O homem dos pontos: depois de montar Multiplus e Livelo, Eduardo Gouveia investe em programa de hotéis
Executivo volta de ano sabático como investidor da Allpoints, uma empresa que criou uma rede de fidelidade para hotéis e promete bater de frente com a Booking e seus parceiros – a Multiplus e o Smiles.

Na primeira conversa que tive com Eduardo Gouveia, em um restaurante em São Paulo em 2011, ele literalmente desenhou em um guardanapo o fluxo de caixa da Multiplus, da qual era presidente. Tudo porque eu não conseguia entender como uma empresa que vende pontos, criada um ano antes a partir do programa de milhagem da então TAM Linhas Aéreas, faturava R$ 1 bilhão.
Cinco anos depois, Gouveia me explicava como a Livelo, a empresa de fidelidade do Banco do Brasil e do Bradesco na qual ele foi o primeiro presidente, pretendia enfrentar justamente a Multiplus e a Smiles. Na nossa última conversa, alguns dias atrás, ele me contou sobre sua nova empreitada na indústria de fidelidade. Ele acaba de se tornar sócio da Allpoints, uma companhia focada no ramo de hotelaria e que tem ambições de ser líder global.
O nosso papo foi por telefone – Gouveia estava na Croácia, curtindo os últimos dias de uma viagem à Europa. Depois de ser presidente de Multiplus, Alelo, Livelo e, por fim, da Cielo, tirou um ano sabático a partir de novembro do ano passado. Recusou três ofertas para voltar a ser presidente de empresas e aproveitou para colocar a leitura em dia e mergulhar no ambiente de fintechs de Londres. Agora volta ao Brasil com o propósito de investir em negócios que vão surfar na onda de transformação digital da economia.
O primeiro investimento foi a Allpoints – uma fatia de 5% por valor não revelado, que pode subir para 10% em 12 meses – junto com Leandro Barankiewicz e Clayton Pedro, ex-executivos de empresas como 99 e Dotz. A intenção deles é oferecer “smart money”, ou seja, não apenas dinheiro na conta dos empreendedores, mas conhecimento e experiência que podem ajudar seus pupilos a alçar voos mais altos.
Um quarto de hotel com pontos
A Allpoints é uma rede de fidelidade focada em hotelaria. Em três anos de operação conseguiu cerca de 6 milhões de usuários cadastrados. A empresa oferece pontos para quem reservar o hotel no site. Posteriormente, eles podem ser trocados por diárias em outros hotéis parceiros.
Olhando superficialmente, não parece muito diferente de benefícios para hotelaria de empresas como Multiplus e Smiles. O CEO da Allpoints, Marcelo Bicudo, me explicou a diferença: “Hoje uma diária em um hotel no Rio de Janeiro sai por 30 mil pontos na Multiplus e Smiles. Na Allpoints o mesmo hotel sai por 6 mil pontos. O poder de compra do cliente é maior”.
Leia Também

As parcerias de Multplus e Smiles ocorrem por meio de parcerias com site como Booking, Expedia, Hoteis.com. Esses sites chegam a cobrar 40% de comissão dos hotéis para divulgação dos serviços em suas redes, segundo Bicudo, o que onera o serviço ao cliente e corta a margem do estabelecimento. “Hoje 90% dos hotéis do mundo são independentes (ou seja, não fazem parte de redes). Eles não têm programas de fidelidade, nem grandes bandeiras, e isso criou uma relação de dependência de intermediários como Booking e Expedia”, explicou.
O desejo dos hotéis é de criar um relacionamento direto com os hóspedes e reduzir custos com intermediários. Na Allpoints, a proposta é pagar 5% do valor da reserva na forma de pontos ao cliente final. A monetização do programa de fidelidade é pelo “spread” entre o custo do ponto recebido e o trocado pelos hotéis. Eles conseguem até 90% de descontos nas diárias, aproveitando oportunidades para evitar a ociosidade do negócio. Afinal, virar a noite com o quarto vazio é prejuízo para o hotel. Com essa proposta, a Allpoints fechou reservas que somaram R$ 1 bilhão no ano passado, número que estima dobrar este ano.
Ponto que rende 100% do CDI
Com a chegada dos novos sócios, a Allpoints já se prepara para lançar novidades. Uma delas é colocar os pontos do programa para render. Nesse sentido, é uma estratégia idêntica ao da Nuconta, do Nubank, ou dos CDBs com liquidez diária. O ponto na conta vai “render” 100% do CDI. Por exemplo: quem tem 1.000 pontos terá um saldo de 1.065 um ano depois se o CDI acumular uma variação de 6,5% em 12 meses.
A Allpoints também busca sistemas já usados pelas concorrentes para crescer, como os clubes de assinaturas que dão pontos e vantagens para seus membros. Outro projeto é criar cartões de benefícios que dão pontos que valem diárias de hotéis para oferecer ao departamento de recursos humanos das empresas.
E as fintechs?
Além da Allpoints, Gouveia disse que está de olho em outros negócios para investir, especialmente nas áreas de educação e saúde. “Penso em investir em umas cinco a sete empresas. Sempre negócios que eu possa contribuir para fazer crescer”, disse.
E as fintechs? O ex-CEO da Cielo não está de olho no burburinho que os meios de pagamento vivem? Pois bem. Ao menos por enquanto esse segmento terá de ficar de fora do radar. Ele ainda está sob contrato com a Cielo e não pode participar de projetos que compitam com a empresa até o fim do ano.
Cyrela (CYRE3) tem vendas aceleradas mesmo em momento de juros altos; veja por que ações podem subir até 35%, segundo o BB Investimentos
A incorporadora, cujas ações estão em alta no ano, mais que dobrou o volume de lançamentos, o que fez o BB Investimentos elevar o preço-alvo para os papéis
Ação ficou barata? Por que Hapvida (HAPV3) vai recomprar até 20 milhões de ações na bolsa
O conselho de administração da Hapvida aprovou a criação de um programa para aquisição de até 20 milhões de ações HAPV3
Governo Lula entra em campo para salvar os Correios e busca empréstimo de R$ 20 bilhões com garantia da União
Desde 2022, a estatal apresenta prejuízos, mas o resultado negativo vem piorando semestre a semestre
J&F, dos irmãos Batista, compra participação da Eletrobras (ELET3) na Eletronuclear por R$ 535 milhões e estreia no setor de energia nuclear
O acordo também prevê que a holding dos Batista assumirá garantias e adotará as providências necessárias com os credores e parceiros da Eletronuclear
Reag oficialmente troca de mãos, e novo controlador revela planos. Agora, o que falta é uma OPA
Com a operação, a holding Arandu Partners comprou cerca de 87,4% do capital total da Reag. Veja os próximos passos
BRB rebate acusações de negócios com Master “às margens do Banco Central”; confira os detalhes
Segundo o documento, as operações realizadas pelo BRB seguem a dinâmica natural do mercado financeiro, “sempre com o objetivo de gerar eficiência, rentabilidade e crescimento”
Moura Dubeux (MDNE3) ainda pode subir mais de 50%, na visão do Bradesco BBI; veja o novo-preço alvo da construtora nordestina
Banco revisou estimativas após balanço do terceiro trimestre e destaca que companhia superou as expectativas
Streaming famoso vai mudar de nome e você vai ficar com cara de tacho quando souber qual é
Menos “+”, mais confusão: a Apple rebatiza seu streaming para parecer simples, mas o nome agora vale por três
Gol (GOLL54): o que acontece com as 100 mil pessoas físicas que têm a ação com a proposta de fechar o capital?
Com 99% das ações já nas mãos do Grupo Abra, a Gol quer encerrar o capital e comprar a fatia que ainda pertence aos minoritários; veja as condições
R$ 1 bilhão em jogo? Guararapes contrata BTG Pactual para ajudar na venda do shopping Midway Mall e ações sobem
Shopping de Natal, no Rio Grande do Sul, teve Ebtida de R$26,9 milhões no trimestre passado
Titãs de Wall Street superam previsão de lucro e receita, mercado gosta, mas ações caem; entenda os motivos
Citigroup e Wells Fargo conseguem romper a maré de perdas em Nova York e papéis chegam a dispara mais de 7% nesta terça-feira (14)
Banco Master tem conta de R$ 1 bilhão em CDBs até o fim do mês — e corre contra o tempo para conseguir pagar
Vencimento se soma ao prazo de pagamento de linha de crédito concedida pelo FGC e torna venda do Will Bank urgente
XP inicia cobertura de 3 empresas do setor elétrico e que podem subir até 55%; veja quais
No setor elétrico, a Neoenergia, que passa por um momento decisivo, tem preço-alvo de R$ 42,60, com potencial de valorização de 55%, segundo a XP
Ações, dividendos e Fundo 157: Vale (VALE3) emite alerta para um antigo golpe agora repaginado
Vale (VALE3) alerta sobre golpe envolvendo dividendos, ações e o Fundo 157
Mais um interessado nos jatos da Embraer (EMBR3): TrueNoord fecha pedido firme de quase R$ 10 bilhões para aviões E195-E2
O negócio contempla o pedido firme de 20 jatos E195-E2 e ainda garante direitos de compra para mais 30 aeronaves
Apagão nacional: o motivo por trás do blecaute que deixou milhões no escuro na madrugada
Incêndio em subestação no Paraná teria provocado reação em cadeia no sistema elétrico, deixando parte do país sem luz por até uma hora
Gol (GOLL54) quer voar para longe da bolsa de valores: entenda a proposta que pode fechar o capital da aérea
Plano da Gol abre caminho para o fechamento de capital e saída da B3, em meio à baixa liquidez das ações e às exigências da bolsa por reenquadramento
Vem aí a tão esperada incorporação do Banco Pan: BTG Pactual propõe ficar com 100% do capital e ações BPAN4 disparam 26% na B3
O banco de André Esteves pretende incorporar integralmente o Pan, transformando-o em uma subsidiária completa do grupo BTG. Entenda o que vem pela frente
A Embraer (EMBR3) vai mudar: novo ticker passa a valer a partir de 3 de novembro na bolsa brasileira e em Nova York
O anúncio sugere um esforço da fabricante brasileira de aeronaves de unificar sua identidade corporativa nos mercados em que atua
Produção da Aura Minerals (AURA33) sobe no 3T25 e conquista otimismo de bancos. Hora de comprar?
Mineradora teve um avanço de 16% na produção consolidada em comparação ao período trimestre anterior; saiba o que fazer com as ações agora