Ibovespa bate novo recorde e fecha acima dos 104 mil pontos; alta foi de 3,09% na semana
Ainda embalada pelo avanço da reforma da Previdência no Congresso, bolsa fecha em alta, na contramão do exterior; dólar, no entanto, também subiu, com expectativa de queda de juros menor nos EUA

O Ibovespa bateu um novo recorde de fechamento nesta sexta-feira (05), contrariando os mercados internacionais. O índice terminou o pregão com alta de 0,44%, aos 104.089 pontos, depois de ter chegado aos 104.175 pontos na máxima do dia, novo recorde intradia. Com isso, o índice termina a primeira semana de junho com valorização de nada menos de 3,09%.
Pela manhã, parecia até que a massa polar que chegou a São Paulo havia esfriado o clima na bolsa. O Ibovespa começou o dia em queda, com a realização de lucros depois do forte ganho de ontem e as quedas nas bolsas internacionais.
Mas o sinal virou na parte da tarde. Apesar da falta de novidades no noticiário local e da persistência do clima negativo lá fora, os investidores continuaram surfando a onda de animação com a aprovação da reforma da Previdência na Comissão Especial na tarde de ontem.
A afirmação do presidente da Câmara Rodrigo Maia há pouco, de que começaria a trabalhar amanhã para aprovar a reforma no Plenário da Câmara na semana que vem, animou os mercados.
Segundo Maia, para não haver risco de derrota, é preciso haver ao menos entre 495 e 500 deputados na votação. A reforma precisa ser aprovada por 308 deles. O presidente da Câmara disse ainda que o abrandamento da regra de aposentadoria para policiais da União é a que tem mais chance de causar polêmica na votação e também desidratação da proposta.
Dólar se fortaleceu com dados fortes de emprego nos EUA
O dólar teve uma valorização global nesta sexta, em reação aos dados do mercado de trabalho americano (payroll) de junho, que mostraram a geração de mais vagas de emprego do que o esperado. O dólar à vista fechou em alta de 0,49%, a R$ 3,8181, mas acumula queda na semana de 0,58%.
Leia Também
O payroll indicou a criação de 224 mil empregos em junho. O resultado veio bem acima da mediana da previsão de analistas consultados pelo Projeções Broadcast, de geração de 160 mil vagas, o que deu ao mercado a percepção de que a economia americana segue forte e pode não precisar de tantos estímulos.
Com isso, o mercado espera um fluxo menor de recursos para países emergentes e reduziu as apostas num corte de juros de 0,5 ponto percentual pelo Fed, o banco central americano. As apostas num corte mais brando, de 0,25 ponto percentual já na próxima reunião, aumentaram. Também reapareceram as expectativas de uma possível manutenção dos juros.
O payroll, no entanto, também trouxe alguns dados ruins, como a alta da taxa de desemprego de 3,6% para 3,7% em junho (contrariando a previsão de manutenção da taxa), a revisão para baixo dos resultados anteriores e a desaceleração, pelo sexto mês seguido, do salário médio por hora.
Os juros futuros de longo prazo acompanharam o avanço mundial do dólar e fecharam em alta. O DI para janeiro de 2023 ficou estável em 6,48%, enquanto o DI para janeiro de 2025 subiu de 6,98% para 7,03%.
Já os juros curtos fecharam em queda, em meio ao aumento nas apostas de queda da Selic a partir de julho. O DI com vencimento em janeiro de 2020 caiu de 5,871% para 5,835%, enquanto o DI com vencimento em janeiro de 2021 recuou de 5,718% para 5,670%.
Ainda em reação ao payroll, as bolsas americanas fecharam em baixa, com a redução da perspectiva de cortes mais fortes nos juros, enquanto as taxas dos títulos do Tesouro americano subiram. O Dow Jones terminou o dia em queda de 0,15%, aos 26.924 pontos; o S&P500 caiu 0,18%, aos 2.990 pontos; e o Nasdaq recuou 0,10%, aos 8.161 pontos.
As bolsas europeias fecharam em queda, em virtude de dados industriais negativos na Alemanha, que vieram abaixo do esperado pelos analistas consultados pelo "The Wall Street Journal", e também das expectativas de cortes menores nos juros americanos.
Decolando
As ações da Gol (GOLL4) tiveram a maior alta do Ibovespa nesta sexta, apesar da alta do dólar, que tende a prejudicar as companhias aéreas. Os papéis valorizaram 6,23% no pregão de hoje, acumulando alta de 24% na semana. As ações da Azul (AZUL4) tiveram a terceira maior alta, fechando com ganho de 3,64%.
Ambas as companhias divulgaram dados operacionais positivos e se beneficiam da redução da oferta total no setor aéreo por parte da Avianca.
Na última quarta-feira (3), um relatório publicado pelo Goldman Sachs apontou que a Gol tende a ser a maior beneficiada com o encerramento das operações da Avianca Brasil e, com isso, elevou a recomendação para os papéis da empresa para compra.
Outra que também está entre as maiores altas é a JBS (JBSS3), que ganhou 3,45% nesta sexta. Segundo analistas, a companhia é uma das mais bem posicionadas para se beneficiar da venda de carne suína para a China, que sofre com a peste suína africana.
De olho no minério de ferro
As maiores perdas do dia estiveram do lado das mineradoras. Os papéis da Bradespar (BRAP4) - importante acionista da Vale - e da própria Vale (VALE3) registraram as maiores baixas do Ibovespa, com desvalorização de 2,74% e 2,54%, respectivamente. As ações da CSN (CSNA3) também estiveram entre as maiores perdas, com queda de 1,30%.
A razão é que o maior grupo siderúrgico da China foi até o governo local para pedir que ele controlasse o preço do minério de ferro depois de os custos alcançarem o maior nível em cinco anos por conta de uma redução na oferta, segundo informações da Bloomberg.
De acordo com o serviço de notícias, a China Iron and Steel Association (CISA, na sigla em inglês) está "relatando problemas na indústria para os ministérios do governo e reguladores, pedindo uma investigação e supervisão mais rigorosa para manter a ordem normal do mercado de minério de ferro", conforme disse o vice-presidente da associação, Qu Xiuli.
O preço do minério de ferro negociado no porto de Qingdao, na China recuou 5,92% nesta sexta-feira, cotado a US$ 114,81 a tonelada.
*Com Estadão Conteúdo
O Brasil precisa seguir as ‘recomendações médicas’: o diagnóstico da Moody’s e o que esperar dos mercados hoje
Tarifas de Trump seguem no radar internacional; no cenário local, mercado aguarda negociações de Haddad com líderes do Congresso sobre alternativas ao IOF
Tony Volpon: O “Taco Trade” salva o mercado
A percepção, de que a reação de Trump a qualquer mexida no mercado o leva a recuar, é uma das principais razões pelas quais estamos basicamente no zero a zero no S&P 500 neste ano, com uma pequena alta no Nasdaq
TIM (TIMS3) anuncia grupamento de ações para aumentar a liquidez do papel; confira os detalhes da operação
A partir desta terça-feira (3), acionistas terão 30 dias para ajustar suas posições para evitar a formação de frações ao fim do processo
Por que o mercado erra ao apostar que Trump vai “amarelar”, segundo a Gavekal
Economista-chefe da consultoria avalia se o excepcionalismo norte-americano chegou ao fim e dá um conselho para os investidores neste momento
Após o rali de quase 50% no ano, ação do Bradesco (BBDC4) ainda tem espaço para subir? UBS BB acredita que sim
Banco mantém recomendação de compra para BBDC4 e eleva preço-alvo para R$ 21. Saiba o que sustenta a visão otimista
De “venda” à compra: Ecorodovias (ECOR3) recebe duplo upgrade de recomendação pelo BofA. O que está por trás do otimismo?
Com a mudança, os papéis ECOR3 saem de uma recomendação underperform (equivalente à venda) e aceleram para classificação de compra
Nem só de aço vive a B3: Gerdau brilha, mas alta do petróleo puxa ações de petroleiras no Ibovespa
O petróleo ganhou força no exterior nesta manhã depois que a Opep+ manteve os aumentos de produção em julho no mesmo nível dos dois meses anteriores
Trump pode ter dado o empurrão que faltava para Gerdau (GGBR4) saltar na B3 — e mercado ainda não percebeu o potencial, diz BTG
Para os analistas, a ação da siderúrgica está barata e pode encontrar justamente nesse movimento de Trump e no balanço do 2T25 o “gatilho necessário” para valorizar na B3
O copo meio… cheio: a visão da Bradesco Asset para a bolsa brasileira e o que esperar dos mercados hoje
Com feriado na China e fala de Powell nos EUA, mercados reagem a tarifas de Trump (de novo!) e ofensiva russa contra Ucrânia
Bradesco Asset aposta em 5 ações para investir na bolsa brasileira no segundo semestre — e uma delas já subiu 35% em 2025
Em entrevista ao Seu Dinheiro, Rodrigo Santoro revelou as maiores posições da carteira de ações da gestora, que atualmente administra mais de R$ 940 bilhões em ativos
Com ‘mundaréu’ de dinheiro gringo chegando à bolsa brasileira, Ibovespa aos 140 mil é só o começo, afirma gestor da Bradesco Asset
Na avaliação de Rodrigo Santoro Geraldes, head de equities na gestora, o cenário virou completamente para a bolsa brasileira — e nem mesmo a falta de corte de juros deve atrapalhar a valorização das ações locais em 2025
Nem o ‘trade de eleições’ do Banco do Brasil (BBAS3) anima a XP: analistas rebaixam ação e cortam preço-alvo
Com resultado fraco no 1º trimestre e alerta para inadimplência no agro, XP entra no modo cautela quanto às ações do BB (BBAS3)
Ação defensiva, com motor de crescimento ligado e boa rentabilidade: Frasle (FRAS3) ganha novo selo de aprovação do Santander
Para analistas, empresa combina defesa em tempos difíceis com projeções robustas de lucro e expansão internacional
IRB (IRBR3) transforma risco de desastres em investimento e estreia no mercado de LRS com emissão de R$ 33,7 milhões
Segundo o CEO do IRB, a operação abre ao investidor brasileiro um leque de novas opções de riscos para a carteira de investimentos; entenda a operação
Quem será a ‘próxima Magazine Luiza (MGLU3)’? CEO da Empiricus aponta lista de ações para investir nesta temporada de microcaps
Há alguns anos, quem conseguiu perceber o potencial de valorização da Magazine Luiza (MGLU3) teve a oportunidade de se tornar um milionário. Isso porque, entre 2015 e 2020, enquanto ainda era considerada um small cap, a varejista valorizou 91.304%. Hoje, as ações da Magazine Luiza (MGLU3) já são bem conhecidas dos investidores. Além disso, ela […]
No bater das Azzas: Itaú BBA eleva preço-alvo para AZZA3 após disparada de quase 50% em 2025
O banco elevou o preço-alvo das ações de R$ 47 para R$ 53 para o fim de 2025. O que está por trás da tese otimista?
Favorita da saúde na B3: ação da Rede D’Or (RDOR3) já subiu 50% em 2025, mas Itaú BBA ainda vê espaço para mais
Analistas elevaram o preço-alvo para R$ 46 para o fim de 2025 e reforçaram o favoritismo da ação no setor de saúde
A partir de 16 de junho, 3 eventos raros podem incentivar uma nova onda de valorização das microcaps, aponta Felipe Miranda; entenda
Após um período fora do radar, as microcaps podem voltar ao centro da estratégia de investidores devido a 3 eventos; entenda a visão do CEO da Empiricus
Do IPO bilionário ao “au revoir”: Carrefour Brasil (CRFB3) deixa a B3 com valor de mercado 44% menor desde o IPO
Após oito anos de altos e baixos na bolsa, Carrefour encerra trajetória na B3 com ações em queda de 44% desde o IPO; relembre o que aconteceu com a varejista
Ibovespa aos 150 mil pontos: XP prevê turbulência à frente, mas vê bolsa brasileira decolando em 2025
Mesmo com sinais de realização no horizonte, analistas mantêm visão otimista para a bolsa brasileira; veja as novas ações recomendadas