Marisa (AMAR3) ganha tempo em impasse sobre balanços; entenda o imbróglio da varejista com a CVM
No início do mês, a autarquia havia determinado que a varejista de moda constituísse provisões sobre processos tributários envolvendo a M Serviços, controlada indireta da Marisa
Após a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) mandar a Marisa (AMAR3) refazer os balanços dos últimos três anos, agora a companhia conseguiu ganhar tempo para cumprir a exigência da xerife do mercado de capitais brasileiro. A varejista de moda informou na terça-feira (28) que a autarquia aceitou o pedido da Marisa para suspender temporariamente a determinação de refazer suas demonstrações financeiras.
Segundo fato relevante, a decisão provisória, conhecida como “efeito suspensivo”, garante que a empresa não precisará alterar seus números até que o recurso apresentado seja analisado pela CVM.
A obrigatoriedade de refazer as demonstrações financeiras anuais de 2022 a 2024 e os formulários de informações trimestrais de 2023 a 2025 havia sido anunciada pela própria Marisa em um fato relevante de 3 de outubro.
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O impasse entre a Marisa e a CVM
No início do mês, a CVM havia determinado que a Marisa constituísse provisões sobre processos tributários envolvendo a M Serviços, controlada indireta da companhia e que atua como prestadora de serviços das lojas.
Provisões são valores separados nas demonstrações financeiras para cobrir obrigações futuras prováveis, mas ainda não completamente definidas. Com a determinação original da CVM, a Marisa precisaria refazer os balanços dos últimos três anos para incluí-las, o que poderia impactar indicadores financeiros.
A empresa argumenta que, nas notas explicativas das demonstrações de 31 de dezembro de 2024, seus assessores jurídicos classificaram a probabilidade de perda desses processos como “possível”, termo que, segundo as normas contábeis, não exige a constituição de provisão.
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Além disso, a Marisa lembra que, recentemente, houve uma decisão administrativa favorável à companhia, o que reforçou a decisão de não criar provisões até o momento.
No entanto, a área técnica da CVM entende que o reconhecimento das provisões é necessário.
Vale lembrar que o último balanço anual da Marisa foi divulgado com ressalvas da empresa de auditoria BDO. Segundo a companhia, o passivo não circulante da varejista está subavaliado e o patrimônio líquido está superavaliado em R$ 195,6 milhões. Além disso, o prejuízo do exercício de 2024 está subavaliado em R$ 40,9 milhões.
Sem as provisões, a Marisa registrou um prejuízo líquido de R$ 315,8 milhões em 2024. Atualmente, a varejista tem valor de mercado de pouco mais de R$ 600 milhões na B3.
O balanço do terceiro trimestre da empresa está previsto para ser divulgado no dia 14 de novembro.
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