Por que Apple e Disney estão prestes a chacoalhar o império da Netflix no mercado de streaming
Chegada de dois gigantes promete abalar as estruturas do mercado, do preço à qualidade dos serviços
Quando você pensa em serviço de streaming, muito provavelmente virá à sua cabeça, no máximo, quatro nomes: Netflix, Amazon Prime Video, HBO e Hulu. Mas daqui a poucas semanas essa lista seguramente estará maior e completamente reformulada.
Isso porque a chegada de dois gigantes promete abalar as estruturas desse mercado, do preço à qualidade dos serviços. Na sexta-feira (1), a Apple lança seu Apple TV Plus nos Estados Unidos, com uma programação exclusiva e original. Já daqui duas semanas é a vez da Disney lançar o Disney Plus, também em terras do Tio Sam, um serviço que contará com as produções de renome como Pixar, Marvel, National Geographic e Fox. Ambos os serviços já têm planos de lançamento para outros países (incluindo o Brasil) nos próximos meses.
Os dois novos concorrentes devem esquentar a competição pelos adeptos do streaming, elevando o nível de exigência dos clientes. Mas como isso deve ocorrer na prática? Separamos alguns detalhes do Disney Plus e da Apple TV Plus que explicam essa teoria.
Preços
Esse é, sem dúvidas, um divisor de águas para qualquer cliente. Vejamos primeiramente o cenário atual. A Netflix possui três planos nos Estados Unidos:
- "Básico": limita o usuário a uma tela por vez e apresenta uma definição padrão. Custa US$ 9 por mês.
- "Padrão": com vídeo de alta definição e possibilidade de duas telas ao mesmo tempo, custa US$ 13 por mês.
- "Premium": oferece suporte a 4K e o usuário pode assistir em quatro telas ao mesmo tempo. O preço é US$ 16 por mês.
A HBO Now, referência por suas séries cinematográficas, custa US$ 15 por mês. Já a faixa de preço de uma pacote Hulu fica entre US$ 6 e US$ 12 mensais. Por fim, O Amazon Prime Video custa US$ 9 por mês e costuma ser gratuito para os membros do Amazon Prime.
Agora vejamos as novidades. A mudança de padrões começa com os preços da Apple TV Plus, que custará US$ 5 a mensalidade. Além disso, o cliente Apple que comprar um produto, como um iPhone ou um MacBook, terá um ano de streaming gratuito. Já o Disney Plus custará US$ 7 mensais, com a oferta de promoções durante todo o ano.
Esse novo padrão de preços tem um propósito: com a grande oferta de produtos e serviços, os clientes tenderão a selecionar apenas alguns deles para fechar negócio. E, na lógica do mercado, vence aquele que tiver os melhores produtos pelo menor preço.
Produtos
E por falar em produtos, tanto a Apple como a Disney prepararam um arsenal de produções a serem disponibilizados em seus streamings.
No Apple TV Plus, séries como "The Morning Show" e "See" já estão no cardápio. Além disso, outros nomes de peso já estão comprometidos com produções para a Apple, entre eles Steven Spielberg, Steve Carrell, Chris Evans, Kevin Durant, Kristen Bell, Rashida Jones e Oprah Winfrey.
Já no caso da Disney, a artilharia será pesada. Além do arsenal de produções Disney já concluído, o serviço também contará com produções da Pixar, Marvel, National Geographic e Fox, incluindo clássicos como "Os Simpsons" e a série Star Wars.
Sucessos à parte, o fato é que muitas dessas produções terão o mesmo nível e qualidade daquelas disponíveis pela Netflix e HBO. O ponto-chave está no volume e na capacidade de Apple e Disney atraírem talentos de grandes nomes de Hollywood, algo que sem dúvidas pressiona os produtores concorrentes.
Só o futuro dirá
Se os dois serviços a serem lançados vão cair no gosto do público, ainda é cedo para cravar. Mas se por um lado a concorrência promete grandes feitos, por outro tanto HBO quanto Netflix desfrutam de uma estrutura monumental, com séries e filmes já bastante consolidados pelos usuários. Basta olhar para sucessos como "Watchmen", "Euforia", "Vale do Silício", da HBO, ou "Stranger Things" da Netflix.
Com tanta concorrência, uma coisa é certa: a pressão para produzir mais e produzir o melhor só tende a crescer com a chegada de gigantes como a Apple e a Disney.
*Com informações da Business Insider.
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