Via Varejo confirma fraude contábil, com impacto de até R$ 1,4 bilhão no resultado do 4º trimestre
Segundo o documento, houve manipulação da provisão trabalhista da companhia e diferimento indevido na baixa de ativos e contabilização de passivos
Depois de ter recebido denúncias anônimas sobre supostas irregularidades contábeis, a Via Varejo divulgou hoje (12) que encontrou fraude contábil, com impacto de até R$ 1,4 bilhão no resultado do quarto trimestre.
Segundo o documento, houve manipulação da provisão trabalhista da companhia e diferimento indevido na baixa de ativos e contabilização de passivos.
Em nota, a companhia acredita que os referidos ajustes gerarão um efeito caixa na Companhia no decorrer dos próximos três a quatro anos com impacto no patrimônio líquido da Companhia entre R$ 800 milhões e R$ 940 milhões.
Ela ainda acrescentou que, adicionalmente, dentre as oportunidades identificadas, foram apurados créditos fiscais da ordem de R$ 600 milhões referentes a PIS/COFINS e ICMS, cujo reconhecimento está atualmente em validação com os auditores independentes da Companhia.
A Via Varejo disse ainda que os "ajustes descritos acima não vão impactar de maneira adversa e relevante seu fluxo de caixa, sua condição financeira e operacional ou sua capacidade de honrar compromissos".
"A administração continuará priorizando o turnaround das operações da Companhia, em linha com o que vem sendo feito desde o final do 2º trimestre de 2019, buscando entregar resultados cada vez melhores e consistentes a seus investidores", destacou a companhia.
Leia Também
As ações da Via Varejo são um dos maiores destaques de alta do Ibovespa neste ano, com uma alta de mais de 150%. No pregão de hoje, as ações estava subindo 8,14%, mas sofreram uma reviravolta com a divulgação da fraude contábil. Com isso, os papéis terminaram o dia cotados em R$ 10,00, uma queda de 3,10%.

Números da companhia
A dona das Casas Bahia e Ponto Frio registrou prejuízo líquido de R$ 383 milhões no terceiro trimestre deste ano. Trata-se de uma perda quase quatro vezes maior que a de R$ 83 milhões do mesmo período de 2018.
Se tirarmos da conta efeitos que não vão se repetir em trimestres seguintes, o resultado melhora, mas ainda assim fica negativo em R$ 244 milhões.
Como ninguém esperava mesmo um balanço bonito, os investidores se debruçaram em encontrar algum sinal de avanço na ampla reestruturação implementada desde que Michael Klein reassumiu o comando da varejista.
Esses sinais certamente não vieram das receitas, que caíram 10,7% em relação ao mesmo período do ano passado, para R$ 5,7 bilhões. Nem das vendas “mesmas lojas” – de unidades abertas há mais de um ano –, que recuaram 2,2%. As vendas online da Via Varejo também decepcionaram no trimestre, com uma redução de 17,3%.
Ainda que as principais linhas do balanço não mostrem reação, a Via Varejo atuou para reforçar o caixa enquanto implementa sua reestruturação. A empresa encerrou setembro com R$ 2,8 bilhões, incluindo recebíveis de cartão de crédito que não foram descontados. Parte dessa melhora veio da liquidação de estoques.
Ao mostrar como os dados do trimestre se comportaram mês a mês, a Via Varejo também mostrou evolução. Em setembro, por exemplo, as vendas online avançaram 7,8%.
Ursos de 2025: Banco Master, Bolsonaro, Oi (OIBR3) e dólar… veja quem esteve em baixa neste ano na visão do Seu Dinheiro
Retrospectiva especial do podcast Touros e Ursos revela quem terminou 2025 em baixa no mercado, na política e nos investimentos; confira
Os recordes voltaram: ouro é negociado acima de US$ 4.450 e prata sobe a US$ 69 pela 1ª vez na história. O que mexe com os metais?
No acumulado do ano, a valorização do ouro se aproxima de 70%, enquanto a alta prata está em 128%
LCIs e LCAs com juros mensais, 11 ações para dividendos em 2026 e mais: as mais lidas do Seu Dinheiro
Renda pingando na conta, dividendos no radar e até metas para correr mais: veja os assuntos que dominaram a atenção dos leitores do Seu Dinheiro nesta semana
R$ 40 bilhões em dividendos, JCP e bonificação: mais de 20 empresas anunciaram pagamentos na semana; veja a lista
Com receio da nova tributação de dividendos, empresas aceleraram anúncios de proventos e colocaram mais de R$ 40 bilhões na mesa em poucos dias
Musk vira primeira pessoa na história a valer US$ 700 bilhões — e esse nem foi o único recorde de fortuna que ele bateu na semana
O patrimônio do presidente da Tesla atingiu os US$ 700 bilhões depois de uma decisão da Suprema Corte de Delaware reestabelecer um pacote de remuneração de US$ 56 bilhões ao executivo
Maiores quedas e altas do Ibovespa na semana: com cenário eleitoral e Copom ‘jogando contra’, índice caiu 1,4%; confira os destaques
Com Copom firme e incertezas políticas no horizonte, investidores reduziram risco e pressionaram o Ibovespa; Brava (BRAV3) é maior alta, enquanto Direcional (DIRR3) lidera perdas
Nem o ‘Pacman de FIIs’, nem o faminto TRXF11, o fundo imobiliário que mais cresceu em 2025 foi outro gigante do mercado; confira o ranking
Na pesquisa, que foi realizada com base em dados patrimoniais divulgados pelos FIIs, o fundo vencedor é um dos maiores nomes do segmento de papel
De olho na alavancagem, FIIs da TRX negociam venda de nove imóveis por R$ 672 milhões; confira os detalhes da operação
Segundo comunicado divulgado ao mercado, os ativos estão locados para grandes redes do varejo alimentar
“Candidatura de Tarcísio não é projeto enterrado”: Ibovespa sobe e dólar fecha estável em R$ 5,5237
Declaração do presidente nacional do PP, e um dos líderes do Centrão, senador Ciro Nogueira (PI), ajuda a impulsionar os ganhos da bolsa brasileira nesta quinta-feira (18)
‘Se eleição for à direita, é bolsa a 200 mil pontos para mais’, diz Felipe Miranda, CEO da Empiricus
CEO da Empiricus Research fala em podcast sobre suas perspectivas para a bolsa de valores e potenciais candidatos à presidência para eleições do próximo ano.
Onde estão as melhores oportunidades no mercado de FIIs em 2026? Gestores respondem
Segundo um levantamento do BTG Pactual com 41 gestoras de FIIs, a expectativa é que o próximo ano seja ainda melhor para o mercado imobiliário
Chuva de dividendos ainda não acabou: mais de R$ 50 bilhões ainda devem pingar na conta em 2025
Mesmo após uma enxurrada de proventos desde outubro, analistas veem espaço para novos anúncios e pagamentos relevantes na bolsa brasileira
Corrida contra o imposto: Guararapes (GUAR3) anuncia R$ 1,488 bilhão em dividendos e JCP com venda de Midway Mall
A companhia anunciou que os recursos para o pagamento vêm da venda de sua subsidiária Midway Shopping Center para a Capitânia Capital S.A por R$ 1,61 bilhão
Ação que triplicou na bolsa ainda tem mais para dar? Para o Itaú BBA, sim. Gatilho pode estar próximo
Alta de 200% no ano, sensibilidade aos juros e foco em rentabilidade colocam a Movida (MOVI3) no radar, como aposta agressiva para capturar o início do ciclo de cortes da Selic
Flávio Bolsonaro presidente? Saiba por que o mercado acendeu o sinal amarelo para essa possibilidade
Rodrigo Glatt, sócio-fundador da GTI, falou no podcast Touros e Ursos desta semana sobre os temores dos agentes financeiros com a fragmentação da oposição frente à reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva
‘Flávio Day’ e eleições são só ruído; o que determina o rumo do Ibovespa em 2026 é o cenário global, diz estrategista do Itaú
Tendência global de queda do dólar favorece emergentes, e Brasil ainda deve contar com o bônus da queda na taxa de juros
Susto com cenário eleitoral é prova cabal de que o Ibovespa está em “um claro bull market”, segundo o Santander
Segundo os analistas do banco, a recuperação de boa parte das perdas com a notícia sobre a possível candidatura do senador é sinal de que surpresas negativas não são o suficiente para afugentar investidores
Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI
Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno
Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais
O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50
Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa
As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores
