🔴 +30 RECOMENDAÇÕES DE ONDE INVESTIR EM DEZEMBRO – VEJA AQUI

Bruna Furlani

Bruna Furlani

Jornalista formada pela Universidade de Brasília (UnB). Fez curso de jornalismo econômico oferecido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Tem passagem pelas editorias de economia, política e negócios de veículos como O Estado de S.Paulo, SBT e Correio Braziliense.

Resultados da gigante de bebidas

Tempos desafiadores: Ambev desaponta com queda de 17,3% no lucro líquido ajustado do último trimestre

O motivo do valor mais baixo está atrelado ao fato de que o crescimento orgânico do Ebitda foi afetado, de forma negativa, por despesas financeiras mais altas

Bruna Furlani
Bruna Furlani
28 de fevereiro de 2019
7:30 - atualizado às 11:07
Ambev
Imagem: Tasso Marcelo/Estadão Conteúdo

Depois de decepcionar seus acionistas no 3º trimestre de 2018, a Ambev encerrou o quarto trimestre do ano passado com um lucro líquido ajustado de R$ 3,72 bilhões, o que representou uma queda de 17,3% em relação ao período anterior. Os valores são mais baixos do que os que estavam previstos nas estimativas dos analistas ouvidos pela Bloomberg.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O motivo do valor mais baixo está atrelado ao fato de que o crescimento orgânico do Ebitda foi afetado, de forma negativa, por despesas financeiras mais altas. Na previsão dos especialistas, a Ambev terminaria o último trimestre do ano com lucro líquido ajustado de R$ 4,13 bilhões. No fechamento anual, o lucro líquido anual também deu uma leve decepcionada ao finalizar em R$ 11,59 bilhões, o que representa uma queda de 5%.

Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), que mede a geração de caixa, superou as expectativas dos analistas e encerrou o quarto trimestre em R$ 7, 47 milhões, com um crescimento orgânico de 5,3% e margem bruta de 62,2% (-290 pontos-base). No acumulado do ano, o Ebitda terminou em R$ 21,09 milhões, o que representa uma valorização orgânica de 9,4%.

A receita líquida, por sua vez, terminou o ano em 16,01 bilhões, ante 15,02 bilhões, ou seja, um aumento orgânico de 5,3%. No acumulado do ano, a receita líquida fechou em R$ 50,23 bilhões, o que representa uma alta orgânica de 6,9%. Ambos resultados vieram de acordo e um pouco acima do esperado pelos analistas da Bloomberg, respectivamente.

O momento é particularmente desafiador para a gigante de bebidas. A chegada de concorrentes de peso no mercado brasileiro tem colocado o tradicional modelo de negócios da empresa em xeque. Não à toa que as ações da cervejeira caíram 30% ao longo de 2018, enquanto a bolsa subiu 15%.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Olha os custos aí gente

No quesito gastos, a companhia divulgou que o custo dos produtos vendidos (CPV) por hectolitro cresceu 19,1%, excluindo depreciação e amortização.

Leia Também

O motivo está atrelado a pressões inflacionárias na Argentina e preços mais elevados das commodities, além de uma base de comparação desfavorável no quarto trimestre do ano anterior, que foram particialmente compensados por um câmbio favorável no Brasil.

Já no acumulado do ano, o CPV por hectolitro aumentou 8,7%, se excluirmos depreciação e amortização.

Brasil

No caso brasileiro, a receita líquida do quarto trimestre teve um leve crescimento de 0,9%, suportada pelo aumento de 3,1% na receita líquida por hectolitro. No acumulado do ano, o volume de cerveja no Brasil caiu 3,1%.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Na justificativa, a Ambev alegou que o mercado consumidor do país foi mais desafiador do início do trimestre, mas que começaram a enxergar uma tendência de melhora sequencial em novembro e dezembro. O Ebitda apresentou ligeira redução de 0,6%, com uma contração de 50,4%, na margem de 80 pontos-base.

O desempenho foi afetado pelo preço das commodities, especialmente alumínio e cevada, mas que foram marginalmente compensados por um taxa de câmbio favorável e uma redução das despesas com vendas, gerais e administrativas (SG&A). No acumulado do ano, o volume de cerveja no Brasil caiu 3,1%.

Já no segmento de bebidas não alcoólicas no Brasil (NAB Brasil), a receita líquida diminuiu 9,1% no trimestre, com um aumento na receita líquida por hectolitro de 0,8% e uma diminuição no volume de 9,8%. No acumulado do ano, o volume diminuiu 8,7%.

Já o Ebitda do segmento diminuiu 44,9%, assim como esperado, devido à volatilidade no CPV por hectolitro de bebidas não alcoólicas entre os trimestres. O Ebitda acumulado do ano aumentou 5,1%. A margem EBITDA foi de 31,9% no trimestre enquanto para o acumulado do ano a margem foi de 37,1%.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Para o país, a expectativa da empresa é acelerar o segmento premium com marcas como Budweiser, Stella Artois e Corona, além de elevar o segmento mais "core" da empresa, com marcas como Skol e Brahma.

América do Sul

O cenário macroeconômico também foi desafiador com queda de 7,3% no volume impulsionado, principalmente pela Argentina, onde o volume de cerveja teve desvalorização de dois dígitos. Mesmo assim, a receita líquida orgânica cresceu 21,8% no trimestre.

Na avaliação da empresa, o cenário argentino permanece desafiador, com uma baixa confiança do consumidor ainda impactando o consumo.

No acumulado do ano, o volume caiu 0,8%, dado que a pressão no volume da Argentina no segundo semestre, foi parcialmente compensada por um
forte primeiro semestre.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Ainda que o volume tenha sido mais fraco no trimestre, a empresa disse que conseguiu manter a política de aumentos de preço devido à continuidade de iniciativas de gestão de receita. O EBITDA aumentou 38,9% com expansão de margem de 700 pontos-base para 51,4%, se beneficiando de uma taxa de câmbio favorável.

2019 em jogo

Para este ano, a empresa destacou que está entusiasmada com o segmento de bebidas não alcoólicas no Brasil (NAB Brasil) e que vai continuar a investir na expansão da sua linha premium com marcas como Lipton, Do Bem, Tônica e Gatorade, já que elas contribuem para um mix mais rentável.

Além disso, ela falou que pretende continuar com a promoção da principal marca da companhia que é a Guaraná Antarctica.

No relatório, a Ambev destacou que a perspectiva para 2019 é positiva por conta dos melhores fundamentos macroeconômicos e que estão confiantes de que tem o plano certo para acelerar a alta do Ebitda. Por outro lado, a preocupação para este ano permanece com o aumento significativo dos custos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

E 2018?

Já sobre o ano que passou, a Ambev disse que não estava satisfeita com os resultados, mas que estava comprometida em melhorar o desempenho por meio de uma estratégia clara de execução.

Na visão da empresa, "o ano de 2018 foi marcado por investimentos transformacionais em nosso portfólio de cervejas no Brasil, com inovações em novos líquidos e embalagens. Nossa mentalidade de donos exige um foco na criação de valor sustentável de longo prazo, mesmo que uma volatilidade temporária tenha pressionado nossos resultados no curto prazo".

O plano da companhia tem como base um portfólio que permite participar de todos os segmentos do mercado de cerveja brasileiro, alcançando um crescimento de top-line mais equilibrado entre volume e receita, aliando a sua capacidade de distribuição com as inovações no pipeline, investimentos comerciais e gente.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
SINAIS CONFUSOS

Ações de IA em alta, dólar em queda, ouro forte: o que esses movimentos revelam sobre o mercado dos EUA

9 de dezembro de 2025 - 9:32

Segundo especialistas consultados pelo Seu Dinheiro, é preciso separar os investimentos em equities de outros ativos; entenda o que acontece no maior mercado do mundo

NOVOS HORIZONTES

TRX Real Estate (TRXF11) abocanha novos imóveis e avança para o setor de educação; confira os detalhes das operações

8 de dezembro de 2025 - 10:17

O FII fez sua primeira compra no segmento de educação ao adquirir uma unidade da Escola Eleva, na Barra da Tijuca (RJ)

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

O estouro da bolsa brasileira: gestor rebate tese de bolha na IA e vê tecnologia abrindo janela de oportunidade para o Brasil

8 de dezembro de 2025 - 6:31

Em entrevista exclusiva ao Seu Dinheiro, Daniel Popovic, gestor da Franklin Templeton, rebate os temores de bolha nas empresas de inteligência artificial e defende que a nova tecnologia se traduzirá em crescimento de resultados para as empresas e produtividade para as economias

PEQUENA E PODEROSA

Aura (AURA33): small cap que pode saltar 50% está no pódio das ações para investir em dezembro segundo 9 analistas

7 de dezembro de 2025 - 14:06

Aura Minerals (AURA33) pode quase dobrar a produção; oferece exposição ao ouro; paga dividendos trimestrais consistentes e negocia com forte desconto.

ILEGAIS

CVM suspende 6 empresas internacionais por irregularidades na oferta de investimentos a brasileiros; veja quais são

6 de dezembro de 2025 - 12:39

Os sites, todos em português, se apresentam como plataformas de negociação em mercados globais, com ativos como moedas estrangeiras, commodities, metais, índices, ETFs, ações, criptoativos e outros

QUANTO MAIOR A ALTA...

Bolsa perdeu R$ 183 bilhões em um único dia; Itaú Unibanco (ITUB4) teve maiores perdas

6 de dezembro de 2025 - 11:23

Essa é a maior queda desde 22 de fevereiro de 2021, ainda período da pandemia, e veio depois que Flávio Bolsonaro foi confirmado como candidato à presidência pelo PL

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Do céu ao inferno: Ibovespa tem a maior queda desde 2021; dólar e juros disparam sob “efeito Flávio Bolsonaro”

5 de dezembro de 2025 - 16:44

Até então, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, era cotado como o mais provável candidato da direita, na avaliação do mercado, embora ele ainda não tivesse anunciado a intenção de concorrer à presidência

CARTEIRA RECHEADA

Pequenas e poderosas: Itaú BBA escolhe as ações small cap com potencial de saltar até 50% para carteira de dezembro

5 de dezembro de 2025 - 10:07

A Plano & Plano (PLP3) tem espaço para subir até 50,6%; já a Tenda (TEND3) pode ter valorização de 45,7%

MERCADOS

Ibovespa sobe 1,65% e rompe os 164 mil pontos em forte sequência de recordes. Até onde o principal índice da bolsa pode chegar? 

4 de dezembro de 2025 - 19:00

A política monetária, com o início do ciclo de cortes da Selic, é um dos gatilhos para o Ibovespa manter o sprint em 2026, mas não é o único; calculamos até onde o índice pode chegar e explicamos o que o trouxe até aqui

ALÉM DAS NUVENS

Ibovespa vai dar um salto de 18% e atingir os 190 mil pontos com eleições e cortes na Selic, segundo o JP Morgan 

4 de dezembro de 2025 - 17:35

Os estrategistas reconhecem que o Brasil é um dos poucos mercados emergentes com um nível descontado em relação à média histórica e com o múltiplo de preço sobre lucro muito mais baixo do que os pares emergentes

BOLSOS CHEIOS

Empresas listadas já anunciaram R$ 68 bilhões em dividendos do quarto trimestre — e há muito mais por vir; BTG aposta em 8 nomes

4 de dezembro de 2025 - 12:15

Levantamento do banco mostra que 23 empresas já anunciaram valor ordinários e extraordinários antes da nova tributação

MEXENDO NA CARTEIRA

Pátria Malls (PMLL11) vai às compras, mas abre mão de parte de um shopping; entenda o impacto no bolso do cotista

4 de dezembro de 2025 - 10:24

Somando as duas transações, o fundo imobiliário deverá ficar com R$ 40,335 milhões em caixa

FII DO MÊS

BTLG11 é destronado, e outros sete FIIs disputam a liderança; confira o ranking dos fundos imobiliários favoritos para dezembro

4 de dezembro de 2025 - 6:02

Os oito bancos e corretoras consultados pelo Seu Dinheiro indicaram três fundos de papel, dois fundos imobiliários multiestratégia e dois FIIs de tijolo

FECHAMENTO DOS MERCADOS

A bolsa não vai parar: Ibovespa sobe 0,41% e renova recorde pelo 2º dia seguido; dólar cai a R$ 5,3133

3 de dezembro de 2025 - 19:05

Vale e Braskem brilham, enquanto em Nova York, a Microsoft e a Nvidia tropeçam e terminam a sessão com perdas

TOUROS E URSOS #250

Vai ter chuva de dividendos neste fim de ano? O que esperar das vacas leiteiras da bolsa diante da tributação dos proventos em 2026

3 de dezembro de 2025 - 18:33

Como o novo imposto deve impactar a distribuição de dividendos pelas empresas? O analista da Empiricus, Ruy Hungria, responde no episódio desta semana do Touros e Ursos

AÇÃO DO MÊS

Previsão de chuva de proventos: ação favorita para dezembro tem dividendos extraordinários no radar; confira o ranking completo

3 de dezembro de 2025 - 6:04

Na avaliação do Santander, que indicou o papel, a companhia será beneficiada pelas necessidades de capacidade energética do país

UMA AÇÃO PARA CARREGAR?

Por que o BTG acha que RD Saúde (RADL3) é uma das maiores histórias de sucesso do varejo brasileiro em 20 anos — e o que esperar para 2026

2 de dezembro de 2025 - 19:20

Para os analistas, a RADL3 é o “compounder perfeito”; entenda como expansão, tecnologia e medicamentos GLP-1 devem fortalecer a empresa nos próximos anos

PERSPECTIVAS 2026

A virada dos fundos de ações e multimercados vem aí: Fitch projeta retomada do apetite por renda variável no próximo ano

2 de dezembro de 2025 - 12:46

Após anos de volatilidade e resgates, a agência de risco projeta retomada gradual, impulsionada por juros mais favorável e ajustes regulatórios

CARTEIRA RECOMENDADA

As 10 melhores small caps para investir ainda em 2025, segundo o BTG

1 de dezembro de 2025 - 18:03

Enquanto o Ibovespa disparou 32% no ano até novembro, o índice Small Caps (SMLL) saltou 35,5% no mesmo período

AÇÕES NO TOPO

XP vê bolsa ir mais longe em 2026 e projeta Ibovespa aos 185 mil pontos — e cinco ações são escolhidas para navegar essa onda

1 de dezembro de 2025 - 15:00

Em meio à expectativa de queda da Selic e revisão de múltiplos das empresas, a corretora espera aumento do fluxo de investidores estrangeiros e locais

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar