🔴 ONDE INVESTIR EM OUTUBRO? MELHORES AÇÕES, FIIS E DIVIDENDOS – CONFIRA AQUI

Olivia Bulla

Olivia Bulla

Olívia Bulla é jornalista, formada pela PUC Minas, e especialista em mercado financeiro e Economia, com mais de 10 anos de experiência e longa passagem pela Agência Estado/Broadcast. É mestre em Comunicação pela ECA-USP e tem conhecimento avançado em mandarim (chinês simplificado).

A Bula da Semana

A Bula da Semana: Guerra esfria

Progresso nas negociações comerciais entre EUA e China abre caminho para acordo parcial, mas incertezas ainda existem

Olivia Bulla
Olivia Bulla
14 de outubro de 2019
5:04 - atualizado às 9:38

Os mercados financeiros comemoraram a notícia, na última sexta-feira, de que Estados Unidos e China alcançaram um acordo comercial parcial, que deve ser assinado no mês que vem pelos presidentes Donald Trump e Xi Jinping, durante a cúpula dos países da Ásia-Pacífico (Apec), no Chile. Com isso, as duas maiores economias do mundo voltaram ao modo negociador, após meses de escalada da tensão.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Mas ainda é difícil saber se essa postura será mantida até novembro, ou mesmo durante as próximas fases de negociação - são esperadas ao menos mais duas. O próprio Trump é avesso a termos parciais e costuma adotar uma postura dura, pressionando os rivais para obter tudo o que quer, de uma só vez. Por isso, as incertezas em relação ao acordo devem durar até que a primeira etapa seja superada, daqui a três a cinco semanas.

O risco é de que, antes disso, as negociações entrem em colapso de novo, já que há precedentes de quebra de acordo. A consistência da postura lado americano é o maior teste. A própria imprensa chinesa evitou festejar o progresso nas negociações comerciais, durante a mais recente rodada, em Washington, mostrando a preocupação de Pequim com a assinatura de acordo com Trump.

Seja como for, definitivamente o resultado das negociações da semana passada é claramente melhor que o esperado. O problema é que o acordo ainda não é substancial. Por mais que os termos alcançados adiem novas tarifas contra produtos chineses a partir de amanhã, as tarifas anteriores já adotadas não foram retiradas. Da mesma forma, as empresas chinesas seguem na “lista negra” da Casa Branca.

Mais rali?

Portanto, as principais questões econômicas seguem sem solução. Ou seja, os contornos do “mini acordo” não alteram os desafios em relação à desaceleração da economia global, que causaram estragos nos EUA, China e vários outros países. Dados econômicos desta semana tendem a reforçar essa percepção, com destaque para o PIB chinês no trimestre passado e o desempenho da indústria e do varejo norte-americano em setembro.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Assim, por mais que seja positivo, o acordo parcial não tende a ampliar o rali dos ativos de risco, que devem continuar respeitando o intervalo recente de negociação. Isso significa que será difícil o Ibovespa superar a máxima histórica, acima dos 105 mil pontos, e o dólar cair abaixo da faixa de R$ 4,00, que vem sendo mantida desde meados de agosto, simplesmente por conta do esfriamento da tensão comercial.

Leia Também

Para ir além, é preciso que um acordo mais amplo entre as duas maiores economias do mundo seja anunciado. Afinal, encerrar a guerra comercial significa remover todas as tarifas impostas, eliminando as perdas sofridas em toda a cadeia produtiva. Só assim, será possível os ativos globais superarem barreiras com mais consistência.

Ainda assim, as compras de produtos agrícolas a serem feitas pela China e comentários ainda não detalhados sobre a propriedade intelectual e a manipulação da moeda, que irão constar no “mini acordo”, podem consertar parte dos estragos causados nos mercados financeiros desde que a disputa comercial começou, há um ano e meio.

Mas servem apenas para acalmar os nervos dos investidores. Portanto, os dois lados ainda precisam chegar a um acordo definitivo e amplo. E, por mais que Trump tenha festejado, o acordo parcial tem um alcance muito menor do que o que ele próprio imaginou ou do que estava sendo colocado à mesa quando as negociações foram interrompidas, em maio.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Guerra x BCs

Enquanto a disputa entre EUA e China durar, os investidores tendem a buscar refúgio na postura suave (“dovish”) dos bancos centrais, acreditando que os estímulos monetários serão capazes de mitigar o impacto da guerra comercial na atividade. Por isso, serviu de alívio o anúncio do Federal Reserve, de que irá comprar cerca de US$ 60 bilhões por mês em títulos norte-americanos de curto prazo (T-bill), ao menos até 2020.

O volume é três vezes maior do que as compras mensais a serem feitas pelo BC europeu (BCE). Embora tenha negado que se trate de um novo programa de afrouxamento monetário (QE, na sigla em inglês), nos moldes do que foi visto em três edições após a crise de 2008, a medida irá expandir o balanço do Fed, injetando liquidez no sistema financeiro. Além disso, irá retirar pressão sobre o mercado interbancário dos EUA.

No Brasil, os dados fracos do IPCA de setembro e a revisão do IBGE no cálculo do índice oficial de preços ao consumidor brasileiro levou o mercado financeiro a projetar inflação e juros básicos mais baixos em 2019 e em 2020, estimulando ainda mais a atividade doméstica, que tem apresentado um desempenho melhor que o esperado. Essas estimativas devem estar contempladas no relatório de mercados Focus desta semana.

Apesar de não parecer relevante, o efeito da mudança promovida pelo IBGE no cálculo do IPCA não só abre espaço para que a Selic seja menor neste ano, indo à mínima de 4,5%, como facilita que a taxa siga em um nível baixo por mais tempo, no decorrer do ano que vem. Essa visão retirou os prêmios da curva de juros futuros de forma intensa. Também merece atenção o índice de atividade econômica do BC (IBC-Br), que deve confirmar a melhora da economia brasileira no terceiro trimestre deste ano.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Ao longo dos próximos dias, o calendário econômico doméstico perde força, o que desloca as atenções para a agenda no exterior, que traz como destaque dados de atividade nos EUA e na China. Também tem início a safra de balanços norte-americana, com destaque para os resultados trimestrais dos bancos JPMorgan, Citigroup e Bank of America, a partir de amanhã.

Confira a seguir os principais destaques desta semana, dia a dia:

Segunda-feira: A semana começa com um feriado nos EUA, mas a agenda no exterior traz a produção industrial na zona do euro em agosto e a inflação ao consumidor chinês em setembro. No Brasil, merecem atenção o relatório de mercado Focus (8h25) e o IBC-Br de agosto (9h). Também são esperados dados da balança comercial brasileira (15h).

Terça-feira: O calendário econômico está mais fraco hoje e traz apenas o índice Empire State de atividade na manufatura em outubro. Na temporada de balanços, saem os resultados financeiros de JP Morgan, Citigroup e Wells Fargo.

Quarta-feira: As vendas no varejo dos EUA em setembro são os destaques do dia, que traz também, no Brasil, o primeiro IGP de outubro, o IGP-10. Merece atenção ainda o Livro Bege, do Federal Reserve. Na safra norte-americana, destaque para o balanço do Bank of America.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Quinta-feira: Dados do setor imobiliário norte-americano recheiam a agenda do dia, que traz como destaque a produção industrial nos EUA em setembro. No fim do dia, a China divulgado o desempenho do PIB no terceiro trimestre deste ano, juntamente com os dados de setembro sobre a produção industrial, as vendas no varejo e o investimento em ativos fixos.

Sexta-feira: A semana termina com os indicadores antecedentes nos EUA referentes ao mês passado e a segunda prévia deste mês do IGP-M. Também merece atenção o discurso do vice-presidente do Fed, Richard Clarida, sobre política monetária e perspectiva econômica nos EUA.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
BALANÇO SEMANAL

Usiminas (USIM5) lidera os ganhos do Ibovespa e GPA (PCAR3) é a ação com pior desempenho; veja as maiores altas e quedas da semana

18 de outubro de 2025 - 15:40

Bolsa se recuperou e retornou aos 143 mil pontos com melhora da expectativa para negociações entre Brasil e EUA

ESTRATÉGIA

Como o IFIX sobe 15% no ano e captações de fundos imobiliários continuam fortes mesmo com os juros altos

18 de outubro de 2025 - 14:25

Captações totalizam R$ 31,5 bilhões até o fim de setembro, 71% do valor captado em 2024 e mais do que em 2023 inteiro; gestores usam estratégias para ampliar portfólio de fundos

DAY TRADE

De operário a milionário: Vencedor da Copa BTG Trader operava “virado”

18 de outubro de 2025 - 13:29

Agora milionário, trader operava sem dormir, após chegar do turno da madrugada em seu trabalho em uma fábrica

FORTALEZA SEGURA

Apesar de queda com alívio nas tensões entre EUA e China, ouro tem maior sequência de ganhos semanais desde 2008

17 de outubro de 2025 - 19:11

O ouro, considerado um dos ativos mais seguros do mundo, acumulou valorização de 5,32% na semana, com maior sequência de ganhos semanais desde setembro de 2008.

COPA BTG TRADER

Roberto Sallouti, CEO do BTG, gosta do fundamento, mas não ignora análise técnica: “o mercado te deixa humilde”

17 de outubro de 2025 - 18:40

No evento Copa BTG Trader, o CEO do BTG Pactual relembrou o início da carreira como operador, defendeu a combinação entre fundamentos e análise técnica e alertou para um período prolongado de volatilidade nos mercados

VAI COMEÇAR O BARATA-VOA?

Há razão para pânico com os bancos nos EUA? Saiba se o país está diante de uma crise de crédito e o que fazer com o seu dinheiro

17 de outubro de 2025 - 17:25

Mesmo com alertas de bancos regionais dos EUA sobre o aumento do risco de inadimplência de suas carteiras de crédito, o risco não parece ser sistêmico, apontam especialistas

AUMENTOU O RISCO BRASIL?

Citi vê mais instabilidade nos mercados com eleições de 2026 e tarifas e reduz risco em carteira de ações brasileiras

17 de outubro de 2025 - 13:03

Futuro do Brasil está mais incerto e analistas do Citi decidiram reduzir o risco em sua carteira recomendada de ações MVP para o Brasil

QUANDO HÁ UMA BARATA…

Kafka em Wall Street: Por que você deveria se preocupar com uma potencial crise nos bancos dos EUA

17 de outubro de 2025 - 9:49

O temor de uma infestação no setor financeiro e no mercado de crédito norte-americano faz pressão sobre as bolsas hoje

REGIME FÁCIL

B3 se prepara para entrada de pequenas e médias empresas na Bolsa em 2026 —  via ações ou renda fixa

16 de outubro de 2025 - 0:05

Regime Fácil prevê simplificação de processos e diminuição de custos para que companhias de menor porte abram capital e melhorem governança

INVESTIMENTO CONSCIENTE

Carteira ESG: BTG passa a recomendar Copel (CPLE6) e Eletrobras (ELET3) por causa de alta no preço de energia; veja as outras escolhas do banco

15 de outubro de 2025 - 18:58

Confira as dez escolhas do banco para outubro que atendem aos critérios ambientais, sociais e de governança corporativa

TOUROS E URSOS #243

Bolsa em alta: oportunidade ou voo de galinha? O que você precisa saber sobre o Ibovespa e as ações brasileiras

15 de outubro de 2025 - 13:30

André Lion, sócio e CIO da Ibiuna, fala sobre as perspectivas para a Bolsa, os riscos de 2026 e o impacto das eleições presidenciais no mercado

NOVIDADE NA APOSENTADORIA

A estratégia deste novo fundo de previdência global é investir somente em ETFs — entenda como funciona o novo ativo da Investo

15 de outubro de 2025 - 10:19

O produto combina gestão passiva, exposição internacional e benefícios tributários da previdência em uma carteira voltada para o longo prazo

SD ENTREVISTA

De fundo imobiliário em crise a ‘Pacman dos FIIs’: CEO da Zagros revela estratégia do GGRC11 — e o que os investidores podem esperar daqui para frente

15 de outubro de 2025 - 6:07

Prestes a se unir à lista de gigantes do mercado imobiliário, o GGRC11 aposta na compra de ativos com pagamento em cotas. Porém, o executivo alerta: a estratégia não é para qualquer um

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Dólar fraco, ouro forte e bolsas em queda: combo China, EUA e Powell ditam o ritmo — Ibovespa cai junto com S&P 500 e Nasdaq

14 de outubro de 2025 - 17:55

A expectativa por novos cortes de juros nos EUA e novos desdobramentos da tensão comercial entre as duas maiores economias do mundo mexeram com os negócios aqui e lá fora nesta terça-feira (14)

CORTANDO CAMINHO

IPO reverso tem sido atalho das empresas para estrear na bolsa durante seca de IPOs; entenda do que se trata e quais os riscos para o investidor

14 de outubro de 2025 - 6:03

Velocidade do processo é uma vantagem, mas o fato de a estreante não precisar passar pelo crivo da CVM levanta questões sobre a governança e a transparência de sua atuação

NÃO PARAM DE SUBIR

Ainda mais preciosos: ouro atinge novo recorde e prata dispara para máxima em décadas

13 de outubro de 2025 - 18:25

Tensões fiscais e desconfiança em moedas fortes como o dólar levam investidores a buscar ouro e prata

CARTA MENSAL

Sparta mantém posição em debêntures da Braskem (BRKM5), mas fecha fundos isentos para não prejudicar retorno

13 de outubro de 2025 - 17:15

Gestora de crédito privado encerra captação em fundos incentivados devido ao excesso de demanda

MEDINDO A TEMPERATURA

Bolsa ainda está barata, mas nem tanto — e gringos se animam sem pôr a ‘mão no fogo’: a visão dos gestores sobre o mercado brasileiro

13 de outubro de 2025 - 13:20

Pesquisa da Empiricus mostra que o otimismo dos gestores com a bolsa brasileira segue firme, mas perdeu força — e o investidor estrangeiro ainda não vem em peso

CRIPTOMOEDAS HOJE

Bitcoin (BTC) recupera os US$ 114 mil após ‘flash crash’ do mercado com Donald Trump. O que mexe com as criptomoedas hoje?

13 de outubro de 2025 - 10:15

A maior criptomoeda do mundo voltou a subir nesta manhã, impulsionando a performance de outros ativos digitais; entenda a movimentação

MERCADOS

Bolsa fecha terceira semana no vermelho, com perdas de 2,44%; veja os papéis que mais caíram e os que mais subiram

11 de outubro de 2025 - 14:14

Para Bruna Sene, analista de renda variável na Rico, “a tão esperada correção do Ibovespa chegou” após uma sequência de recordes históricos

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar