ao Ibovespa, que ainda tem as turbulências políticas domésticas para absorver, como a expectativa pela quebra de sigiloso do depoimento do ex-ministro Sergio Moro.
Também está na agenda os níveis de atividade de abril nos Estados Unidos e a produção industrial de março no Brasil, números que devem trazer o impacto do coronavírus na economia.
Foco na reabertura
Os investidores voltam novamente as suas atenções para as iniciativas de reabertura econômica ao redor do globo - principalmente em algumas regiões dos Estados Unidos e países europeus, os mais afetados pela pandemia.
O número de infectados pela covid-19 ultrapassou a marca de 3,5 milhões de pessoas, com 251 mil mortes.
Em razão de feriados, as bolsas na China, Japão e Coreia do Sul permaneceram fechadas. Na região, as bolsas de Hong Kong e Taiwan fecharam em alta firme.
Leia Também
Os índices futuros em Nova York sobem nesta manhã.
Na Europa, os investidores deixam de lado a tensão renovada entre Estados Unidos e China, com acusações partindo de Donald Trump sobre a 'culpa' chinesa na pandemia, para focar nos processos de reabertura. Assim, as bolsas do continente avançam no começo da manhã, com o índice pan-europeu Stoxx-600 subindo mais de 1,4%.
No ritmo de Brasília
O Ibovespa teve um dia de cautela nesta segunda-feira, com correções pós-feriado e preocupação com o cenário político brasileiro.
O principal índice da bolsa brasileira fechou o pregão com baixa de 2,02%, aos 78.876,22 pontos. Já o dólar subiu 1,51%, a R$ 5,5208.
Mas tanto a bolsa brasileira quanto o câmbio contou com um empurrãozinho de Brasília para aliviar a pressão, após a divulgação da intenção de Rodrigo Maia de votar a PEC do Orçamento de Guerra sem alterações, o que obrigaria a um maior rigor fiscal.
A Câmara aprovou em primeiro turno a PEC do Orçamento de Guerra. O segundo turno deve ser realizado nesta terça-feira (11h).
O texto aprovado ainda retira a exigência de contrapartida por parte das empresas beneficiadas nos projetos emergenciais do governo.
Quebra de sigilo
Após depor por mais de 8h no sábado, o ex-ministro Sergio Moro pediu para que a Polícia Federal publicasse na íntegra o depoimento. Segundo a defesa de moro, o pedido foi feito para que a imprensa não divulgue 'trechos isolados dissociados do contexto das declarações'. A decisão cabe ao ministro Celso de Mello.
A PGR já encaminhou ao STF o pedido para que três ministros militares do governo também deponham.
Ontem, o presidente Jair Bolsonaro nomeou Rolando Souza como diretor-geral da Polícia Federal, que teve como primeiro ato a troca de comando da PF no Rio de Janeiro.
Atos do domingo
O ministério da Defesa divulgou uma nota garantindo o papel constitucional das Forças Armadas, após a participação do presidente Bolsonaro em manifestação no domingo, onde o presidente sinalizou apoio dos militares aos atos contra o STF e o Congresso.
Ainda em nota, os militares condenaram as agressões à jornalistas e endereçaram a gravidade da pandemia do coronavírus.
Recuperação
A expectativa por uma retomada da atividade em escala global também anima o mercado de petróleo. Desde o começo do ano a commodity tem sofrido com a redução da demanda.
Por volta das 7h30, o petróleo WTI subia 10%, a US$ 22,45. Já o Brent avançava cerca de 7,24%, a US$ 29,17.
Agenda
No Brasil, temos a produção industrial de março (9h).
Lá fora, índices de atividade de abril dos Estados Unidos, medidos pelo Instituto Markit (10h45). Ainda nos EUA, temos a balança comercial de março.
Balanços
O Itaú foi outro bancão que apresentou os efeitos do coronavírus em seu balanço já nos números do primeiro trimestre. O banco teve uma redução de 43,1% no seu lucro recorrente, indo a R$ 3,912 bilhão. A reserva para eventuais calotes foi de R$ 7 bilhões.
Como os números foram divulgados na noite de ontem, as ações do Itaú devem sofrer um ajuste negativo hoje.
Hoje, após o fechamento temos a divulgação de Alpargatas, Banco Pan, EDP, Iguatemi e Tim.
A temporada de balanços também segue no exterior, com BNP Paripas, Fiat e Walt Disney na programação do dia.
Fique de olho
- IRB adiou o balanço do primeiro trimestre para o dia 18 de junho.
- Petrobras iniciou fase vinculante de venda de participações nas usinas eólicas Mangue Seco 1 e Mangue Seco 2, em Guamaré (RN). A petroleira também estendeu prazo de habilitação para a venda de 51% da holding Gaspetro.
- B2w e BR Distribuidora firmaram parceria para integração das lojas BR Mania na plataforma da B2W.
- José Isaac Peres e Eduardo Kamitz Peres foram reeleitos respectivamente como Diretor Presidente e vice da Multiplan.
- A Ômega Geração aprovou aumento de capital social para R$ 6 bilhões. O valor anterior era de R$ 3 bilhões.
- Log-In aumentou capital para R$ 1,336 bilhões, após emissão de 1,290 milhões de ações ON.
-Atvos teve 51% de ações alienadas por credores do Grupo Odebreht. A companhia avalia medidas legais cabíveis.
Inflação americana derruba Wall Street e Ibovespa cai mais de 2%; dólar vai a R$ 5,18 com pressão sobre o Fed
Com o Nasdaq em queda de 5% e demais índices em Wall Street repercutindo negativamente dados de inflação, o Ibovespa não conseguiu sustentar o apetite por risco
Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais sobem em dia de inflação dos EUA; Ibovespa deve acompanhar cenário internacional e eleições
Com o CPI dos EUA como o grande driver do dia, a direção das bolsas após a divulgação dos dados deve se manter até o encerramento do pregão
CCR (CCRO3) já tem novos conselheiros e Roberto Setubal está entre eles — conheça a nova configuração da empresa
Além do novo conselho de administração, a Andrade Gutierrez informou a conclusão da venda da fatia de 14,86% do capital da CCR para a Itaúsa e a Votorantim
Expectativa por inflação mais branda nos Estados Unidos leva Ibovespa aos 113.406 pontos; dólar cai a R$ 5,09
O Ibovespa acompanhou a tendência internacional, mas depois de sustentar alta de mais de 1% ao longo de toda a sessão, o índice encerrou a sessão em alta
O Mubadala quer mesmo ser o novo rei do Burger King; fundo surpreende mercado e aumenta oferta pela Zamp (BKBR3)
Valor oferecido pelo fundo aumentou de R$ 7,55 para R$ 8,31 por ação da Zamp (BKBR3) — mercado não acreditava em oferta maior
Esquenta dos mercados: Inflação dos EUA não assusta e bolsas internacionais começam semana em alta; Ibovespa acompanha prévia do PIB
O exterior ignora a crise energética hoje e amplia o rali da última sexta-feira
Vale (VALE3) dispara mais de 10% e anota a maior alta do Ibovespa na semana, enquanto duas ações de frigoríficos dominam a ponta negativa do índice
Por trás da alta da mineradora e da queda de Marfrig (MRFG3) e Minerva (BEEF3) estão duas notícias vindas da China
Magalu (MGLU3) cotação: ação está no fundo do poço ou ainda é possível cair mais? 5 pontos definem o futuro da ação
Papel já alcançou máxima de R$ 27 há cerca de dois anos, mas hoje é negociado perto dos R$ 4. Hoje, existem apenas 5 fatores que você deve olhar para ver se a ação está em ponto de compra ou venda
Commodities puxam Ibovespa, que sobe 1,3% na semana; dólar volta a cair e vai a R$ 5,14
O Ibovespa teve uma semana marcada por expectativas para os juros e inflação. O dólar à vista voltou a cair após atingir máximas em 20 anos
Esquenta dos mercados: Inflação e eleições movimentam o Ibovespa enquanto bolsas no exterior sobem em busca de ‘descontos’ nas ações
O exterior ignora a crise energética e a perspectiva de juros elevados faz as ações de bancos dispararem na Europa
BCE e Powell trazem instabilidade à sessão, mas Ibovespa fecha o dia em alta; dólar cai a R$ 5,20
A instabilidade gerada pelos bancos centrais gringos fez com o Ibovespa custasse a se firmar em alta — mesmo com prognósticos melhores para a inflação local e uma desinclinação da curva de juros.
Esquenta dos mercados: Decisão de juros do BCE movimenta as bolsas no exterior enquanto Ibovespa digere o 7 de setembro
Se o saldo da Independência foi positivo para Bolsonaro e negativo aos demais concorrentes — ou vice-versa —, só o tempo e as pesquisas eleitorais dirão
Ibovespa cede mais de 2% com temor renovado de nova alta da Selic; dólar vai a R$ 5,23
Ao contrário do que os investidores vinham precificando desde a última reunião do Copom, o BC parece ainda não estar pronto para interromper o ciclo de aperto monetário – o que pesou sobre o Ibovespa
Em transação esperada pelo mercado, GPA (PCAR3) prepara cisão do Grupo Éxito, mas ações reagem em queda
O fato relevante com a informação foi divulgado após o fechamento do mercado ontem, quando as ações operaram em forte alta de cerca de 10%, liderando os ganhos do Ibovespa na ocasião
Atenção, investidor: Confira como fica o funcionamento da B3 e dos bancos durante o feriado de 7 de setembro
Não haverá negociações na bolsa nesta quarta-feira. Isso inclui os mercados de renda variável, renda fixa privada, ETFs de renda fixa e de derivativos listados
Esquenta dos mercados: Bolsas no exterior deixam crise energética de lado e investidores buscam barganhas hoje; Ibovespa reage às falas de Campos Neto
Às vésperas do feriado local, a bolsa brasileira deve acompanhar o exterior, que vive momentos tensos entre Europa e Rússia
Ibovespa ignora crise energética na Europa e vai aos 112 mil pontos; dólar cai a R$ 5,15
Apesar da cautela na Europa, o Ibovespa teve um dia de ganhos, apoiado na alta das commodities
Crise energética em pleno inverno assusta, e efeito ‘Putin’ faz euro renovar mínima abaixo de US$ 1 pela primeira vez em 20 anos
O governo russo atribuiu a interrupção do fornecimento de gás a uma falha técnica, mas a pressão inflacionária que isso gera derruba o euro
Boris Johnson de saída: Liz Truss é eleita nova primeira-ministra do Reino Unido; conheça a ‘herdeira’ de Margaret Thatcher
Aos 47 anos, a política conservadora precisa liderar um bloco que encara crise energética, inflação alta e reflexos do Brexit
Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais caem com crise energética no radar; Ibovespa acompanha calendário eleitoral hoje
Com o feriado nos EUA e sem a operação das bolsas por lá, a cautela deve prevalecer e a volatilidade aumentar no pregão de hoje