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Jasmine Olga
Jasmine Olga
É repórter do Seu Dinheiro. Formada em jornalismo pela Universidade de São Paulo (ECA-USP), já passou pelo Centro de Cidadania Fiscal (CCiF) e o setor de comunicação da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo
As queridinhas do mercado

Das commodities ao varejo: veja as ações mais recomendadas em julho

Alta recente do minério de ferro no exterior impulsiona os papéis de Vale e Usiminas, que se destacam entre as indicações das principais corretoras do mercado para o mês de julho

Jasmine Olga
Jasmine Olga
4 de julho de 2019
5:28 - atualizado às 15:59
Selo Ação do mês
Selo Ação do mês - Imagem: Montagem Andrei Morais / Shutterstock

Nem é preciso fazer muito esforço para lembrar: parece que foi ontem que estive reunida com alguns amigos em um apartamento na praia esperando a chegada de 2019. De lá pra cá, muita coisa já rolou. Já assistimos a posse de um novo presidente, pulamos carnaval e ando me esbaldando nas quermesses por aí, o que significa que estamos oficialmente na metade do ano.

Para os lados da Bolsa de Valores, os últimos seis meses foram de fortes emoções. Teve alta, queda, recorde, novas quedas e novos recordes. Desde janeiro, o principal índice da B3, o Ibovespa, já registra uma alta de mais de 15%, ultrapassando a barreira dos 100 mil pontos. Nesta semana inclusive o Vinícius Pinheiro trouxe um balanço das expectativas dos especialistas para a segunda metade do ano na B3. 

E tão certa quanto a passagem do tempo, é que o Seu Dinheiro irá atrás das principais corretoras para saber o que podemos esperar do novo mês que começa. Em julho, a Petrobras lidera o ranking de indicações, seguida das siderúrgicas Vale e Usiminas e do Grupo Pão de Açúcar (GPA), que movimentou o noticiário de negócios nos últimos meses. 

Além do Top 3 das corretoras, as ações da Embraer e da B3 também se destacam, empatadas com duas indicações cada. O setor de energia, destaque também no mês passado, marca presença mais uma vez. Confira a lista completa das queridinhas do mercado.

A Favorita

Já é tradição. Todos os meses quando me preparo para escrever sobre as principais indicações dos analistas, reservo um espaço para falar das últimas negociações envolvendo a Petrobras. As ações preferenciais da estatal (PETR4) continuam firme e forte no nosso ranking. 

Dentre os grandes atrativos dos papéis, não dá não lembrar do intenso trabalho da nova gestão em se desfazer de investimentos que não são mais considerados estratégicos para a empresa. Após o susto no fim do mês passado -  quando o Supremo Tribunal Federal questionou a forma como as vendas das subsidiárias vinham sendo feitas - a empresa pode seguir com o seu plano inicial, sem a necessidade de licitação. O próximo passo agora deve  ser a venda de participação da petroleira na BR Distribuidora (BRDT3). 

Vale destacar que recentemente a empresa sinalizou que busca novos rumos. O presidente da companhia, Roberto Castello Branco, comentou sobre o futuro e deu pistas do que pode acontecer. Além de expor o plano de se desfazer de 50% das refinarias, ele também reforçou a ideia de sair completamente do transporte e distribuição de gás natural. A medida veio após a aprovação da quebra do monopólio da companhia no setor.

Castello Branco também voltou a mencionar o interesse na venda da participação da Petrobras na Braskem, mesmo após a LyondellBasell desistir de comprar a fatia que pertence à Odebrecht. O presidente afirmou que a petroquímica é um investimento que não faz sentido e não há justificativas para se manter como sócia-investidora no negócio.

Para Pedro Galdi, analista da Mirae Asset, “o desempenho da empresa deve mostrar substancial melhora no médio prazo, considerando a continuidade do processo de vendas de ativos e a finalização da questão da cessão onerosa. Seguimos otimistas com a empresa e sua nova gestão”.

Os analistas da Necton possuem uma visão muito parecida sobre o futuro dos investimentos na estatal, mas além dos fatores políticos nacionais, a corretora também destaca em sua carteira para o mês de julho a escalada de tensão entre o Irã e os Estados Unidos, após a derrubada de um drone americano que entrou no espaço aéreo iraniano. O episódio deflagrou um rali no preço do petróleo, que já vem apresentando uma alta desde o último trimestre de 2018. 

Surfando na onda do minério

Mais mineradora do que siderúrgica, o ano não começou com boas notícias para a Vale. Após apresentar resultados fantásticos em 2018, o desastre de Brumadinho, que matou 246 pessoas e deixou 24 desaparecidas, teve forte impacto no funcionamento da companhia e no valor do minério de ferro pelo mundo. Mas a perspectiva para o futuro parece animar os analistas que conversei. Tanto a Vale (VALE3) como a Usiminas (USIM5) foram empresas do ramo siderúrgico que estão chamando a atenção. 

Além da paralisação de três minas na região do acidente, a Vale também possui outras 30 barragens paralisadas, o que levou a empresa a ter uma forte queda na produção de minério de ferro e pelotas. Refletindo sua importância no cenário internacional, a situação levou a uma mudança na relação de oferta e demanda no mercado transoceânico.  

Assim, o minério de ferro saiu de US$ 65/tonelada antes do acidente de Brumadinho para US$95/tonelada ao final do primeiro trimestre de 2019. Mesmo com a redução nas vendas físicas, a alta ajuda a mineradora a diminuir o impacto negativo nos resultados. Mas a Vale não é a única a sofrer com problemas na produção. A BHP, uma das maiores concorrentes da companhia, enfrenta uma queda em sua produção devido à fatores climáticos, contribuindo para a escalada do valor global da commodity.

Em seu primeiro balanço após o acidente, a Vale apresentou pela primeira vez em sua história um Ebitda (resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização) negativo. A conta de Brumadinho veio alta, mas Pedro Galdi, da Mirae, acredita que o pior do lado financeiro já passou. Isso porque o balanço já trouxe provisionado US$ 4,5 bilhões em despesas decorrente do desastre. Agora, a companhia aguarda o desenrolar legal do caso. 

Para o analista da Ativa Investimentos, Ilan Arbetman, os impactos negativos nos primeiros três meses de 2019 não apagam o forte crescimento que a empresa teve em 2018, principalmente no 4º trimestre. “Se não fosse o desastre de Brumadinho, a Vale estaria nadando de braçadas”, completa.  

O setor siderúrgico também sofre com a queda dos preços do aço no mercado internacional e a diminuição da demanda no mercado interno. Foi neste cenário que a Usiminas atuou durante todo o 1º trimestre de 2019. Mesmo com melhora, a demanda por aço no Brasil ainda reflete a crise do biênio 2015/2016. Pensando nisso, a empresa vem deixando um pouco de lado o seu core business e está investindo em seu braço de negócios que atua com minério de ferro, se aproveitando do bom momento.

Ilan Arbetman, da Ativa, ainda cita um segundo fator que junto com a alta da commodity ajuda a explicar o entusiasmo do mercado com as ações da Usiminas.  A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) irá realizar uma parada programada em um de seus fornos e deixará de produzir cerca de 500 mil toneladas durante o período. Para suprir a demanda e não deixar os seus clientes na mão, a CSN irá buscar no mercado nacional o material. Dona de uma fatia da Usiminas, os especialistas acreditam que a empresa terá preferência nos negócios.   

Novos rumos, Novo Mercado

No mês passado, as ações preferenciais do Grupo Pão de Açúcar (PCAR4) já tinham pintado entre as indicações. Mas dessa vez, a boa fase da companhia chama a atenção após um mês em que marcou presença no noticiário. 

Mesmo representando um negócio diversificado (com atuação no setor de drogarias, alimentos, postos de combustível, eletrônicos, dentre outros) e resultados positivos que refletiam um bom funcionamento operacional, os papéis da companhia não deslanchavam na B3. Para Ilan, da Ativa Investimentos, as ressalvas do mercado vinham não da performance da companhia e sim de questões externas, como o seu modelo de governança corporativa. 

A varejista francesa Casino, controladora do GPA no Brasil, é cercada de polêmicas envolvendo fraudes e problemas de relacionamento com sócios. No mês passado, a empresa havia anunciado que uma possível reestruturação em sua atuação na América Latina, o que fez as ações despencarem. “Naquele momento não enxergamos a notícia como negativa, mesmo porque considerava, entre outros pontos, a possibilidade de a ação PCAR4 ser transformada em ON e migrar para o Novo Mercado”, diz Mario Roberto Mariante, analista da Planner. 

O ponto de virada veio com a venda da Via Varejo, dona das Casas Bahia e Ponto Frio. Após quase 3 anos tentando, a Casino finalmente encontrou em Michel Klein um comprador. A empresa tinha interesse em se livrar da Via Varejo para realizar uma injeção no caixa e focar em gêneros alimentícios, setor com uma margem muito maior e menos cíclico que o de eletrodomésticos. 

Ainda na esteira das negociações envolvendo a Via Varejo, o mercado se surpreendeu com a rápida aplicação dos recursos e a nova política de investimentos da controladora. O GPA fechou a compra da varejista colombiana Éxito, que desempenha um forte papel local no ramo alimentício.

No dia do anúncio, as ações chegaram a disparar mais de 10%. Com a aquisição da Éxito, o GPA buscou alinhar bom desempenho organizacional a uma boa governança corporativa e o mercado finalmente teve uma confirmação sobre a migração da empresa para o Novo Mercado,  segmento reservado às empresas com os maiores níveis de governança corporativa. 

Para o analista Ilan Arbetman, a ação ainda tem muito campo para crescer. Segundo ele, a decisão rápida da Casino em realocar os recursos em um negócio no Brasil é um ponto positivo para os papéis do Grupo Pão de Açúcar e junto com outros fatores macroeconômicos, como a melhora nas condições no mercado nacional, a empresa tem um forte potencial de crescimento até o início do ano que vem. 

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