Após dois trimestres no vermelho por Brumadinho, a Vale voltou a lucrar
A Vale não registrou provisões adicionais relacionadas à Brumadinho no terceiro trimestre de 2019. Sem esses impactos, a mineradora reportou lucro de US$ 1,654 bilhão
A Vale deu o primeiro sinal de que o desastre de Brumadinho começa a ser superado — ao menos, do ponto de vista financeiro. A mineradora reportou um lucro líquido de US$ 1,654 bilhão no terceiro trimestre deste ano, uma alta de 17,4% em relação aos ganhos de US$ 1,4 bilhão registrados no mesmo período de 2018.
- EXCLUSIVO: Acesse um livro raro sobre as engrenagens do mercado financeiro e que mudará completamente a sua visão sobre investimentos.
O resultado marca uma virada em relação à tendência vista nos trimestres anteriores: nos primeiros três meses desse ano, a Vale teve um prejuízo de US$ 1,642 bilhão; entre abril e junho, a companhia também ficou no vermelho: na ocasião, as perdas somaram US$ 133 milhões.
E grande parte desses resultados negativos registrados pela Vale ao longo do primeiro semestre podem ser atribuídos ao rompimento da barragem I na mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho. Nos dois primeiros trimestres desse ano, a empresa teve que lidar com provisões bilionárias relacionadas à tragédia.
Mas, neste trimestre, a Vale não precisou reconhecer provisões adicionais referentes ao desastre: entre julho e setembro, foram registradas apenas gastos referentes aos serviços de comunicação, acomodação e assistência humanitária, além de despesas com equipamentos, serviços jurídicos, ajuda alimentícia e impostos, no montante total de US$ 225 milhões.
Sendo assim, fica mais fácil para acompanhar o balanço da empresa. Começando pela primeira linha: a Vale terminou o terceiro trimestre com uma receita líquida de US$ 10,217 bilhões, um crescimento de 7,1% na base anual. Os custos dos produtos e dos serviços vendidos, por outro lado, caiu 1,3%, para US$ 5,681 bilhões.
Com a receita aumentando e os custos diminuindo, o lucro bruto da Vale teve um crescimento importante: a linha chegou a US$ 4,536 bilhões entre julho e setembro desse ano, um ganho de 19,8% na mesma base de comparação. O lucro operacional foi a US$ 3,617 bilhões, uma alta de 10,6% ante o mesmo intervalo de 2018.
Leia Também
Por fim, o Ebitda ajustado — ou seja, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização — ficou em US$ 4,6 bilhões, uma expansão de 6,42% em um ano.
"No terceiro trimestre de 2019, progredimos para a estabilização de nosso negócio e avançamos com o nosso objetivo de reparação integral de Brumadinho", diz o diretor-presidente da Vale, Eduardo Bartolomeo, em mensagem aos acionistas. "Aliadas ao nosso compromisso com a segurança e a alocação disciplinada de capital, nossas ações reduzem as incertezas e nos conduzem para resultados sustentáveis".
A melhoria nos resultados da Vale também foi impulsionada pela forte valorização do minério de ferro. O preço de referência praticado entre julho e setembro ficou em US$ 102 a tonelada — há um ano, as cotações estavam em US$ 66,7 a tonelada. Os preços mais elevados acabaram compensando a queda de 17,4% na produção da commodity.
Investimentos mais volumosos
Também chama a atenção no balanço da Vale a alta nos investimentos, que chegaram a US$ 891 milhões no terceiro trimestre desse ano — um crescimento de 28,7% em relação ao mesmo intervalo de 2018 e um avanço de 2% na comparação com o trimestre anterior.
A maior parte desse montante foi alocado na área de minerais ferrosos, que recebeu US$ 491 milhões entre julho e setembro, uma alta de 12,3% em um ano. Em sequência, aparecem as divisões de metais básicos, com US$ 314 milhões (+40,8%); de carvão, com US$ 79 milhões (+163%); e de energia, com US$ 7 milhões (+250%).
Queda no endividamento
Outro ponto de destaque foi a forte redução no endividamento. A dívida líquida da Vale somava US$ 5,3 bilhões ao fim de setembro, o nível mais baixo desde o quarto trimestre de 2008. A cifra é 45,2% menor que a registrada em junho — ao término do terceiro trimestre do ano passado, a dívida líquida era de US$ 10,7 bilhões.
Segundo a companhia, essa diminuição do endividamento se deve a dois fatores: a liberação de caixa bloqueado no valor de US$ 1,8 bilhões, e a forte geração de caixa no trimestre, que chegou a US$ 2,95 bilhões.
Com isso, a alavancagem da Vale, medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda nos últimos 12 meses caiu para 0,5 vez ao fim do trimestre — em junho, esse indicador estava em 0,9 vez.
Ação que triplicou na bolsa ainda tem mais para dar? Para o Itaú BBA, sim. Gatilho pode estar próximo
Alta de 200% no ano, sensibilidade aos juros e foco em rentabilidade colocam a Movida (MOVI3) no radar, como aposta agressiva para capturar o início do ciclo de cortes da Selic
Flávio Bolsonaro presidente? Saiba por que o mercado acendeu o sinal amarelo para essa possibilidade
Rodrigo Glatt, sócio-fundador da GTI, falou no podcast Touros e Ursos desta semana sobre os temores dos agentes financeiros com a fragmentação da oposição frente à reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva
‘Flávio Day’ e eleições são só ruído; o que determina o rumo do Ibovespa em 2026 é o cenário global, diz estrategista do Itaú
Tendência global de queda do dólar favorece emergentes, e Brasil ainda deve contar com o bônus da queda na taxa de juros
Susto com cenário eleitoral é prova cabal de que o Ibovespa está em “um claro bull market”, segundo o Santander
Segundo os analistas do banco, a recuperação de boa parte das perdas com a notícia sobre a possível candidatura do senador é sinal de que surpresas negativas não são o suficiente para afugentar investidores
Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI
Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno
Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais
O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50
Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa
As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores
Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema
Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem
BTG escala time de ações da América Latina para fechar o ano: esquema 4-3-3 tem Brasil, Peru e México
O banco fez algumas alterações em sua estratégia para empresas da América Latina, abrindo espaço para Chile e Argentina, mas com ações ainda “no banco”
A torneira dos dividendos vai secar em 2026? Especialistas projetam tendências na bolsa diante de tributação
2025 caminha para ser ano recorde em matéria de proventos; em 2026 setores arroz com feijão ganham destaque
As ações que devem ser as melhores pagadoras de dividendos de 2026, com retornos de até 15%
Bancos, seguradoras e elétricas lideram e uma empresa de shoppings será a grande revelação do próximo ano
Bancos sobem na bolsa com o fim das sanções contra Alexandre de Moraes — Banco do Brasil (BBAS3) é o destaque
Quando a sanção foi anunciada, em agosto deste ano, os papéis dos bancos desabaram devido as incertezas em relação à aplicação da punição
TRXF11 volta a encher o carrinho de compras e avança nos setores de saúde, educação e varejo; confira como fica o portfólio do FII agora
Com as três novas operações, o TRXF11 soma sete transações só em dezembro. Na véspera, o FII já tinha anunciado a aquisição de três galpões
BofA seleciona as 7 magníficas do Brasil — e grupo de ações não tem Petrobras (PETR4) nem Vale (VALE3)
O banco norte-americano escolheu empresas brasileiras de forte crescimento, escala, lucratividade e retornos acima da Selic
Ibovespa em 2026: BofA estima 180 mil pontos, com a possibilidade de chegar a 210 mil se as eleições ajudarem
Banco norte-americano espera a volta dos investidores locais para a bolsa brasileira, diante da flexibilização dos juros
JHSF (JHSF3) faz venda histórica, Iguatemi (IGTI3) vende shoppings ao XPML11, TRXF11 compra galpões; o que movimenta os FIIs hoje
Nesta quinta-feira (11), cinco fundos imobiliários diferentes agitam o mercado com operações de peso; confira os detalhes de cada uma delas
Concurso do IBGE 2025 tem 9,5 mil vagas com salários de até R$ 3.379; veja cargos e como se inscrever
Prazo de inscrição termina nesta quinta (11). Processo seletivo do IBGE terá cargos de agente e supervisor, com salários, benefícios e prova presencial
Heineken dá calote em fundo imobiliário, inadimplência pesa na receita, e cotas apanham na bolsa; confira os impactos para o cotista
A gestora do FII afirmou que já realizou diversas tratativas com a locatária para negociar os valores em aberto
Investidor estrangeiro minimiza riscos de manutenção do governo atual e cenários negativos estão mal precificados, diz Luis Stuhlberger
Na carta mensal do Fundo Verde, gestor afirmou que aumentou exposição às ações locais e está comprado em real
Após imbróglio, RBVA11 devolve agências à Caixa — e cotistas vão sair ganhando nessa
Com o distrato, o fundo reduziu ainda mais sua exposição ao setor financeiro, que agora representa menos de 24% do portfólio total
