Dólar à vista segue pressionado e chega a R$ 5,94; Ibovespa tem dia instável
O dólar à vista continua estressado e já flerta com o patamar dos R$ 5,90, influenciado pela maior aversão ao risco no exterior e pelas incertezas políticas domésticas
O dólar à vista até ensaiou um leve movimento de alívio nesta quarta-feira (13). Mas, considerando o ambiente de cautela elevada no Brasil e no exterior, o mercado de câmbio rapidamente cedeu à aversão ao risco — e, como resultado, a moeda americana já chegou a novos recordes.
Na máxima, o dólar à vista tocou os R$ 5,9494, em alta de 1,27%, mas, por volta de 16h05, a pressão já tinha cedido um pouco: agora, os ganhos são de 1,02%, a R$ 5,9283 — é a primeira vez na história que a divisa ultrapassa a marca de R$ 5,90.
Na bolsa, o Ibovespa oscila entre perdas e ganhos: durante a manhã, chegou a bater os 78.911,28 pontos (+1,33%), mas, no início da tarde, foi aos 77.151,98 pontos (-0,92%). Agora, tem leve baixa de 0,11%, aos 77.784,19 pontos.
- Eu gravei um vídeo explicando as razões por trás dessa nova disparada do dólar. Veja abaixo:
Lá fora, dados econômicos desanimadores vindos da Europa contribuem para diminuir a confiança dos agentes financeiros. O PIB do Reino Unido recuou 2% no primeiro trimestre e a produção industrial da zona do euro teve baixa de 11% em março, mostrando o forte impacto do surto de coronavírus sobre a atividade do velho continente.
Nos Estados Unidos, o panorama também é mais defensivo: o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central do país), Jerome Powell, disse que mais estímulos monetários podem ser necessários para dar suporte à economia americana e admitiu que há 'pressões negativas' à atividade, o que elevou a prudência entre os investidores.
E, como pano de fundo para todo esse cenário, ainda há o temor de que a reabertura econômica da Europa e dos EUA possa estar sendo feita de maneira antecipada. Essa leitura ganhou força com o surgimento de novos casos da doença na China e em outros países asiáticos, o que eleva a tensão quanto a uma segunda onda da Covid-19 na região.
Leia Também
Como resultado, o dia é de maior aversão ao risco no exterior: as principais praças da Europa fecharam em baixa de mais de 1% e, nos Estados Unidos, o Dow Jones ( -2,14%), o S&P 500 (-1,90%) e o Nasdaq (-2,03%) têm perdas firmes.
O Ibovespa, assim, tenta descolar dos mercados globais, num movimento sustentado por fatores técnicos: o índice brasileiro vem de duas baixas consecutivas, acumulando perdas de mais de 3% no período — ontem, fechou nas mínimas desde 24 de abril.
Assim, por mais que o panorama ainda seja bastante incerto, os investidores tentam recompor parte das suas posições em bolsa, sem deixar o mercado acionário entrar numa espiral negativa.
Turbulência em Brasília
Por aqui, a cena política continua inspirando prudência entre os mercados. O vídeo da reunião ministerial do dia 22 de abril — em que o presidente Jair Bolsonaro teria ameaçado demitir o ex-ministro da Justiça, Sergio Moro — permanece em primeiro plano para os investidores.
O conteúdo desse vídeo ainda não é público: o STF deu 48 horas para que a Procuradoria-Geral da República se manifeste sobre o sigilo imposto ao material. Mas, considerando o que foi divulgado pela imprensa até o momento e os relatos de que o vídeo é 'bombástico', é natural que os agentes financeiros mantenham uma postura mais prudente.
Até que se tenha mais visibilidade quanto aos desdobramentos do vídeo, o clima em Brasília deve continuar bastante tenso — o que pode sempre trazer volatilidade às negociações na bolsa e no câmbio.
Juros em alta
No mercado de juros futuros, o dia é marcado por mais um ajuste positivo em ambos os vértices, dando continuidade ao movimento de ontem. A pressão contínua sobre o dólar à vista, mesmo após um novo leilão extraordinário de swap cambial pelo BC, contribui para a abertura dos DIs:
- Janeiro/2021: de 2,61% para 2,65%;
- Janeiro/2022: de 3,50% para 3,64%;
- Janeiro/2023: de 4,73% para 4,88%.
Top 5
Veja abaixo os cinco papéis de melhor desempenho do Ibovespa nesta manhã. Em destaque, aparece Braskem PNA (BRKM5) — o UBS elevou a recomendação para as ações, de venda para compra, com preço-alvo de R$ 28,00 em doze meses:
| CÓDIGO | NOME | PREÇO (R$) | VARIAÇÃO |
| BRFS3 | BRF ON | 21,84 | +7,22% |
| JBSS3 | JBS ON | 25,31 | +6,61% |
| BRKM5 | Braskem PNA | 21,80 | +6,50% |
| SUZB3 | Suzano ON | 50,85 | +4,74% |
| KLBN11 | Klabin units | 22,57 | +4,49% |
Confira também as cinco maiores baixas do índice:
| CÓDIGO | NOME | PREÇO (R$) | VARIAÇÃO |
| EMBR3 | Embraer ON | 6,25 | -7,82% |
| IRBR3 | IRB ON | 7,55 | -6,09% |
| CYRE3 | Cyrela ON | 12,39 | -5,13% |
| HGTX3 | Cia Hering ON | 11,02 | -4,92% |
| QUAL3 | Qualicorp ON | 19,84 | -4,84% |
FII REC Recebíveis (RECR11) mira R$ 60 milhões com venda de sete unidades de edifício em São Paulo
Apesar de não ter informado se a operação vai cair como um dinheiro extra no bolso dos cotistas, o RECR11 voltou a aumentar os dividendos em dezembro
Ações de IA em alta, dólar em queda, ouro forte: o que esses movimentos revelam sobre o mercado dos EUA
Segundo especialistas consultados pelo Seu Dinheiro, é preciso separar os investimentos em equities de outros ativos; entenda o que acontece no maior mercado do mundo
TRX Real Estate (TRXF11) abocanha novos imóveis e avança para o setor de educação; confira os detalhes das operações
O FII fez sua primeira compra no segmento de educação ao adquirir uma unidade da Escola Eleva, na Barra da Tijuca (RJ)
O estouro da bolsa brasileira: gestor rebate tese de bolha na IA e vê tecnologia abrindo janela de oportunidade para o Brasil
Em entrevista exclusiva ao Seu Dinheiro, Daniel Popovic, gestor da Franklin Templeton, rebate os temores de bolha nas empresas de inteligência artificial e defende que a nova tecnologia se traduzirá em crescimento de resultados para as empresas e produtividade para as economias
Aura (AURA33): small cap que pode saltar 50% está no pódio das ações para investir em dezembro segundo 9 analistas
Aura Minerals (AURA33) pode quase dobrar a produção; oferece exposição ao ouro; paga dividendos trimestrais consistentes e negocia com forte desconto.
CVM suspende 6 empresas internacionais por irregularidades na oferta de investimentos a brasileiros; veja quais são
Os sites, todos em português, se apresentam como plataformas de negociação em mercados globais, com ativos como moedas estrangeiras, commodities, metais, índices, ETFs, ações, criptoativos e outros
Bolsa perdeu R$ 183 bilhões em um único dia; Itaú Unibanco (ITUB4) teve maiores perdas
Essa é a maior queda desde 22 de fevereiro de 2021, ainda período da pandemia, e veio depois que Flávio Bolsonaro foi confirmado como candidato à presidência pelo PL
Do céu ao inferno: Ibovespa tem a maior queda desde 2021; dólar e juros disparam sob “efeito Flávio Bolsonaro”
Até então, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, era cotado como o mais provável candidato da direita, na avaliação do mercado, embora ele ainda não tivesse anunciado a intenção de concorrer à presidência
Pequenas e poderosas: Itaú BBA escolhe as ações small cap com potencial de saltar até 50% para carteira de dezembro
A Plano & Plano (PLP3) tem espaço para subir até 50,6%; já a Tenda (TEND3) pode ter valorização de 45,7%
Ibovespa sobe 1,65% e rompe os 164 mil pontos em forte sequência de recordes. Até onde o principal índice da bolsa pode chegar?
A política monetária, com o início do ciclo de cortes da Selic, é um dos gatilhos para o Ibovespa manter o sprint em 2026, mas não é o único; calculamos até onde o índice pode chegar e explicamos o que o trouxe até aqui
Ibovespa vai dar um salto de 18% e atingir os 190 mil pontos com eleições e cortes na Selic, segundo o JP Morgan
Os estrategistas reconhecem que o Brasil é um dos poucos mercados emergentes com um nível descontado em relação à média histórica e com o múltiplo de preço sobre lucro muito mais baixo do que os pares emergentes
Empresas listadas já anunciaram R$ 68 bilhões em dividendos do quarto trimestre — e há muito mais por vir; BTG aposta em 8 nomes
Levantamento do banco mostra que 23 empresas já anunciaram valor ordinários e extraordinários antes da nova tributação
Pátria Malls (PMLL11) vai às compras, mas abre mão de parte de um shopping; entenda o impacto no bolso do cotista
Somando as duas transações, o fundo imobiliário deverá ficar com R$ 40,335 milhões em caixa
BTLG11 é destronado, e outros sete FIIs disputam a liderança; confira o ranking dos fundos imobiliários favoritos para dezembro
Os oito bancos e corretoras consultados pelo Seu Dinheiro indicaram três fundos de papel, dois fundos imobiliários multiestratégia e dois FIIs de tijolo
A bolsa não vai parar: Ibovespa sobe 0,41% e renova recorde pelo 2º dia seguido; dólar cai a R$ 5,3133
Vale e Braskem brilham, enquanto em Nova York, a Microsoft e a Nvidia tropeçam e terminam a sessão com perdas
Vai ter chuva de dividendos neste fim de ano? O que esperar das vacas leiteiras da bolsa diante da tributação dos proventos em 2026
Como o novo imposto deve impactar a distribuição de dividendos pelas empresas? O analista da Empiricus, Ruy Hungria, responde no episódio desta semana do Touros e Ursos
Previsão de chuva de proventos: ação favorita para dezembro tem dividendos extraordinários no radar; confira o ranking completo
Na avaliação do Santander, que indicou o papel, a companhia será beneficiada pelas necessidades de capacidade energética do país
Por que o BTG acha que RD Saúde (RADL3) é uma das maiores histórias de sucesso do varejo brasileiro em 20 anos — e o que esperar para 2026
Para os analistas, a RADL3 é o “compounder perfeito”; entenda como expansão, tecnologia e medicamentos GLP-1 devem fortalecer a empresa nos próximos anos
A virada dos fundos de ações e multimercados vem aí: Fitch projeta retomada do apetite por renda variável no próximo ano
Após anos de volatilidade e resgates, a agência de risco projeta retomada gradual, impulsionada por juros mais favorável e ajustes regulatórios
As 10 melhores small caps para investir ainda em 2025, segundo o BTG
Enquanto o Ibovespa disparou 32% no ano até novembro, o índice Small Caps (SMLL) saltou 35,5% no mesmo período
