Varejistas no topo e de olho em 2020: as principais indicações de ações para fechar bem o ano
Natal, Black Friday, 13º na conta e o saque do FGTS impulsionam as ações do setor de consumo, para a alegria das varejistas. Confira as indicações
Dezembro sempre chega acompanhado de algumas tradições. É hora de correr para comprar presentes para entes queridos e o amigo secreto da firma, montar a árvore de natal e planejar o ano novo. No meu caso ainda tenho uma celebração a mais na lista: também comemoro o meu aniversário.
Aqui no Seu Dinheiro já virou tradição de começo de mês trazer para você o Top 3 das ações recomendadas pelas corretoras e instituições financeiras.
Posso adiantar que o setor que mais se destacou nas minhas conversas tem tudo a ver com esse período festivo. Para o economista da Nova Futura, André Alírio, o setor de consumo está entre os que mais vão se beneficiar da gradual recuperação econômica, ainda em 2019.
“Nossas ações recomendadas priorizam segmentos vinculados ao consumo e que já estejam com boa performance, associados justamente a essa recuperação da economia”. Já deu para sentir um gostinho de quem se destacou no nosso pódio nessa arrancada final do ano, né?
Com a economia mais aquecida e representando as varejistas, com quatro indicações, o Grupo Pão de Açúcar (PCAR4) foi o campeão do mês, seguido de perto pelas ações da Via Varejo (VVAR3), indicada três vezes. O Banco do Brasil (BBAS3) fecha o top 3, também com três indicações.
Confira a lista completa de papéis recomendados, que conta com um total de 31 ações diferentes. Você pode conferir as ações indicadas no mês passado neste link.
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Negócios de família
A Via Varejo (VVAR3) faz a sua estreia entre as queridinhas do mês. Os papéis ordinários da companhia dona de marcas como Casas Bahia, Ponto Frio e Extra.com tem reconquistado o coração (e a carteira) dos investidores desde que a família Klein voltou ao controle, em junho deste ano.
E as expectativas para 2020 não poderiam ser melhores. Como já falamos, o cenário para o consumo se mostra cada vez mais positivo e a intensa reorganização operacional comandada por Michael Klein deve mostrar o seu impacto já no ano que vem.
A família Klein hoje detém cerca de 28% das ações da Via Varejo, que tem Michael como presidente do conselho de administração. Em 2019 os papéis da companhia apresentam uma valorização de 116,40%.
Os últimos anos foram bem complicados para a companhia. Tanto que as primeiras mudanças não demoraram a chegar após a retomada do controle pela família fundadora. O varejo físico e digital foram reintegrados e a empresa corre atrás do prejuízo tecnológico.
Klein usou como cartada para compor a sua gestão grandes executivos de empresas como Magazine Luiza, iFood e Mercado Livre e contratou a consultoria da gigante McKinsey para ajudar na transformação digital da Via Varejo, que deve ser o pilar de expansão para os próximos anos.
Provando que as coisas agora as coisas serão diferentes no digital, a companhia também lançou o banco digital banQi. Uma parceria com a Airfox, a plataforma é voltada para às classes C, D e E.
Mas nem tudo são flores e os últimos meses foram bem agitados para a companhia. Primeiro, a chegada da Amazon Prime no Brasil balançou as ações das varejistas (Via Varejo inclusa). Depois, uma denúncia anônima na empresa envolvendo possíveis irregularidades contábeis foi gatilho para a criação de um comitê de investigação. A notícia trouxe grande volatilidade aos papéis.
Por fim, houve a divulgação do balanço do terceiro trimestre. A dona das Casas Bahia anunciou um prejuízo líquido de R$ 383 milhões, mas por estar longe de ser uma surpresa, o resultado não afetou negativamente a empresa. As ações responderam bem já que o projeto de reestruturação comandado por Klein dá margem para otimismo.
A liberação do FGTS, Black Friday e o Natal impulsionam ainda mais as boas perspectivas para a companhia. “Esperamos números positivos para Via Varejo no final do ano. Para o ano que vem, com a expectativa da retomada do consumo, a companhia deve ser uma das principais empresas a capturar esse possível aumento no consumo do varejo”, conta o analista Luis Sales, da Guide Investimentos.
No último mês, a ação teve uma valorização de 25,50% e estava cotada a R$ 9,50 no fechamento do dia 03/12.
Mudanças à vista
Falando em Via Varejo, a sua ex-controladora, o Grupo Pão de Açúcar (PCAR4), também se beneficiou bastante da venda da fatia para a família Klein. Em um cenário amplamente positivo para a companhia, as ações preferências do GPA foram as favoritas dos analistas.
E essa venda foi justamente o ponto de virada para a companhia, que nos últimos três anos vinha tentando se desfazer da dona das Casas Bahia e sofria também com o noticiário negativo em torno de sua controladora, a varejista francesa Casino, sempre cercada de polêmicas.
Ao vender sua fatia para Klein, o GPA conseguiu um bem-vindo alívio no caixa e passou a focar sua atenção na comercialização de gêneros alimentícios, que proporcionam uma margem muito maior e menos cíclica que o segmento de eletrodomésticos. O dinheiro extra foi aplicado rapidamente e o GPA comprou a varejista colombiana Éxito, forte regionalmente no ramo alimentício.
A companhia está em ritmo acelerado e correndo atrás do tempo perdido. Depois de dois anos sem abrir lojas, planeja inaugurar de cinco a sete novas unidades e reformar outras 17 para implantar um novo modelo de varejo, apoiado no uso de tecnologia digital e produtos frescos.
Para Rafael Cardoso, do Daycoval investimentos, questões ligadas à reestruturação da companhia e o lento processo de retomada econômica brasileira não ajudaram o grupo a sustentar os preços dos papéis em R$ 100. Mas os próximos resultados devem vir mais fortes e impulsionar a alta. “Dados de atividade, consumo e renda mais sólidos tendem a favorecer a alta de preços embasada nos bons fundamentos do ativo”, comenta.
No terceiro trimestre, a empresa derrapou e apresentou números menores do que os esperados. O lucro líquido aos controladores consolidado subiu 29,9% e foi a R$ 128 milhões. A receita líquida teve uma alta de 2,9%, indo a R$ 6,578 bilhões, mas a expectativa do mercado era uma alta em torno dos 10%.
Após a venda da Via Varejo e a reestruturação, o próximo passo do Pão de Açúcar é converter suas ações para ordinárias (ON, com direito a voto) e adentrar o Novo Mercado na bolsa de valores.
A melhora na governança, inclusive, é outro ponto de destaque no mês. A assembleia que deve deliberar acerca da passagem para o Novo Mercado está marcada para o dia 30. Ilan Arbetman, analista da Ativa Investimentos, destaca a importância do momento e comenta: “Acreditamos que a precificação do papel se intensifique já ao longo do mês”.
Em sua primeira aparição em nosso ranking, em julho, a possibilidade da migração já mexia com as ações. No último mês, a ação apresentou uma queda de 5,60%, puxado pelos resultados mais fracos do que o esperado, e estava cotada a R$ 79,59 no fechamento do dia 03/12.
Vende-se?
As ações ordinárias do Banco do Brasil (BBAS3) não são nenhuma novidade nas listas das mais queridas do mercado.
Desde o começo do ano o ativo tem se mantido firme e constante entre as indicações. Grande parte pela guinada liberal que o governo Bolsonaro trouxe para o banco estatal. A defesa de uma extensa pauta de privatização faz os olhos dos investidores brilharem. E assim, em 2019, o ativo acumula uma alta de 9,09%.
Depois do presidente Rubem Novaes defender a privatização do banco, recentemente foi a vez do ministro da economia Paulo Guedes e sua equipe trazerem o tema novamente para a roda.
Segundo uma publicação do jornal O Globo, a equipe econômica comandada por Guedes estuda e tenta convencer o presidente Jair Bolsonaro da necessidade de privatização do Banco do Brasil. O mercado se animou com a notícia e as ações tiveram uma alta de 2,02%. Ontem, porém, o presidente Jair Bolsonaro descartou a venda do controle da instituição.
Com ou sem privatização, os mercados continuam comemorando os números relacionados aos desinvestimentos feitos pelo BB, como, por exemplo, a oferta de ações bilionária com a venda de papéis que pertenciam ao fundo de infraestrutura do FGTS e à tesouraria do banco.
Em sua carteira de recomendações para o mês de dezembro, a Necton destaca os números recentes do banco, que têm mostrado gradual ganho de rentabilidade nos últimos anos e um crescimento de 13,3% na margem financeira líquida.
O guidance (projeção) da companhia para o consolidado do ano também traz bons sinais de recuperação e mostra números cada vez mais próximo aos dos bancos privados. No terceiro trimestre, o banco estatal teve um lucro líquido de R$ 4,543 bilhões, uma alta de 33,5%.
Segundo a Necton, "em termos de múltiplos de negociação, o Banco do Brasil encontra-se descontado frente aos seus pares". No último mês, os papéis da companhia se valorizaram cerca de 2,78% e estavam cotados a R$ 48,39 no fechamento do dia 03/12.
E o que esperar de 2020?
Eu considero dezembro um mês de reflexão dos onze meses que passaram e uma preparação para o ano que logo chega. Por isso, quando fui conversar com os analistas e gestores para saber quais as ações favoritas para o mês, não pude deixar de pedir alguns spoilers sobre o que eles esperam para 2020.
No geral, economistas e analistas esperam um ano de destaque para a agenda econômica, principalmente no andamento de pautas como a reforma tributária e o pacto federativo. André Alírio, economista da Nova Futura, por exemplo, acredita que a bolsa tem um potencial de crescimento entre 20% a 30% no próximo ano.
Depois do ano de ‘teste’, a cobrança por resultados mais consistentes também será grande. “Esperamos ao longo do ano uma economia mais responsiva e que já comece a mostrar alguma evolução qualitativa”, diz Ilan Albertman, da Ativa.
O analista também acredita que o Banco Central continuará com os cortes de juros, iniciado em julho, mas, apenas uma vez, o que pode fazer a Selic chegar a 4,00%. Um corte adicional ainda é esperado em 2019.
Wagner Faccini Salaverry, da Quantitas, também vê ano positivo para o mercado brasileiro. No radar está um crescimento de vendas e resultados para as companhias negociadas, aumento de investidores na renda variável e a manutenção dos juros em patamares historicamente baixos
“Esperamos que a combinação desses fatores permita a valorização tanto pela correção dos lucros quanto pelo aumento dos múltiplos de negociação pagos pelos investidores”, diz Salaverry.
Rafael Cardoso, economista-chefe do Banco Daycoval, destaca alguns eventos importantes para o primeiro semestre do ano que vem, como o impulso da atividade econômica motivado pelo saque do FGTS. Para o analista, a inflação também deve terminar o ano pressionada, posição que deve se manter no início de 2020.
O ano eleitoral, com eleições municipais após o recesso de julho, deve esvaziar o Congresso na segunda parte do ano. Isso pode atrapalhar a aprovação do “Plano Mais Brasil”, apresentado pelo governo recentemente. "Acreditamos que a PEC Emergencial deverá ser aprovada no primeiro trimestre do ano, mas somos céticos quanto as demais medidas", completa Cardoso.
Lá fora, tanto Rafael Cardoso como Ilan Arbetman apostam no avanço de um acordo na guerra comercial, mas uma solução definitiva ainda deve demorar. “Esperamos que elas continuem se arrastando, dado que seu principal ponto envolve tecnologia, e as discussões ainda se encontram fora do eixo central e focada em questões muito incipientes”, afirma o analista da Ativa.
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