Bolsas podem ter correção após novos recordes do S&P 500 em NY?
O índice da bolsa de Nova York está mais de 50% acima de seu ponto mais baixo do ano, apagando todas as perdas que sofreu durante a pandemia do coronavírus
O fechamento do S&P 500 na última terça-feira, primeiro recorde de alta desde fevereiro, trouxe de volta o longevo debate sobre a possibilidade de uma correção nos preços das ações. O índice está mais de 50% acima de seu ponto mais baixo do ano, apagando todas as perdas que sofreu durante a pandemia do coronavírus.
Apesar de uma recessão contundente, muitos investidores parecem apostar que o pior ficou no passado, e que os lucros corporativos, motores mais confiáveis dos preços das ações, começarão a subir no próximo ano. Isto dito, muitos agentes em Wall Street questionam por quanto tempo o mercado pode continuar subindo em um período em que o desemprego está em seu nível mais alto em mais de uma década.
Há ainda o simples fato de que os ganhos de preço recentes aconteceram com os lucros sob forte pressão, deixando os 'valuations' esticados e muitos operadores esperando maior volatilidade. "A única forma de aumentar os preços é duplicar os últimos anos das décadas de 1920 ou de 1990", afirmou Barry Bannister, chefe de estratégia de ações na Stifel, referindo-se a períodos em que a economia estava em alta.
A relação entre preço e lucro no S&P 500, medida pelos lucros dos últimos 12 meses, está em 25,26, de acordo com a FactSet, no maior nível desde 2002. Os múltiplos considerando as expectativas para o próximo ano estão em 25,98 - marca atingida pela última vez em setembro de 2000. De acordo com o Goldman Sachs, o preço médio de uma ação do índice está no nível mais alto possível considerando-se o histórico dos últimos 40 anos.
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Em outra medida, o múltiplo preço/lucro ajustado de forma cíclica (CAPE, na sigla em inglês), chegou a 30,63 em 11 de agosto, nível raramente visto no último século. O cálculo leva em conta os 10 últimos anos de lucros e os ajustes inflacionários. Em termos comparativos, o CAPE do índice chegou a 44,20 em dezembro de 1999, e a 32,56 em 1929.
No entanto, utilizando o "Indicador Buffett", o mercado acionário americano está com sobrepreços há mais de uma década. O indicador compara o valor de mercado das empresas listadas ao do Produto Interno Bruto (PIB) americano - segundo o megainvestidor Warren Buffett, quanto a capitalização combinada é maior, os papéis estão caros. A última vez em que o PIB americano foi maior, porém, foi em 2009.
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De acordo com a Federação Mundial das Bolsas de Valores, a capitalização coletiva do mercado americano é de US$ 35,7 trilhões, ante os US$ 19,4 trilhões do PIB dos EUA no segundo trimestre, em taxas anualizadas.
Muitos investidores parecem manter esperanças em uma vacina contra a covid-19 e em extensões dos estímulos à economia pelo Congresso, ao mesmo tempo em que a eleição presidencial americana, em novembro, deve manter a volatilidade em alta. Alguns observadores, porém, dizem que é difícil de prever quando os preços estão muito altos.
"As regras de mercado não estão escritas em pedra" disse Robert Colby, da Robert W. Colby Asset Management. "Às vezes, o comportamento do mercado só não tem lógica."
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