🔴 [NO AR] TOUROS E URSOS: QUEM FICOU EM BAIXA E QUAIS FORAM AS SURPRESAS DE 2025? – ASSISTA AGORA

Felipe Saturnino

Felipe Saturnino

Graduado em Jornalismo pela USP, passou pelas redações de Bloomberg e Estadão.

Balanços

Petrobras, Vale, IRB e Magazine Luiza divulgam balanços nesta semana; saiba o que esperar

Enquanto a queridinha Magalu do mercado abre os trabalhos já na segunda-feira, os pesos-pesados da bolsa registram resultados a partir de quarta

Felipe Saturnino
Felipe Saturnino
17 de fevereiro de 2020
6:04 - atualizado às 17:31
Imagem: Shutterstock

Uma queridinha do mercado e duas gigantes da bolsa são os principais destaques entre as empresas que divulgam balanços nesta semana pré-Carnaval.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O Magazine Luiza abre os trabalhos e divulga os resultados de 2019 já nesta segunda-feira, antes da abertura dos negócios. Na quarta, 19, será a vez da Petrobras publicar seus resultados, um dia antes da Vale, que divulga o balanço na quinta — ambas após o fechamento do pregão da B3.

Antes dos pesos-pesados, entretanto, a terça-feira terá todo o foco para o IRB Brasil. Verdade seja dita, a resseguradora está nos holofotes desde que a gestora Squadra questionou os resultados da companhia. A expectativa é grande para os investidores, que procuram sinais no balanço para esclarecer o estado dos negócios. Mas isto é assunto para depois.

Além destas, outras 21 empresas do Ibovespa registram resultados ao longo desta semana. Confira abaixo:

A joia da coroa "quase" privatizada

O primeiro ano da Petrobras sob o governo de Jair Bolsonaro foi movimentado, em meio a burburinhos de privatização, a continuidade do programa de desinvestimentos da estatal e o esperado leilão da cessão onerosa.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O leve aumento da produção de óleo e gás natural em 2019, de 5,4% em relação a 2018, deve resultar em lucro líquido da empresa pouco acima do esperado na comparação anual, segundo estimativas de analistas ouvidos pela Bloomberg. A produção de óleo no pré-sal avançou 28% no período.

Leia Também

O mesmo pré-sal desaguou em frustração, já que a venda de 4 campos em leilão falhou ao atrair capital estrangeiro. A Petrobras arrematou dois deles — o de Búzios e o de Itaipu — por R$ 63,1 bilhões.

Olhando os números, parece que a estatal fez um mau negócio, mas, apesar de custos elevados e futuros investimentos a serem realizados para a exploração, a companhia levou dois campos da Bacia de Santos com operações bastante rentáveis.

No longo prazo, a decisão pode render benefícios interessantes, embora a própria empresa tenha colocado a redução da dívida e o programa de vendas de ativos como prioridade no curto e médio prazos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O programa de desinvestimentos da empresa foi ampliado ainda no primeiro trimestre de 2019, com o foco de se desfazer de fatias em ativos dos quais a gigante não é a dona natural, aprimorando a alocação do capital. Em julho, a empresa vendeu parte de suas ações na BR Distribuidora, arrecadando R$ 8,5 bilhões.

Até setembro, a Petrobras havia captado R$ 63 bilhões com o plano. No terceiro trimestre, a linha das despesas foi destaque no balanço, com continuidade da queda do endividamento. No último ano, a dívida bruta da companhia foi reduzida em US$ 21 bilhões.

Em meio às especulações sobre as possibilidades de privatização – descartada por Bolsonaro –, na prática a empresa ficou por um triz de se tornar privada. Isto porque o BNDES vendeu a fatia de 10% que detinha na estatal em uma oferta de ações no começo do ano, reduzindo a participação do governo na companhia a 50,26%.

De qualquer forma, o governo pró-mercado de Bolsonaro fez a diferença na percepção de investidores: em dezembro, a S&P elevou a perspectiva de crédito da Petrobras de estável para positiva.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Projeções para a Petrobras em 2019:

  • Lucro líquido: R$ 34,942 bilhões ( ↑ 3,1%)
  • Ebitda: R$ 138,659 bilhões ( ↑ 20,7%)
  • Receita líquida: R$ 314,908 bilhões ( ↑ 10%)

Ano conturbado para a Vale

A Vale teve, como a Petrobras, um ano movimentado, mas principalmente no lado negativo. A mineradora lidou com mais um rompimento de barragem, desta vez em Brumadinho, em janeiro, que deixou 270 mortos.

Além da queda na produção causada pelo desastre, que forçou a empresa a adiar sua meta de 400 milhões de toneladas de minério para 2022, despesas com provisão fizeram a Vale atravessar um duro primeiro semestre. A mineradora anotou prejuízo de US$ 1,642 bilhões no primeiro trimestre e de US$ 133 milhões no segundo.

A recuperação veio só no terceiro, quando foi registrado lucro de US$ 1,642 bi, em direção a uma normalização sustentada pela forte geração de fluxo de caixa, de acordo com o CEO da companhia, Eduardo Bartolomeo.

Aqui, o resultado foi impulsionado pela alta do minério de ferro. Para o BTG Pactual, a expectativa é que, no quarto trimestre de 2019, tenha havido melhora nos prêmios de qualidades, no custo de produção do minério no porto e na performance de metais de base.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A empresa ainda não falou na retomada da distribuição de dividendos a seus acionistas. A companhia está em conversas com a Agência Nacional de Mineração (ANM), o Ministério Público de Minas e auditorias externas sobre o plano de retomada de capacidade produtiva de 40 milhões de toneladas de minério com as operações de Timbopeba, Fábrica e Complexo Vargem Grande. Em 2019, a produção de minério de ferro da Vale despencou 21,5%.

Projeções para a Vale em 2019:

  • Lucro líquido: R$ 17,233 bilhões ( ↓ 35,8%)
  • Ebitda: R$ 69,402 bilhões ( ↑ 13,9%)
  • Receita líquida: R$ 156,942 bilhões ( ↑ 16,9%)

A melhor da turma

Chamada de “queridinha” graças à valorização de mais de 18.000% desde o fim de 2015, o Magazine Luiza conseguiu ao longo de 2019 conservar o apelido e o apreço do mercado.

O balanço da companhia no terceiro trimestre mostrou que a empresa permanece como a “melhor da turma” entre as varejistas, já que o lucro líquido acima do esperado desafiou mais uma vez as projeções dos analistas.

A grande diferença foi o desempenho do e-commerce, que cresceu 96% em um ano. Na ocasião, o BTG chamou o Magazine Luiza de “vencedor” no e-commerce brasileiro.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Além de resultados sólidos, a empresa venceu uma verdadeira quebra de braço com a Centauro para ver quem levava a Netshoes, ainda em junho, adquirindo a companhia americana por US$ 115 milhões. A empresa também obteve R$ 4,3 bilhões em uma oferta de ações que reforça o caixa em meio à competição acirrada do setor.

De quebra, em novembro, o Goldman Sachs iniciou a cobertura do papel recomendando compra, vendo potencial de alta de 24% na ação, citando sucesso na transição do offline (lojas físicas) para o omnichannel (vendas por vários canais).

O otimismo vem do próprio CEO da varejista, Frederico Trajano, que vê um inédito contexto favorável aos negócios no Brasil. Em 2019, o lucro da companhia deve ter avançado 40% na base anual.

Projeções para o Magazine Luiza em 2019:

  • Lucro líquido: R$ 848,538 milhões ( ↑ 40%)
  • Ebitda: R$ 1,501 bilhão ( ↑ 20,5%)
  • Receita líquida: R$ 19,840 bilhões ( ↑ 27,3%)

IRB Brasil atrai os holofotes

Mas de todos os balanços previstos para a semana, nenhum é tão aguardado quanto o do IRB Brasil. Assim como o Magazine Luiza, a resseguradora ostentava até bem pouco tempo o título de queridinha dos investidores, com resultados quase sempre acima das expectativas do mercado.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Mas tudo mudou no começo deste mês depois que a gestora carioca Squadra, que possui uma posição relevante vendida nas ações do IRB, publicou uma carta na qual defende que os resultados da empresa não são são sustentáveis.

Nos cálculos da Squadra, o lucro do IRB de janeiro a setembro do ano passado foi turbinado em R$ 1,5 bilhão com itens extraordinários, que não vão mais se repetir em trimestres seguintes.

A companhia defendeu os números em uma teleconferência com investidores, mas isso fez pouco ou nada para conter o mergulho de 25% das ações. Desde a publicação da primeira carta da Squadra, o IRB já perdeu mais de R$ 11 bilhões em valor de mercado.

Na disputa entre comprados e vendidos, quem saiu em defesa do IRB foi o Itaú Unibanco, dono de 11% do capital da companhia. Em teleconferência com analistas, o presidente do maior banco privado brasileiro, Candido Bracher, disse estar confortável com os números da empresa.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Contestado ou não, os analistas projetam um aumento de 33% no lucro líquido da companhia em 2019, de acordo com dados da Bloomberg.

Projeções para o IRB Brasil em 2019:

  • Lucro líquido: R$ 1,6 bilhão ( ↑ 33,2%)
  • Receita líquida: R$ 7,16 bilhões ( ↑ 24,3%)

A seguir você confere as estimativas dos analistas para os resultados das demais empresas com ações do Ibovespa que divulgam balanço nesta semana:

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
ATENÇÃO, ACIONISTAS!

CSN Mineração (CMIN3) paga quase meio bilhão de reais entre dividendos e JCP; 135 empresas antecipam proventos no final do ano

27 de dezembro de 2025 - 12:16

Companhia distribui mais de R$ 423 milhões em dividendos e JCP; veja como 135 empresas anteciparam proventos no fim de 2025

RESPIRO EXTRA

STF redefine calendário dos dividendos: empresas terão até janeiro de 2026 para deliberar lucros sem imposto

27 de dezembro de 2025 - 10:34

O ministro Kassio Nunes Marques prorrogou até 31 de janeiro do ano que vem o prazo para deliberação de dividendos de 2025; decisão ainda precisa ser confirmada pelo plenário

CONSTRUINDO O FUTURO

BNDES lidera oferta de R$ 170 milhões em fundo de infraestrutura do Patria com foco no Nordeste; confira os detalhes

26 de dezembro de 2025 - 19:44

Oferta pública fortalece projetos de logística, saneamento e energia, com impacto direto na região

FUNDO IMOBILIÁRIO

FII BRCO11 fecha contrato de locação com o Nubank (ROXO34) e reduz vacância a quase zero; XP recomenda compra

26 de dezembro de 2025 - 19:21

Para a corretora, o fundo apresenta um retorno acumulado muito superior aos principais índices de referência

BATEU O MARTELO

OPA da Ambipar (AMBP3): CVM rejeita pedido de reconsideração e mantém decisão contra a oferta

26 de dezembro de 2025 - 17:33

Diretoria da autarquia rejeitou pedido da área técnica para reabrir o caso e mantém decisão favorável ao controlador; entenda a história

PREGÃO TURBULENTO

Azul (AZUL54) chega a cair mais de 40% e Embraer (EMBJ3) entra na rota de impacto; entenda a crise nos ares

26 de dezembro de 2025 - 16:46

Azul reduz encomenda de aeronaves com a Embraer, enquanto ações despencam com a diluição acionária prevista no plano de recuperação

EXCLUSIVO

Corrida por proventos ganha força: 135 empresas antecipam remuneração; dividendos e JCP são os instrumentos mais populares

26 de dezembro de 2025 - 16:01

Recompras ganham espaço e bonificação de ações resgatáveis desponta como aposta para 2026, revela estudo exclusivo do MZ Group

NOVELA CORPORATIVA

IG4 avança na disputa pela Braskem (BRKM5) e leva operação bilionária ao Cade; ações lideram altas na B3

26 de dezembro de 2025 - 14:00

A petroquímica já havia anunciado, em meados deste mês, que a gestora fechou um acordo para assumir a participação da Novonor, equivalente a 50,1% das ações com direito a voto

GRANDE COMPRA

Nvidia fecha acordo de US$ 20 bilhões por ativos da Groq, a maior aquisição de sua história

26 de dezembro de 2025 - 13:21

Transação em dinheiro envolve licenciamento de tecnologia e incorporação de executivos, mas não a compra da startup

FIM DA DISPUTA

Banco Mercantil (BMEB4) fecha acordo tributário histórico, anuncia aumento de capital e dividendos; ações tombam na B3

26 de dezembro de 2025 - 12:30

O banco fechou acordo com a União após mais de 20 anos de disputas tributárias; entenda o que isso significa para os acionistas

DISPUTA DE ACIONISTAS

Kepler Weber (KEPL3) e GPT: minoritários questionam termos da fusão e negócio se complica; entenda o que está em jogo

26 de dezembro de 2025 - 11:45

Transações paralelas envolvendo grandes sócios incomodou os investidores e coloca em dúvida a transparência das negociações

MAIS CHINELOS NO CARRINHO

Itaúsa (ITSA4) eleva aposta em Alpargatas (ALPA4) em meio à polêmica com a dona da Havaianas

26 de dezembro de 2025 - 9:36

Nos últimos dias, a Itaúsa elevou sua fatia e passou a deter cerca de 15,94% dos papéis ALPA4; entenda a movimentação

NEGÓCIOS

Presente de Natal? Tim Cook compra ações da Nike e sinaliza apoio à recuperação da empresa

25 de dezembro de 2025 - 18:11

CEO da Apple investe cerca US$ 3 milhões em papéis da fabricante de artigos esportivos, em meio ao plano de reestruturação comandado por Elliott Hill

MAIS AÇÕES

Ampla Energia aprova aumento de capital de R$ 1,6 bilhão

25 de dezembro de 2025 - 15:15

Operação envolve capitalização de créditos da Enel Brasileiro e eleva capital social da empresa para R$ 8,55 bilhões

MARCA FIT

Alimentação saudável com fast-food? Ela criou uma rede de franquias que deve faturar R$ 240 milhões

25 de dezembro de 2025 - 8:00

Camila Miglhorini transformou uma necessidade pessoal em rede de franquias que conta com 890 unidades

CHUVA DE PROVENTOS

Dinheiro na conta: Banco pagará R$ 1,82 por ação em dividendos; veja como aproveitar

24 de dezembro de 2025 - 12:00

O Banco Mercantil aprovou o pagamento de R$ 180 milhões em dividendos

GRANDES MUDANÇAS

Azul (AZUL54) perde 58% de valor no primeiro pregão com novo ticker — mas a aérea tem um plano para se recuperar

24 de dezembro de 2025 - 11:15

A Azul fará uma oferta bilionária que troca dívidas por ações, na tentativa de limpar o balanço e sair do Chapter 11 nos EUA

COMPRAR OU VENDER?

O alinhamento dos astros para a Copasa (CSMG3): revisão tarifária, plano de investimento bilionário e privatização dão gás às ações 

24 de dezembro de 2025 - 10:38

Empresa passa por virada estratégica importante, que anima o mercado para a privatização, prevista para 2026

ATENÇÃO, ACIONISTAS!

B3 (B3SA3) e Mills (MILS3) pagam mais de R$ 2 bilhões em dividendos e JCP; confira prazos e condições

23 de dezembro de 2025 - 19:38

Dona da bolsa brasileira anunciou R$ 415 milhões em JCP e R$ 1,5 bilhão em dividendos complementares, enquanto a Mills aprovou dividendos extraordinários de R$ 150 milhões

COMPRAR OU VENDER?

2026 será o ano do Banco do Brasil (BBAS3)? Safra diz o que esperar e o que fazer com as ações

23 de dezembro de 2025 - 19:33

O Safra estabeleceu preço-alvo de R$ 25 para as ações, o que representa um potencial de valorização de 17%

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar