🔴 UM SALÁRIO MÍNIMO DE RENDA TODO O MÊS COM DIVIDENDOS? – DESCUBRA COMO

Victor Aguiar

Victor Aguiar

Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pelo Instituto Educacional BM&FBovespa. Trabalhou nas principais redações de economia do país, como Bloomberg, Agência Estado/Broadcast e Valor Econômico. Em 2020, foi eleito pela Jornalistas & Cia como um dos 10 profissionais de imprensa mais admirados no segmento de economia, negócios e finanças.

107.381,11 pontos

Com os ventos favoráveis da Previdência, o Ibovespa voou alto e bateu novos recordes

O Ibovespa seguiu em alta e alcançou níveis inéditos, amparado pelo otimismo em relação à reforma da Previdência. O dólar à vista também teve um dia de alívio e recuou para R$ 4,07

Victor Aguiar
Victor Aguiar
22 de outubro de 2019
10:25 - atualizado às 10:51
Asa delta
Imagem: Shutterstock

Os ventos do mercado financeiro andavam pouco convidativos para um voo de asa delta. Não é que as correntes de ar fossem totalmente contrárias — o cenário era de imprevisibilidade, com mudanças súbitas na direção dos sopros. Nesse panorama, o Ibovespa não arriscava voos mais altos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A previsão do tempo, no entanto, mudou nas últimas semanas. As rajadas violentas e multidirecionais deram lugar a uma brisa constante, sempre num sentido favorável à decolagem. E, nesta terça-feira (22), não foi diferente: o vento estava tão adequado que o índice brasileiro arriscou uma altura inédita.

O Ibovespa já havia atingido um novo recorde na sessão passada, terminando pela primeira vez acima dos 106 mil pontos. Hoje, ele foi além: fechou em alta de 1,28%, aos 107.381,11 pontos, renovando a máxima — no melhor momento do dia, tocou os 107.420,73 pontos (+1,32%).

Essa mudança nos ares se deve a uma série de desenvolvimentos positivos na atmosfera dos mercados. O tornado da guerra comercial entre EUA e China perdeu boa parte de sua intensidade, com as partes mostrando-se mais propensas ao diálogo.

E, por aqui, o avanço das pautas econômicas do governo, somado à perspectiva de juros cada vez mais baixos — os indicadores econômicos do Brasil ainda mostram uma certa fraqueza no nível de atividade local — também contribuiu para diminuir o vendaval e criar um ambiente mais controlado para o voo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

E o front doméstico foi o responsável por soprar a brisa que levou o Ibovespa às alturas — mais especificamente, a reforma da Previdência. Desde o início do dia, os agentes financeiros mostraram-se animados quanto à possibilidade de votação do texto pelo plenário do Senado, em segundo turno, ocorrer ainda hoje, concluindo a tramitação no Congresso.

Leia Também

Os olhos dos agentes financeiros estiveram voltados para Brasília: durante a manhã, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado deu sinal verde para o texto aprovado no primeiro turno no Senado, abrindo caminho para que a matéria seja votada em segundo turno ainda hoje.

E a expectativa do mercado é a de que as novas regras da aposentadoria sejam aprovadas no plenário da Casa ainda nesta terça-feira — o que permitiria a promulgação pelo Congresso em sequência. Com esse cenário otimista em mente, o Ibovespa manteve-se no campo positivo durante quase todo o pregão.

A finalização do trâmite da Previdência é aguardada pelos mercados por dois motivos: por um lado, há o fechamento desse capítulo e a formalização do montante a ser economizado com as novas regras; por outro, abre-se caminho para que outras pautas defendidas pelo governo — como as reformas administrativa e tributária — sejam discutidas.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

"De certa forma, o mercado já espera, já dá como precificada a aprovação. Agora, temos que ver se a votação ainda terá algum destaque ou se termina hoje", diz Vitor Beyruti, economista da Guide Investimentos, lembrando que a PEC paralela que trata da inclusão de Estados e municípios também precisa ser aprovada no futuro.

Alívio e tensão no exterior

Lá fora, as discussões comerciais entre Estados Unidos e China seguiram no centro das atenções — autoridades dos dois países têm adotado um discurso mais conciliador, sinalizando que as negociações estão avançando.

"Lá fora, o mercado mostra uma dinâmica mais favorável desde ontem, com EUA e China mostrando um entendimento melhor", afirma Beyruti. "Além disso, os balanços corporativos nos Estados Unidos têm surpreendido e vindo acima do esperado".

No meio da tarde, contudo, o noticiário vindo da Europa trouxe algum desconforto aos mercados. O parlamento do Reino Unido deu sinal verde para o projeto de lei do Brexit seguir tramitando na casa, mas rejeitou o pedido do primeiro-ministro, Boris Johnson, para que o processo seja acelerado — a meta era concluir toda a discussão até o dia 31.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Com isso, cabe à União Europeia decidir se irá conceder uma extensão de prazo ao Reino Unido — situação que trouxe insegurança aos mercados internacionais. Como resultado, o Dow Jones encerrou com leve baixa de 0,14% e o S&P 500 caiu 0,32% — apenas o Nasdaq teve perdas mais intensas, de 0,72%.

O Ibovespa, no entanto, pouco foi afetado pelos eventos da Europa.

Alívio no câmbio

O dólar à vista passou por uma forte despressurização nesta terça-feira, também pautado pela expectativa em relação à aprovação da reforma da Previdência: a moeda americana caiu 1,34%, a R$ 4,0755, menor nível de fechamento desde o dia 4 —na mínima, bateu os R$ 4,0624 (-1,65%).

O desempenho do mercado de câmbio brasileiro chamou a atenção: divisas como o peso mexicano, o rublo russo e o rand sul-africano também se fortaleceram em relação ao dólar, mas o real foi a moeda emergente de melhor desempenho — evidenciando a importância do cenário doméstico para as negociações nesta terça.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Já as curvas de juros terminaram em alta, tanto na ponta curta quanto na longa. Mais cedo, o IBGE divulgou uma alta de 0,09% na inflação medida pelo IPCA-15 em outubro ante setembro, dado que ficou ligeiramente acima do esperado pelo mercado.

Nesse cenário, os DIs devolveram parte das baixas acumuladas desde a semana passada: as curvas para janeiro de 2021 subiram de 4,43% para 4,54%, as com vencimento em janeiro de 2023 avançaram de 5,42% para 5,52%, e as para janeiro de 2025 foram de 6,11% para 6,20%.

Beyruti, no entanto, pondera que o resultado do IPCA-15 não muda o cenário-base de cortes mais agressivos na Selic até o fim de ano, uma vez que a alta de 0,09% não representa maiores pressões inflacionárias. Trata-se, apenas, de um movimento de correção pontual.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
OS VERDADEIROS DUELOS

O “ano de Troia” dos mercados: por que 2026 pode redefinir investimentos no Brasil e nos EUA

1 de dezembro de 2025 - 6:01

De cortes de juros a risco fiscal, passando pela eleição brasileira: Kinea Investimentos revela os fatores que podem transformar o mercado no ano que vem

BALANÇO DO MÊS

Ibovespa dispara 6% em novembro e se encaminha para fechar o ano com retorno 10% maior do que a melhor renda fixa

28 de novembro de 2025 - 19:52

Novos recordes de preço foram registrados no mês, com as ações brasileiras na mira dos investidores estrangeiros

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Ibovespa dispara para novo recorde e tem o melhor desempenho desde agosto de 2024; dólar cai a R$ 5,3348

28 de novembro de 2025 - 13:09

Petrobras, Itaú, Vale e a política monetária ditaram o ritmo dos negócios por aqui; lá fora, as bolsas subiram na volta do feriado nos EUA

OPERAÇÃO POÇO DE LOBATO

Ações de Raízen (RAIZ4), Vibra (VBBR3) e Ultrapar (UGPA3) saltam no Ibovespa com megaoperação contra fraudes em combustíveis

27 de novembro de 2025 - 14:48

Analistas avaliam que distribuidoras de combustíveis podem se beneficiar com o fim da informalidade no setor

ALOCAÇÃO GLOBAL

Brasil dispara na frente: Morgan Stanley vê só dois emergentes com fôlego em 2026 — saiba qual outro país conquistou os analistas

27 de novembro de 2025 - 14:01

Entenda por que esses dois emergentes se destacam na corrida global e onde estão as maiores oportunidades de investimentos globais em 2026

PORTFÓLIO DE IMÓVEIS

FII Pátria Log (HGLG11) abocanha cinco galpões, com inquilinos como O Boticário e Track & Field, e engorda receita mensal

27 de novembro de 2025 - 10:16

Segundo o fundo, os ativos adquiridos contam com características que podem favorecer a valorização futura

MERCADOS

Bolsa nas alturas: Ibovespa fecha acima dos 158 mil pontos em novo recorde; dólar cai a R$ 5,3346 

26 de novembro de 2025 - 18:35

As bolsas nos Estados Unidos, na Europa e na Ásia também encerraram a sessão desta quarta-feira (26) com ganhos; confira o que mexeu com os mercados

TOUROS E URSOS #249

Hora de voltar para o Ibovespa? Estas ações estão ‘baratas’ e merecem sua atenção

26 de novembro de 2025 - 12:30

No Touros e Ursos desta semana, a gestora da Fator Administração de Recursos, Isabel Lemos, apontou o caminho das pedras para quem quer dar uma chance para as empresas brasileiras listadas em bolsa

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Vale (VALE3) patrocina alta do Ibovespa junto com expectativa de corte na Selic; dólar cai a R$ 5,3767

25 de novembro de 2025 - 19:00

Os índices de Wall Street estenderam os ganhos da véspera, com os investidores atentos às declarações de dirigentes do Fed, em busca de pistas sobre a trajetória dos juros

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Ibovespa avança e Nasdaq tem o melhor desempenho diário desde maio; saiba o que mexeu com a bolsa hoje

24 de novembro de 2025 - 19:30

Entre as companhias listadas no Ibovespa, as ações cíclicas puxaram o tom positivo, em meio a forte queda da curva de juros brasileira

BALANÇO DA SEMANA

Maiores altas e maiores quedas do Ibovespa: mesmo com tombo de mais de 7% na sexta, CVC (CVCB3) teve um dos maiores ganhos da semana

23 de novembro de 2025 - 14:21

Cogna liderou as maiores altas do índice, enquanto MBRF liderou as maiores quedas; veja o ranking completo e o balanço da bolsa na semana

ADEUS À B3

JBS (JBSS3), Carrefour (CRFB3), dona do BK (ZAMP3): As empresas que já deixaram a bolsa de valores brasileira neste ano, e quais podem seguir o mesmo caminho

22 de novembro de 2025 - 13:32

Além das compras feitas por empresas fechadas, recompras de ações e idas para o exterior também tiraram papéis da B3 nos últimos anos

FEITO INÉDITO

A nova empresa de US$ 1 trilhão não tem nada a ver com IA: o segredo é um “Ozempic turbinado”

21 de novembro de 2025 - 18:03

Com vendas explosivas de Mounjaro e Zepbound, Eli Lilly se torna a primeira empresa de saúde a valer US$ 1 trilhão

MERCADOS HOJE

Maior queda do Ibovespa: por que as ações da CVC (CVCB3) caem mais de 7% na B3 — e como um dado dos EUA desencadeou isso

21 de novembro de 2025 - 17:07

A combinação de dólar forte, dúvida sobre o corte de juros nos EUA e avanço dos juros futuros intensifica a pressão sobre companhia no pregão

MERCADOS HOJE

Nem retirada das tarifas salva: Ibovespa recua e volta aos 154 mil pontos nesta sexta (21), com temor sobre juros nos EUA

21 de novembro de 2025 - 16:08

Índice se ajusta à baixa dos índices de ações dos EUA durante o feriado e responde também à queda do petróleo no mercado internacional; entenda o que afeta a bolsa brasileira hoje

BAITA DOR DE CABEÇA

O erro de R$ 1,1 bilhão do Grupo Mateus (GMAT3) que custou o dobro para a varejista na bolsa de valores

21 de novembro de 2025 - 14:10

A correção de mais de R$ 1,1 bilhão nos estoques expôs fragilidades antigas nos controles do Grupo Mateus, derrubou o valor de mercado da companhia e reacendeu dúvidas sobre a qualidade das informações contábeis da varejista

OPAS E INTERNACIONALIZAÇÃO

Debandada da B3: quando a onda de saída de empresas da bolsa de valores brasileira vai acabar?

21 de novembro de 2025 - 6:18

Com OPAs e programas de recompras de ações, o número de empresas e papéis disponíveis na B3 diminuiu muito no último ano. Veja o que leva as empresas a saírem da bolsa, quando esse movimento deve acabar e quais os riscos para o investidor

VIRADA NOS MERCADOS

Medo se espalha por Wall Street depois do relatório de emprego dos EUA e nem a “toda-poderosa” Nvidia conseguiu impedir

20 de novembro de 2025 - 15:59

A criação de postos de trabalho nos EUA veio bem acima do esperado pelo mercado, o que reduz chances de corte de juros pelo Federal Reserve (Fed) em dezembro; bolsas saem de alta generalizada para queda em uníssono

DADO DE EMPREGO

Depois do hiato causado pelo shutdown, Payroll de setembro vem acima das expectativas e reduz chances de corte de juros em dezembro

20 de novembro de 2025 - 12:15

Os Estados Unidos (EUA) criaram 119 mil vagas de emprego em setembro, segundo o relatório de payroll divulgado nesta quinta-feira (20) pelo Departamento do Trabalho

MERCADOS LÁ FORA

Sem medo de bolha? Nvidia (NVDC34) avança 5% e puxa Wall Street junto após resultados fortes — mas ainda há o que temer

20 de novembro de 2025 - 11:06

Em pleno feriado da Consciência Negra, as bolsas lá fora vão de vento em poupa após a divulgação dos resultados da Nvidia no terceiro trimestre de 2025

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar