Caixa reduz juros dos financiamentos, iguala taxas do SFH e SFI e anuncia crédito imobiliário indexado ao IPCA
Com as mudanças, a maior taxa praticada pelo banco caiu de 11,00% + Taxa Referencial para 9,75% + TR

A Caixa Econômica Federal anunciou nesta quarta-feira, 5, a redução nos juros nos financiamentos imobiliários, com entrada em vigor a partir do dia 10 de junho - próxima segunda-feira.
A maior taxa praticada pelo banco caiu de 11,00% + Taxa Referencial (TR, atualmente em zero) para 9,75% + TR. Já a menor taxa - paga pelos clientes que já têm relacionamento com a instituição - foi reduzida de 8,75% + TR para 8,5% + TR.
O banco também unificou as taxas praticadas nos empréstimos do Sistema Financeiro de Habitação (SFH) e do Sistema Financeiro Imobiliário (SFI), voltado para imóveis com valor acima de R$ 1,5 milhão que não podem ser financiados com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
As taxas anunciadas nesta quarta valem nas diversas modalidades de financiamento imobiliário: imóvel novo, imóvel usado, aquisição de terreno e construção, construção em terreno próprio, e reforma e ampliação.
"Estamos igualando as taxas para as diferentes faixas de renda. A taxa é igual para todo mundo. Estamos eliminando essa distorção, que era o tratamento diferenciado entre as faixas de renda", comentou o presidente do banco, Pedro Guimarães.
Ele garantiu que a Caixa não deixará seu foco na baixa renda, mas afirmou que o banco também buscará crescer no crédito para a classe média.
Leia Também
Segundo Guimarães, a Caixa voltará a emprestar pela modalidade "Price", que tem parcelas iniciais mais baratas. "Isso era uma demanda das construtoras e dos tomadores de empréstimos. Vamos deixar o mercado fluir e deixar o cliente escolher entre SAC e Price", concluiu.
Novidades no crédito imobiliário
Em coletiva de imprensa, Pedro Guimarães também disse que a redução das taxas de juros dos financiamentos imobiliários ainda não será o movimento definitivo do banco para diminuir o custo dessas operações.
"A mudança de paradigma será mudar a indexação dos empréstimos para o IPCA em novos contratos. Mas o sistema da Caixa ainda não está preparado para isso. Por isso, estamos fazendo agora um movimento intermediário e vamos lançar o novo modelo em duas ou três semanas", afirmou.
A Caixa anunciou nesta quarta que a maior taxa praticada pelo banco caiu de 11,00% + Taxa Referencial (TR, atualmente em zero) para 9,75% + TR. Já a menor taxa - paga pelos clientes que já têm relacionamento com a instituição - foi reduzida de 8,75% + TR para 8,5% + TR.
"Esse componente da TR vai ser trocado pelo IPCA, o que facilita a proteção da instituição por meio da compra de títulos federais remunerados pelo mesmo indexador. O modelo já está aprovado, mas o sistema do banco ainda precisa ser adaptado. Haverá uma redução ainda mais impactante", explicou o presidente.
Segundo Guimarães, o risco da inflação se elevar durante o prazo das operações seria o mesmo tanto nas linhas de TR quanto nas linhas de IPCA. Além disso, ele voltou a dizer que a indexação pelo IPCA facilitará a securitização da carteira imobiliária.
"Se eu conseguir securitizar 10% da carteira por ano, eu dobro a minha oferta de crédito. Isso será uma revolução. Acredito que outros bancos também devem abrir linhas com juros referenciados pelo IPCA", completou.
Vamos falar de dívidas
Pedro Guimarães também informou que os atrasos de pagamentos na carteira de crédito habitacional do banco chegam a R$ 10,1 bilhões.
A Caixa divulgou nesta quarta as condições para a renegociação de dívidas imobiliárias de pessoas físicas. Segundo o banco, as medidas atingem 589 mil contratos (11% da carteira) e devem beneficiar 2,3 milhões de pessoas.
Entre as opções está o pagamento à vista de uma entrada e a incorporação das parcelas atrasadas nas próximas prestações do empréstimo. Essa opção estará disponível para 111 mil famílias, com dívidas de R$ 1,8 bilhão.
"Algumas pessoas correm o risco real de perder suas casas próprias. Preferimos que esses clientes paguem uma prestação e diluam o resto da dívida no prazo dos contratos. Acreditamos que essa alternativa seja a mais atrativa", avaliou Guimarães. Outras 237 mil famílias, com R$ 4 bilhões em dívidas, poderão pagar a prestação mais antiga atualizada e incorporar o saldo devedor ao resto do financiamento.
As 51 mil famílias com atrasos superiores a 180 dias, e dívidas de R$ 900 milhões, poderão ter o perdão de multa e juros moratórios ao pagarem a primeira prestação da entrada.
Há ainda 15 mil famílias, com débitos de R$ 300 milhões, que estão na iminência de terem seus imóveis retomados, que poderão ficar adimplentes com o pagamento de uma prestação. "Quando se atrasam dez ou 15 prestações, é porque não irá pagar mais. Então estaremos na prática fazendo um novo crédito para essas pessoas", completou o presidente do banco.
Há ainda a possibilidade de usar o saldo do FGTS para reduzir o valor das prestações, além da mudança da data de vencimento das parcelas. Os clientes poderão ainda buscar as agências do banco para tentar um acordo.
*Com Estadão Conteúdo.
Temporada de balanços 3T25: confira as datas das divulgações dos resultados e das teleconferências
A apresentação oficial dos resultados das principais empresas listadas na B3 começa na quarta-feira (22), com a publicação do balanço da WEG
Ambipar (AMBP3) deve entrar com pedido de recuperação judicial na próxima segunda-feira (20), diz jornal
Proteção contra credores expira no fim da próxima semana. Pedido deve correr na Justiça do Rio de Janeiro
Petz (PETZ3) e Cobasi defendem fusão perante o Cade e alegam perda de espaço para marketplaces
CEOs das duas empresas participaram de audiência pública e defenderam que fusão representam apenas cerca de 10% de participação de mercado
Ambipar (AMBP3) chega a cair 17% e tem nova mínima histórica; companhia contratou consultoria financeira para avaliar o caixa
Preço das ações da empresa enfrentam trajetória de queda desde setembro, quando pediu proteção judicial contra credores
Nestlé: O que está por trás de demissão em massa de 16 mil funcionários
Entenda as razões por trás do plano de demissão anunciado nesta quinta-feira (16) e os impactos estimados para os investidores.
O segredo da empresa subestimada que caiu nas graças dos tubarões da Faria Lima e paga dividendos todo mês
As ações VULC3 estão ganhando o coração dos investidores com dividendos mensais e um yield de 8% projetado para este ano; agora, o UBS passou a cobrir os papéis e tem recomendação de compra
A inusitada relação entre Frozen, o PCC, o dono do Banco Master e o Atlético-MG
Um documento da CVM revelou que fundos com nomes inspirados em personagens da Disney estão no centro de uma teia de investimentos
Gestora do ‘Warren Buffet de Londrina’ aumenta participação em incorporadora listada na B3
A Real Investor atingiu uma participação de 10,06% na Even em meio ao anúncio da “nova poupança”, que tende a beneficiar empresas no setor de construção civil focadas em média renda
Exclusiva: Elo lança nova proposta de cartões com foco nos empreendedores e MEI. Confira a proposta para os clientes PJ
O portfólio repaginado conta com três categorias de cartões: Elo Empresarial, Elo Empresarial Mais e Elo Empresarial Grafite. Veja em qual você se encaixa.
Vítimas de metanol: o alerta que o caso Backer traz
Cinco anos após o escândalo da cervejaria em Belo Horizonte, vítimas seguem sem indenização
Com novas regras de frete grátis, Amazon (AMZO34) intensifica disputa contra o Mercado Livre (MELI34)
Segundo o Itaú BBA, a Amazon reduziu o valor mínimo para frete grátis de R$ 79 para R$ 19 desde 15 de agosto
Entenda o colapso da Ambipar (AMBP3): como a gigante ESG virou um alerta para investidores
Empresa que já valeu mais que Embraer e Gerdau na bolsa de valores hoje enfrenta risco de recuperação judicial após queda de mais de 90% nas ações
Gol limita bagagem de mão em passagens básicas; Procon pede explicações e Motta acelera projeto de gratuidade
Empresas aéreas teriam oferecido tarifas com restrições à bagagem de mão, com custo pelo despacho. Motta e Procon reagem
Em busca de mais informações sobre a fraude, CVM assina novo acordo de supervisão no âmbito das investigações de Americanas (AMER3)
Contrato pode evitar ações punitivas ou reduzir penas em até 60% se a companhia colaborar com a investigação
Quem é a empresa que quer ganhar dinheiro licenciando produtos do metrô de São Paulo
A 4Takes, responsável por marcas como Porsche e Mercedes-Benz, agora entra nos trilhos do Metrô de São Paulo, com direito a loja oficial e pop-up nas estações
Dona da Gol (GOLL54), Abra mira IPO nos EUA em meio à reorganização da aérea no Brasil
Controladora da companhia aérea pretende abrir capital no exterior enquanto a Gol avalia fechar o capital local e sair do nível 2 de governança da B3
Do “Joesley Day” à compra da Eletronuclear: como os irmãos Batista se reergueram de escândalo e ampliaram seu império
Após o escândalo do “Joesley Day”, os irmãos Batista voltam aos holofotes com a compra da Eletronuclear e ampliam o alcance da J&F no setor de energia nuclear
Moody’s Analytics já estava prevendo a crise na Ambipar (AMBP3) desde 2024… foi só o mercado que não viu
De acordo com o diretor Tadeu Marcon Teles, o modelo da companhia já indicava “mudanças notáveis no perfil de risco” da Ambipar desde dezembro
O gatilho ‘esquecido’ que pode impulsionar as ações da Usiminas (USIM5) em até mais de 60%, segundo o UBS BB
Segundo o UBS BB, o mercado ignora um possível gatilho para a Usiminas (USIM5): a aprovação de medidas antidumping contra o aço chinês, que pode elevar as margens da companhia e impulsionar as ações em mais de 60%
Weg (WEGE3) fortalece presença no setor elétrico com compra 54% da Tupi Mob, de gestão de redes de recarga de veículos, por R$ 38 milhões
Weg (WEGE3) compra 54% da Tupi Mob, dona de plataforma que conecta motoristas a redes de recarga de veículos elétricos, para fortalecer sua presença no setor de mobilidade elétrica