Firme e forte: Ibovespa engata a quarta alta seguida e chega a mais um recorde
O Ibovespa aproveitou-se da ausência de fatores negativos e do bom desempenho das ações da Petrobras para fechar em alta e cravar mais um recorde

Parecia que o rali dos ativos brasileiros seria interrompido nesta quinta-fera (5). Logo no início do dia, o Ibovespa operava em queda e o dólar à vista subia, sinalizando uma sessão mais cautelosa por parte dos agentes financeiros. Afinal, não havia nenhuma novidade no horizonte que justificasse uma postura mais agressiva.
Mas o contrário também era válido, já que tampouco havia algum fator que inspirasse um cuidado maior às operações. Em linhas gerais, o cenário continuava o mesmo dos últimos dias: no exterior, reina o otimismo em relação ás negociações comerciais entre EUA e China; por aqui, prevalece o bom humor quanto à recuperação da economia local.
Nesse cenário, o tom mais prudente visto no início da sessão foi dando lugar a um tom mais animado às negociações, tanto no Ibovespa quanto no dólar à vista. E, em pouco tempo, ambos viraram de mão, dando continuidade ao alívio dos últimos dias.
O Ibovespa, por exemplo, chegou a subir aos 111.072,80 pontos (+0,70%) no melhor momento do dia, cravando um novo recorde intradiário. O índice perdeu força e fechou em alta de apenas 0,29%, aos 110.622,27 pontos — ainda assim, um novo topo histórico, em termos de encerramento.
Com os ganhos de hoje, o Ibovespa chegou ao quarto pregão consecutivo em alta — é a melhor sequência desde outubro, quando chegou a completar seis sessões consecutivas no campo positivo. Desde o início da semana, o índice acumula uma valorização de 2,21%.
E o dólar à vista? Bem, no mercado de câmbio, a reação foi um pouco mais lenta: a divisa americana permaneceu em alta durante toda a manhã, invertendo a tendência apenas depois do almoço. Ao fim do dia, o dólar caiu 0,34% a R$ 4,1882 — também foi a quarta sessão consecutiva de alívio.
Leia Também
O real, assim, juntou-se às demais moedas de países emergentes, que também se valorizaram hoje. Desde segunda-feira, o dólar à vista já cai 1,24%.
Conversas da guerra
Lá fora, autoridades de Pequim disseram que o diálogo comercial com os EUA continua em andamento, apesar dos recentes atritos entre os países nos assuntos ligados aos protestos sociais em Hong Kong.
Essa sinalização trouxe algum sentimento positivo aos agentes financeiros, mas o front da guerra comercial ainda inspira cuidados. Afinal, os Estados Unidos começarão a implantar uma nova rodada de tarifas às importações da China no próximo dia 15 — e, ao menos por enquanto, não há avanços concretos nas negociações para barrar essas sobretaxas.
Nesse cenário, as bolsas americanas hesitaram em assumir um tom amplamente positivo, passando boa parte do dia ao redor da estabilidade. No fechamento, o Dow Jones teve alta de 0,10%, o S&P 500 subiu 0,15% e o Nasdaq 0,05%.
Por aqui, contudo, alguns fatores domésticos ajudaram a dar forças ao Ibovespa, com destaque para a perspectiva de recuperação da economia do Brasil, após os dados animadores do PIB no terceiro trimestre e da produção industrial em outubro. Mas não apenas isso: nesta quinta-feira, uma empresa em particular deu uma mãozinha à bolsa.
Otimismo com a Petrobras
Um dos motores por trás da nova sessão de ganhos do Ibovespa foi o bom desempenho dos papéis da Petrobras: as ações PN da estatal (PETR4) subiram 1,31%, enquanto as ONs (PETR3) tiveram ganho de 1,30%.
Ontem, a companhia realizou um evento dedicado a analistas e investidores nos Estados Unidos, transmitindo uma mensagem positiva acerca do futuro. Casas como o BTG Pactual e o Credit Suisse mostraram-se otimistas quanto às perspectivas para a estatal, o que dá forças aos papéis da companhia.
Além disso, o petróleo não cedeu a um movimento de realização de lucros, mesmo após os ganhos expressivos da sessão passada. O WTI com vencimento em janeiro ficou estável, enquanto o Brent para fevereiro subiu 0,61%.
Vale lembrar que a reunião semanal da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados — grupo conhecido como Opep+ — está em andamento, e há a expectativa quanto a um anúncio de manutenção no corte de produção da commodity, o que elevaria os preços do produto.
Bancos avançam
O clima de otimismo em relação à economia doméstica também deu forças às ações do setor bancário. Bradesco ON (BBDC3) liderou o grupo, com alta de 0,69%, enquanto Bradesco PN (BBDC4) subiu 0,41% e as units do Santander Brasil (SANB11) tiveram ganho de 0,22% — as exceções foram Banco do Brasil ON (BBAS3), em baixa de 0,86%, e Itaú Unibanco PN (ITUB4) com queda de 0,14%.
Top 5
Confira as cinco ações de melhor desempenho do Ibovespa no momento:
- Cielo ON (CIEL3): +5,21%
- Weg ON (WEGE3): +2,99%
- Bradespar PN (BRAP4): +2,85%
- Equatorial ON (EQTL3): +2,11%
- Magazine Luiza ON (MGLU3): +1,86%
Veja também as cinco maiores quedas do índice:
- Ultrapar ON (UGPA3): -2,12%
- MRV ON (MRVE3): -1,66%
- Raia Drogasil ON (RADL3): -1,60%
- Via Varejo ON (VVAR3): -1,38%
- NotreDame Intermédica ON (GNDI3): -1,20%
Dólar vira para queda
O dólar à vista iniciou o dia sob pressão e chegou a tocar o nível de R$ 4,22 na máxima do dia, em meio ao cenário estrutural para a moeda: diferencial de juros em queda, menor apelo do carry trade e remessas mais volumosas de divisas ao exterior — um fator comum no encerramento do ano.
Mas, segundo o operador de câmbio da corretora Correparti, Ricardo Gomes Filho, esse patamar mais elevado da divisa provocou um movimento de venda no mercado futuro — o que, consequentemente, puxou a cotação da moeda para baixo no segmento à vista.
"É uma faixa de flutuação absolutamente normal", diz Gomes Filho, referindo-se ao intervalo entre R$ 4,18 e R$ 4,22. "Não há nenhum fator macroeconômico mais relevante, tudo segue sob controle".
O operador da Correparti ainda lembra que, no fim de ano, o volume de negociações do mercado de câmbio tende a cair bastante, o que deixa as operações mais sujeitas à volatilidade. Ele ainda ressalta que, ao mudar de tendência, o real ficou em linha com os pares no exterior, que também se valorizaram em relação ao dólar.
Divisas como o peso mexicano, o rublo russo, o peso chileno, o rand sul-africano e o peso colombiano, entre outras, ganharam terreno pelo segundo dia seguido. E mesmo as moedas fortes também conseguiram passar por uma onda de alívio: o índice DXY, que mede o desempenho do dólar ante uma cesta com as principais divisas do mundo, caiu 0,23%.
"O investidor sai da proteção, da segurança, e se expõe mais ao risco. O ambiente externo está melhor, em meio às negociações EUA-China", diz Gomes Filho. "Não tem nenhum vento ruim lá fora, e, por aqui, o ambiente também é bom".
Juros em alta
As curvas de juros não acompanharam o alívio do dólar nesta tarde e fecharam em leve alta. Veja como ficaram os principais DIs nesta quinta-feira:
- Janeiro/2021: de 4,67% para 4,70%;
- Janeiro/2023: de 5,82% para 5,85%;
- Janeiro/2025: de 6,42% para 6,44%;
- Janeiro/2027: de 6,73% para 6,77%
Quer ter um Porsche novinho? Pois então aperte os cintos: a Volkswagen quer fazer o IPO da montadora de carros esportivos
Abertura de capital da Porsche deve acontecer entre o fim de setembro e início de outubro; alguns investidores já demonstraram interesse no ativo
BTG Pactual tem a melhor carteira recomendada de ações em agosto e foi a única entre as grandes corretoras a bater o Ibovespa no mês
Indicações da corretora do banco tiveram alta de 7,20%, superando o avanço de 6,16% do Ibovespa; todas as demais carteiras do ranking tiveram retorno positivo, porém abaixo do índice
Small caps: 3R (RRRP), Locaweb (LWSA3), Vamos (VAMO3) e Burger King (BKBR3) — as opções de investimento do BTG para setembro
Banco fez três alterações em sua carteira de small caps em relação ao portfólio de agosto; veja quais são as 10 escolhidas para o mês
Passando o chapéu: IRB (IRBR3) acerta a venda da própria sede em meio a medidas para se reenquadrar
Às vésperas de conhecer o resultado de uma oferta primária por meio da qual pretende levantar R$ 1,2 bilhão, IRB se desfaz de prédio histórico
Chega de ‘só Petrobras’ (PETR4): fim do monopólio do gás natural beneficia ação que pode subir mais de 50% com a compra de ativos da estatal
Conheça a ação que, segundo analista e colunista do Seu Dinheiro, representa uma empresa com histórico de eficiência e futuro promissor; foram 1200% de alta na bolsa em quase 20 anos – e tudo indica que esse é só o começo de um futuro triunfal
Mais um banco se rende à Cielo (CIEL3) e passa a recomendar a compra da ação, mesmo após alta de quase 200% neste ano
Com potencial de alta de quase 30% estimado para os papéis, os analistas do Credit Suisse acreditam que você deveria incluir as ações da empresa de maquininhas no seu portfólio
IRB lança oferta primária restrita, mas limita operação a R$ 1,2 bilhão e antecipa possibilidade de um descontão; IRBR3 é a maior alta do Ibovespa hoje
Resseguradora busca reenquadramento da cobertura de provisões técnicas e de liquidez regulatória para continuar operando
Dividendos: Porto Seguro (PSSA3) anuncia quase R$ 400 milhões em JCP; Kepler Weber (KEPL3) também distribuirá proventos
Data de corte é a mesma em ambos os casos; veja quem tem direito a receber os proventos das empresas
Oi (OIBR3) confirma venda de operação fixa para subsidiária da Highline; transação pode alcançar R$ 1,7 bilhão
Proposta da NK 108, afiliada da Highline, foi a única válida no leilão realizado ontem; negócio envolve cerca de 8 mil torres da Oi
Depois de bons resultados nos setores de gás e energia, gigante de infraestrutura está conquistando espaço, também, na mineração – e promete assustar a Vale (VALE3)
Um crescimento mínimo de 50%: é isso que time de analistas espera para uma ação que custa, hoje, 20% a menos do que sua média histórica; saiba como aproveitar
Ibovespa interrompe sequência de 4 semanas em alta; veja as ações que mais caíram – e um setor que subiu em bloco
Ibovespa foi prejudicado por agenda fraca na semana, mas houve um setor que subiu em bloco; confira as maiores altas e baixas do período
Dá pra personalizar mais? Americanas (AMER3) fecha parceria com o Google em busca de mais eficiência e melhor experiência para clientes
Acordo entre a Americanas e o Google prevê hiperpersonalização da experiência do cliente e otimização de custos operacionais
Bed Bath & Beyond desaba mais de 40% em Wall Street — e o ‘culpado’ é um dos bilionários da GameStop; entenda
Ryan Cohen, presidente do conselho da GameStop, vendeu todas as suas ações na varejista de itens domésticos e embolsou US$ 60 milhões com o negócio
Unindo os jalecos: acionistas do Fleury (FLRY3) e Hermes Pardini (PARD3) aprovam a fusão entre as companhias
Os acionistas de Fleury (FLRY3) e Hermes Pardini (PARD3) deram aval para a junção dos negócios das companhias; veja os detalhes
JBS (JBSS3) é a ação de alimentos favorita do BofA, mas banco vê menor potencial de alta para o papel; ainda vale a pena comprar?
Analistas revisaram para baixo o preço-alvo do papel, para R$ 55, devido à expectativa de queda nas margens da carne bovina dos EUA, correspondente a 40% das vendas da empresa
Irani anuncia recompra de até 9,8 milhões de ações na B3; o que isso significa para o acionista de RANI3?
A empresa disse que quer maximizar a geração de valor para os seus investidores por meio da melhor administração da estrutura de capital
Vale (VALE3) perdeu o encanto? Itaú BBA corta recomendação de compra para neutro e reduz preço-alvo do papel
Queridinha dos analistas, Vale deve ser impactada por menor demanda da China, e retorno aos acionistas deve ficar mais limitado, acredita o banco
Soberania da (VALE3) ‘ameaçada’? Melhor ação de infraestrutura da Bolsa pode subir 50%, está entrando na mineração e sai ganhando com o fim do monopólio da Petrobras (PETR4) no setor de gás; entenda
Líder na América Latina, papel está barato, está com fortes investimentos na mineração e é um dos principais nomes do mercado de gás e do agronegócio no Brasil
Nubank (NU; NUBR33) chega a subir 20% após balanço, mas visão dos analistas é mista e inadimplência preocupa
Investidores gostaram de resultados operacionais, mas analistas seguem atentos ao crescimento da inadimplência; Itaú BBA acha que banco digital pode ter subestimado o risco do crédito pessoal
Briga do varejo: Qual é a melhor ação de atacadista para ter na carteira? A XP escolheu a dedo os papéis; confira
O forte resultado do Grupo Mateus (GMAT3) no 2T22 garantiu ao atacadista um convite para juntar-se ao Assaí (ASAI3) na lista de varejistas de alimentos favoritas dos analistas