Ibovespa avança e Nasdaq tem o melhor desempenho diário desde maio; saiba o que mexeu com a bolsa hoje
Entre as companhias listadas no Ibovespa, as ações cíclicas puxaram o tom positivo, em meio a forte queda da curva de juros brasileira
O Ibovespa concentrou as atenções na política monetária, com revisão das estimativas para Selic no Boletim Focus e novas declarações do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo.
Enquanto o principal índice da bolsa brasileira terminou as negociações desta segunda-feira (24) com alta de 0,33%, aos 155.277,56 pontos, o dólar à vista encerrou o dia a R$ 5,3950, com baixa de 0,12%.
Em evento na Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Galípolo reforçou que o BC está dependente de dados e que está “insatisfeito” com expectativas de inflação. Ele ainda disse que as críticas do governo à taxa de juros “não incomodam”.
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“Toda vez que for necessário, o BC vai usar a taxa de juros”, acrescentou.
Por sua vez, o mercado reduziu as projeções para a Selic no próximo ano. Os economistas consultados pelo BC reduziram as projeções para a taxa de juros de 12,25% para 12% em 2026, no Boletim Focus desta segunda-feira (24). Para este ano, a estimativa da taxa segue em 15% ao ano.
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As expectativas para inflação também foram ajustadas para baixo. Os economistas veem o Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA) a 4,45% no final de 2025, ante a 4,46% há uma semana. Essa é a segunda redução consecutiva, com a projeção dentro do intervalo de tolerância da meta perseguida pela autarquia, de 3% com margem de 1,5 ponto percentual.
Altas e quedas do Ibovespa
Entre as companhias listadas no Ibovespa, as ações cíclicas puxaram o tom positivo, em meio a forte queda da curva de juros brasileira – apoiada pelo alívio nos rendimentos dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos e dados de arrecadação recorde em outubro.
MRV (MRVE3) e Assaí (ASAI3) lideraram os ganhos. Já a ponta negativa foi encabeçada por CSN Mineração (CMIN3). Na última sexta-feira (21), a companhia anunciou a aprovação de um programa de alienação envolvendo até a totalidade das ações de sua emissão que estão na tesouraria da companhia.
O programa terá duração de 18 meses e tem como objetivo a venda no mercado de até 53.294.297 ações CMIN3. Atualmente, a empresa tem 1,65 bilhão de papéis em circulação.
Entre os pesos-pesados, as ações dos bancos fecharam majoritariamente em queda, enquanto os investidores acompanham os desdobramentos da liquidação do Banco Master e eventuais implicações no Fundo Garantidor de Crédito (FGC).
As bolsas em Nova York
Os índices em Wall Street estenderam os ganhos da sessão anterior e tiveram mais um dia de fortes ganhos, com novas declarações de dirigentes do Federal Reserve — que reforçaram as apostas de corte nos juros em dezembro. O avanço nas conversas entre o governo Trump e a China e a retomada de otimismo com a Inteligência Artificial (IA) também dividiram as atenções.
Confira o fechamento dos índices:
- Dow Jones: +0,44%, aos 46.448,27 pontos;
- S&P 500: +1,55%, aos 6.705,12 pontos;
- Nasdaq: +2,69%, aos 22.872,00 pontos.
Em destaque, o índice Nasdaq encerrou a sessão com o melhor desempenho diário desde maio, apoiado por salto de mais de 6% das ações da Alphabet. Na semana passada, a dona do Google anunciou uma nova versão da sua plataforma de IA, o Gemini 3.
Além disso, o mercado reagiu a uma reunião interna “vazada” da Nvidia. Na ocasião, o CEO Jesen Huang afirmou que a empresa vive em um “beco sem saída” em relação à possível bolha de IA. As informações são do site Business Insider.
“Se tivéssemos apresentado um trimestre ruim, isso seria prova de que existe uma bolha de IA. Se tivéssemos apresentado um trimestre excelente, estaríamos alimentando a bolha de IA”, disse ele aos funcionários. “Se tivéssemos ficado um pouco abaixo, se tivéssemos parecido um pouco instáveis, o mundo inteiro teria desmoronando.”
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O que movimentou Wall Street?
O apetite a risco se estendeu nos mercados com o aumento da aposta de afrouxamento monetário nos Estados Unidos.
Dessa vez, o diretor do Federal Reserve (Fed, Banco Central dos EUA), Christopher Waller, afirmou que dados disponíveis indicam que o mercado de trabalho norte-americano continua fraco o suficiente para justificar outro corte nos juros na próxima reunião do Comitê Federal do Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), que acontece entre os dias 9 e 10 de dezembro.
Desde a última reunião do Fed, “a maior parte dos dados do setor privado e dos dados anedóticos que obtivemos é que nada realmente mudou. O mercado de trabalho está fraco. Ele continua enfraquecido”, e espera-se que a inflação desacelere, disse Waller à Fox Business.
Ele ainda afirmou que cortar os juros em “janeiro pode ser um pouco mais complicado, porque teremos uma enxurrada de dados sendo divulgados”.
“Se eles [os dados] forem consistentes com o que temos visto, então é possível defender janeiro. Mas se, de repente, os dados mostrarem uma recuperação da inflação ou do emprego ou se a economia estiver decolando, isso pode gerar preocupação” quanto a um novo corte nas taxas, acrescentou Waller.
Perto do fechamento, a ferramenta FedWatch, do CME Group, apontava 80,9% de chance de o Fed reduzir os juros para a faixa de 3,50% a 3,75% ao ano. Na última sexta-feira (24), a probabilidade era de 71,0%. Por sua vez, a expectativa de manutenção dos juros caiu de 29,0% para 19,1% hoje.
As questões geopolíticas também dividiram as atenções. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que teve uma ligação telefônica “muito boa” com o presidente chinês, Xi Jinping, nesta segunda-feira (24), durante a qual os líderes discutiram a guerra na Ucrânia, o tráfico de fentanil e um acordo para os agricultores.
“Fizemos um bom e muito importante acordo para nossos Grandes Agricultores – e ele só vai melhorar. Nosso relacionamento com a China é extremamente forte!”, disse ele em uma postagem no Truth Social. Trump também disse que havia aceitado o convite de Xi para visitar a China em abril e que Xi visitaria os EUA mais à frente no ano.
*Com informações do Money Times
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