3 passos para começar na análise técnica e identificar a hora de comprar ações (ou laranja na feira)
Saiba como identificar padrões de comportamento dos investidores, refletidos no gráfico, e tentar tirar uma lasca do mercado
Você precisa comprar umas frutas e decide visitar a feira do seu bairro. Como de costume, o ambiente não é nada calmo: há muito barulho e vendedores aos berros disputando a sua atenção.
“Uma dúzia de laranjas por R$ 6”, grita o Sr. João, da banca 1.
“Aqui é mais barato: uma dúzia de laranjas por R$ 5!”, esbraveja o Carlão, da banca 2.
“Olha a promoçãaaao! Uma dúzia de laranjas por apenas 4 ‘conto’”, berra José Maria, o mais experiente dos feirantes.
Que padrão de comportamento podemos notar nessa história?
Você consegue perceber que há pessoas dispostas a vender alguma coisa a preços cada vez mais baixos?
Quando você nota que isso está acontecendo, pode simplesmente aguardar os vendedores abaixarem os preços até te parecerem convidativos.
Leia Também
Porém, no meio da gritaria dos vendedores desesperados para te vender a dúzia de laranja deles, faltando apenas R$ 0,50 para chegar naquele preço camarada que você queria pagar, eles passam a subir o preço.
E agora? Compro para garantir ou espero voltar a cair?
Dona Ana, frequentadora assídua dessa mesma feira de rua, sabe que os vendedores fazem isso há anos. Estipulam um preço mínimo da dúzia de laranja e ficam brigando entre si, até atingir esse patamar. Depois, voltam a subir os preços.
Ela sabe qual é a melhor hora para comprar as laranjas para fazer suco para o seu neto, que vai à sua casa todas as tardes, logo após a escola.
E é nisso que a análise técnica está baseada: independentemente dos motivos que fazem com que os preços dos ativos se movam (as causas), como tirar proveito disso? Como identificar padrões de comportamento dos investidores, refletidos no gráfico, e tentar tirar uma lasca do mercado?
Para ajudar você, resolvi listar três passos para um iniciante em análise técnica começar essa jornada.
Primeiro passo: definir o prazo (tempo gráfico)
Os gráficos representam a variação do preço no tempo. A questão aqui é escolher de quanto em quanto tempo você pretende operar.
Os tempos gráficos mais conhecidos são: semanal, diário, de 60 minutos e de 15 minutos.
Para entender a importância de optar pelo prazo operacional adequado, pense em um investidor do mercado imobiliário que compra imóveis em construção para vendê-los depois de prontos, um processo que demora meses ou anos. Se ele quiser obter lucros mais rápido para pagar suas contas no final do mês, por exemplo, precisará mudar de estratégia ou correrá o risco de não ter capital disponível para tanto.
Imagine ficar 24 meses sem pagar a fatura do cartão de crédito... Sem chance!
Um investidor profissional que faz operações com duração de minutos ou até mesmo de segundos deve se basear em gráficos de tempo menor para tomar decisões, não em gráficos diários ou semanais (embora eles lhe possam ser úteis).
Para quem tem atividade profissional que não permite um acompanhamento tão de perto, o gráfico semanal é uma ótima sugestão. Nele, são gerados poucos sinais e bem mais confiáveis!
Assim, é possível acordar em um domingão, tomar o seu café com calma e acompanhar os gráficos com o mercado fechado. Sem pressa de tomar qualquer decisão. Fantástico!
Há quem diga que, quanto mais você acompanha o mercado, mais erra. Isso por ficar mudando de opinião a todo momento nas suas operações, influenciado pelas pequenas variações de preços das ações.
Igual a quem confere a previsão do tempo 15 vezes antes de sair de casa, para saber se leva o guarda-chuva ou não. Não valeria a pena olhar uma vez só e se decidir?
Segundo passo: identificar a tendência dos preços
Definido o tempo gráfico que você quer analisar, é indispensável saber reconhecer a direção dos preços. Em outras palavras, saber para onde o mercado está indo.
Apesar de existirem diversas ferramentas, técnicas e indicadores, a teoria da análise técnica clássica talvez seja o caminho mais simples para isso.
Ela estabelece que existem quatro tipos de tendência:
Alta: topos e fundos (ziguezague) cada vez mais altos. Exemplo: Um preço que sobe 1 real, depois recua 0,50 centavos, depois sobe mais 1 real e novamente recua 0,50 centavos.
Baixa: topos e fundos cada vez mais baixos. Seria o comportamento oposto do exemplo do item a). Uma repetição de quedas de 1 real, sucedidas por altas de 0,50 centavos.
Lateral: topos e fundos no mesmo nível. Exemplo: o preço da laranja oscila sempre entre R$ 4 e R$ 6 a dúzia.
Indefinida: qualquer situação não identificada nas outras tendências. Exemplo: um gráfico em que existem fundos mais altos e topos mais baixos.
Podemos comparar a estrutura de um gráfico à de uma cadeia montanhosa. Os topos são como cumes de uma montanha: você enxerga o ponto mais alto de longe . A partir dele, o mercado para de subir e começa a cair, marcando um topo. Os fundos são como a base da montanha, a partir de onde o mercado para de cair e começa a subir, deixando um ponto isolado no tempo.

Terceiro passo: encontrar um ponto de entrada
Você já escolheu o prazo operacional e aprendeu a identificar a tendência. Agora, tem que saber a hora de agir!
Não adianta querer entrar no ônibus com ele andando a 100 quilômetros por hora, não é mesmo? O risco de você cair é muito grande. A melhor coisa a fazer é aguardar a próxima parada.
A mesma coisa acontece no mercado: só porque uma ação está subindo, você deve comprá-la? Não seria melhor aguardar um ponto mais seguro?
Novamente, existem diversas técnicas para sugerir esses tais pontos, mas eu gostaria de destacar uma específica: a compra em região de suporte, dentro de uma tendência de alta.
“Uai!”, diria o bom mineiro...
Se uma tendência é formada por um ziguezague de alta e a ação está recuando, temos boas chances de o próximo movimento ser de alta.
É certeza que vai subir?
Claro que não! O universo da renda variável é cheio de imprevistos, e essa análise é bem simples, dentro de um universo complexo e caótico chamado mercado de ações.
Por fim, sugiro que você abra um gráfico semanal de uma ação, utilizando qualquer plataforma. Uma boa opção é a plataforma gratuita da TradingView.
Depois, alterne entre os tempos gráficos (do semanal para o diário e, então, do diário para o de 60 minutos) e procure por possíveis pontos passados (topos e fundos), tomando como base a explicação deste artigo. Alguns pontos são mais fáceis de visualizar pelo gráfico de candles (velas) e outros, pelo gráfico de linha.
Siga os três passos e faça como a Dona Ana, que treinou os ouvidos e descobriu a traquinagem dos vendedores de laranja! Treine os olhos e aprenda a visualizar os padrões de comportamento do mercado. Assim, você saberá qual é a melhor hora de comprar para fazer operações vencedoras e lucrar com os ativos.
Com novo inquilino no pedaço, fundo imobiliário RBVA11 promete mais renda e menos vacância aos cotistas
O fundo imobiliário RBVA11, da Rio Bravo, fechou contrato de locação com a Fan Foods para um restaurante temático na Avenida Paulista, em São Paulo, reduzindo a vacância e ampliando a diversificação do portfólio
Fiagro multiestratégia e FoFs de infraestrutura: as inovações no horizonte dos dois setores segundo a Suno Asset e a Sparta
Gestores ainda fazem um alerta para um erro comum dos investidores de fundos imobiliários que queiram alocar recursos em Fiagros e FI-Infras
FIIs atrelados ao CDI: de patinho feio à estrela da noite — mas fundos de papel ainda não decolam, segundo gestor da Fator
Em geral, o ciclo de alta dos juros tende a impulsionar os fundos imobiliários de papel. Mas o voo não aconteceu, e isso tem tudo a ver com os últimos eventos de crédito do mercado
JP Morgan rebaixa Fleury (FLRY3) de compra para venda por desinteresse da Rede D’Or, e ações têm maior queda do Ibovespa
Corte de recomendação leva os papéis da rede de laboratórios a amargar uma das maiores quedas do Ibovespa nesta quarta (22)
“Não é voo de galinha”: FIIs de shoppings brilham, e ainda há espaço para mais ganhos, segundo gestor da Vinci Partners
Rafael Teixeira, gestor da Vinci Partners, avalia que o crescimento do setor é sólido, mas os spreads estão maiores do que deveriam
Ouro cai mais de 5% com correção de preço e tem maior tombo em 12 anos — Citi zera posição no metal precioso
É a pior queda diária desde 2013, em um movimento influenciado pelo dólar mais forte e perspectiva de inflação menor nos EUA
Por que o mercado ficou tão feliz com a prévia da Vamos (VAMO3) — ação chegou a subir 10%
Após divulgar resultados operacionais fortes e reforçar o guidance para 2025, os papéis disparam na B3 com investidores embalados pelo ritmo de crescimento da locadora de caminhões e máquinas
Brava Energia (BRAV3) enxuga diretoria em meio a reestruturação interna e ações têm a maior queda do Ibovespa
Companhia simplifica estrutura, une áreas estratégicas e passa por mudanças no alto escalão enquanto lida com interdição da ANP
Inspirada pela corrida pelo ouro, B3 lança Índice Futuro de Ouro (IFGOLD B3), 12° novo indicador do ano
Novo indicador reflete a crescente demanda pelo ouro, com cálculos diários baseados no valor de fechamento do contrato futuro negociado na B3
FII RCRB11 zera vacância do portfólio — e cotistas vão sair ganhando com isso
O contrato foi feito no modelo plug-and-play, em que o imóvel é entregue pronto para uso imediato
Recorde de vendas e retorno ao Minha Casa Minha Vida: é hora de comprar Eztec (EZTC3)? Os destaques da prévia do 3T25
BTG destaca solidez nos números e vê potencial de valorização nas ações, negociadas a 0,7 vez o valor patrimonial, após a Eztec registrar o maior volume de vendas brutas da sua história e retomar lançamentos voltados ao Minha Casa Minha Vida
Usiminas (USIM5) lidera os ganhos do Ibovespa e GPA (PCAR3) é a ação com pior desempenho; veja as maiores altas e quedas da semana
Bolsa se recuperou e retornou aos 143 mil pontos com melhora da expectativa para negociações entre Brasil e EUA
Como o IFIX sobe 15% no ano e captações de fundos imobiliários continuam fortes mesmo com os juros altos
Captações totalizam R$ 31,5 bilhões até o fim de setembro, 71% do valor captado em 2024 e mais do que em 2023 inteiro; gestores usam estratégias para ampliar portfólio de fundos
De operário a milionário: Vencedor da Copa BTG Trader operava “virado”
Agora milionário, trader operava sem dormir, após chegar do turno da madrugada em seu trabalho em uma fábrica
Apesar de queda com alívio nas tensões entre EUA e China, ouro tem maior sequência de ganhos semanais desde 2008
O ouro, considerado um dos ativos mais seguros do mundo, acumulou valorização de 5,32% na semana, com maior sequência de ganhos semanais desde setembro de 2008.
Roberto Sallouti, CEO do BTG, gosta do fundamento, mas não ignora análise técnica: “o mercado te deixa humilde”
No evento Copa BTG Trader, o CEO do BTG Pactual relembrou o início da carreira como operador, defendeu a combinação entre fundamentos e análise técnica e alertou para um período prolongado de volatilidade nos mercados
Há razão para pânico com os bancos nos EUA? Saiba se o país está diante de uma crise de crédito e o que fazer com o seu dinheiro
Mesmo com alertas de bancos regionais dos EUA sobre o aumento do risco de inadimplência de suas carteiras de crédito, o risco não parece ser sistêmico, apontam especialistas
Citi vê mais instabilidade nos mercados com eleições de 2026 e tarifas e reduz risco em carteira de ações brasileiras
Futuro do Brasil está mais incerto e analistas do Citi decidiram reduzir o risco em sua carteira recomendada de ações MVP para o Brasil
Kafka em Wall Street: Por que você deveria se preocupar com uma potencial crise nos bancos dos EUA
O temor de uma infestação no setor financeiro e no mercado de crédito norte-americano faz pressão sobre as bolsas hoje
B3 se prepara para entrada de pequenas e médias empresas na Bolsa em 2026 — via ações ou renda fixa
Regime Fácil prevê simplificação de processos e diminuição de custos para que companhias de menor porte abram capital e melhorem governança