🔴 ONDE INVESTIR EM NOVEMBRO: AÇÕES, DIVIDENDOS, FIIS E CRIPTOMOEDAS – CONFIRA

Victor Aguiar

Victor Aguiar

Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pelo Instituto Educacional BM&FBovespa. Trabalhou nas principais redações de economia do país, como Bloomberg, Agência Estado/Broadcast e Valor Econômico. Em 2020, foi eleito pela Jornalistas & Cia como um dos 10 profissionais de imprensa mais admirados no segmento de economia, negócios e finanças.

Tranquilidade global

A águia e o dragão acertaram uma trégua — e o Ibovespa aproveitou a paz para subir

O Ibovespa acompanhou os mercados globais e terminou no campo positivo nesta segunda-feira (1), reagindo positivamente à trégua sinalizada entre EUA e China na guerra comercial

Victor Aguiar
Victor Aguiar
1 de julho de 2019
10:22 - atualizado às 9:47
Arte simbolizando uma águia e um dragão em lados opostos
Americanos e chineses hastearam uma bandeira branca — e o Ibovespa e as bolsas de NY foram para o alto - Imagem: Shutterstock

Dois dos caçadores mais temidos da cadeia alimentar passaram os últimos meses em conflito. O dragão chinês e a águia americana travaram uma disputa acirrada por domínio territorial — e o temor dos danos colaterais que essa briga poderia trazer ao ecossistema como um todo vinha deixando o clima pesado nos mercados.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Assim, o apertar de patas entre os predadores trouxe um forte alívio aos demais participantes desse bioma. Ao menos por enquanto, a trégua firmada entre americanos e chineses aumenta a otimismo dos agentes financeiros — e, como resultado, o Ibovespa e as bolsas de Nova York abriram o mês de julho no campo positivo.

O principal índice do mercado acionário brasileiro fechou o pregão desta segunda-feira (1) em alta de 0,37%, aos 101.339,68 — comportamento semelhante ao visto no Dow Jones (+0,44%), S&P 500 (+0,77%) e Nasdaq (+1,06%). O dólar à vista, por outro lado, terminou a sessão em leve alta de 0,10%, a R$ 3,8441.

Toda essa onda de bom humor se deve ao acerto fechado entre a águia, representada por Donald Trump, e o dragão, encarnado por Xi Jinping. Os presidentes dos EUA e da China se reuniram neste fim de semana, durante a cúpula do G20, e firmaram trégua na guerra comercial, apontando para a continuidade das negociações entre as partes.

Com o acerto, o governo americano não irá mais impor tarifas de 25% sobre US$ 300 bilhões em produtos chineses que ainda não sofriam com barreiras comerciais — os bens que já haviam sido tarifados, contudo, continuam sendo sobretaxados. Além disso, Trump deu sinal verde para que a Huawei volte a comprar produtos americanos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Em troca, o presidente americano afirmou que o governo chinês irá comprar "ainda mais produtos agrícolas americanos", mas sem dar maiores informações a respeito das cifras envolvidas.

Leia Também

"As tensões geopolíticas entre Estados Unidos e Irã continuam na mesma, mas a guerra comercial deu uma acalmada, então os mercados encontraram espaço para abrirem o dia com bastante força", diz um operador, apontando o exterior como principal fator de influência para as negociações por aqui.

Vale destacar que o fim do embargo à Huawei fez as ações de empresas do setor de tecnologia dos Estados Unidos terem um desempenho particularmente bom hoje, uma vez que a companhia chinesa é um importante consumidor de microchips, processadores e semicondutores.

Isso explica a alta mais intensa registrada pelo Nasdaq neste primeiro pregão de julho, uma vez que o índice concentra um número maior de ações de empresas ligadas ao setor de tecnologia.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Embora a segunda-feira tenha sido marcada pelo otimismo dos agentes financeiros em relação à trégua firmada entre Washington e Pequim, é importante ressaltar que os mercados perderam parte da força ao longo do dia. O Ibovespa, por exemplo, chegou a subir 1,45% mais cedo, aos 102.431,61 pontos; as bolsas americanas também terminaram longe das máximas.

Esse movimento de suavização dos ganhos se deve aos temores ainda grandes quanto ao estado da economia global. O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) da indústria mundial recuou para 49,4 em junho — é o menor nível desde 2012. Leituras abaixo de 50 indicam contração da atividade.

Esse dado arrefece parte do otimismo dos mercados, embora não tenha sido suficiente para derrubar as bolsas ao campo negativo. E, no Brasil, um certo viés de cautela em relação à agenda domestica também tirou o ímpeto dos ativos locais.

De olho na reforma

Por aqui, os olhos estiveram atentos a Brasília e à tramitação da reforma da Previdência. Afinal, há a previsão de que o novo parecer do relator do texto na comissão especial da Câmara, Samuel Moreira, seja lido nesta terça-feira (2).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Os principais atores da cena política ainda debatem a inclusão dos Estados e municípios nas novas regras da aposentadoria, o que atrasou a leitura do parecer, inicialmente agendada para a semana passada. E, embora o mercado siga otimista, o cronograma apertado traz alguma apreensão às negociações.

O Congresso entrará em recesso no dia 18 — assim, há menos de três semanas para que a Previdência seja aprovada na comissão especial e no plenário da Câmara. Caso o texto não receba o sinal verde nessas etapas até o dia 18, a tramitação ficará parada na Casa até a volta dos trabalhos do Legislativo, em agosto, e há o receio de que, nesse tempo, o cenário político possa se deteriorar.

Pedro Galdi, analista da corretora Mirae Asset, pondera que esse "otimismo cauteloso" em relação à reforma influenciou o movimento de perda de força do Ibovespa ao longo da tarde, uma vez que eventuais mudanças a serem feitas no parecer do relator ainda são incertas — e novos atrasos podem inviabilizar as votações na Câmara.

Dólar vai e volta

Mais cedo, em meio à onda de otimismo global quanto à trégua firmada entre EUA e China, o dólar à vista chegou a cair ao nível de R$ 3,8104 (-0,78%). No entanto, a moeda americana foi ganhando força em relação ao real, também influenciada pela cautela no front doméstico em relação à Previdência.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Mas não foi apenas esse fator que mexeu com os rumos do dólar. No exterior, a divisa americana ganhou intensidade em escala global, passando a avançar com mais intensidade ante as moedas fortes — o índice DXY, que mede o desempenho do dólar ante as principais divisas do mundo, avançou de modo firme nesta segunda-feira.

Comportamento semelhante foi viso na comparação com as moedas emergentes e ligadas às commodities. O dólar reduziu as perdas ante o peso mexicano, o rublo russo e o peso colombiano; além disso, ampliou a alta em relação ao rand sul-africano, o peso chileno e o dólar neozelandês.

Juros recuam

As curvas de juros fecharam a sessão em queda, embora tenham se afastado das mínimas da sessão. Os DIs refletiram o cima de maior tranquilidade visto no exterior e as sinalizações emitidas pelo boletim Focus desta segunda-feira.

Na ponta curta, os DIs com vencimento em janeiro de 2021 recuaram de 5,84% para 5,81%; na longa, as curvas para janeiro e 2023 caíram de 6,64% para 6,59%, e as para janeiro de 2035 tiveram baixa de 7,12% para 7,05%.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Além do alívio global em relação à guerra comercial, o mercado também se ajusta às estimativas divulgadas mais cedo pelo boletim Focus. A previsão de crescimento do PIB neste ano foi novamente cortada, passando de 0,87% na semana passada para 0,85% hoje.

E, em meio à percepção de de fraqueza da economia local, aumentam as apostas em relação a um corte de juros por parte do BC para estimular a atividade. A medida do Focus para a Selic no fim de 2019 também caiu, passando de 5,75% para 5,50% — a taxa básica de juros está atualmente em 6,5% ao ano.

Minério em alta

O bom humor global também contagiou o mercado de commodities: na China, o minério de ferro fechou em forte alta de 4,37% no porto de Qingdao — cotação que serve de referência para as negociações globais.

Nesse contexto, ações de empresas ligadas ao setor de commodities fecharam em alta firme e deram sustentação ao Ibovespa, com destaque para os papéis ON da Vale (VALE3), que avançaram 3,53%. Entre as siderúrgicas, destaque para CSN ON (CSNA3), em alta de 1,68%.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Expectativa elevada

Quem dominou a ponta positiva do Ibovespa, contudo, foram as ações do setor de frigoríficos. JBS ON (JBSS3) avançou 5,51%, BRF ON (BRFS3) teve ganho de 8,67% e Marfrig ON fechou em alta de 3,02%.

Segundo um operador, os papéis avançam com as expectativas de aumento na exportação de proteínas animais à Europa após o fechamento do acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia.

Galdi, da Mirae Asset, ainda pondera que ouros fatores também impulsionaram as cotações dos papéis do setor, com destaque para os rumores de que o impacto da febre suína sobre a população de porcos da China é ainda maior do que o estimado inicialmente pelo mercado — o que aumentaria a demanda do país por proteína animal importada.

Primeiro dia

Fora do Ibovespa, destaque para as ações ON da Neoenergia (NEOE3), que começaram a ser negociadas hoje na B3. E o mercado assumiu uma postura positiva para os papéis: os ativos da companhia tiveram ganho de 8,37%.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
O QUE BOMBOU NA BOLSA

Cogna (COGN3), C&A (CEAB3), Cury (CURY3): Veja as 20 empresas que mais se valorizaram no Ibovespa neste ano 

14 de novembro de 2025 - 15:02

Companhias de setores como educação, construção civil e bancos fazem parte da lista de ações que mais se valorizaram desde o começo do ano

AÇÕES QUE FICARAM PARA TRÁS

Com rentabilidade de 100% no ano, Logos reforça time de ações com ex-Itaú e Garde; veja as 3 principais apostas da gestora na bolsa

14 de novembro de 2025 - 12:02

Gestora independente fez movimentações no alto escalão e destaca teses de empresas que “ficaram para trás” na B3

GALPÕES LOGÍSTICOS

A Log (LOGG3) se empolgou demais? Possível corte de payout de dividendos acende alerta, mas analistas não são tão pessimistas

14 de novembro de 2025 - 6:07

Abrir mão de dividendos hoje para acelerar projetos amanhã faz sentido ou pode custar caro à desenvolvedora de galpões logísticos?

“REALMENTE ME ASSUSTA”

A bolha da IA pode estourar onde ninguém está olhando, alerta Daniel Goldberg: o verdadeiro perigo não está nas ações

13 de novembro de 2025 - 19:01

Em participação no Fórum de Investimentos da Bradesco Asset, o CIO da Lumina chamou atenção para segmento que está muito exposto aos riscos da IA… mas parece que ninguém está percebendo

A VOZ DOS GESTORES

A bolsa ainda está barata depois da disparada de 30%? Pesquisa revela o que pensam os “tubarões” do mercado

13 de novembro de 2025 - 14:01

Empiricus ouviu 29 gestoras de fundos de ações sobre as perspectivas para a bolsa e uma possível bolha em inteligência artificial

HORA DO “GRANDE CORTE”

De longe, a maior queda do Ibovespa: o que foi tão terrível no balanço da Hapvida (HAPV3) para ações desabarem mais de 40%?

13 de novembro de 2025 - 11:59

Os papéis HAPV3 acabaram fechando o dia com queda de 42,21%, cotados a R$ 18,89 — a menor cotação e o menor valor de mercado (R$ 9,5 bilhões) desde a entrada da companhia na B3, em 2018

REAÇÃO AO RESULTADO

A tormenta do Banco do Brasil (BBAS3): ações caem com balanço fraco, e analistas ainda não veem calmaria no horizonte

13 de novembro de 2025 - 9:35

O lucro do BB despencou no 3T25 e a rentabilidade caiu ao pior nível em décadas; analistas revelam quando o banco pode começar a sair da tempestade

SÓ NA RENDA FIXA

Seca dos IPOs na bolsa vai continuar mesmo com Regime Fácil da B3; veja riscos e vantagens do novo regulamento

13 de novembro de 2025 - 6:03

Com Regime Fácil, companhias de menor porte poderão acessar a bolsa, por meio de IPOs ou emissão dívida

EFEITO MCMV

Na onda do Minha Casa Minha Vida, Direcional (DIRR3) tem lucro 25% maior no 3T25; confira os destaques

12 de novembro de 2025 - 20:03

A rentabilidade (ROE) anualizada chegou a 35% no entre julho e setembro, mais um recorde para o indicador, de acordo com a incorporadora

APURAÇÃO SEU DINHEIRO

O possível ‘adeus’ do Patria à Smart Fit (SMFT3) anima o JP Morgan: “boa oportunidade de compra”

12 de novembro de 2025 - 13:45

Conforme publicado com exclusividade pelo Seu Dinheiro na manhã desta quarta-feira (12), o Patria está se preparando para se desfazer da posição na rede de academias, e o banco norte-americano não se surpreende, enxergando uma janela para comprar os papéis

SEGUNDA OFERTA DE AÇÕES

Forte queda no Ibovespa: Cosan (CSAN3) desaba na bolsa depois de companhia captar R$ 1,4 bi para reforçar caixa

12 de novembro de 2025 - 12:11

A capitalização visa fortalecer a estrutura de capital e melhorar liquidez, mas diluição acionária preocupa investidores

ESTÁ ARRISCADO DEMAIS?

Fundo Verde diminui exposição a ações no Brasil, apesar de recordes na bolsa de valores; é sinal de atenção?

12 de novembro de 2025 - 10:25

Fundo Verde reduz exposição a ações brasileiras, apesar de recordes na bolsa, e adota cautela diante de incertezas globais e volatilidade em ativos de risco

FIM DO TREINO?

Exclusivo: Pátria prepara saída da Smart Fit (SMFT3); leilão pode movimentar R$ 2 bilhões, dizem fontes

12 de novembro de 2025 - 8:35

Venda pode pressionar ações após alta de 53% no ano; Pátria foi investidor histórico e deve zerar participação na rede de academias.

MERCADOS

Ibovespa atinge marca histórica ao superar 158 mil pontos após ata do Copom e IPCA; dólar recua a R$ 5,26 na mínima

11 de novembro de 2025 - 12:57

Em Wall Street, as bolsas andaram de lado com o S&P 500 e o Nasdaq pressionados pela queda das big techs que, na sessão anterior, registraram fortes ganhos

NÃO TÃO VACA LEITEIRA

Ação da Isa Energia (ISAE4) está cara, e dividendos não saltam aos olhos, mas endividamento não preocupa, dizem analistas

11 de novembro de 2025 - 6:03

Mercado reconhece os fundamentos sólidos da empresa, mas resiste em pagar caro por uma ação que entrega mais prudência do que empolgação; veja as projeções

O QUE FAZER COM AS AÇÕES?

Esfarelando na bolsa: por que a M. Dias Branco (MDIA3) cai mais de 10% depois do lucro 73% maior no 3T25?

10 de novembro de 2025 - 15:05

O lucro de R$ 216 milhões entre julho e setembro não foi capaz de ofuscar outra linha do balanço, que é para onde os investidores estão olhando: a da rentabilidade

NÃO TEM MAIS COMO CONTINUAR

Não há mais saída para a Oi (OIBR3): em “estado falimentar irreversível”, ações desabam 35% na bolsa

10 de novembro de 2025 - 12:30

Segundo a 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, a Oi está em “estado falimentar” e não possui mais condições de cumprir o plano de recuperação ou honrar compromissos com credores e fornecedores

AO INFINITO E ALÉM

Ibovespa bate mais um recorde: bolsa ultrapassa os 155 mil pontos com fim do shutdown dos EUA no radar; dólar cai a R$ 5,3073

10 de novembro de 2025 - 12:17

O mercado local também deu uma mãozinha ao principal índice da B3, que ganhou fôlego com a temporada de balanços

DE CARA NOVA

Adeus ELET3 e ELET5: veja o que acontece com as ações da Axia Energia, antiga Eletrobras, na bolsa a partir de hoje

10 de novembro de 2025 - 9:51

Troca de tickers nas bolsas de valores de São Paulo e Nova York coincide com mudança de nome e imagem, feita após 60 anos de empresa

A BOLSA NAS ELEIÇÕES

A carteira de ações vencedora seja quem for o novo presidente do Brasil, segundo Felipe Miranda

9 de novembro de 2025 - 15:31

O estrategista-chefe da Empiricus e sócio do BTG Pactual diz quais papéis conseguem suportar bem os efeitos colaterais que toda votação provoca na bolsa

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar