Itaú faz provisão de R$ 10 bilhões e lucro cai 43% no primeiro trimestre
O maior banco privado brasileiro registrou lucro líquido recorrente de R$ 3,912 bilhões e rentabilidade de 12,8%, bem abaixo das projeções dos analistas
Uma provisão para perdas com crédito da ordem de R$ 10 bilhões diante dos impactos esperados da crise do coronavírus derrubou o resultado do Itaú Unibanco no primeiro trimestre deste ano.
O maior banco privado brasileiro registrou lucro líquido recorrente de R$ 3,912 bilhões, o que representa uma queda de 43,1% em relação ao mesmo período do ano passado.
O resultado ficou bem abaixo da projeção média dos analistas, que apontava para um lucro de R$ 5,965 bilhões, de acordo com dados da Bloomberg.
O forte aumento das provisões segue a linha adotada pelo Bradesco, que divulgou o balanço na semana passada também queda no lucro.
Já o Santander Brasil destoou dos principais concorrentes privados ao registrar um lucro maior e não fazer provisões específicas para o aumento da inadimplência previsto com o coronavírus. Quem está certo?
A queda no lucro derrubou junto a rentabilidade do Itaú para 12,8% no primeiro trimestre, bem abaixo do índice de 23,6% alcançado nos três primeiros meses de 2019.
Leia Também
Com isso, o Santander tirou do Itaú, pelo menos por um trimestre, o posto de banco mais rentável entre os gigantes privados.
Crédito e margem
Na mesma linha do que ocorreu com Bradesco e Santander, a carteira de crédito do Itaú apresentou um forte crescimento de 18,9% em relação ao primeiro trimestre do ano passado e 8,9% em três meses, para R$ 769,2 bilhões.
Nas linhas para grandes companhias, o avanço foi de 24,5%, enquanto que os financiamentos para micro, pequenas e médias empresas e pessoas físicas subiram 16,2%.
Apesar da maior concessão de financiamentos, a margem financeira do Itaú (que contabiliza as receitas com crédito menos os custos de captação) registrou alta de apenas 0,8% na comparação com os três primeiros meses de 2019.
No relatório que acompanha o balanço, o banco informou que a margem financeira foi afetada os efeitos da mudança na regulação do cheque especial e também pela queda de 38,9% do resultado da tesouraria.
Inadimplência e provisões
No total, o custo do crédito do Itaú – que contempla as despesas com provisão para perdas com calotes – atingiu R$ 10,1 bilhões. Trata-se de um crescimento de 165,2% em relação ao primeiro trimestre de 2019.
O banco não especifica o quanto desse valor se refere especificamente à piora no cenário provocada pelo coronavírus e o quanto está ligado ao crescimento da carteira de crédito no período.
“O cenário macroeconômico e as perspectivas financeiras das pessoas e das empresas se alteraram a partir da segunda quinzena de março de 2020. O crescimento do custo de crédito se deu por essa alteração, que capturada pelo nosso modelo de provisionamento por perda esperada, gerou maiores despesas de provisão no banco de varejo e no banco de atacado no Brasil”, informou o banco.
Embora tenha se preparado para uma piora no cenário nos próximos meses, o índice de inadimplência acima de 90 dias na carteira do banco segue relativamente estável e encerrou março em 3,1%.
Tarifas e despesas
Do lado positivo (do ponto de vista do acionista), o Itaú registrou um aumento de 8,2% nas receitas com tarifas e prestação de serviços, que somaram R$ 11,1 bilhões.
O banco também apresentou um bom controle de custos e, com isso, as despesas operacionais diminuíram 0,8% na comparação com o primeiro trimestre do ano passado, para R$ 12,1 bilhões.
Junto com o balanço, o Itaú informou a suspensão das projeções para o desempenho do banco neste ano.
Itaú (ITUB4) acusa ex-CFO de participar de esquema ilegal no banco e leva investigação ao BC; executivo nega acusações
O banco diz que Alexsandro Broedel, diretor financeiro da instituição até julho deste ano, teria violado políticas internas e agido em conflito de interesses para benefício próprio
Itaúsa (ITSA3, ITSA4) anuncia pagamento de juros sobre capital próprio no valor de R$ 630 milhões
Após a retenção de 15% de imposto de renda, o total líquido será de R$ 535 milhões – ou R$ 0,049385 por ação
‘Amarelo ficando laranja’- parte 2: Banco do Brasil (BBAS3) deve superar cenário ruim previsto para 2025 e BTG mostra melhor forma de se expor ao banco
Segundo as projeções, os resultados a partir do segundo trimestre do ano que vem devem vir mais fortes do que os dados recentes
O que o CEO do Bradesco (BBDC4), Marcelo Noronha, tem a dizer sobre seu tempo à frente do banco?
Pouco mais de um ano se passou desde que o novo CEO assumiu e, em um almoço de final de ano com a imprensa, Noronha fez um balanço informal de sua gestão
Citi recomenda venda das ações do Nubank (ROXO34) — entenda por que os analistas preferem este outro banco digital
O banco norte-americano ressalta que o caminho para o Nubank manter o ritmo de crescimento dos negócios está cada vez mais difícil
AgroGalaxy (AGXY3) prevê pagamento integral aos credores em plano de recuperação judicial; ações acumulam alta de mais de 90% na semana
Quando a empresa protocolou pedido de recuperação judicial, foi listado um passivo total de aproximadamente R$ 4,6 bilhões
Um presente e um almoço: pregão espremido entre feriado e fim de semana deve trazer volatilidade para bolsa brasileira hoje
Em dia de pagamento da primeira parcela do décimo terceiro e Black Friday, investidor deve continuar a digerir o pacote apresentado por Haddad
Dividendos e JCP: Banco Daycoval (DAYC4) pagará R$ 300 milhões aos acionistas; Itaú (ITUB4) e BMG (BMGB4) também aprovam distribuição de proventos
Bancos aprovaram mais uma distribuição de juros sobre o capital próprio e dividendos para quem estiver na base acionária em dezembro
Você manda, ela faz o PIX: C6 integra aplicativo com IA generativa que faz transferência a partir de foto
Os executivos destacaram que o C6 Assistant atuará somente no app do banco e conta com uma série de camadas de proteção
PIX impulsiona vendas na Black Friday, mas abre espaço para golpes – saiba como se proteger
Apesar de seguro, a popularidade do método de pagamento instantâneo traz novas possibilidades de fraudes; analistas dão dicas de como aproveitar as promoções sem correr riscos
Oi (OIBR3) disparou 19% na bolsa após mudanças no regime de telefonia, mas não é hora de comprar a ação; veja motivo
Casa de análise prefere ação de concorrente com potencial para se tornar uma das maiores pagadoras de dividendos da bolsa; conheça a recomendação
Nubank (ROXO34): depois de um bom balanço e ações em alta de 70%, o roxinho ainda tem espaço para surpreender investidores?
Tanto as ações quanto os BDRs acumulam valorização de 70% e 101% no ano, respectivamente
O pacote (fiscal) saiu para entrega: investidores podem sentir alívio com anúncio entre hoje e amanhã; bolsas tentam alta no exterior
Lá fora, a Europa opera em alta enquanto os índices futuros de Nova York sobem à espera dos dados de inflação da semana
Com lucro em alta, dividendos mais do que triplicam no 3T24. Confira quem foram as vencedoras e perdedoras da safra de resultados na B3
Os proventos consolidados de empresas da bolsa brasileira chegaram a R$ 148,5 bilhões em setembro, um salto de 228% comparado ao 3T23, de acordo a Elos Ayta Consultoria
Resultados da Nvidia (NVDC34) ‘teriam que surpreender muito’ para ações subirem, diz analista; entenda
Números da big tech já estão dentro do esperado pela maior parte do mercado, o que pode diminuir chances de novas altas exponenciais, na avaliação de analista
Banco do Brasil (BBAS3): vale a pena investir? Confira opinião dos analistas do BTG Pactual
O Banco do Brasil (BBAS3) foi o último dos “bancões” brasileiros a divulgar seus resultados do 3T24, na noite da última quarta-feira (13). Os números vieram positivos de maneira geral, com destaque para: Apesar dos números não estarem totalmente no vermelho, o mercado mostrou certa apreensão. Os papéis do bancão fecharam o pregão da quinta-feira […]
Rede D’Or (RDOR3), Odontoprev (ODPV3) ou Blau Farmacêutica (BLAU3)? Após resultados “sem brilho” do setor de saúde no 3T24, BTG elege a ação favorita
Embora as operadoras tenham apresentado resultados fracos ou em linha com as expectativas, as três empresas se destacaram no terceiro trimestre, segundo o banco
“Minha promessa foi de transformar o banco, mas não disse quando”, diz CEO do Bradesco (BBDC4) — e revela o desafio que tem nas mãos daqui para frente
Na agenda de Marcelo Noronha está um objetivo principal: fazer o ROE do bancão voltar a ultrapassar o custo de capital
Nvidia (NVDC34) vê lucro mais que dobrar no ano — então, por que as ações caem 5% hoje? Entenda o que investidores viram de ruim no balanço
Ainda que as receitas tenham chegado perto dos 100% de crescimento, este foi o primeiro trimestre com ganhos percentuais abaixo de três dígitos na comparação anual
Com dólar acima de R$ 5,80, Banco Central se diz preparado para atuar no câmbio, mas defende políticas para o equilíbrio fiscal
Ainda segundo o Relatório de Estabilidade Financeira do primeiro semestre, entidades do sistema podem ter de elevar provisões para perdas em 2025