Rede D’Or (RDOR3) cai na B3 com balanço mais fraco que o esperado no 4T24 — mas segue como a ação favorita dos analistas em saúde
O desempenho negativo dos papéis hoje acompanha a frustração dos investidores com a performance do segmento de hospitais; veja o que desagradou o mercado

A Rede D’Or (RDOR3) iniciou o pregão desta terça-feira (11) febril, liderando a lista de maiores quedas do Ibovespa após um balanço mais fraco que o esperado pelo mercado.
Logo na abertura da sessão, as ações caíam 4,02%, negociadas a R$ 26,52. No acumulado do ano, porém, a rede de hospitais ainda marca valorização da ordem de 5% na B3.
- VEJA MAIS: De ações a criptomoedas, conheça os ativos mais promissores para investir neste mês no “Onde Investir em Março”, do Seu Dinheiro
Em termos gerais, o resultado da gigante de saúde no quarto trimestre de 2024 veio em linha com o previsto pelos analistas. Veja os destaques do balanço:
- Lucro líquido ajustado: R$ 932,1 milhões (+29,3% a/a);
- Ebitda ajustado consolidado: R$ 2,3 bilhões (+30,6% a/a);
- Receita líquida: R$ 13 bilhões (+9,4% a/a);
- Despesas gerais e administrativas: -R$ 721,1 (+5,9% a/a);
No entanto, o desempenho negativo dos papéis hoje acompanha a frustração dos investidores com a performance do segmento de hospitais, principalmente devido a margens mais fracas e aberturas de leitos aquém do esperado.
A linha do balanço da Rede D’Or que pressiona as ações hoje
A Rede D’Or adicionou 27 leitos no quarto trimestre em relação ao 3T24 e 259 leitos operacionais a mais que no final de 2023. Com isso, a rede encerrou 2024 com 13.054 leitos totais — incremento de 1.317 leitos frente ao final de 2023.
Ao longo do ano passado, a empresa também inaugurou cinco novos hospitais, incluindo as primeiras unidades da Atlântica D’Or em parceria com a Bradesco Seguros. Já a taxa média de ocupação de leitos renovou recordes e chegou a 79,6% em 2024.
Leia Também
Do ponto de vista financeiro, o Ebitda da divisão de hospitais e oncologia atingiu R$ 1,5 bilhão, aumento de 7,6% frente ao 4T23, mas queda de 28,4% no comparativo trimestral, devido ao efeito sazonal que usualmente reduz a alavancagem operacional ao final do período.
A margem Ebitda, por sua vez, caiu 0,9 ponto percentual em relação ao quarto trimestre de 2023 e 8,1 p.p em comparação com o trimestre imediatamente anterior, para 21,8%.
Na visão do Goldman Sachs, a rentabilidade foi a principal culpada pela frustração, com queda na margem Ebitda principalmente devido a custos com pessoal mais altos.
“Isso, juntamente com as tímidas 27 aberturas de leitos operacionais no trimestre em relação ao trimestre anterior (contra nossas projeções, de 157), impactou negativamente as recentes adições de capacidade da empresa”, avaliou o banco.
Para o BTG Pactual, apesar do crescimento mais moderado no segmento hospitalar, a Rede D’Or encerrou 2024 com uma expansão de Ebitda de dois dígitos nesse segmento, “um resultado que pode não ser excepcional, mas considerado razoável”.
“O crescimento substancial nos custos com pessoal e serviços de terceiros foram os pontos negativos dos resultados, pressionando a margem do segmento, ofuscando o sólido crescimento do tíquete médio e a gestão eficaz de negações de sinistros (glosas) no trimestre”, disse o Itaú BBA.
O destaque positivo do balanço da Rede D’Or no 4T24
Na visão do BTG, o grande destaque dos resultados de 2024 foi a divisão de seguros, que “se recuperou em um ritmo muito mais acelerado do que o inicialmente esperado”.
A SulAmérica registrou uma forte adição líquida de beneficiários e sinistralidade saudável no quarto trimestre, com crescimento da receita impulsionado por reajustes de preços expressivos e pelo crescimento robusto da base de clientes de saúde.
“Enquanto já esperávamos a manutenção de fortes tendências de sinistralidade na SulAmérica, recebemos com satisfação a sólida adição líquida de 53 mil beneficiários de saúde, que consideramos o principal ponto positivo do 4T24”, disse o Goldman.
- VEJA MAIS: Onde investir em março? Analistas recomendam as melhores ações, fundos imobiliários, BDRs e criptomoedas para este mês
O que fazer com as ações RDOR3 agora?
O BTG manteve recomendação de compra para as ações RDOR3, que continuam como a principal escolha do banco no setor de saúde.
“Olhando para 2025, continuamos vendo a Rede D’Or bem posicionada para melhorar ainda mais a rentabilidade do segmento de seguros, o que pode levar a revisões positivas nos lucros, enquanto esperamos um crescimento maior na divisão hospitalar, dado os lançamentos recentes”, disse o banco.
O Goldman Sachs também tem recomendação de compra para a Rede D’Or (RDOR3).
Apesar das tendências mais fracas que o esperado observadas na divisão hospitalar, o Itaú BBA também se manteve otimista sobre a Rede D’Or devido a:
- Forte posição no mercado;
- Aumento da capacidade de leitos nos hospitais dentro da JV com a Bradesco Saúde;
- Crescimento substancial dos lucros da divisão de seguros.
Os analistas continuaram com recomendação “outperform”, correspondente a compra, para as ações RDOR3.
A estratégia deste novo fundo de previdência global é investir somente em ETFs — entenda como funciona o novo ativo da Investo
O produto combina gestão passiva, exposição internacional e benefícios tributários da previdência em uma carteira voltada para o longo prazo
De fundo imobiliário em crise a ‘Pacman dos FIIs’: CEO da Zagros revela estratégia do GGRC11 — e o que os investidores podem esperar daqui para frente
Prestes a se unir à lista de gigantes do mercado imobiliário, o GGRC11 aposta na compra de ativos com pagamento em cotas. Porém, o executivo alerta: a estratégia não é para qualquer um
Dólar fraco, ouro forte e bolsas em queda: combo China, EUA e Powell ditam o ritmo — Ibovespa cai junto com S&P 500 e Nasdaq
A expectativa por novos cortes de juros nos EUA e novos desdobramentos da tensão comercial entre as duas maiores economias do mundo mexeram com os negócios aqui e lá fora nesta terça-feira (14)
IPO reverso tem sido atalho das empresas para estrear na bolsa durante seca de IPOs; entenda do que se trata e quais os riscos para o investidor
Velocidade do processo é uma vantagem, mas o fato de a estreante não precisar passar pelo crivo da CVM levanta questões sobre a governança e a transparência de sua atuação
Ainda mais preciosos: ouro atinge novo recorde e prata dispara para máxima em décadas
Tensões fiscais e desconfiança em moedas fortes como o dólar levam investidores a buscar ouro e prata
Sparta mantém posição em debêntures da Braskem (BRKM5), mas fecha fundos isentos para não prejudicar retorno
Gestora de crédito privado encerra captação em fundos incentivados devido ao excesso de demanda
Bolsa ainda está barata, mas nem tanto — e gringos se animam sem pôr a ‘mão no fogo’: a visão dos gestores sobre o mercado brasileiro
Pesquisa da Empiricus mostra que o otimismo dos gestores com a bolsa brasileira segue firme, mas perdeu força — e o investidor estrangeiro ainda não vem em peso
Bitcoin (BTC) recupera os US$ 114 mil após ‘flash crash’ do mercado com Donald Trump. O que mexe com as criptomoedas hoje?
A maior criptomoeda do mundo voltou a subir nesta manhã, impulsionando a performance de outros ativos digitais; entenda a movimentação
Bolsa fecha terceira semana no vermelho, com perdas de 2,44%; veja os papéis que mais caíram e os que mais subiram
Para Bruna Sene, analista de renda variável na Rico, “a tão esperada correção do Ibovespa chegou” após uma sequência de recordes históricos
Dólar avança mais de 3% na semana e volta ao patamar de R$ 5,50, em meio a aversão ao risco
A preocupação com uma escalada populista do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez o real apresentar de longe o pior desempenho entre divisas emergentes e de países exportadores de commodities
Dólar destoa do movimento externo, sobe mais de 2% e fecha em R$ 5,50; entenda o que está por trás
Na máxima do dia, divisa chegou a encostar nos R$ 5,52, mas se desvalorizou ante outras moedas fortes
FII RBVA11 avança na diversificação e troca Santander por nova locatária; entenda a movimentação
O FII nasceu como um fundo imobiliário 100% de agências bancárias, mas vem focando na sua nova meta de diversificação
O mercado de ações dos EUA vive uma bolha especulativa? CEO do banco JP Morgan diz que sim
Jamie Dimon afirma que muitas pessoas perderão dinheiro investindo no setor de inteligência artificial
O que fez a Ambipar (AMBP3) saltar mais de 30% hoje — e por que você não deveria se animar tanto com isso
As ações AMBP3 protagonizam a lista de maiores altas da B3 desde o início do pregão, mas o motivo não é tão inspirador assim
Ação do Assaí (ASAI3) ainda está barata mesmo após pernada em 2025? BB-BI revela se é hora de comprar
Os analistas do banco decidiram elevar o preço-alvo das ações ASAI3 para R$ 14 por ação; saiba o que fazer com os papéis
O que esperar dos mercados em 2026: juros, eleições e outros pilares vão mexer com o bolso do investidor nos próximos meses, aponta economista-chefe da Lifetime
Enquanto o cenário global se estabiliza em ritmo lento, o país surge como refúgio — mas só se esses dois fatores não saírem do trilho
Tempestade à vista para a Bolsa e o dólar: entenda o risco eleitoral que o mercado ignora
Os meses finais do ano devem marcar uma virada no tempo nos mercados, segundo Ricardo Campos, CEO e CIO da Reach Capital
FII BMLC11 leva calote da Ambipar (AMBP3) — e investidores vão sentir os impactos no bolso; cotas caem na B3
A Ambipar enfrenta uma onda de desconfiança no mercado, e a crise atinge em cheio os dividendos do FII
Ouro ultrapassa o nível de US$ 4 mil pela primeira vez por causa de incertezas no cenário global; o metal vai conseguir subir mais?
Shutdown nos EUA e crise na França levam ouro a bater recorde histórico de preço
Fundos de ações e multimercados entregam 21% de retorno no ano, mas investidores ficam nos 11% da renda fixa, diz Anbima
Mesmo com rentabilidade inferior, segurança da renda fixa mantém investidores estagnados, com saídas ainda bilionárias das estratégias de risco