🔴 A TEMPORADA DE BALANÇOS DO 2T25 VAI COMEÇAR: ACOMPANHE A COBERTURA COMPLETA

Bia Azevedo

Bia Azevedo

Jornalista pela Universidade de São Paulo (USP), já trabalhou como coordenadora e editora de conteúdo das redes sociais do Seu Dinheiro e Money Times. Além disso, é pós-graduada em Comunicação digital e Business intelligence pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM).

AÇÃO DO MÊS

Cinco ações empatam entre as mais recomendadas para o mês de julho; confira quais são

Os cinco papéis receberam duas recomendações cada entre as 12 corretoras consultadas pelo Seu Dinheiro

Bia Azevedo
Bia Azevedo
3 de julho de 2025
15:30 - atualizado às 14:05
Medalha de ouro de primeiro lugar
Imagem: sergign/Shutterstock

O Ibovespa foi coroado como o melhor investimento da primeira metade do ano, com ganhos de mais de 15% no semestre e destaque para algumas ações, que mais que dobraram de valor no período.

Por mais que o desempenho seja de brilhar os olhos, quem aproveitou aproveitou. Afinal, a velha máxima de “ganhos passados não garantem retornos futuros” é clássica por um motivo: quase sempre funciona.

Por isso, com o início da segunda metade de 2025, é hora de olhar para os papéis que têm potencial de colocar ainda mais ganhos gordos no bolso do acionista — e, em julho, essa disputa está acirrada.

Isso porque a medalha de ouro de ação mais indicada para o período ficou dividida entre cinco papéis. São eles: BB Seguridade (BBSE3), BTG Pactual (BPAC11), Embraer (EMBR3), JBS (JBSS32) e Motiva (MOTV3). Todos com duas recomendações cada.

Confira as principais apostas dos analistas para investir em ações na bolsa em julho

Entendendo a Ação do Mês: todos os meses, o Seu Dinheiro consulta as principais corretoras do país para descobrir quais são as apostas para o período. Dentro das carteiras recomendadas, normalmente com até 10 papéis, os analistas indicam os três prediletos. Com o ranking nas mãos, selecionamos os que contaram com pelo menos duas indicações.

BB Seguridade (BBSE3)

Começando em ordem alfabética, a holding do Banco do Brasil (BBAS3) aparece na lista por ser uma opção sólida e bem posicionada no setor. Além disso, também há o foco nos resultados do segundo trimestre e no pagamento de dividendos.

Leia Também

O esperado é que a companhia pague R$ 3,75 por ação em dividendos até o final de 2025, com um dividend yield de 10,7%. Cabe lembrar que a seguradora já aprovou a distribuição de R$ 3,77 bilhões em proventos aos acionistas, referente ao lucro líquido do primeiro semestre de 2025. 

Para o segundo trimestre, os analistas projetam um resultado estável, com boas margens. Nos primeiros três meses do ano, a seguradora registrou lucro líquido de R$ 1,995 bilhão, uma alta de 8,3% em relação ao mesmo período do ano passado. No entanto, na comparação trimestre a trimestre, o resultado foi 8,2% menor.

Segundo a companhia, o desempenho dessa linha do balanço refletiu, principalmente, o avanço financeiro da Brasilseg, seguradora ligada ao conglomerado, além da melhora nos índices de sinistralidade da carteira na base anual.

Outros destaques positivos vieram da BB Corretora — responsável pela comercialização dos produtos das controladas nos canais do Banco do Brasil — e da Brasilprev, que se beneficiou especialmente da performance de sua carteira financeira.

Porém, a retração do lucro frente ao trimestre anterior foi puxada principalmente pelo aumento da sinistralidade no segmento rural, após um segundo semestre de 2024 atipicamente positivo.

O índice de sinistralidade (com resseguro) atingiu 32,65%, alta de 4,91 pontos percentuais em relação aos últimos três meses do ano passado, pressionando os resultados da Brasilseg, que teve queda de 12,9% no lucro trimestre a trimestre. 

Não dá para esquecer também que a má fase do agronegócio está afetando bastante o próprio Banco do Brasil, que tem cerca de um terço do portfólio exposto ao setor.

O esperado para o ano na BB Seguridade, de acordo com o guidance de 2025 fornecido pela seguradora, é de um lucro líquido de R$ 9 bilhões, que implica em um crescimento de 11% ano a ano. 

Isso leva em conta  os benefícios de uma taxa Selic mais alta, além de uma base de comparação “mais fácil” após um ano fraco para os resultados financeiros da BrasilPrev, braço de previdência privada da companhia. 

Fora isso, na visão dos analistas, a ação estaria sendo negociada com um valuation atrativo. Ou seja, está barata. 

BTG Pactual (BPAC11)

A ação do BTG aparece na lista das mais recomendadas por ser um banco de primeira linha e que deve apresentar resultados robustos no segundo trimestre de 2025. 

O BTG começou 2025 com o pé direito, com lucro líquido ajustado de R$ 3,37 bilhões no primeiro trimestre. O montante equivale a um crescimento de 16,5% em relação ao mesmo período do ano anterior e de 2,7% ante o trimestre imediatamente anterior.

O resultado também superou as expectativas do mercado, que projetava um lucro líquido de R$ 3,289 bilhões para o período, de acordo com estimativas do Itaú BBA. 

Por sua vez, a rentabilidade do banco de investimentos também avançou, atingindo a marca de 23,2%, um acréscimo de 0,4 ponto percentual na base ano a ano.

Com o resultado, essa linha do balanço do BTG superou os níveis dos principais concorrentes privados, como Itaú Unibanco (ITUB4), Santander (SANB11) e Bradesco (BBDC4).

Na visão do Bank of America, a ação é uma das favoritas no setor. De acordo com um relatório divulgado, os papéis são considerados como essenciais, dada a previsibilidade de seus resultados e o histórico de boa execução.

Embraer (EMBR3)

Já as ações da Embraer seguem em dez mil pés (direitos) no mês de julho, de acordo com os analistas. Na última quarta-feira (2), a fabricante de aviões reportou um aumento de 30% nas entregas de aeronaves no segundo trimestre de 2025 na comparação anual. No total, foram 61 unidades.

Em relação aos últimos três meses do ano passado, o avanço foi de 103%. Na aviação comercial, foram 19 jatos entregues, em um aumento de mais de 170% em relação ao intervalo entre abril e junho de 2024.

Para o BTG Pactual, os resultados vieram mais fortes do que o esperado em todos os segmentos. 

Além disso, no começo deste mês, a empresa também anunciou um acordo com a  Scandinavian Airlines (SAS) para a venda de 45 jatos E195-E2, com direito de compra de 10 aeronaves adicionais. Excluindo as opções de compra, o valor total do negócio chega a US$ 4 bilhões.

Na visão do Santander, essa notícia é um desenvolvimento positivo para a Embraer. Isso porque indica que a demanda por esses jatos está crescendo. Vale lembrar que o lançamento da segunda geração de E-Jets foi afetada pela pandemia, que adiou um potencial aumento na demanda por esses modelos.

JBS (JBSS32) novamente entre as ações mais recomendadas

Aparecendo no pódio pelo segundo mês consecutivo, os papéis da JBS ainda vivem o deslumbre nova-iorquino. Com a mudança oficial para a Nyse, bolsa de valores de Nova York, o foco dos investidores sai do desempenho de curto prazo e migra para o potencial de reprecificação (re-rating) das ações.

Isso porque agora as ações da JBS tendem a fechar o gap de valuation em relação às concorrentes globais: a Tyson Foods e a PPC (Pilgrim’s Pride Corporation) — que, apesar de competir diretamente, é controlada pela própria JBS.

Além disso, a mudança de endereço dá acesso a uma base maior de investidores e aumenta sua visibilidade entre players globais — o que facilita comparações com pares internacionais —, além de melhorar a flexibilidade para utilizar ações como fonte de financiamento, inclusive por meio de eventuais emissões de capital.

Uma estimativa apresentada pela companhia em um evento recente mostra que, em cinco anos, o valor de mercado da JBS poderá atingir entre US$ 75 bilhões a US$ 80 bilhões, em relação ao valor estimado atualmente, na casa dos US$ 31 bilhões.

As ações estão atualmente sendo negociadas a um múltiplo de 4,8 vezes EV/Ebitda, uma métrica financeira que avalia o valor de uma empresa em relação ao seu lucro operacional. Segundo a JBS, esse múltiplo pode alcançar até 8,4 vezes.

Os analistas ressaltam que a ação está desalavancada e vem entregando resultados fortes no mundo todo — um pouco mais pressionada com margem nos Estados Unidos, mas mesmo assim muito boa. 

Para o BTG Pactual, esse momento é uma oportunidade única de investir na “maior e mais diversificada empresa de alimentos do mundo, com uma trajetória de crescimento sólido e estratégias claras de expansão para os próximos anos”.

Na visão deles, a JBS, construída com base em uma estratégia de fusões e aquisições agressiva, sempre combinando dívida e capital próprio, agora caminha para um novo patamar. Com a entrada nos Estados Unidos, a JBS não só planeja aumentar seu número de aquisições, mas também expandir suas operações a uma escala global ainda maior. 

A introdução de diferentes classes de ações e uma estrutura de capital mais flexível proporcionarão à empresa recursos sem precedentes para atingir esses objetivos.

“Se o futuro de JBS nas bolsas de valores for tão promissor quanto seu passado, o mercado pode esperar grandes conquistas da gigante do setor alimentício nos próximos anos”, afirma o relatório.

Motiva (MOTV3)

A empresa passa por uma virada estratégica. Em maio de 2025, a Motiva assinou um aditivo contratual com o Governo de São Paulo nas concessões das Linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda, operadas pela sua subsidiária ViaMobilidade. 

O acordo prevê o investimento adicional de R$ 1,09 bilhão para substituir o sistema de sinalização das duas linhas pelo sistema europeu de controle ferroviário, o ETCS-N2.  

Também ficou estabelecido o recebimento de R$ 590 milhões em pagamentos do Estado à empresa, como uma espécie de “reembolso” ao longo de sete anos. 

Além disso, o acordo estipula a liquidação de R$ 179 milhões em multas e supressão de R$ 364 milhões em obrigações de investimentos, resultando em um ganho líquido estimado de R$ 1,1 bilhão para a Motiva.

Na visão dos analistas, isso traz um alívio financeiro para a empresa, com ressarcimento parcial e suspensão de penalidades, reduzindo riscos e melhorando a execução. 

Além disso, a companhia vem avançando no ganho de eficiência, com maior disciplina de capital e foco em rentabilidade.

Para tal, a empresa tem focado em se livrar das operações não rentáveis. Um exemplo disso, de acordo com os analistas, é o encerramento das atividades de barcas no Rio de Janeiro, em fevereiro deste ano.

“O desempenho nas concessões de mobilidade urbana e aeroportos mostra resiliência e crescimento, reforçando a qualidade do portfólio. Apesar dos juros altos, a TIR [Taxa interna de Retorno] real implícita de 11,6% indica valorização atrativa”, escreveram analistas da Terra Investimentos em relatório.

Para mais, o tráfego nas principais concessões segue tendência positiva. A Motiva também se beneficia da estabilidade regulatória e de uma agenda de eficiência bem executada.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
QUASE LÁ

Com aval do Ibama, Prio (PRIO3) dá passo importante no projeto Wahoo; BofA vê gatilho para investidores

18 de julho de 2025 - 17:54

A próxima etapa para a petroleira é a emissão de licença de instalação no poço localizado na Bacia de Campos, Espírito Santo

DE OLHO EM WALL STREET

BR Partners (BRBI11) cruza fronteiras e leva suas ações para o mercado americano via ADRs

18 de julho de 2025 - 16:26

Estreia nos EUA será por meio de ADRs Nível II, lastreado em units

RESPOSTA FLEXÍVEL

Por que um gigante de Wall Street vê oportunidade de ganho nas ações da Vale (VALE3)

18 de julho de 2025 - 15:39

O Bank of America se encontrou com executivos da mineradora e os analistas veem motivos para confiar no crescimento da empresa no médio e longo prazo

VENDA À VISTA?

Por que as ações da Cosan (CSAN3) e Vibra (VBBR3) estão em queda nesta sexta (18)? Rumor de venda de subsidiária pode ser o motivo

18 de julho de 2025 - 13:04

Segundo o Brazil Journal, as empresas iniciaram conversas para negociar a venda de uma subsidiária que atua no setor de lubrificantes automotivos e industriais

NEGÓCIO EM ESPERA

Totvs (TOTS3) diz que ainda negocia com a Stone (STNE) a compra da Linx, mas nega busca por financiamento

18 de julho de 2025 - 12:27

Empresa rebate reportagem sobre suposta movimentação com bancos e diz que ainda não assinou contrato definitivo

TEM MELHORES

Santander rebaixa recomendação para ações da B3 (B3SA3) e indica que tem opções melhores para se investir; veja quais

18 de julho de 2025 - 11:37

Relatório aponta volumes de negociação fracos, apesar do bom desempenho, e sinaliza empresas que oferecem múltiplos mais promissores no cenário atual

PARA AGRADAR LULA

Petrobras (PETR4) avalia voltar ao mercado de venda de combustíveis para conter preços ao consumidor, mas há pedras no caminho

18 de julho de 2025 - 10:40

A proposta buscaria resolver a insatisfação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em relação ao preço dos combustíveis

ENTRE PLANILHAS E PROMPTS

Claude, inteligência artificial da Anthropic, ganha versão para o mercado financeiro

17 de julho de 2025 - 21:06

Ferramenta foi criada para aproximar IAs generativas do trabalho de analistas e gestores

BALANÇO

Nem K-Pop, nem Golden: dólar fraco ajuda, Netflix supera previsão de resultado no 2T25 e projeta receita maior para o ano

17 de julho de 2025 - 18:15

O crescimento saudável do número de assinantes e das vendas de anúncios também apoiaram o desempenho da gigante do streaming entre abril e junho; confira os números

UM CONTRA TRÊS

Lucro bilionário e liderança isolada: JP Morgan vale mais do que os três maiores concorrentes juntos

17 de julho de 2025 - 16:51

O banco norte-americano seguiu em expansão no segundo trimestre e encerrou o período com US$ 1,5 trilhão em ativos — US$ 1 trilhão à frente do segundo colocado

ESG NA PRÁTICA

Engie Brasil Energia (EGIE3) levanta R$ 2,2 bilhões em estreia nas debêntures verdes 

17 de julho de 2025 - 16:00

Recursos serão destinados a parques renováveis, transmissão e modernização hidrelétrica

HORA DE COMPRAR

Totvs (TOTS3) já sobe 60% no ano; entenda os motivos por trás da alta e se ainda há espaço para mais, segundo o Itaú BBA

17 de julho de 2025 - 15:54

As ações da Totvs são vistas como escolha de qualidade e defensiva para investidores de longo prazo; entenda

IMPACTO NO LUCRO

Até o Banco do Brasil (BBAS3) pode pagar a conta das tarifas de Trump: Moody’s revela o impacto da guerra comercial para os bancos brasileiros

17 de julho de 2025 - 15:44

Para a Moody’s, o setor financeiro já vivia um cenário complexo, dadas as taxas de juros elevadas e as tendências de inadimplência — e as tarifas dos EUA devem ajudar a complicar a situação

EXPETATIVAS ALTAS

Weg (WEGE3) avança na bolsa: tarifas não assustam mercado, enquanto analistas enxergam papéis “baratos” antes do 2T25

17 de julho de 2025 - 15:08

Com queda acumulada no ano e expectativa de alta na demanda, mercado volta a apostar em recuperação das ações ainda em 2025

ENGORDANDO O CAIXA

Gafisa (GFSA3) aumenta oferta de follow-on em R$ 27 milhões e amplia “presente” aos acionistas que participarem; entenda

17 de julho de 2025 - 13:06

As modificações atingem a “vantagem adicional gratuita”, que é disponibilizada aos investidores que decidirem participar

CHAPTER 11

Gol (GOLL54) emite mais de 9 trilhões de ações e conclui capitalização bilionária; confira os detalhes da reestruturação

17 de julho de 2025 - 13:06

A operação teve como objetivo converter em ações os créditos devidos pela Gol, conforme o plano de recuperação judicial aprovado na Justiça dos EUA

VEM TROCA DE CONTROLE?

Cade dá sinal verde para Nelson Tanure comprar controle da Braskem (BRKM5) mesmo sem OPA. O que falta para a aquisição sair do papel?

17 de julho de 2025 - 11:09

O Cade aprovou, sem restrições, a potencial transação proposta pelo empresário. No entanto, há outras etapas a serem concluídas antes que uma eventual troca de controle se concretize

RESULTADOS OFUSCADOS

Um cliente, US$ 52 bilhões a menos: a saída inesperada que derrubou as ações da BlackRock; entenda o que aconteceu

16 de julho de 2025 - 17:07

No pregão da última terça-feira (15), as ações da gestora listadas na bolsa de Nova York chegaram a desabar 7% após a divulgação dos resultados

MERCADO DE BIOENERGIA

Para o BTG, venda da Santa Elisa mostra pressa da Raízen (RAIZ4) em ganhar eficiência

16 de julho de 2025 - 16:18

Analistas enxergam movimento simbólico na reestruturação da companhia e destacam impacto operacional além do financeiro

DESTAQUES DA BOLSA

Usiminas (USIM5): Os seis motivos que explicam por que o Goldman Sachs rebaixou as ações — um deles tem a ver com a CSN (CSNA3)

16 de julho de 2025 - 15:11

As ações encerraram o dia com a maior queda do Ibovespa depois de o banco rebaixar as ações citando a China e a CSN entre as razões

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar