Isa Energia (ISAE4) confirma captação de R$ 2 bilhões em debêntures — mercado segue de olho na dívida da companhia
Recursos serão usados no reembolso de despesas de um projeto de transmissão elétrica; captação ocorre em meio ao avanço da alavancagem da companhia

Em meio às preocupações do mercado sobre o aumento da alavancagem da Isa Energia (ISAE4), a companhia anunciou, nesta segunda-feira (20), que concluiu a coleta de intenções de investimento para sua 20ª emissão de debêntures simples. O valor total da operação foi de R$ 2 bilhões.
A companhia já havia sinalizado ao mercado a nova emissão, mas agora confirmou os termos finais da oferta. O dinheiro será usado para o reembolso de gastos, despesas ou dívidas relacionadas a um projeto de transmissão elétrica com início em setembro de 2022.
Segundo o comunicado, a operação soma R$ 2 bilhões, divididos em 2 milhões de debêntures simples, com valor nominal de R$ 1 mil por papel.
Na prática, a 20ª emissão foi estruturada em duas séries distintas, desenhadas para atender perfis e prazos de investimento diferentes. Serão 1 milhão de títulos em cada série.
A primeira série oferece juros de 6,6598% ao ano, com prazo de 12 anos. Já a segunda série paga 6,6382% ao ano, com prazo de 15 anos.
A emissão foi classificada como AAA(bra) pela Fitch Ratings, o mais alto grau de risco de crédito no país.
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A oferta é destinada exclusivamente a investidores profissionais e foi coordenada por BTG Pactual, Itaú BBA, Santander e UBS BB.
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As preocupações envolvendo a Isa Energia
A antiga Isa Cteep passa por um período de aumento da alavancagem, o que tem gerado dúvidas entre investidores.
O avanço das dívidas pode indicar maior aperto financeiro, mas a administração afirma que o movimento é planejado e estratégico.
Desde 2020, a alavancagem medida pela relação dívida líquida/Ebitda subiu de 1 vez para cerca de 3 vezes atualmente.
E pode ficar ainda maior: a expectativa é que esse número chegue a 4 vezes até o fim de 2028, antes de iniciar um processo gradual de desalavancagem.
Durante o Investor Day da companhia, a CFO da empresa, Silvia Wada, afirmou que o aumento da dívida tem um fim nobre: necessidade de fortalecer a estrutura de capital e ampliar a diversificação de receitas.
A executiva explicou que o movimento busca garantir que, com o fim da Rede Básica Sistema Existente (RBSE) financeira em 2028, a empresa não reduza de tamanho.
Esses investimentos são considerados essenciais para assegurar novas fontes de receita e perenidade dos fluxos de caixa no longo prazo.
No segundo trimestre, a dívida líquida da companhia ficou em foi de R$ 12,8 bilhões, com relação dívida líquida sobre Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de 3,4 vezes.
O capex (investimentos) atingiu R$ 1,1 bilhão, sendo R$ 723 milhões destinados a projetos greenfield — de novas linhas e subestações — e R$ 379 milhões aplicados em retrofits e melhorias na infraestrutura existente.
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