🔴 [NO AR] TOUROS E URSOS: QUEM FICOU EM BAIXA E QUAIS FORAM AS SURPRESAS DE 2025? – ASSISTA AGORA

Bia Azevedo

Bia Azevedo

Jornalista pela Universidade de São Paulo (USP). Em 2025, esteve entre os 50 jornalistas mais admirados da imprensa de Economia, Negócios e Finanças do Brasil. Já trabalhou como coordenadora e editora de conteúdo das redes sociais do Seu Dinheiro e Money Times. Além disso, é pós-graduada em Comunicação digital e Business intelligence pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM).

DE SÃO PAULO A WALL STREET

Nasdaq bate à porta do Brasil: o que a bolsa dos ‘todo-poderosos’ dos EUA quer com as empresas daqui?

Em evento em São Paulo, representantes da bolsa norte-americana vieram tentar convencer as empresas de que abrir capital lá não é um sonho tão distante

Bia Azevedo
Bia Azevedo
5 de novembro de 2025
19:03 - atualizado às 8:32
Jay Heller fala durante painel, usando terno azul e microfone, em frente a um fundo azul com elementos gráficos
Jay Heller, vice-presidente e chefe de Mercados de Capitais e Execução de IPOs da Nasdaq - Imagem: Divulgação/Marina Malheiros

Com a seca de IPOs no Brasil desde 2021 e cada vez mais empresas fechando o capital na B3, a nossa boa e velha (além de única) bolsa de valores parece ter mais uma preocupação pela frente: a competição. E isso não é nem falando sobre as empresas que querem abrir novas bolsas por aqui, mas sim da concorrência estrangeira. Neste caso, a da Nasdaq.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A norte-americana promoveu um evento em São Paulo, nesta quarta-feira (5), em parceria com 3Dots Capital Advisory, para convencer os empresários — grandes, médios e até pequenos — de que abrir o capital lá fora não é um sonho tão distante quanto parece, muito menos reservado às companhias monumentais do Brasil, como Nubank (ROXO33) e JBS (JBSS32).

A bolsa norte-americana inclusive trouxe um de seus principais representantes pela primeira vez ao Brasil: Jay Heller, vice-presidente e chefe de mercados de capitais e execução de IPOs da Nasdaq.

Heller não garantiu nada para um futuro próximo, mas assegurou que a agenda de reuniões com empresários está lotada para os dias de sua estadia no Brasil, até a noite de amanhã (6) — informação que Lucy Pamboukdjian, diretora-executiva de mercado de capitais da Abrasca, e Todd Heinzl, cofundador e presidente da 3Dots Capital Advisory, corroboram.

O interesse das empresas brasileiras

Os executivos não abriram o pipeline de empresas envolvidas nessas conversas para abertura de capital, mas deixaram claro que o número anima: “eu nunca vi um pipeline tão forte. É extremamente robusto”, diz Heller. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“Recebemos 35 solicitações de reunião. Só conseguimos acomodar 14”, Heinzl ressaltou. Eles também falaram os setores que mais têm chamado atenção: o de fintechs e o de agronegócio.

Leia Também

“Também há uma área que geralmente é ignorada: saúde animal — bovinos, equinos, suínos. O Brasil também tem contribuído muito com tecnologia agrícola, e isso me interessa, especialmente considerando o rumo do mundo. Água e comida estão se tornando mais escassas, então é um setor estratégico.”

Por que fazer IPO lá fora, segundo a Nasdaq

Segundo Heller, há conversas tanto com empresas que já estão listadas por aqui, quanto com aquelas que nem são abertas na B3, mas já demonstram interesse em pular direto para fora.

E o motivo é o dinheiro, já que estar no exterior ajuda as empresas a acessarem investidores internacionais — exatamente o que levou a JBS a migrar para lá, por exemplo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“As empresas brasileiras com as quais temos conversado estão em diferentes estágios: algumas ainda estão explorando possibilidades, outras já avaliam listagens no Brasil e no exterior, inclusive duplas. O importante é entender o momento certo e construir uma base sólida de relacionamento”, afirma Heller.

Além disso, tem a questão dos ETFs, fundos negociados em bolsa que replicam de forma passiva os índices de mercado, expondo empresas a uma base acionária potencialmente mais robusta. A Nasdaq tem mais de 900 deles, ponderados por capitalização de mercado e ajustados por free float.

De acordo com Salvatore Bruno, estrategista de investimentos da Nasdaq que também falou no evento, ter a oportunidade de estar em um índice significa acessar mais recursos.

O mercado de ETFs supera os US$ 19 trilhões no mundo; US$ 14 trilhões estão nos EUA e mais de 90% são fundos passivos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“Isso significa que há entre US$ 11,5 trilhões e US$ 12 trilhões de capital passivo que você pode acessar. Se você abrir capital e for listado lá fora, há espaço para ser incluído em um índice e surfar essa onda, conquistando até mesmo um grupo de acionistas de longo prazo”, diz Bruno.

O que a Nasdaq quer com as empresas brasileiras?

Com nomes gigantescos entre suas companhias listadas — como a Nvidia, Apple e Microsoft —, a Nasdaq está com o olho bem aberto para as companhias brasileiras, com os executivos reforçando a relevância estratégica das conversas por aqui.

“Não estaríamos aqui se não acreditássemos, não viemos por acaso. Estamos investindo tempo aqui. Essa visita estreita ainda mais nossa relação com o país, embora nós já estejamos nessa construção há 18 anos”, afirmou Heller.

Ele ainda afirma que, diferente do que o senso comum destaca, não é necessário ser uma mega companhia para estar listado na Nasdaq.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“Embora a Nasdaq seja conhecida por abrigar as maiores empresas de tecnologia do mundo, ela também é um ecossistema diverso, com companhias de biotecnologia, consumo, saúde e muito mais. O objetivo é se conectar com empresas visionárias, sejam de fintech, agricultura, saúde ou tecnologia tradicional”, destacou Heller.

A seca de IPOs no Brasil

O último IPO no Brasil foi o da Vittia (VITT3), em 2 de setembro de 2021, época em que os juros no país estavam na casa dos 2% ao ano, e muitos festejavam a “era do dinheiro grátis”. 

Com o aperto monetário conduzido pelo Banco Central desde o fim da pandemia de coronavírus, o apetite por risco dos investidores diminuiu — e, com ele, o ímpeto das empresas em abrir capital.

Parte do mercado esperava que a janela de IPOs reabrisse em 2025. Mas, com as taxas de juros a 15% ao ano, esse esperança sucumbiu.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Com eleições no radar para o ano que vem e bastante instabilidade projetada para a corrida eleitoral, Lucy Pamboukdjian, da Abrasca, espera que essa janela só seja aberta novamente em 2027, caso haja uma sinalização de queda contundente nos juros.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
AINDA MAIS PRECIOSOS

Os recordes voltaram: ouro é negociado acima de US$ 4.450 e prata sobe a US$ 69 pela 1ª vez na história. O que mexe com os metais?

22 de dezembro de 2025 - 12:48

No acumulado do ano, a valorização do ouro se aproxima de 70%, enquanto a alta prata está em 128%

BOMBOU NO SD

LCIs e LCAs com juros mensais, 11 ações para dividendos em 2026 e mais: as mais lidas do Seu Dinheiro

21 de dezembro de 2025 - 17:10

Renda pingando na conta, dividendos no radar e até metas para correr mais: veja os assuntos que dominaram a atenção dos leitores do Seu Dinheiro nesta semana

B DE BILHÃO

R$ 40 bilhões em dividendos, JCP e bonificação: mais de 20 empresas anunciaram pagamentos na semana; veja a lista

21 de dezembro de 2025 - 16:01

Com receio da nova tributação de dividendos, empresas aceleraram anúncios de proventos e colocaram mais de R$ 40 bilhões na mesa em poucos dias

APÓS UMA DECISÃO JUDICIAL

Musk vira primeira pessoa na história a valer US$ 700 bilhões — e esse nem foi o único recorde de fortuna que ele bateu na semana

21 de dezembro de 2025 - 11:30

O patrimônio do presidente da Tesla atingiu os US$ 700 bilhões depois de uma decisão da Suprema Corte de Delaware reestabelecer um pacote de remuneração de US$ 56 bilhões ao executivo

DESTAQUES DA SEMANA

Maiores quedas e altas do Ibovespa na semana: com cenário eleitoral e Copom ‘jogando contra’, índice caiu 1,4%; confira os destaques

20 de dezembro de 2025 - 16:34

Com Copom firme e incertezas políticas no horizonte, investidores reduziram risco e pressionaram o Ibovespa; Brava (BRAV3) é maior alta, enquanto Direcional (DIRR3) lidera perdas

OS MAIORES DO ANO

Nem o ‘Pacman de FIIs’, nem o faminto TRXF11, o fundo imobiliário que mais cresceu em 2025 foi outro gigante do mercado; confira o ranking

19 de dezembro de 2025 - 14:28

Na pesquisa, que foi realizada com base em dados patrimoniais divulgados pelos FIIs, o fundo vencedor é um dos maiores nomes do segmento de papel

MEXENDO NO PORTFÓLIO

De olho na alavancagem, FIIs da TRX negociam venda de nove imóveis por R$ 672 milhões; confira os detalhes da operação

19 de dezembro de 2025 - 11:17

Segundo comunicado divulgado ao mercado, os ativos estão locados para grandes redes do varejo alimentar

MERCADOS

“Candidatura de Tarcísio não é projeto enterrado”: Ibovespa sobe e dólar fecha estável em R$ 5,5237

18 de dezembro de 2025 - 19:21

Declaração do presidente nacional do PP, e um dos líderes do Centrão, senador Ciro Nogueira (PI), ajuda a impulsionar os ganhos da bolsa brasileira nesta quinta-feira (18)

ENTREVISTA

‘Se eleição for à direita, é bolsa a 200 mil pontos para mais’, diz Felipe Miranda, CEO da Empiricus

18 de dezembro de 2025 - 19:00

CEO da Empiricus Research fala em podcast sobre suas perspectivas para a bolsa de valores e potenciais candidatos à presidência para eleições do próximo ano.

OTIMISMO NO RADAR

Onde estão as melhores oportunidades no mercado de FIIs em 2026? Gestores respondem

18 de dezembro de 2025 - 17:41

Segundo um levantamento do BTG Pactual com 41 gestoras de FIIs, a expectativa é que o próximo ano seja ainda melhor para o mercado imobiliário

PROVENTOS E MAIS PROVENTOS

Chuva de dividendos ainda não acabou: mais de R$ 50 bilhões ainda devem pingar na conta em 2025

18 de dezembro de 2025 - 16:30

Mesmo após uma enxurrada de proventos desde outubro, analistas veem espaço para novos anúncios e pagamentos relevantes na bolsa brasileira

ONDA DE PROVENTOS

Corrida contra o imposto: Guararapes (GUAR3) anuncia R$ 1,488 bilhão em dividendos e JCP com venda de Midway Mall

18 de dezembro de 2025 - 9:29

A companhia anunciou que os recursos para o pagamento vêm da venda de sua subsidiária Midway Shopping Center para a Capitânia Capital S.A por R$ 1,61 bilhão

HORA DE COMPRAR

Ação que triplicou na bolsa ainda tem mais para dar? Para o Itaú BBA, sim. Gatilho pode estar próximo

17 de dezembro de 2025 - 17:22

Alta de 200% no ano, sensibilidade aos juros e foco em rentabilidade colocam a Movida (MOVI3) no radar, como aposta agressiva para capturar o início do ciclo de cortes da Selic

TOUROS E URSOS #252

Flávio Bolsonaro presidente? Saiba por que o mercado acendeu o sinal amarelo para essa possibilidade

17 de dezembro de 2025 - 12:35

Rodrigo Glatt, sócio-fundador da GTI, falou no podcast Touros e Ursos desta semana sobre os temores dos agentes financeiros com a fragmentação da oposição frente à reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva

ESTRATÉGIA DO GESTOR

‘Flávio Day’ e eleições são só ruído; o que determina o rumo do Ibovespa em 2026 é o cenário global, diz estrategista do Itaú

16 de dezembro de 2025 - 15:07

Tendência global de queda do dólar favorece emergentes, e Brasil ainda deve contar com o bônus da queda na taxa de juros

RECUPERAÇÃO RÁPIDA

Susto com cenário eleitoral é prova cabal de que o Ibovespa está em “um claro bull market”, segundo o Santander

16 de dezembro de 2025 - 10:50

Segundo os analistas do banco, a recuperação de boa parte das perdas com a notícia sobre a possível candidatura do senador é sinal de que surpresas negativas não são o suficiente para afugentar investidores

RANKING

Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI

15 de dezembro de 2025 - 19:05

Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno

SMALL CAP QUERIDINHA

Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais

15 de dezembro de 2025 - 19:02

O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50

HAJA MÁSCARA DE OXIGÊNIO

Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa

15 de dezembro de 2025 - 17:23

As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores

HORA DE COMPRAR?

Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema

15 de dezembro de 2025 - 16:05

Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar