As fichas estão nas estatais… Banco do Brasil e Petrobras são as ações mais recomendadas em janeiro
Condução política e econômica do novo governo e a melhora na governança das estatais sustentam o otimismo dos investidores sobre esses papéis
Que as primeiras declarações do governo Bolsonaro logo após a posse abriram de vez o apetite dos investidores em bolsa, disso ninguém duvida. No primeiro pregão do ano, o Ibovespa rompeu de vez com os 90 mil pontos e marcou uma sequência de recordes históricos.
O gás que estava faltando na B3 veio justamente das ações de estatais. Papéis da Eletrobras, por exemplo, dispararam mais de 20% logo depois que o novo ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, fez declarações públicas favoráveis à privatização da empresa.
Com o entusiasmo à flor da pele, não foi surpresa para mim quando recebi as sugestões de analistas e gestores sobre as ações mais recomendadas para compra no primeiro mês do ano. Entre os ativos mais citados estavam, justamente, dois papéis do grupo das estatais: os preferenciais da Petrobras e os ordinárias do Banco do Brasil.
A petroleira e o gigante bancário entraram na lista VIP dos investidores em um momento de “choque liberal” dado pela nova equipe econômica. A agenda de privatizações, a mudança de comando e o claro perfil ao clássico estilo “Estado mínimo” da equipe de Paulo Guedes foram as principais bases para que os papéis do BB e da Petrobras entrassem nas apostas dos gestores. Veja a lista completa de recomendações:
Governança e lucro também ajudam
Como não só de legislação e medidas federais vive uma empresa estatal, vale destacar também a situação financeira e de negócios que as duas atuais queridinhas da bolsa vêm sustentando.
Leia Também
O caso do Banco do Brasil é emblemático. Com resultados operacionais superando as expectativas e uma recuperação considerável da qualidade de crédito, o banco viu sua margem de lucro e o retorno para os acionistas engatarem a primeira marcha e subirem.
A gestora Guide, uma das que indica a compra de Banco do Brasil neste mês, ressaltou em sua avaliação o controle das despesas administrativas e o crescimento da renda com as tarifas cobradas pelo banco, um claro reflexo do maior consumo de produtos e serviços dos clientes.
Além do quesito administrativo, os ativos do Banco do Brasil também se beneficiam das expectativas positivas para a economia brasileira. Essa aposta é baseada na projeção média para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no ano que vem, que atualmente é de 2,5%, segundo o Banco Central.
O Vinícius Pinheiro já havia comentado nesta reportagem especial sobre a bolsa em 2019 que a recuperação econômica deve abrir caminho tanto para a queda na inadimplência como para a retomada da procura por crédito pela população. O resultado disso não poderá ser diferente: impulso no lucro dos bancos e maior remuneração aos acionistas.
Olha ela (de novo)
Desde novembro comentamos sobre situação da Petrobras nas recomendações mensais do Seu Dinheiro. Com as contas ajustadas e a governança em franca recuperação, a petroleira tem tudo para seguir apresentando resultados robustos tanto no fim de 2018 como no começo de 2019.
Há uma expectativa positiva com relação aos próximos passos da Petrobras, agora sob a gestão de Roberto Castello Branco. Para a Mirae Investimentos, a continuidade no plano de venda de ativos - com desinvestimentos entre US$ 14 bilhões e US$ 15 bilhões entre 2019 e 2023 - e a possibilidade de votação do projeto de cessão onerosa são os pilares desse otimismo.
Já a Guide destaca, para além da governança, a projeção de um volume maior na produção do último trimestre de 2018, o que compensaria a recente queda do preço de petróleo observada nos últimos meses e manteria a entrega de bons lucros no último período do ano.
Bancões chamam a atenção
Além das ações do Banco do Brasil, recomendadas por três das oito gestoras que encaminharam sua lista Top 3 para o Seu Dinheiro, o aparecimento de três ativos também relacionados ao setor financeiro me chamaram a atenção: as UNIT’s do Santander e as preferenciais de Itaú e Itausa.
A aposta em ações ligadas aos bancões é reflexo de um conjunto de posições otimistas que o mercado vem adotando desde o fim do processo eleitoral. Da mesma forma que Banco do Brasil se beneficia da aprovação de ajustes fiscais e outras medidas de incentivo à recuperação da máquina econômica brasileira, Itaú, Santander e Itausa (que carrega 90% de Itaú na carteira), também saem ganhando nessa jogada. E nessa conta entram tanto o lucro maior como rendimentos mais atraentes aos acionistas.
Cabe ainda lembrar que, a partir deste ano, houve mudanças na alíquota da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) de instituições financeiras, que na prática corta diretamente o lucro dos bancos. A taxa voltou ao patamar de 15% depois de passar mais de três anos na faixa dos 20%. Com uma tarifa menor, bancos devem se beneficiar com maiores margens.
“Candidatura de Tarcísio não é projeto enterrado”: Ibovespa sobe e dólar fecha estável em R$ 5,5237
Declaração do presidente nacional do PP, e um dos líderes do Centrão, senador Ciro Nogueira (PI), ajuda a impulsionar os ganhos da bolsa brasileira nesta quinta-feira (18)
‘Se eleição for à direita, é bolsa a 200 mil pontos para mais’, diz Felipe Miranda, CEO da Empiricus
CEO da Empiricus Research fala em podcast sobre suas perspectivas para a bolsa de valores e potenciais candidatos à presidência para eleições do próximo ano.
Onde estão as melhores oportunidades no mercado de FIIs em 2026? Gestores respondem
Segundo um levantamento do BTG Pactual com 41 gestoras de FIIs, a expectativa é que o próximo ano seja ainda melhor para o mercado imobiliário
Chuva de dividendos ainda não acabou: mais de R$ 50 bilhões ainda devem pingar na conta em 2025
Mesmo após uma enxurrada de proventos desde outubro, analistas veem espaço para novos anúncios e pagamentos relevantes na bolsa brasileira
Corrida contra o imposto: Guararapes (GUAR3) anuncia R$ 1,488 bilhão em dividendos e JCP com venda de Midway Mall
A companhia anunciou que os recursos para o pagamento vêm da venda de sua subsidiária Midway Shopping Center para a Capitânia Capital S.A por R$ 1,61 bilhão
Ação que triplicou na bolsa ainda tem mais para dar? Para o Itaú BBA, sim. Gatilho pode estar próximo
Alta de 200% no ano, sensibilidade aos juros e foco em rentabilidade colocam a Movida (MOVI3) no radar, como aposta agressiva para capturar o início do ciclo de cortes da Selic
Flávio Bolsonaro presidente? Saiba por que o mercado acendeu o sinal amarelo para essa possibilidade
Rodrigo Glatt, sócio-fundador da GTI, falou no podcast Touros e Ursos desta semana sobre os temores dos agentes financeiros com a fragmentação da oposição frente à reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva
‘Flávio Day’ e eleições são só ruído; o que determina o rumo do Ibovespa em 2026 é o cenário global, diz estrategista do Itaú
Tendência global de queda do dólar favorece emergentes, e Brasil ainda deve contar com o bônus da queda na taxa de juros
Susto com cenário eleitoral é prova cabal de que o Ibovespa está em “um claro bull market”, segundo o Santander
Segundo os analistas do banco, a recuperação de boa parte das perdas com a notícia sobre a possível candidatura do senador é sinal de que surpresas negativas não são o suficiente para afugentar investidores
Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI
Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno
Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais
O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50
Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa
As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores
Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema
Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem
BTG escala time de ações da América Latina para fechar o ano: esquema 4-3-3 tem Brasil, Peru e México
O banco fez algumas alterações em sua estratégia para empresas da América Latina, abrindo espaço para Chile e Argentina, mas com ações ainda “no banco”
A torneira dos dividendos vai secar em 2026? Especialistas projetam tendências na bolsa diante de tributação
2025 caminha para ser ano recorde em matéria de proventos; em 2026 setores arroz com feijão ganham destaque
As ações que devem ser as melhores pagadoras de dividendos de 2026, com retornos de até 15%
Bancos, seguradoras e elétricas lideram e uma empresa de shoppings será a grande revelação do próximo ano
Bancos sobem na bolsa com o fim das sanções contra Alexandre de Moraes — Banco do Brasil (BBAS3) é o destaque
Quando a sanção foi anunciada, em agosto deste ano, os papéis dos bancos desabaram devido as incertezas em relação à aplicação da punição
TRXF11 volta a encher o carrinho de compras e avança nos setores de saúde, educação e varejo; confira como fica o portfólio do FII agora
Com as três novas operações, o TRXF11 soma sete transações só em dezembro. Na véspera, o FII já tinha anunciado a aquisição de três galpões
BofA seleciona as 7 magníficas do Brasil — e grupo de ações não tem Petrobras (PETR4) nem Vale (VALE3)
O banco norte-americano escolheu empresas brasileiras de forte crescimento, escala, lucratividade e retornos acima da Selic
Ibovespa em 2026: BofA estima 180 mil pontos, com a possibilidade de chegar a 210 mil se as eleições ajudarem
Banco norte-americano espera a volta dos investidores locais para a bolsa brasileira, diante da flexibilização dos juros
